terça-feira, 30 de junho de 2009

FÉRIAS DE DEUS

… ou quando o servo quer ser Senhor!

P5200031 Alguns filmes, tanto nacionais quanto importados, retratam um quadro absolutamente impossível: Deus resolvendo tirar férias e deixando nas mãos de suas criaturas o controle o universo. Isto jamais acontecerá, porque somente ele é onipotente, onisciente, onipresente. Ninguém mais é capaz saber tudo de tudo sobre todos em todo o tempo. Aliás, a bíblia registra que em Deus nós nos movemos e existimos.

Mas há um outro quadro, não apenas provável como tristemente verdadeiro: embora Deus não precise tirar férias em algum canto remoto do universo [aliás, os céus dos céus não o podem conter], há aqueles que, chamados para serem seus servos, decidem tirar férias de Deus. É mais que óbvio que temos o direito a tirar férias [escolares, profissionais, etc.]. Precisamos do repouso, do descanso. Ele é necessário para que desempenhemos bem os nossos deveres. Deus não apenas sabia mas determinou que fosse assim, dando-nos o descanso semanal e também providenciando os "anos sábaticos" e de jubileu.

Mas há cristãos [?!!!] que resolvem tirar férias de Deus. O que é isso? Há muitos que resolvem que, estando cansados [e a alegria do Senhor é nossa força] não vão mais buscar a presença de Deus [como se isto fosse um fardo, pois é exatamente o contrário, ele tira de nós os fardos, o cansaço, a sobrecarga]; resolvem que não mais lerão a sua palavra porque estão desanimados [logo ela, que é alimento para a vida, mais doce que o mel e o destilar dos favos].

Decidem não mais buscar a comunhão dos santos [e quase sempre acabam em conluio com escarnecedores porque, para não ficarem sozinhos, procurarão companhia, e somente estes, os ímpios, os zombadores, os escarnecedores, também não estarão na comunhão dos santos], durante um tempo se ocuparão de seus interesses, numa tolice que cabe apenas aos gentios, pois Deus sabe quais são as necessidades dos seus santos, e cuida de todos eles, mas exige que, em primeiro lugar, busquem o seu reino e a sua justiça. E as demais coisas? Estas serão acrescentadas, o que significa que Deus dará o seu reino, a sua justiça, e ainda a satisfação das nossas necessidades, emocionais, culturais e físicas.

Férias de Deus. Triste invenção dos homens. Começou com Adão, quando resolveu deixar de fazer o que Deus lhe mandava - uma vez, apenas uma, a sua vontade se apartou da de Deus, e o resultado foi a expulsão do paraíso.

O Senhor não inventou férias dele, ainda que possamos usar as nossas férias para ele. Mas o que costuma acontecer é um esvaziamento ao invés de aumento da freqüência. E não deveria ser assim: os alunos estão de férias [o que deveria ocasionar um aumento da freqüência, especialmente no meio de semana]. Sem trabalhos para serem feitos durante o fim de semana a suposição lógica é que deveria sobrar mais disposição e vigor para servir a Deus. Mas isto não acontece. Porque?

Talvez porque o conceito que tenhamos de férias, de folga, de descanso, seja equivocadamente aplicado à vida com Deus. Entendemos que férias é um período de descanso de tudo aquilo que nos faz correr de um lado para outro, daquilo que nos cansa. E a aplicação deste conceito à vida espiritual faz com que queiramos também nos desligar da igreja e de seus afazeres, das suas muitas atividades, reuniões, cultos, estudos, escolas, evangelização, oração, plenárias, etc...

Para ser ainda mais claro: queremos férias do que nos cansa. Mas, se é assim, temos aqui um grave problema: adorar a Deus é cansativo? Para os membros nominais das Igrejas, que aderem à forma de culto sem adorar em espírito e em verdade, sim. Freqüentar a Igreja é uma canseira, é um enfado para o irregenerado. Qualquer outra coisa pode vir a tornar-se mais atrativa do que a comunhão dos santos, a adoração ao Santo, a busca da santidade na presença do Senhor. Quero concluir com uma pergunta: você quer férias de Deus? Ou deixe-me perguntar de outro modo: você está cansado de Deus? O que vais fazer no mês de julho? Sumir da igreja, dos cultos de louvor ao Senhor ou vai se empenhar ainda mais em glorificar ao seu Deus, ao seu Salvador?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

CONTRA A IURD NA ONU

Relatório aponta perseguição a religiões afro; procurada pela Folha, igreja não se manifestou

Na Folha OnLine:
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa entregou ontem ao presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Martin Uhomoibai, e à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial relatório que diz existir uma “ditadura religiosa” promovida pelos neopentecostais no Brasil. O documento aponta a Igreja Universal do Reino de Deus como propagadora da intolerância religiosa no país, incitando a perseguição, o desrespeito e a “demonização”, especialmente da umbanda e do candomblé. O documento relata 15 casos atendidos pela comissão que se transformaram em 34 ações judiciais no Rio de Janeiro, além de três vítimas que vivem ameaçadas e outros 10 casos de intolerância religiosa em outros quatro Estados.

Há ainda um capítulo que trata do conflito entre neopentecostais e imprensa, que cita reportagem da Folha sobre o império econômico construído pela Igreja Universal. “A Igreja Universal do Reino de Deus, copiada por outras independentes, vem tentando intimidar a imprensa livre. Centenas de ações judiciais são movidas contra veículos de comunicação e profissionais da área”, diz o relatório, referindo-se a mais de uma centena de ações na Justiça movidas por fiéis contra o jornal. Até agora, houve 74 sentenças, todas favoráveis à Folha. Em 13 casos, os juízes condenaram os autores por litigância de má-fé -quando se faz uso indevido da Justiça. A Folha telefonou para a assessoria jurídica da Igreja Universal em São Paulo, que solicitou um e-mail com as perguntas. Até a conclusão desta edição, não havia resposta.

Comento

A representação contra a seita macedista não resultará em nada, e explico porque:Marthon

i. A Comissão de Direitos Humanos da ONU é só mais uma tolice mundial – não defende os direitos humanos e protege ditadores que esmagam os opositores [Irã, Venezuela, Darfur]. Ela não tem ingerência em país nenhum – quando muito faz aquilo que nosso ‘tolo-mor’ chamaria de marolinha, isto é, aparece na imprensa.

ii. É tolice alegar ditadura religiosa quando os considerados evangélicos [e aí incula-se até a seita macedista] são menos de 30% da população nacional, e, mais ainda, completamente desarticulados, sem unidade política ou organizacional [e queira Deus que continue assim];

iii. A atitude da seita macedista contra a umbanda, o candomblé e, acrescento, o romanismo, é só uma representação midiática, uma vez que adotam as mesmas práticas fetichistas e idólatras, apenas e mal travestidas de evangelho, pois o que anunciam e fazem nada mais é do que aqulilo que o apóstolo Paulo denominou de eteros euaggelion [outro evangelho] e, por isso, anathema [inútil, maldito]. Atacar estas práticas é só uma forma de dizer que não concorda com tais práticas, enquanto as faz ocultamente.

iv. A imprensa, no Brasil, ainda é relativamente livre. Escreve-se o que se quer escrever, e a justiça tem demonstrado que as tolices macedistas em suas vãs tentativas de calar quem denuncia suas práticas ilegais são sistematicamente rejeitadas nos tribunais [embora dentro dos “balcões” governamentais ela obtenha algum sucesso, como é o caso da Record e Record News – duas emissoras de um mesmo dono em uma mesma área de abrangência, ilegal mas com a chancela do tolo-mor.

Tudo não passa de uma tolice, um jogo de cena. Não é a prática religiosa macedista que deve ser investigada – eles nem sabem o que fazem nesta área. São as práticas econômicas, são as ilegalidades e crimes financeiros que cometem que precisam ser denunciados e punidos. De teologia eles não sabem absolutamente nada. De marketing, crimes contra o setor financeiro e desvios ético-financeiros, são especialistas. Ah, se o Brasil tivesse um Eliott Ness, nosso Al Macedone já estaria atrás das grades há muito tempo, e não seria por crimes contra o imposto de renda…

quarta-feira, 24 de junho de 2009

OS CRISTÃOS VERDADEIROS E A FESTA JUNINA [PAGÃ]

PODE UM CRISTÃO PARTICIPAR DE UMA FESTA JUNINA?

4 Esta semana decidi dedicar um pouco de tempo a este assunto e, ao ler o livro de Doeuteronômio (25.17), numa passagem que retrata a confirmação da aliança de Deus com o seu povo, lembrando as promessas de bênção, encontrei esta passagem que creio, responde qualquer dúvida que um sincero cristão possa ter quanto a este assunto. Num primeiro momento quero extender o termo cristão o máximo possível, aceitando como cristão (ao menos por enquanto) como "todo aquele que se confessa seguidor de Cristo".

As chamadas festas juninas estão entre as três grandes festas anuais do calendário brasileiro (carnaval, juninas e natal). O país fica animado com a música (caipira e irritante), comidas típicas à base de milho e mandioca e as famosas quadrilhas (como se no Brasil já não as tivéssemos o bastante o ano inteiro). As festividades são dedicadas a três "santos" do romanismo: Antônio (dia 13), João Batista (24) e Pedro (28). Quero considerar tais práticas à luz da história e da bíblia.

As festas populares juninas são mais antigas que o cristianismo. Esta época (solstício de verão e ápice da estação) era marcada pelo início das plantações visando as futuras colheitas. Os celtas, bascos, egípciose sumérios faziam rituais para garantir a fertilidade da terra (e das mulheres) e o crescimento da vegetação após o inverno que começava a se aproximar. Havia oferendas de comidas, bebidas e animais às divindades pagãs. Havia muitas danças ao redor das fogueiras para espantar maus espíritos. As crianças geradas nas festas anteriores eram passadas pela fumaça das fogueiras como proteção contra os espíritos.

Em Roma (sempre lá) havia as festas junônias, em homenagem à deusa Juno (dona do mês de junho). Seria daí o nome "festas juninas"? Estas celebrações coincidiam com a data da comemoração do nascimento de João Batista [seis meses antes de Jesus, logo, em junho], e como a igreja de então não conseguia extirpar o mal das celebrações pagãs da fertilidade, preferiu "encampá-lo", vestindo-o com uma nova roupagem pseudo-cristã. Mais tarde os jesuítas trouxeram estas festividades para o Brasil.

Vejamos o significado de alguns dos rituais (além do passar pela fogueira e oferendas de comidas):

O MASTRO: símbolo da fertilidade (falo), acreditava-se que trazia sorte à residência que o erigisse. A cultura totêmica é eminentemente pagã, mas permanece ainda incrustrada na religiosidade brasileira.

FOGUEIRA: para os pagãos espantavam os maus espíritos, e para os cristãos medievais simbolizavam a luz, portanto, sinal de bênção. No catolicismo tradicional são acesas sempre às 6.00h (hora da "Ave Maria" - por causa de uma lenda na qual Isabel teria combinado avisar a Maria do nascimento de João acendendo uma grande fogueira). Aliás, cada fogueira é arranjada de modo diferente: a de Antonio é quadrangular, a de Pedro é triangular e a de João é arrendondada.

FOGOS DE ARTIFÍCIO: para espantar os maus espíritos, o diabo e seus demônios e também para acordar João Batista em seu ministério de precursor do Messias.

BALÕES: simbolizavam os pedidos aos deuses - ou aos santos. Se subirem, é porque os pedidos foram aceitos.

ESCONDER A IMAGEM DE ANTÔNIO: o personagem histórico, um franciscano de nome Fernando, rebatizado Antônio, ganhou fama por ajudar a encontrar objetos perdidos e cuidar de enfermos. Uma moça pobre, que não conseguia casar, teria feito uma oração ao santo e conseguido o dote. Daí a virar o santo preferido das jovens "casadoiras" foi questão de tempo. Alguém passou a divulgar que o santo atendia mais rapidamente se fosse colocado de cabeça pra baixo em um lugar escuro ou se lhe fosse tirado a imagem do menino que carrega (tortura ao santo de devoção - uma tolice dentro de outra).

LAVAR A IMAGEM: na verdade não é o lavar a imagem que é importante, mas lavar-se com a água usada para esta tarefa, onde crê-se na possibilidade de cura [há a variante de marcar-se em cruz com as cinzas das fogueiras, com o objetivo de proteger-se de doenças e sortilégios].

Mas o que as igrejas evangélicas têm a ver com tudo isto?

Os cristãos evangélicos (e aqui estou começando a limitar o sentido do termo cristãos) e seus filhos podem participar de atividades juninas nas escolas ou em qualquer outras sociedades? Devem as igrejas promover algum tipo de festividade semelhante (como festa da colheita ou das nações)? A primeira resposta é: as festas idólatras são vedadas aos verdadeiros cristãos, não importa o motivo alegado. A segunda resposta é que aproveitar o clima (junino) para a pregação do evangelho é só uma desculpa para não fazê-lo o ano todo, além de criar uma evidente semelhança com o mal. As desculpas que se usam vão desde arrecadação de fundos a evangelismo, passando por obrigação profissional. Não importa a razão, as festas juninas são festas pagãs e ofensivas a Deus. Nenhum cristão deve envolver-se em práticas herdadas do paganismo, sem qualquer espécie de mundanização ou relativismo cultural (aliás, hoje nenhum cristão é obrigado a participar de qualquer culto ou prática religiosa travestida de cultura ou folclore - isto é uma garantia constitucional). Os cristãos dos primeiros séculos poderiam salvar a sua vida se apenas aceitassem dizer uma frase: "Cézar é senhor", mas preferiam a morte, afirmando que sómente "Cristo é o Senhor". Ninguém podia tomar uma atitude semelhante se não fosse impulsionado pelo Espírito de Cristo (bem diferente do espírito do mundo).

Os promotores das festas juninas querem pagar promessas por dádivas que teriam sido recebidas dos seus santos patronos (ou pedir-lhes algo). Isto na prática é invocação de mortos, uma atitude condenada veementemente pelas escrituras. Mas a verdade é que mortos nada fazem por mortos, e somente de Deus nos vêm todas as bênçãos. Como os sacrifícios (especialmente as comidas benzidas) são feitos aos padroeiros e suas imagens (idolatria), só nos resta lembra a advertência do apóstolo Paulo: tais sacrifícios são a demônios (I Co 10.20).

Considerando tudo isto, pergunto: você acha lícito um cristão verdadeiro (e não é o fato de ter o nome numa lista de membros de determinada igreja que faz de alguém cristão) participar de uma festividade pagã? Termino com uma citação do livro que acaba com todas as dúvidas: a bíblia sagrada (pelo menos para o cristão): "Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominável ao SENHOR, obra de artífice, e a puser em lugar oculto. E todo o povo responderá: Amém!" (Dt 27.15). Só este verso já deveria acabar com o culto idólatra a Antônio, João Batista ou Pedro - e a todos os outros, que lhe são semelhantes.

sábado, 20 de junho de 2009

HÁ NOTÍCIAS

Há notícias que são ruins, há notícias que não gostaríamos de dar. Esta é uma que eu não gostaria de dar, mas é a vontade do Senhor. Transcrevo:

Amados;
Hoje o Senhor levou a Bruna para si, faço das palavras de Jó as minhas palavras neste momento de dor:
"... o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!" Jó 1.21
Oremos pela familia nesse momento de dor.
Obrigado por vossas orações

Rev. Roberto  Alves  de  Alencar

quarta-feira, 17 de junho de 2009

CONGRESSO SINODAL DE SAF’s EM XINGUARA

P6130151 Nos dias 11, 12 e 13, na Igreja Presbiteriana do Brasil em Xinguara, ocorreu o I Congresso de Confederações de SAF’s do Sínodo Carajás, composto pelos presbitérios do Carajás, Centenário do Presbiterianismo do Pará e Leste da Transamazônica. Com o tema: “Enviando testemunhas. Quem? Onde? Quando?!” e tendo como preletor o Rev. Marthon Mendes, secretário sinodal, contamos ainda com a presença da irmã Edicélia Tomaz, vice-presidente para a região centro-oeste, representando a Confederação Nacional de SAFs. Dias de comunhão e de aprendizado, bem como de planejamento para melhor efetuar o trabalho do Senhor.

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Muitas irmãs se fizeram presentes, todas com o desejo de serem úteis ao Senhor da Seara, como lembrou o pregador: mulheres que proclamam a vontade de Deus sem impedimento, mas que não se esquecem do seu papel de auxiliadora, sendo instrumento nas mãos de Deus para conduzir o seu povo nos seus retos caminhos.

P6130155Uma nova diretoria foi eleita para o biênio 2009-2011, embora, a rigor, tenha sido praticamente a manutenção da que fez o trabalho tão bem feito nos 09 meses de mandato. Da esquerda para a direita: Sra. Cheirla Resende [tesoureira - reeleita]; Sra. Márcia Amorim [segunda secretária - reeleita]; Sra. Cássia Horst [primeira secretária]; Sra. Ana Menezes [secretária executiva - reeleita]; Sra. Zenaide Alves [vice-presidente - reeleita] e Sra. Márcia Heringer [presidente - reeleita]. Ao lado da presidente a Sra. Edicélia Tomaz.

Muito trabalho foi feito neste período, não apenas olhando para o passado, o que já foi feito, mas também rogando a Deus que abençoe o que foi planejado para ser executado nos próximos anos. Que o Senhor use com graça a todos aqueles que têm se dedicado com tanto afinco à sua causa, removendo todos os impedimentos que sejam, porventura, colocados neste caminho que tem sido tão abençoado ao longo dos últimos 125 anos com a organização da primeira Sociedade Auxiliadora Feminina.

P6120129 A igreja que nos hospedava também estava em festa, pois comemorava 22 anos de sua organização eclesiástica. À Igreja Presbiteriana de Xinguara nossa gratidão pela hospedagem e nosso desejo de que Deus continue a abençoá-los ricamente.

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QUANDO UM ESCORPIÃO PEDIR CARONA…

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… ou: Dum excusare credis, accusas.

Há uma fábula muito antiga sobre um escorpião e uma rãzinha. Como é sabido, o primeiro nada nada [não resisti à cacofonia]. Já o segundo, exímio nadador. Houve um período em que choveu muito, e as águas começaram a subir. E os animais encontravam cada vez menos espaço para se locomover, até que todos estavam ilhados, sem ter para onde ir. Cada um à sua maneira foram tentando se salvar, até que, num último barranco, se encontravam os dois últimos. Desesperado, o escorpião voltou-se para o colega e disse-lhe: Sei que és bom nadador, pode salvar-te e a mim. Não pereçamos. Ajude-me.

O segundo, desconfiado, respondeu-lhe: Não me atrevo a chegar para perto de ti. Conheço tua índole, sei que és traiçoeiro e venenoso. Vais picar-me assim que tiver uma oportunidade. Vou salvar-me, adeus.

Desesperado, tanto insistiu o escorpião que o colega, que evidentemente não se encontrava nos mesmos apuros, muito pelo contrário, amolecido pelas constantes súplicas de ajuda e finalmente confiando no traiçoeiro escorpião, resolveu aceder e dar-lhe uma carona, permitindo que o escorpião suba-lhe às costas. Vão ambos, águas adentro, num esforço hercúleo do primeiro pela sobrevivência de ambos, quando, antes mesmo de atingirem lugar seguro, o nadador sente uma, duas, três picadas terrivelmente doridas em suas costas e, percebendo que o fim se aproximava por causa de um ataque traiçoeiro do escorpião, exclama: – És louco, que é isto que fizeste. Não sabes que intentando matar-me, matas a ti também. Ao que o escorpião, sem remorso algum, diz: Lamento, mas apenas agi de acordo com a minha natureza. E assim, morreram tanto o mau quanto aquele que nele confiou.

Sei que os puristas dirão: a fábula não é com uma rã, mas com uma tartaruga, ou com um peixe, etc… Outros dirão que o escorpião queria apenas mudar de endereço [e um caudaloso rio o impedia], já que não conseguia mudar sua má índole e ali, onde estava, todos já o conheciam. São várias as versões. Escolhi a minha. A fábula é muito antiga e tem sido recontada de muitas maneiras. O que é fato é que, como está na natureza humana ser solidário, também está, naqueles de mau caráter, ser traiçoeiro.

É muito difícil, nos dias atuais, onde a filosofia do politicamente correto substitui a do correto e honesto, do verdadeiro, justo e bom, adotar atitude diferente da adotada pela vítima do escorpião. Não sou politicamente correto. Nem quero sê-lo. E é mais do que coerente que, conhecedor da natureza do escorpião, ou da víbora, cada um tome a devida precaução. Certo “filósofa” [desculpe a ironia] da mídia brasileira, já falecida, disse certa vez em uma entrevista à apresentadora Hebe Camargo [num de seus raros acertos] que uma cobra, por mais bela que seja, não lhe serve de colar. É da sua natureza aninhar-se em lugares quentes e, mais cedo ou mais tarde, picar a mão que lhe acalenta. Não às cobras!!! [em sentido metafórico, bem entendido, antes que apareça algum advogadozinho a querer processar-me por incitação à extinção dos pobres peçonhentos]…escorpião

Assim, em dias de politicamente correto, prefiro ser estranho no ninho e dizer: não quero escorpião no meu bolso, nem cobra no meu pescoço. Por mim, o escorpião morre no barranco – ou que aprenda a nadar. Mas sei que é pedir muito, é pedir ao inepto que haja de modo contrário à sua natureza.

Ah, a tradução da frase latina é: “quando pensas que estás a desculpar-se, acusas a ti mesmo”.

domingo, 7 de junho de 2009

VOCÊ COSTUMA ESCOLHER CERTO

marthon11 É óbvio que a resposta a esta pergunta vai variar de pessoa para pessoa. Mas pergunte-se a você mesmo: Você costuma escolher certo, e estas escolhas são feitas com a motivação correta e com o propósito correto? Eu acho que, ordinariamente, o brasileiro tem feito más escolhas. É assim no campo político – temos um presidente que se orgulha de que no seu governo o número de ‘esmoleres’ aumentou em mais de 100%. É isso mesmo, em 8 anos mais que dobrou o número de estadodependentes [bolsas família, gás, geladeira, luz, bolsa-bolsa] sem falar em dólares em caixas de whisky e em cuecas sobrevoando o Brasil.

O brasileiro também tem, ordinariamente, escolhido mal quando se trata de religião: a idolatria e a egolatria campeiam de norte a sul, num festival de bizarrices que chocam os espíritos mais sensíveis e servem de chacota para os ignorantes. Líderes religiosos de todos os matizes – desde retrógrados a ultra-marketeiros – pululam em todos os cantos. E acham seguidores às pencas.

A motivação para este tipo de escolha vai desde a culpa por algo que fez [ou não fez] como se a confiança em um homem ou num tipo de invencionice pudesse remí-las. Outros tem como motivação o desejo de agradar a alguém [uma mulher, amigos, líderes] – e com certeza é impossível agradar a todos por muito tempo, a menos que se seja um hábil enganador [embora seja impossível enganar a Deus]. Outra motivação é o medo, que tanto pode paralisar quanto conduzir a atitudes muitas vezes contraditórias.

Mas precisamos ter a motivação correta para tomarmos as atitudes corretas. Um exemplo que podemos encontrar de motivação correta que resulta em atitude correta é o encontro relatado por João, entre Jesus e uma mulher samaritana.

Inicialmente Jesus consegue a atenção daquela mulher, e fá-la ver que ela tem necessidades espirituais. Ela então questiona ‘onde’ satisfazer tais necessidades: Samaria ou Jerusalém. Sua tradição lhe ensinava que era em Samaria. A dos Judeus dizia ser em Jerusalém. Ela esperava, como Jesus era judeu, ouvir uma resposta tradicional. Ao invés disso, Jesus não discute com ela sobre a tradição [que muitas vezes faz esquecer a palavra de Deus] sobre o local, mas estabelece uma nova perspectiva de adoração, sobre quem deve ser adorado, e modo de prestar esta adoração.

Os discípulos de Jesus, ao retornarem [haviam ido comprar comida] querem que Jesus satisfaça suas necessidades físicas [reais], e esta tem sido uma motivação muito comum e imperativa para muitas pessoas, até mesmo no que se refere à adoração. A busca por satisfação de necessidades primárias e reais, bem como também de necessidades irreais tem levado muitos a se esquecer tanto do local, quanto do modo e do objeto de adoração, ficando com o que é mais conveniente, cômodo, mas não que isto necessariamente agrade a Deus – geralmente desagrada.

Finalmente Jesus mostra aos discípulos que a motivação correta não pode ser a tradição [os discípulos não entenderam o fato de Jesus falar com uma mulher, ainda mais samaritana] e tampouco as necessidades físicas [eles também não compreenderam o fato de Jesus não se alimentar imediatamente]. Foi necessário Jesus lhes dizer que o que realmente satisfaz é fazer a vontade de Deus, cumprindo o papel que ele tem determinado para cada um dos seus discípulos na sua obra, na sua seara.

A tradição amarra, as necessidades fazem desviar os olhos do alvo proposto – e somente uma decisão inabalável de continuar indo em frente, servindo a Deus e fazendo a sua vontade pode levar um cristão verdadeiro à verdadeira satisfação.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

BRAVATA E PRÁTICA

marthon Disse Lula: “Um país que acha petróleo a 6 mil metros de profundidade pode achar um avião a 2 mil”.

Pode mesmo? Não. Não pode. Se o avião explodiu e a maior parte dos destroços está a 2.000m de profundidade não será recuperado [algumas partes boiarão, dado o material com que são feitos]. É o mestre bravateiro tentando dizer que o Brasil é um país de ponta, lembrando o fato de a Petrobrás [na verdade não foi a Petrobrás, mas convênios firmados entre a estatal e empresas ‘de risco’ [BG e Petrogal], de acordo com a legislação ferrenhamente combatida pelo PT e que foi estabelecida pelo governo FHC – a Lei nº 9.478] ter achado petróleo na, até o momento, inexplorável camada “pré-sal” [e no ritmo que está indo a exploração só iniciará, segundo cálculos da Organização Contas Abertas, lá pelo ano 2890 – será que ainda haverá carros movidos a gasolina neste período?]. Achar um bolsão de óleo, de no mínimo dezenas de quilômetros de dimensão é muito diferente de achar pedaços de avião de, quem sabe, metros apenas. Para variar o tolo chama a atenção para si. Nunca antes “nestimundu”… E o Brasil vai virando piada de português, francês, italiano, paraguaio, venezuelano, egípcio, etc…

17 voluntários, entre médicos e psicólogos, que falam francês, inglês e alguns outros intérpretes [e dois especialistas em assistência espiritual, um protestante e outro romano]. Nenhuma palavra, nada na mídia. É Sarkhozy, presidente da França. Sem alarde, sem fazer politicagem. Apenas agindo. Talvez demore mais uns dias para que o bravateiro consiga imaginar algo prático a ser feito – talvez um avião da FAB para ‘trazer’ de volta os familiares dos mortos [mas não para levá-los, porque isto exigiria praticidade e não politicagem].

Eu não lamento ser brasileiro, lamento ser presidido por um tolo que em tudo tenta tirar alguma vantagem pessoal, certamente entre um gole de branquinha e uns pituzinhos [para quem não sabe, uma espécie de camarão nordestino]. Neste ritmo [tanta branquinha e tanto pitu] –vai faltar cana pro etanol e o camarão já corre risco de extinção.

Isto parece estar virando uma síndrome – fala-se mais do que jamais se fez, e, numa especialidade lulo-petista, mesmo nada tendo para apresentar de realização própria [quando muito uma mera continuidade do que outros fizeram, mas, é óbvio, com uma falsa máscara de ineditismo] apresenta-se como o ‘salvador, iluminado’, estabelecendo um processo de demonização contra os que vieram antes – e que construíram tudo quanto estes tolos destituídos de moral e ética, estão, sem nada fazer e nada merecer, herdando. Reclama-se dos que deixaram a herança – mas não se abre mão do capital herdado [são maldosos, anti-éticos, mas quem disse que são bobos?]. Como o mestre bravateiro, nada de novo, nada de prático, somente um olhar para um passado utópico [o princípio mítico], uma crítica ácida e injusta aos que vieram antes e uma promessa irrealizável [e sempre há os tolos que aplaudem os mais tolos numa admiração crescente pelos ímpios e sua impiedade] – sem fazer nada que realmente possa ser apontado com prático.

Ah, alguém dê um escafandro para lula e os seguidores bravateiros para mergulharem os 2.000 [fala-se em até 4.000m] de profundidade. E podem ficar por lá mesmo… Assim serão heróis. É bom lembrar que os escafandros que recomendo são os usados naquele filme “Homens de Honra”. Mas eles eram para homens de honra, e eles não usarão porque não a tem…

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