segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O NAZISMO É INEVOCÁVEL

Noemi Jaffe, na Folha:
Tenho ouvido insistentemente, na imprensa, entre meus alunos e também entre alguns amigos, comparações entre a ação recente de Israel na faixa de Gaza e o Nazismo.
"Estado nazissionista", montagens de fotos justapondo terrores do nazismo com aparente correspondência exata aos horrores sofridos pelos palestinos. Tudo isso é absolutamente inaceitável e, creio, revelador.
Não quero aqui me posicionar sobre a ofensiva israelense que é, certamente, controversa sob muitos pontos de vista, mas falar sobre esse frenesi comparativo entre o nazismo e Israel. O que quero, essencialmente, dizer, é que nada, nada, é comparável ao nazismo.
A não ser que surja uma nova campanha nacional e continental contra uma raça, simplesmente pelo fato de ela ser uma raça e não outra; a não ser que haja uma ação consensual, coletiva e institucional, de eliminação sumária e calculada de um povo inteiro, das formas mais cruéis e sádicas possíveis, perpetradas por um exército que parecia gozar no exercício de seus pequenos poderes (campeonatos para ver quem mata mais prisioneiros com um tiro só, troca de fetos por ratos, inserção de órgãos doentes no lugar de órgãos saudáveis etc.), a não ser que haja um certo silêncio da parte de outros países em relação a práticas ocultas mas também ostensivas, da extinção de um povo inteiro, a não ser que isso aconteça novamente, nunca, e repito, nunca mais se pode chamar qualquer outra ofensiva de nazista.
Comparar Israel com o nazismo é como dizer: "eles não aprenderam a lição; estão praticando exatamente aquilo que sofreram". Ou seja: comparar a ação de Israel com o nazismo é usar o próprio argumento racista do nacional-socialismo: "os judeus merecem o sofrimento"; é justificar subconscientemente os acontecimentos da segunda guerra.
Comparar o nazismo à ação de Israel é, na verdade, uma prática antissemita, racista e ignorante. Uma ignorância orgulhosa, vingadora e recalcada, como talvez todas as grandes ignorâncias sejam, culpadas pela perpetração de barbaridades atrozes e injustificáveis.
Precisa dizer mais alguma coisa?

sábado, 24 de janeiro de 2009

TURISMO SEXUAL COM APOIO DO GOVERNO FEDERAL

NÃO É PIADA: FORUM SOCIAL MUNDIAL É TURISMO SEXUAL COM APOIO DO GOVERNO FEDERAL
O tão divulgado Fórum Social Mundial (uma mistura de onguismo, bolivarianismo, chavismo, lulopetismo, movimentos dedicados a invasão de terras produtivas – veja post anterior – como Via Campesina e MST, grupos terroristas como as FARC, etc.), que pretende contar com mais de 20.000 participantes na cidade de Belém tem um lado inusitado (além de não produzir nada de relevante e servir de palco para que os tolos exercitem suas tolices, tais como Hugo Chavez, Tarso Genro, Evo Morales e Luis da Silva): o governo brasileiro vai "investir" R$ 143 milhões de reais neste evento, mas o mais assustador é constatar que, para 20.000 participantes serão distribuídas 600.000 unidades de preservativos, o que dá a absurda quantidade de 30 preservativos masculinos por participante do evento que durará menos de 3 dias (são, para facilitar os cálculos, 10 por dia, se levarmos em conta que talvez metade sejam mulheres, serão 20 preservativos diários para cada homem participante). A pergunta que eu faço é: o que este povo vai fazer mesmo em Belém, com tantos preservativos?
O que o dinheiro público está fazendo nesta bobajada toda? Além de refúgio de terroristas como Olivério Medina e Cesare Battisti o Brasil vai se tornar o primeiro país que oficializa o turismo sexual para jovens com uma "causa social" ou apetite sexual, sei lá.Pense nisto: é isto que você quer para o seu país? Já não é mais do que hora de dizer não ao lulopetismo e ao esquerdismo mequetrefe que toma conta de nosso país? 2010 está muito próximo e cada brasileiro terá a oportunidade de dizer se deseja ou não continuar neste tolo caminho.

NA VEJA DESTA SEMANA: O MST É UMA FÁBRICA DE CRIMES

NA VEJA DESTA SEMANA: O MST É UMA FÁBRICA DE CRIMES E DE CRIMINOSOS ABRIGADA NA IMPUNIDADE DA AMIZADE COM O PETISMO
A fazenda Estância do Céu era uma típica propriedade dos pampas gaúchos. Localizada em São Gabriel, a 320 quilômetros de Porto Alegre, seus 5 000 hectares eram ocupados por 10 000 bois e 6 000 carneiros (seria uma propriedade improdutiva? 600 famílias de sem terra conseguiriam tal produtividade com a tal da utópica agricultura familiar?) que pastavam entre plantações de arroz e soja. O cenário, de tão bucólico, parecia um cartão-postal. Tudo mudou na fria e ensolarada manhã do dia 14 de abril passado. Por volta das 7 horas, 800 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, invadiram a propriedade aos gritos. "Nós ganhamos. Ganhamos dos porcos. A fazenda é nossa." Armados com foices, facões, estilingues, bombas, rojões, lanças, machados, paus e escudos, os sem-terra transformaram a Estância do Céu em um inferno. Alimentos e produtos agrícolas foram saqueados. As telhas da sede da fazenda foram roubadas. Os sem-terra picharam paredes, arrancaram portas e janelas e espalharam fezes pelo chão. Bombas caseiras foram escondidas em trincheiras. Animais de estimação, abatidos a golpes de lança, foram jogados em poços de água potável. Quatro dias depois, quando a polícia finalmente conseguiu retirar os sem-terra da fazenda, só sobravam ruínas.
A barbárie, embora não seja exatamente uma novidade na trajetória do MST, é um retrato muito atual do movimento, que festejou seu aniversário de 25 anos na semana passada. Suas ações recentes, repletas de explosão e fúria, já deixaram evidente que a organização não é mais o agrupamento romântico que invadia fazendas apenas para pressionar governos a repartir a terra. Agora, documentos internos do MST, apreendidos por autoridades gaúchas nos últimos seis anos e obtidos por VEJA, afastam definitivamente a hipótese de a selvageria ser obra apenas daquele tipo de catarse que, às vezes, animaliza as turbas. O modo de agir do MST, muito parecido com o de grupos terroristas, é uma estratégia. A papelada – cadernos, agendas e textos esparsos que somam mais de 400 páginas – é uma mistura de diário e manual da guerrilha. Parece até uma versão rural, porém rudimentar, do texto O Manual do Guerrilheiro Urbano, escrito por Carlos Marighella e bússola para os grupos que combateram o regime militar (1964-1985). Os documentos explicam por que as ações criminosas do movimento seguem sempre um mesmo padrão.
O registro mais revelador sobre a face guerrilheira do MST é formado por quatro cadernos apreendidos pela polícia com os invasores da Estância do Céu em maio passado. As 69 páginas, todas manuscritas, revelam uma rotina militarizada – e bandida. "Muita arma no acampamento", escreveu Adriana Cavalheiro, gaúcha de cerca de 40 anos, uma das líderes da invasão, ligada aos dirigentes do MST Mozart Dietrich e Edson Borba. Em outro trecho, em forma de manual, o texto orienta os militantes sobre como agir diante da chegada da polícia. "Mais pedra, ferros nas trincheiras (...) Zinco como escudo (...) Bombas tem um pessoal que é preparado. Manter a linha, o controle de horas e 800 ml", anotou a militante, descrevendo a fórmula das bombas artesanais, produzidas com garrafas de plástico e líquido inflamável. O manual orienta os militantes a consumir o que é roubado para evitar a prisão em flagrante. Também dá instruções (veja trechos) sobre como fraudar o cadastro do governo para receber dinheiro público. Há até dicas sobre políticos que devem ser acionados em caso de emergência. Basta chamar o deputado federal Adão Pretto e o ex-deputado estadual Frei Sérgio. Ganha um barraco de lona preta quem souber o partido da dupla.
Em seus capítulos não contemplados pelo Código Penal, o manual expõe uma organização claramente assentada sobre um tripé leninista, com doutrinação política, centralismo duro e vida clandestina. Além de teorias esquerdistas, repletas de homenagens a Che Guevara e Zumbi dos Palmares, há relatos de espionagem e tribunais de disciplina. Uma militante, que precisou de "licença" de um mês para fazer uma cirurgia, só foi autorizada a realizar o tratamento com a condição de que ele fosse feito num único dia. Brigas, investigações internas e punições também explicitam o rígido e desumano controle exercido sobre suas fileiras. "Assim como nas favelas controladas pelo narcotráfico, o MST atua como polícia e juiz ao impor e fiscalizar seu código de conduta", afirma o filósofo Denis Rosenfield. Exagero? Talvez não. Dos 800 invasores que depredaram a fazenda Estância do Céu, por exemplo, 673 já foram identificados. Nada menos que 168 tinham passagem pela polícia. Havia antecedentes de furto, roubo e até estupro. "O MST é formado por alguns desvalidos, vários aproveitadores e muitos bandidos", diz o promotor Gilberto Thums, do Ministério Público gaúcho. "Eles usam táticas de guerrilha rural para tomar territórios escolhidos pelos líderes."
Embora raramente sejam expostos à luz, manuais de guerrilha são lidos como best-sellers nos acampamentos. Também no Rio Grande do Sul, berço e laboratório do MST, a polícia apreendeu três documentos que registram o lastro teórico de sua configuração de guerra. O mais recente, apreendido em julho passado, orienta os militantes a "se engajar na derrubada de inimigos estratégicos". Os inimigos, claro, não se resumem aos gatinhos das fazendas ocupadas pelo MST. O objetivo é a "derrota da burguesia", o "controle do estado" e a "implantação do socialismo". O documento lista exemplos de como "interromper as comunicações do inimigo" e "incendiar as proximidades para tornar o ambiente irrespirável". Pode não ser obra do acaso. Há dois anos, um membro das Farc foi descoberto pela polícia em meio aos sem-terra gaúchos. A combinação entre teoria e prática deixa poucas dúvidas sobre os propósitos do MST. O movimento, que seduziu a intelectualidade nos anos 80 e caiu nas graças do povão na década seguinte, está marchando para a guerrilha rural. Diz o filósofo Roberto Romano: "O MST está se filiando à tradição leninista de tomada violenta do poder por meio de uma organização centralizada e autoritária".
A estratégia da guerrilha é um sucesso recente nos pampas graças a sua eficácia. As invasões e os acampamentos têm funcionado em muitos casos. Em novembro passado, após cinco anos de guerra com o MST, o fazendeiro Alfredo Southall resolveu vender a Estância do Céu ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Cansei da batalha. Joguei a toalha", desabafa. Suas terras serão transformadas em um assentamento para 600 famílias. O fazendeiro gaúcho Paulo Guerra teve sua fazenda invadida seis vezes desde 2004. Os invasores destruíram uma usina hidrelétrica e 300 quilômetros de cercas. Também queimaram dois caminhões, dois tratores e onze casas, além de abaterem 300 bois. "Minha família se dedica à fazenda há 100 anos. Podemos perder tudo, mas não vamos entregar nosso patrimônio ao MST", diz. Nos últimos dois anos, mais de 600 processos já foram abertos contra militantes do movimento. Uma ação judicial pede que o MST seja colocado na ilegalidade. Enquanto ela não é julgada, porém, os promotores têm conseguido impedir seus integrantes de circular em algumas regiões. "Não se trata de remover acampamentos. A intenção é desmontar bases usadas para cometer reiterados atos criminosos", justifica o promotor Luis Felipe Tesheiner.
O MST passa atualmente por uma curiosa transmutação política. Desde a chegada ao poder de Lula e do PT, aliados históricos do movimento, a sigla abrandou os ataques ao governo federal. A trégua, que beneficia a ambos, permitiu que os sem-terra apadrinhassem vinte dos trinta superintendentes regionais do Incra. É um comportamento muito diferente de quando o MST liderou as manifestações "Fora, FHC" e invadiu a fazenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002. O terrorismo agora é praticado preferencialmente no quintal de governadores de oposição a Lula, como a gaúcha Yeda Crusius e o paulista José Serra. A reputação do MST acompanha sua guinada violenta. Dez anos atrás, a maioria dos brasileiros simpatizava com a sigla. Agora, a selvageria, aliada à extraordinária mobilidade que levou 14 milhões de pessoas a ascender socialmente nos últimos anos, mudou a imagem do movimento. Pesquisa do Ibope realizada no ano passado mostra que metade dos entrevistados é contra os sem-terra. O MST, hoje, é visto como sinônimo de violência. "As pessoas descobriram que é possível melhorar de vida sem que para isso seja necessário fazer uma revolução", diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Às vezes é preciso tempo para enxergar o óbvio.
Segundo estimativas cerca de 25% dos membros do MST já possuem passagem pela polícia por crime comum (não relacionados com o movimento).

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

MUDE SEU NOME... ou não!

MUDANÇA DE NOME – É POSSÍVEL!
Em muitas culturas o nome dado a uma criança é considerado provisório – somente ao atingir a idade adulta ela terá seu nome definitivo, que será de sua escolha ou lembrará um evento marcante em sua vida. Na cultura hebraica há numerosos casos: Abrão torna-se Abraão; Sarai torna-se Sara; Jacó torna-se Israel; Noemi torna-se Mara; Cefas é mais conhecido como Pedro e Saulo passa a ser chamado Paulo. Muitas pessoas acreditam ter que manter os nomes escolhidos por seus pais, mas, apesar de muito trabalhoso, é possível mudar o nome, desde que haja motivos justificados para tal alteração.
As regras, estabelecidas na Lei 6.015/73, determinam que os oficiais do registro civil não aceitem prenomes que possam expor as pessoas ao ridículo. Em caso de insistência paterna o caso pode ser submetido a decisão judicial. Mas ainda assim é possível encontrar pessoas com nomes que lhes causam constrangimentos e problemas. A lei citada permite que, ao completar a maioridade civil, isto é, 18 anos, qualquer pessoa pode alterar seu prenome (mas não seu sobrenome). Mas sempre é necessário provar que tal mudança de nome não será usada para evitar compromissos jurídicos, financeiros ou outros. Essa certeza pode ser conseguida mediante certidões negativas da Justiça Federal, estadual, juizados especiais, cartórios e distribuidores de protestos.
O etnógrafo Mario Souto Maior escreveu um livro (Nomes Próprios Pouco Comuns – Contribuição ao estudo da Antropologia Brasileira) com levantamento de nomes estranhos de brasileiros encontrados em guias telefônicos, jornais e publicações governamentais. Vamos destacar alguns: Abecê Nogueira; Abeceiu da Silva; Antônio Dodói; Antônio Manso Pacífico de Oliveira Sossegado; Barriudinha Seleida; Bucenildes Oliveira; Eclesiaste Cardeal da Costa; Francisco Facada Sargento de Cavalaria; Gilete Queiroga de Castro; José Amâncio e Seus Trinta e Nove; Jacinto Pinto dos Anjos; Mariano da Grota Funda; Magnésia Bisurada do Patrocínio; Naída Navinda Navolta Pereira; Ostrogodo Franco Pereira; Paciente Esperançoso dos Ramos; Prodamor de Marichá e Marimé (junção de "produto do amor de Mariano Chaves e Maria Amélia); Um Dois Três Quatro de Oliveira Cinco; Veneza Americana Derecife.
Veja em quais condições é possível mudar tanto o nome quanto o sobrenome:
1. Erro de grafia: a correção dos erros de grafia (letras trocadas ou repetidas), como nos casos de, Creusa (Cleusa), Al Seid (Alcides) e Papatrocínio Dusantos poderá ser feita no próprio cartório onde o interessado foi registrado, por meio de petição assinada por ele próprio ou procurador.
2. Substituição por apelidos públicos notórios: a lei 9.708/98, que modificou a lei 6.015/73 prevê a possibilidade de substituir o primeiro nome por apelido, acrescentar o apelido antes do primeiro nome ou inseri-lo entre o nome e o sobrenome. A mudança acontece por processo administrativo, desde que haja testemunhas de que a pessoa é conhecida por aquele apelido. Exemplos famosos são os do presidente da república Luis Inácio Lula da Silva, ou a apresentadora Maria das Graças Xuxa Meneghel ou ainda o sambista Luis Antônio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes. Mas não é admitida a adoção de apelidos que tenham conotação ilegal ou imoral (no caso de travestis ou transexualismo, embora este último caso gere discussão entre os magistrados), ou produtos de prática criminosa (Escadinha).
3. Exposição ao ridículo: a alteração do nome pode ser requerida a qualquer tempo com apresentação de petição à Vara de Registros Públicos com justificações bem fundamentadas sobre as razões pelas quais o nome ou sobrenome causam constrangimentos, tais como a combinação de nome e sobrenome (Caio Pinto, Jacinto Pinto) ou nomes com conotação jocosa em determinadas regiões (Raimunda, Bucenildes); tradução de nomes estrangeiros (Aides, Sergey), nomes de famílias que exponham seus portadores ao ridículo (Bobo; Brega; nomes resultantes da junção de dois nomes com resultado considerado esdrúxulo (Daslange) ou nomes dados como resultado de um modismo televisivo (Uva, Moranguinho, Sol, Lua).
4. Homonímia: ter o mesmo nome de outra pessoa às vezes causa constrangimento. No recadastramento eleitoral feito na década de 80 descobriu-se um casal cujos nomes eram Maria José e José Maria. Os pais de ambos tinham também os mesmos nomes. O interessado deve pedir a retificação, inserindo ou retirando sobrenome, mas não pode mudar o prenome. A homonímia pode causar problemas financeiros (em caso de golpistas) ou constrangimentos (cobranças e até prisões indevidas). O interessado em mudar de nome precisa comprovar que não adquirirá vantagens indevidas com a mudança de nome, apenas evitará problemas devido ao comportamento criminoso de um homônimo.
5. Adoção: a decisão favorável à adoção também dá direito ao adotado de assumir o sobrenome do adotante, e, ainda, a pedido, modificar o prenome se for menor de idade.
6. Vítimas e testemunhas: a Lei 9.807/99 instituiu o Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, prevendo a substituição do prenome, nome e ate mesmo RG e CPF de alguém que colabore na apuração de um crime e sofra riscos de morte por causa desta colaboração. A mudança é determinada por meio de sentença judicial (que corre em segredo de justiça), ouvido o ministério público. A alteração poderá estender-se ao cônjuge, companheiro, filho, pai ou dependente que tenha convivência habitual com a vítima ou testemunha. A lei determina ainda que, cessada a coação ou ameaça que deu causa à alteração, a pessoa protegida pode solicitar a reversão do processo.
Mas, ao final de tudo isto, o novo nome que realmente importa é aquele descrito em Ap 2.17. Que nome é este? Somente os escolhidos o saberão. Espero que você esteja muito mais preocupado com o novo nome celestial do que com os nomes terrenos. Mas se ainda assim é necessária uma mudança, tome as providências cabíveis.

sábado, 17 de janeiro de 2009

ROUBEI UMA MAÇÃ, MAS FOI COM A MÃO ESQUERDA: ou... SOCORRO TARSO GENRO.

ROUBEI UMA MAÇÃ, ou...
SOCORRO TARSO GENRO.

Não, querido leitor, não estou aqui confessando nenhum crime, até porque não gosto de maçã. Quero apenas comentar as atitudes do nosso ministro da [in]justiça, de quem já falei em outros posts (façam a pesquisa) e as sandices que ele tem cometido. Vou listar apenas algumas: ordenou a entrega de dois lutadores de boxe cubanos que queriam fugir das garras dos loucos da ilha (Fidel e Raul Castro); depois concedeu asilo político a líder das FARC [tráfico de drogas, assassinatos, seqüestros, atos terroristas, etc.] que continua em atividade criminosa no Brasil; condenou a Colômbia (e seu governo democrático) quando esta atacou as FARC e comprovou que ninguém menos que o próprio Tarso tem ligações criminosas com as FARC; condenou os sudaneses a serem massacrados pelo governo do seu país (negou-se a censurar os assassinos); condenou os israelitas por atacarem o Hamás que em um ano lançou mais de 1300 foguetes contra cidadãos israelitas e, agora, finalmente, concedeu asilo político a um assassino chamado Cesare Batisti. O que este homem fez: assassinou 4 pessoas em nome de um certo PAC (não, não é o da mãe (sic) Dilma, mas...). Este PAC foi uma força armada em defesa do comunismo na Itália dos anos 70 e 80. Desbaratado o movimento, Batisti fugiu para a França até que achou asilo no Brasil.
A justiça italiana requereu a sua extradição com base no fato de que Batisti é condenado por 4 assassinatos. Mas, para nosso ministro da [in]justiça ele não é um criminoso qualquer: é, na sua análise, um criminoso político, como Franklin Martins, Carlos Minc, Dilma Roussef, José Dirceu e muitas outras cabeças coroadas de Brasília. São todos da mesma laia, do mesmo saco, da mesma lavra. São daqueles que acham que pode-se matar se possuem uma causa política. Para qualquer ladrãozinho de maçã (daí o título do post) se livrar da cadeia basta dizer que roubou porque odeia o sistema capitalista. Pode-se matar, na estúpida visão togada do ministro, desde que se discorde do sistema. Pode-se ser terrorista das FARC, Hamás, PAC. Pode-se matar sendo governo, como em Cuba e Sudão. Mas há mais uma exigência: esta causa tem que ser pretensamente esquerdista, porque é crime de lesa humanitas ser de direita na visão destes energúmenos coroados. Em outras palavras, nosso país já aderiu ao terrorismo internacional, só não o financia porque não tem tanto petróleo assim (e haja pré-sal)...
Já afirmei que amo demais o Brasil para deixá-lo, mas que Luis Inácio da Silva, o polvo, digo, o (a) Lula, e seus sequazes quase me deixam com vergonha de ser brasileiro, quase...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

LASTIMÁVEL! RENÚNCIA À SANTIDADE EM FAVOR DO MUNDANISMO

LASTIMÁVEL!
OU: RENÚNCIA À SANTIDADE EM FAVOR DO MUNDANISMO
De lástima: algo lamentável, desagradável, que não deve ser aceito, ruim. É este o significado da palavra que dá título a este artigo. Não tenho outra palavra melhor para definir uma conversa entre um cristão e um não cristão onde o primeiro se apresente ao segundo como evangélico, mas ao mesmo tempo nega todo o evangelho afirmando, mentirosamente, que na sua Igreja pode tudo: qualquer roupa, quaisquer costumes e, principalmente, usufruto de qualquer dos prazeres mundanos. Voltarei a tal declaração no fim deste artigo, porque, antes, é necessário que se faça uma pergunta: o cristão (o verdadeiro, porque a resposta do falso já está mais do que dada) pode tudo? Vejamos o que nos diz o manual de vida cristão (se não sabes qual, te informo: não é um conjunto de regrinhas editado em alguma editorazinha de fundo de quintal, mas a carta de Deus, a bíblia sagrada).
A primeira orientação bíblica é que mesmo entre as coisas lícitas (permitidas pela legislação vigente) nem tudo é permitido aos cristãos (I Co 6.12). Exemplos: em nosso país jogos de azar (desde que controlados pelo governo) são atividades lícitas (os que o governo não consegue cobrar impostos são ilegais), mas a Escritura nos diz para gastar nosso suor em coisas realmente satisfatórias (Is 55.2). Também é lícito o divórcio, mas não é este o propósito divino (Mt 19.3-6). Os fabricantes de cigarros e bebidas pagam impostos para produzir suas drogas (e não uso aqui o sentido pejorativo, mas técnico) e elas são vendidas nos mercados e bares – a pessoas de todas as idades. Produzi-las e vendê-las são atividades contempladas como lícitas pela nossa legislação. Comprá-las também é uma atividade lícita. Consumi-las não é uma transgressão à legislação brasileira. Mas são permitidas aos cristãos? Obviamente que não! E o que dizer dos festejos populares, tais como carnaval e festas juninas? Também são lícitas, organizadas pelas autoridades, inclusive. Mas são festividades mundanas, carnais, pagãs e idólatras. Um cristão deve abster-se de tais práticas. E por quê? A resposta é mais simples do que parece: porque são mundanas, não espirituais, não edificam e só trazem prejuízos emocionais, morais e principalmente espirituais. Nestas festividades o que predomina são os frutos da carne. Por favor: pense agora em uma festa na Fan House, em Jacundá (o nome deveria ser Fun House, mas dono de prostíbulo não precisa saber inglês, não é mesmo?) ou em outra "casa de festas, boite, ou semelhante em outra cidade qualquer e me responda à seguinte pergunta: é possível encontrar naquela festa que "bombou" coisas semelhantes a estas – amor (não erotismo), alegria (não euforia), paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (como se turvado pelo álcool e pelas drogas consumidas livremente?). Estas são obras espirituais, e lã não se encontra tais obras (Gl 6.22-23). Logo, alguém nascido de novo não pode, não deve e não sentirá nenhum prazer lá, pois o que se encontra lá é exatamente o que foi crucificado quando conheceu a Cristo (Gl 5.24) e foram feitos novas criaturas (II Co 5.17). Nestas festas o que predomina é a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, a inimizade, o ciúme, a ira, a discórdia, a dissensão, a inveja, a bebedice, a glutonaria, os vícios e muitas outras práticas carnais e que só satisfazem aos adoradores de satanás. Amar tais coisas é a prova mais evidente de que não tem, ainda, em seu coração, o verdadeiro amor a Deus (I Jo 2.15).
A segunda constatação bíblica é que o cristão verdadeiro é chamado a uma vida de renúncia ao mundo e dedicação a Deus, cujo conceito pode ser expresso pela palavra santidade. À partir daqui não vou mais usar o adjetivo verdadeiro para referir-me aos cristãos verdadeiros – por que cristão é cristão e pronto, os outros, mesmo que membros de Igrejas – evangélicas ou não, mas que amam o mundo, são mundanos, gostem disto ou não (e meu propósito não é agradar, é instruir). O apóstolo Pedro traz orientações seriíssimas aos cristãos, chamando-os de filhos da obediência (o contrário é filhos da desobediência ou da ira – veja Cl 3.5-8; Ef 2.2; 5.6). Pedro, com a autoridade que lhe foi concedida pela inspiração do Espírito Santo, exige dos cristãos que não se deixem moldar pelas práticas mundanas a que certamente muitos cristãos acediam prazenteira e naturalmente antes do novo nascimento. Aqueles que nasceram de novo fizeram morrer a sua velha e ignorante natureza, abandonando as paixões anteriores: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno, avareza, idolatria, ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena, mentira, etc. A injunção petrina é clara: se, filhos da obediência, os cristãos devem ser obedientes e buscarem a santidade em todo o seu procedimento (I Pe 1.14-16), deixando que a sua mente tome a forma desejada pela mente de Deus (Rm 12.2). É necessário, aduzir, entretanto, que não defendo uma vida de provações e privações do que de bom Deus nos deu na sua criação, desde que com sabedoria e gratidão a Deus. O ascetismo ou pseudo-pureza não é um substituto aceitável para a santidade. As ordenanças eclesiásticas proibindo o manuseio ou o consumo de determinadas coisas, características de movimentos sectários, são chamadas pelo apóstolo Paulo de rudimentos do mundo (Cl 2.20) e chegam mesmo a ter aparência de sabedoria, mas, na prática, são preceitos e doutrinas humanas, conduzindo a uma falsa humildade (porque baseada em pretensa justiça própria) e a um rigor ascético que não tem valor algum contra as obras da carne.
A terceira constatação bíblica é que, sendo percebida tal prática no seio da comunidade cristã, ela não deve ser tolerada de forma alguma. Aqueles que amam as coisas mundanas, que adotam as práticas mundanas não herdarão o reino de Deus (Gl 5.21). Ou, colocado de forma ainda mais clara, sem a santificação é impossível, mesmo à pessoa mais religiosa e ascética – quanto mais às lascivas e relaxadas – chegar à presença de Deus (Hb 12.14). O que fazer com tais pessoas, especialmente se for membro da sua Igreja? A primeira atitude bíblica requerida é que você se dedique, com brandura, à correção do faltoso, seguindo os passos prescritos pelo próprio Senhor em Mt 18.14-17. Todavia, é necessário lembrar que, sendo testemunha ou tendo conhecimento de alguma falta e não buscar corrigir o irmão faltoso é uma atitude de desamor e falta de espiritualidade (Gl 6.1) – e infelizmente já se criou, mesmo na Igreja, que deveria ser uma entidade espiritual com práticas espirituais, a visão de que seria fofoca ou desamor. Não é! À luz da Palavra de Deus desamor é deixar alguém na prática do pecado sem advertência, constituindo assim uma dupla falta: para com o faltoso e para com Deus (Ez 33.8). É óbvio que existe a possibilidade do faltoso irar-se contra aquele que busca corrigi-lo, mas isto só demonstrará sua estultice – quanto ao homem espiritual, corrigido, te amará ainda mais (Pv 9.8). Em caso de impenitência o ensino bíblico, embora duro, é verdadeiro e absolutamente necessário: aos falsos irmãos, aos impuros, avarentos, idólatras, maldizentes, beberrões e roubadores a atitude da Igreja deve ser a de evitar qualquer tipo de associação ou comunhão (I Co 5.11). Um beberrão te convidou para um almoço: diga não e diga as suas razões. Sei que a grande maioria vai preferir desobedecer à bíblia: lastimável. À todos aqueles que preferem desobedecer aos mandamentos bíblicos, especialmente no seio da Igreja, a ordem é clara: não vos associeis com eles com o objetivo de envergonhá-los (II Ts 3.14). Quem sabe em sua vergonha venham a cair em si, e retornarem ao reto caminho?
Voltando à conversa citada no princípio, devo apenas lembrar – uma das pessoas não era cristã. A outra era? Não sei, Deus o sabe, mas espero que tenha a oportunidade de se arrepender e buscar corrigir um erro tão terrível, porque certamente perdeu a oportunidade de dar um testemunho do amoroso chamado de Deus aos pecadores para uma vida de santidade, alegria e gozo espiritual. Lastimável – mas ainda pode ser corrigido por um verdadeiro cristão.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

CONFLITO JUDEU-ÁRABE: O COMEÇO (?)

CONFLITO JUDEU-ÁRABE: O COMEÇO (?)
A história do conflito árabe-palestino é vista como o desenrolar de fatos relatados na bíblia há aproximadamente 4000 anos (não vou entrar em datações neste post, pois julgo-as desnecessárias ao menos neste momento).
O fato é que ambos os povos, hebreus e árabes, reivindicam a si a legitimidade da filiação abraãmica. O Antigo Testamento conta-nos que um homem chamado Abrão [e sua esposa Sarai) foram chamados por Deus para se mudar da região de Ur, na Caldéia (moderno Iraque) para a região onde hoje se localiza Israel (chamada, à época, de Canaã – terra dos cananeus). A promessa de Deus era que ele seria abençoado dando origem a uma grande nação. Após dirigirem-se à região em companhia do sobrinho Ló, e numerosas aventuras, Abrão e Sarai entenderam que a promessa tardava, e resolveram interpretar a promessa de Deus a seu próprio modo: se era de Abrão (agora com idade próxima aos 90 anos) que sairia uma grande nação, isto não precisava acontecer necessariamente de Sarai (com idade entre 70 e 80 anos).
O caminho para "ajudar" Deus no cumprimento de sua promessa foi sugerido por Sarai: Abraão deveria gerar um filho de Hagar – uma serva egípcia [era comum os patriarcas possuírem mais de uma mulher, seja como esposa ou concubina]. Desta união nasce um menino chamado Ismael, que se torna o único herdeiro da riqueza de Abrão (embora a bênção mais desejada não fosse a posse, mas o direito de linhagem a primogenitura).
Quando Ismael era já adolescente Deus novamente fala com Abrão, informando-o que a promessa de Deus se cumpriria – e sem a ajuda extra dele ou de Sarai, que, aliás, riu-se por saber seu esposo amortecido e ela já tendo passado do período fértil. Por causa do seu riso Deus determinou que o menino se chamasse Isaque – que significa riso. Para tornar ainda mais evidente o cumprimento da promessa o nome de ambos é mudado. Abrão passa a chamar-se Abrãao e Sarai torna-se Sara. Como Deus não deixa cair no chão uma só de suas promessas, um ano depois nasce Isaque, o segundo filho de Abraão mas o legítimo herdeiro da cobiçada primogenitura, frustrando as esperanças de Ismael, que evidentemente recebe o irmão como um usurpador.
O relato bíblico informa-nos que Sara "viu Ismael zombando" do pequeno Isaque, e exigiu de Abraão que expulsasse Hagar e Ismael de sua presença (é bom lembrar que Hagar era, originalmente, serva de Sara, embora concubina de Abraão). É óbvio que Abraão não se alegrou com tal exigência, mas Deus garantiu-lhe que nada de mal aconteceria a Hagar e Ismael, pelo contrário, o próprio Deus deles cuidaria e de Ismael surgiria uma grande nação. Com apenas um pão e um odre de água ambos deixam as terras de Abraão (não vejamos o "deserto" citado na passagem como uma região de areia e calor, mas uma região evidentemente inóspita especialmente por ser pouco habitada).
Hagar e Ismael perambulam por um tempo na região, e, protegidos por Deus, sobrevivem. Ismael fixa-se no deserto da Arábia e gera doze filhos: Nebaiote; Quedar, Abdeel, Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Hadade, Tema, Jetur, Nafis e Quedemá.
Já Isaque gerou apenas a dois filhos, os célebres gêmeos Esaú e Jacó, que, depois de muitas aventuras tem seu nome mudado por Deus para Israel – e gera, também ele, doze filhos: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom, Gade, Aser, José, Benjamim, Dã e Naftali. Destes dois não deram origem à tribos civilmente organizadas (Levi – que se tornou o grupo sacerdotal hebreu, sem direito a possessões) e José, que teve dois filhos que deram origem a duas tribos, recompondo, assim, o número de 12 (Manassés e Efraim).
Séculos depois estas tribos começariam a se enfrentar pelo direito de dominar a chamada "Terra Prometida". Os relatos destes enfrentamentos se encontram especialmente nos livros de Josué e dos juízes e seriam alimentados pelos romanos quando deportaram os judeus da região por volta do ano 70 d.C, reinventados com o surgimento do islamismo no século VII, avivados (com um fortíssimo tempero pseudo-cristão) durante a idade média (cruzadas) e retomados modernamente com o movimento sionista no séc. XIX e o anti-semitismo do séc. XX, especialmente nazista. Durante todo este tempo sempre houve fortíssima perseguição aos judeus – seja por motivos alegadamente religiosos – seriam eles os assassinos do Messias, e rogaram sobre si o sangue de Jesus, merecendo, assim todo o sofrimento e perseguições que têm sofrido especialmente no segundo milênio pos Christ; ou econômicos (como diz certo tolo num blog do Emir Sader – qual dos dois mais tolos, o que escreve ou o que publica tal absurdo? - acusando os judeus sempre trabalhadores e econômicas, até porque treinados para enfrentar as adversidades e sempre temerosos de novas perseguições [como as cruzadas cristãs, os progroms russos, anti-semitismo ariano] de agiotas, exploradores e ladrões).
Em próximo post tratarei do anti-semitismo e do movimento sionista moderno, a origem do estado de Israel e as guerras de sobrevivência que o mesmo tem travado. É bom salientar que Israel não deu início a nenhuma guerra na região – todas foram reativas, desde a primeira, em 1948 até a atual.

UM TEXTO SOBRE A PALESTINA

UM TEXTO SOBRE A PALESTINA

Trago para vocês um texto de João Pereira Coutinho, colunista da Folha. De forma magistral ele tenta fazer o leitor brasileiro - que em média defende a causa palestina (até por desconhecer o que aconteceu e acontece na região - aguardem posts sobre o assunto) - entender o conflito entre Israel (um país legítimo [? Muitos acham que não] e democrático) e os terroristas árabes do Hamas [nem todos os árabes são terroristas]. Coutinho simplifica o conflito o suficiente para chamar os brasileiros a uma tomada de posição quanto ao que acontece. Uma palavra pessoal se faz pertinente: não gosto de guerras - prefiro a paz. Mas não ouso negar a Israel um direito que concedo aos brasileiros e a mim mesmo: o direito da autodefesa. Você se negaria tal direito? Vamos ao texto:
MUDAR AS PALAVRAS
Israel está novamente em guerra com os terroristas do Hamas, e não existe comediante na face da Terra que não tenha opinião a respeito. Engraçado. Faz lembrar a última vez que estive em Israel e ouvi, quase sem acreditar, um colega meu, acadêmico, que em pleno Ministério da Defesa, em Jerusalém, começou a "ensinar" os analistas do sítio sobre a melhor forma de acabarem com o conflito. Israel luta há 60 anos por reconhecimento e paz.Mas ele, professor em Coimbra, acreditava que tinha a chave do problema. Recordo a cara dos israelenses quando ele começou o seu delírio. Uma mistura de incredulidade e compaixão.
Não vou gastar o meu latim a tentar convencer os leitores desta Folha sobre quem tem, ou não tem, razão na guerra em curso. Prefiro contar uma história.
Imaginem os leitores que, em 1967, o Brasil era atacado por três potências da América Latina. As potências desejavam destruir o país e aniquilar cada um dos brasileiros. O Brasil venceria essa guerra e, por motivos de segurança, ocupava, digamos, o Uruguai, um dos agressores derrotados.
Os anos passavam. A situação no ocupado Uruguai era intolerável: a presença brasileira no país recebia a condenação da esmagadora maioria do mundo e, além disso, a ocupação brasileira fizera despertar um grupo terrorista uruguaio que atacava indiscriminadamente civis brasileiros no Rio de Janeiro ou em São Paulo.
Perante esse cenário, o Brasil chegaria à conclusão de que só existiria verdadeira paz quando os uruguaios tivessem o seu Estado, o que implicava a retirada das tropas e dos colonos brasileiros da região. Dito e feito: em 2005, o Brasil se retira do Uruguai convencido de que essa concessão é o primeiro passo para a existência de dois Estados soberanos: o Brasil e o Uruguai.
Acontece que os uruguaios não pensam da mesma forma e, chamados às urnas, eles resolvem eleger um grupo terrorista ainda mais radical do que o anterior. Um grupo terrorista que não tem como objetivo a existência de dois Estados, mas a existência de um único Estado pela eliminação total do Brasil e do seu povo.
É assim que, nos três anos seguintes à retirada, os terroristas uruguaios lançam mais de 6.000 foguetes contra o Sul do Brasil, atingindo as povoações fronteiriças e matando civis brasileiros indiscriminadamente . A morte dos brasileiros não provoca nenhuma comoção internacional.
Subitamente, surge um período de trégua, mediado por um país da América Latina interessado em promover a paz e regressar ao paradigma dos "dois Estados". O Brasil respeita a trégua de seis meses; mas o grupo terrorista uruguaio decide quebrá-la, lançando 300 mísseis, matando civis brasileiros e aterrorizando as populações do Sul.
Pergunta: o que faz o presidente do Brasil? Esqueçam o presidente real, que pelos vistos jamais defenderia o seu povo da agressão (lembrem das roubalheiras feitas pela Venezuela, Bolívia, Paraguay).
Na minha história imaginária, o presidente brasileiro entenderia que era seu dever proteger os brasileiros e começaria a bombardear as posições dos terroristas uruguaios. Os bombardeios, ao contrário dos foguetes lançados pelos terroristas, não se fazem contra alvos civis -mas contra alvos terroristas. Infelizmente, os terroristas têm por hábito usar as populações civis do Uruguai como escudos humanos, o que provoca baixas civis.
Perante a resposta do Brasil, o mundo inteiro, com a exceção dos Estados Unidos, condena veementemente o Brasil e exige o fim dos ataques ao Uruguai.
Sem sucesso. O Brasil, apostado em neutralizar a estrutura terrorista uruguaia, não atende aos apelos da comunidade internacional por entender que é a sua sobrevivência que está em causa. E invade o Uruguai de forma a terminar, de um vez por todas, com a agressão de que é vítima desde que retirou voluntariamente da região em 2005.
Além disso, o Brasil também sabe que os terroristas uruguaios não estão sós; eles são treinados e financiados por uma grande potência da América Latina (a Argentina, por exemplo). A Argentina, liderada por um genocida, deseja ter capacidade nuclear para "riscar o Brasil do mapa".
Fim da história? Quase, leitores, quase. Agora, por favor, mudem os nomes. Onde está "Brasil", leiam "Israel". Onde está "Uruguai", leiam "Gaza". Onde está "Argentina", leiam "Irã". Onde está "América Latina", leiam "Oriente Médio". E tirem as suas conclusões. A ignorância tem cura. A estupidez é que não.

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