domingo, 29 de janeiro de 2012

MENSAGEM PARA HOJE: MUITOS QUE DEVEM SER UM SÓ

P2210123Mensagem na II Igreja Presbiteriana em Gurupi, no dia 29 de janeiro de 2012.

Parte de uma sequência de estudos em I Coríntios. Texto devocional: I Co 1.10-17

A cidade de Corinto havia sido uma importante cidade grega na antiguidade – e nos tempos do apóstolo Paulo era uma importante cidade cosmopolita, mas de mentalidade oriental. A história mostra que os orientais de mentalidade greco-romana eram dados a debates filosóficos e posicionamentos a respeito das mais diversas opiniões, que eram rapidamente assumidos, causando divisões e distúrbios que passavam tão logo surgisse uma nova opinião a ser debatida. Por atrair gente de todas as regiões Corinto logo passou a contar com uma igreja cristã composta de judeus com apreço pela história e costume judaicos [Pedro], gregos e romanos adeptos da filosofia e da lógica [Paulo] e gentios de outras nacionalidades inclinados à oratória e ao emocionalismo [Apolo]. Aos escrever aos coríntios Paulo lhes lembra que eles deviam falar a mesma linguagem, evitar as divisões e andar em unidade com a mesma disposição mental buscando, todos, a mesma coisa: a glória de Deus.

Sabemos das brincadeiras na II IPG a respeito dos "da casa de Cloe". Pouco sabemos sobre ela, se era uma senhora coríntia com negócios e familiares em Éfeso ou o contrário, uma vez que as duas cidades eram importantes na região e tinham constante atividade comercial. "Os da casa de Cloe" eram, ou familiares ou servos, talvez cristãos, que logo informaram o apóstolo Paulo dos problemas na Igreja. A meu ver não se trata de fofoca, mas de um pedido de ajuda a quem, de fato, poderia ajudar, uma vez que Paulo fora o fundador daquela comunidade alguns anos antes. E agora ela enfrentava problemas que poderiam causar danos em sua espiritualidade e em seu testemunho.

Alguns coríntios, de espírito faccioso, movidos pela inveja e desejo de controle sobre a comunidade [Tg 3:16: Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins], aproveitando a tendência natural do coração dos coríntios, estavam colocando irmãos em Cristo, servos do mesmo Deus, proclamadores da mesma mensagem como opositores aos olhos dos coríntios: Pedro e a lei, Paulo e a lógica professoral que foi, inclusive, quem levou Apolo ao conhecimento do batismo com o Espírito Santo [At 19.1-7], Apolo e a eloquência emocional – At 18.24: Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras]. Não há evidências que houvesse desentendimento ou disputa entre estes pregadores – que eram, curiosamente, todos judeus. Mas aspectos da forma de apresentarem a mensagem estavam sendo destacados exageradamente para colocá-los como se fossem líderes de um partido religioso.

Paulo destaca a existência de 04 partidos religiosos em Corinto: paulino, apolista, petrino e cristão. Os paulinos afirmavam a autoridade apostólica de Paulo, lembravam o fato de que ele foi o implantador da Igreja em sua segunda viagem missionaria, seus ensinos coerentes e profundos a respeito da convergência do Antigo Testamento para Cristo, o messias. Os petrinos queriam que, a despeito do fato de terem crido e serem batizados com o Espírito Santo, os coríntios também se submetessem à circuncisão e à obediência aos rituais judaicos, mesmo já tendo uma definição sobre o assunto pelo concílio realizado em Jerusalém anos antes [At 15.19-21: Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue. Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados]. Os apolistas enfatizavam a eloquência de Apolo como melhor pregador que Paulo e, ao mesmo tempo, sem as exigências de Pedro. Diziam que a lei havia passado e que Paulo também não tinha mais direitos sobre eles. Defendiam que ele, Apolo, era o pastor ideal para aquela cidade dada a acalorados debates sobre o que quer que seja. Por fim, havia um partido que, numa pretensa superioridade, afirmavam não serem partidários nem de Paulo, nem de Apolo, nem de Pedro. Diziam-se do partido de Cristo, menosprezando os demais. Com esta atitude de menosprezo por parte do corpo, apesar de usarem o nome de Cristo, simplesmente demonstravam não conhece-lo verdadeiramente, pois estavam indispostos a suportarem os irmãos nas suas fraquezas. A conclusão de Paulo é que:

· TODOS ERRAVAM EM FOMENTAR AS DIVISÕES sob qualquer que fosse o pretexto. Ele já havia mencionado no v. 10 que os cristãos deveriam evitar as contendas, as divisões, porque elas dificultavam o testemunho da Igreja diante dos gentios hostis – eles estavam se esquecendo que todos os cristãos são uma unidade em Cristo Jesus. Paulo introduz esta idéia ao perguntar: acaso Cristo está dividido? A resposta que deveria seguir-se é: não, Cristo é um só. Não pode haver dos cristos, dois salvadores, dois messias, dois deuses.

. TODOS ERRAVAM EM SEGUIR HOMENS pois nenhum deles foi crucificado para salvar os coríntios. E, mesmo que tivessem sido, seu sacrifício teria sido em vão porque somente o sangue de Cristo purifica de pecados [I Jo 1:7: Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado]. Nenhum discípulo de Jesus deve esquecer que somente Jesus salva [At 4:12: E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos]. Nenhum deles fora salvo pela abundante filosofia existente entre os greco-romanos, nem pelo legalismo judaizante, nem pelo emocionalismo dos cultos de mistérios orientais. Foram salvos por Cristo, o filho de Deus, que ofereceu-se para criar um só povo para si.

. TODOS ERRAVAM EM SUPERVALORIZAR SINAIS, mesmo aqueles que não chamavam tanto a atenção – e que eram abundantes . Parece que um dos meios de se pertencer a determinado grupo era ter sido batizado por um dos apóstolos ou por um dos seus seguidores. Assim, Paulo chama a atenção para o fato de que o sacramento do batismo, um rito de iniciação na comunidade da fé, não tornava ninguém mais ou menos cristão. É curioso que fora o próprio apóstolo Paulo [ou sob sua direção] o responsável pelo batismo de Apolo. E ele não o menciona em sua carta, embora mencione pessoas que eram conhecidos por todos, mas que muito provavelmente não estavam envolvidos nas disputas [Crispo, Gaio – certamente um homem próspero, que em pelo menos uma ocasião hospedou Paulo - e Estéfanas]. Apenas lembra que tanto ele quanto os demais líderes evangelistas eram apenas enviados de Cristo para pregar o evangelho [v. 17: Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo] e, eventualmente, batizar os conversos para que entrassem na Igreja – não para criar partidos em torno de si.

A conclusão que Paulo lhes apresenta é que, se a Igreja estava dividida, se este era o padrão e o normal, então, haveria algo de errado em Cristo, uma vez que ele morrera para criar um povo [Tt 2:14: o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras], estabelecendo uma só Igreja cujos componentes tem seus nomes arrolados nos céus [Hb 12:23: e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados]. Se esta Igreja não é um só corpo, não está unida num só espírito [Fp 1:27: Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica] então os coríntios são chamados a concluírem que a responsabilidade é daquele que não conseguiu cumprir seu propósito: Cristo.

Uma vez que esta conclusão é ilógica e herética, e os coríntios não admitiriam isto, logo, Paulo faz com que, imediatamente, eles olhem para o outro lado da questão: se Cristo não falhou, então a falha deveria estar neles, na Igreja. Nada é mais fácil do que iniciar uma dissenção e uma divisão. Nosso sangue latino [e os coríntios eram uma mistura de povos e culturas, como nós, brasileiros] é inclinado às opiniões – sempre as temos, e as oferecemos livremente a quem as pedir e mesmo a quem não as pede. Entretanto, nada é mais difícil do que resolvê-las. Alguém disse que começar uma dissensão é tão fácil quanto amassar uma folha de papel. Unir os que foram divididos e feridos é tão difícil quanto fazer o papel voltar a ser exatamente o que era.

O pecado dos coríntios estava em ter "coceira nos ouvidos" e, ao mesmo tempo, ter a língua pronta a falar sem antes refletir. O sábio nos adverte que não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado [Pv 19:2 ]. Devemos dar graças a Deus porque, na Igreja de Corinto, havia pessoas como "os da casa de Cloe", que, ao invés de tomar partido, procuraram ajuda onde ela estava disponível. Devemos tomar cuidado com aqueles que, como Doegue, cuja fofoca a respeito de onde estava Davi foi responsável pela morte de 80 sacerdotes [I Sm 22:22]. Doegue não queria ajudar o povo de Deus, ele queria a destruição do ungido do Senhor, Davi. Cloe não queria o mal da Igreja – queria vê-la em paz, unida e edificada na palavra. Coloquemos em prática o ensino de Paulo em Ef 4:29: Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.

BOLETIM DA II IGREJA PRESBITERIANA DE GURUPI

Link para download do primeiro boletim de 2012 da II Igreja Presbiteriana de Gurupï:

http://www.4shared.com/office/Ii2t-JxV/Boletim_20120126_2.html.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

UM POUCO DE POLÍTICA. OU: EIS O PT, KASSAB, APRENDA.

Há algum tempo escrevi sobre a tentativa, capitaneada pelo PT, de cassar o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, à época no DEM [agora tem sua própria legenda, o PSD]. E o Kassab implodiu o DEM para fundar seu partido. Aproximou-se com afagos de Dilma Roussef como um gato desprezado se aproxima de qualquer pessoa que lhe dê um instante de atenção e fica se esfregando nas pernas do escolhido na expectativa de manter-se indiretamente no poder paulistano indicando o vice-prefeito numa chapa com Fernando Haddad – e em 2014 tentaria voltar como candidato a governador ou senador por São Paulo.

O que ele desconhece é a natureza do PT – que se serve dos outros partidos e políticos, como fez com o ex-quase-alguma coisa Ciro Gomes [agora ex da ex-atriz Patrícia Pillar]. Ofereceu-se, mas o PT [que não é Dilma, que é uma criação do Lula imposta ao PT, que não sobrevive sem o Lula – UFA!] disse um retumbante não.

Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o partido “não cogita” fechar uma aliança com Kassab, especialmente porque Kassab tem preferência inicial por José Serra [PSDB] e por Guilherme Afif Domingos [PSD]. Falcão afirmou que “Em nenhum momento nós cogitamos isso", e acrescenta que Kassab está intimamente associado à "ruína do legado petista na cidade", concluindo: "Temos feito oposição ao prefeito Kassab". Só Kassab não se lembra – ou achava que os petistas iriam ser engabelados por ele.

O QUE ENSINA, ESMERE-SE NO FAZÊ-LO

FILE2377Palavra proferida na abertura dos trabalhos da

Associação do Instituto Presbiteriano Educacional,

na II Igreja Presbiteriana em Gurupi, dia 26 de janeiro de 2012.

... se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;

Rm 12:7

É sempre complicado falar num ambiente de longa história e onde tantos já falaram. Certamente pode parecer chover no molhado, uma vez que é provável que alguém já tenha falado sobre este verso dos escritos paulinos. Mas, ainda que seja assim, não há problema devido a duas características da Palavra de Deus: o fato de ela ser viva e eficaz e, em decorrência disso, sempre produzir o resultado para o qual ela foi designada pelo Senhor. Dentre os muitos aspectos do ministério do apóstolo Paulo, é de enorme destaque, sem sombra de dúvida, o seu papel de mestre, de ensinador de todos quantos cruzassem o seu caminho - e muitos deles resistentes à mensagem que apresentava, inclusive cristãos, como no caso da Igreja de Corinto.

Ensinar num ambiente onde, desde o lar, o principio de autoridade tem sido abandonado - entre cônjuges e entre pais e filhos. Não é de estranhar que isto reflita no relacionamento escolar. Diversas tentativas foram feitas no intuito de resolver o problema, infindas teorias e variações das mesmas tem sido testadas e aplicadas nas escolas tendo, quase sempre, colocado o professor como o centro do problema e a responsabilidade da solução. E o que é pior, quem fez a “última atualização da moda” logo estará ultrapassado pela nova “revolução educacional do milênio” - a ponto de alguns se sentirem frustrados por esta busca de um método infalível.

Assim, as palavras de Paulo servem como precioso incentivo, não sem, antes, nos trazer à memória uma significativa advertência bíblica [Tg 3.1: Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo]. Paulo parte do pressuposto de que ensinar é um talento precioso e de grande responsabilidade - quem não tem este chamado não deve assumir o encargo. Mas ainda assim Paulo tem uma palavra de exortação: aquele que ensina deve esmerar-se no fazê-lo. Interessantemente Paulo não menciona qualquer expectativa de recompensa, pelo contrário, sendo o exercício de um dom deve ser feito apenas com o objetivo de ensinar, de edificar, de produzir efeitos positivos nos educandos [que, em outra passagem, Paulo chama de catecúmenos - literalmente, aqueles que estão sendo conduzidos através do conhecimento].

O que temos diante de nós é um chamado ao exercício responsável, com esmero, de um ministério que só sabemos onde começa, sem a menor idéia de como vai terminar. Um simples professor de aldeia ensinou a Adolf Hitler - mas também houve aquele que alfabetizou Napoleão Bonaparte, Winston Churchill e Albert Einstein. É obvio que nenhum deles sabia o que resultaria dos ensinos que ministrava. Em tempo: na cultura japonesa apenas um profissional não é obrigado a curvar-se ante o imperador. São os mestres, porque, segundo a tradição, uma terra sem professores não pode ter imperadores.

Resta-nos, então, observar o melhor mestre que pode nos servir de modelo: Jesus. Diante de todos os tipos de alunos, sua atuação era, sempre, atenciosa e firme. Dava atenção ao jovem rico e à mulher samaritana; ao religioso judeu e ao simpatizante gentio; ao escrupuloso fariseu e ao desconfiado publicano. Atendia-os de maneira a satisfazer seu questionamento sem, entretanto, deixar de atender suas necessidades fundamentais. Impossível ser igual? Sim, mas, como Paulo, ainda podemos ser seus seguidores [I Co 11.1 - Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo].

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

SER UMA IGREJA PARA SER UMA IGREJA ABENÇOADA

Prosseguimos nossas mensagens com base na primeira carta de Paulo aos Coríntios. Na primeira identificamos o autor e seu chamado, e ao mesmo tempo o destinatário e o fato de terem sido chamados pelo desígnio de Deus. No segundo vimos diversos dons que Deus deu à Igreja até conduzi-la à glorificação, tendo como base a fidelidade do próprio Deus.

Hoje analisaremos a continuação desta carta, apenas I Co 1.10:

Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.

Após a sua introdução lembrando a natureza da Igreja, seu chamado, a quem devia a sua existência e, também, quem fora o instrumento de Deus para que ela viesse a existir, Paulo insere no texto o propósito de sua carta. Aquela Igreja, apesar de pujante, viva, repleta de santos amados de Deus, ainda não havia chegado ao ápice de sua vida espiritual e precisava de tratamento espiritual para que pudesse progredir. Apesar de ser um apóstolo do Senhor, e, também o apóstolo aos gentios, responsável direto pela existência de numerosas comunidades de cristãos nas cidades gentílicas, Corinto inclusive, Paulo não faz uso da sua autoridade apostólica para impor suas opiniões ou vontades sobre os cristãos coríntios. Ele roga aos coríntios, em nome do Senhor Jesus Cristo, que tomem algumas atitudes para seu próprio crescimento espiritual. O desejo do apóstolo Paulo é que a Igreja:

Tenha a mesma linguagem, isto é, que falem a mesma coisa, que se comunique internamente, que busquem conhecer a mesma coisa e que expressem seu conhecimento de Deus através de ações concretas que avancem além das palavras [I Jo 3.18 - Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.]. A primeira grande manifestação do Espírito Santo removeu as barreiras linguísticas entre os povos – todos ouviam a mensagem em sua língua materna, para que a mensagem de salvação fosse conhecida por todos os homens;

Não permita a existência de divisões, pois as mesmas tornavam ainda mais difícil o testemunho da Igreja entre gentios hostis – todos a observar atentamente cada atitude da Igreja. A Igreja em Corinto estava dividida em pelo menos 04 grupos cheios de suas razões e sem razão alguma, pois menosprezavam a unidade alcançada em Cristo [Gl 3.28 - Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus];

Caminhe em unidade, sem divisões, sem contendas, sem rixas ou disputas. Não cabia sequer à Igreja criar uma unidade, porque, qualquer que fosse a unidade que ela estabelecesse seria meramente carnal, humana, interesseira, passageira, artificial e não espiritual. Mas cabia à Igreja manter a unidade do Espírito no vínculo da paz [Ef 4.3 - ...esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;]. A Igreja do Senhor é um corpo, um só corpo [Cl 3.15 - Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.], um mesmo edifício do qual somos partes que, cooperando uns com os outros, promovem o próprio aumento.

Tenha a mesma disposição mental, como cristãos devemos ter a mente de Cristo [I Co 2.16 - Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.] por estarem cheios da mesma palavra abençoadora [Cl 3.16 - Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração...] considerando-se e estimulando-se mutuamente ao amor e às boas obras. Não é embaixador do Senhor quem intentar contra a unidade do povo que Deus criou. A mesma disposição mental implica em conhecer, aceitar e praticar os mandamentos do único Senhor [Ef 4.4-6 - ...há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.].

Chegue às mesmas conclusões sobre a necessidade de glorificar a Deus obedecendo-o. A conclusão de Paulo é que, se a Igreja é pertencente ao mesmo Senhor, e deseja obedecer-lhe a voz, vai andar na mesma direção. Terão todos a mesma disposição mental para seus mandamentos, cooperarão uns com os outros, considerando os outros superiores a si mesmos, mas, acima de tudo, esforçando-se por preservar a unidade que o Senhor Jesus estabeleceu quando deu a sua vida no calvário em favor de pecadores. Cristo removeu a parede da separação e estabeleceu a ponte da salvação.

Desde o Éden satanás se satisfaz colocando o homem contra a mulher, irmão contra irmão, a imagem contra a imagem de Deus, lançando todos em profunda inimizade contra o próprio Deus. Cristo veio para quebrar esta maldição. Veio para fazer-nos um com o pai [Ef 2.14-18 - Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.].

Se o Senhor nos enviasse uma carta hoje, que teria ele a dizer? [Pv 5.21 - Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do SENHOR, e ele considera todas as suas veredas]. Mas lembremos – ele não vai escrever, já escreveu, e nos dá esta orientações. Cabe a nós cumpri-las à risca.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

RELATÓRIO SOBRE MANDATO NA JURET NORDESTE-NORTE

AO PRESBITÉRIO LESTE DA TRANSAMAZÔNICA

RELATÓRIO - JURET NORTE-NORDESTE 2010-2011

A SER ENCAMINHADO AO SÍNODO CARAJÁS - SCJ

Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano.

Salmos 143.10

Graça e paz, caros irmãos.

Encaminho a este colendo concílio relatório a respeito da minha participação como membro efetivo da JURET NORDESTE-NORTE, no período de julho de 2010 a dezembro de 2011. Agradeço a este concílio a confiança em mim depositada quando indicou-me ao Sínodo Carajás, de onde, posteriormente, fui indicado para o Supremo Concílio e lá recebi aprovação do plenário para um mandato que deveria ser até julho de 2014. Entretanto, como é sabido, o regimento da JURET prevê que, em caso de mudança de sínodo, deve-se obedecer a paridade de representação e, como estou indo para uma área fora da jurisdição da JURET para a qual fui eleito, resignei o meu posto na última reunião da referida junta, realizada na cidade de Teresina, nos dias 8, 9 e 10 de dezembro do corrente. Como é sabido, a indicação inicial era para, eventualmente, tomar parte na formação de uma JURET que atendesse especificamente ao Seminário Teológico do Nordeste [STNe], que, no momento, passava por turbulências causadas por tendências pseudopuritanas [também chamadas de neopuritanas], consideradas nocivas e causadoras de confusão no seio da Igreja, bem como estranhas aos símbolos de fé e princípios de liturgia da IPB, conforme decisão do Supremo Concílio, RESOLUÇÃO LXXVI SC/IPB-2010 – comissão XVI da qual tive o privilégio de participar e cujo teor segue em anexo.

Como único representante da região norte tomei parte em seis reuniões da JURET, sendo duas no ano de 2010 e quatro no ano de 2011. Dois assuntos importantes esteavam em pauta: a revitalização da estrutura física do SPN [Seminário Presbiteriano do Norte - Recife, PE] em vista de constantes boatos sobre uma possível venda e o segundo, mais afeito à região norte, era a patente preocupação com o bem estar do STNe que estava se tornando conhecido como um madraçal de tendências radicais e, por isso, sofrendo ano a ano um decréscimo no número de inscritos para o vestibular e, consequentemente, de matriculados, o que se tornara uma ameaça à sua sobrevivência. Questionado, o diretor esclareceu que o seminário não era promotor dos rumos extremados tomados pelos alunos de lá egressos, e que, com esta conduta extremista, depunham contra o bom nome da instituição.

Tal preocupação também foi compartilhada pela JET, de maneira que foi marcada pela primeira vez desde que a JURET passou a se NORDESTE-NORTE, uma reunião nas dependência do STNe. Na ocasião tive o privilégio de falar rapidamente no descerramento da placa comemorativa da turma 2011, lembrando-lhes que, como pastores que seriam, deveriam cuidar do rebanho que lhes seria confiado - e que o cuidado pastoral não se dá à partir de boletins de gabinetes. Importante ressaltar que aos mesmos foi dito que pastorear é andar com o rebanho, sofrendo com os que choram, alegrando-se com os que se alegram, conduzindo-os aos pastos verdes e às aguas puras das Escrituras.

Em reunião com os professores, diretor e capelão, falei em nome da JURET, com a aquiescência do representante da JET, sobre a alcunha de “neopuritano” aplicado ao STNe - os riscos e consequências que isto acarretou. Foi lembrado que tal alcunha se deve a professores e alunos egressos do próprio seminário, cabendo aos professores atuais trabalharem para evitar que a má fama se propague e persista, combatendo veementemente eventuais desvios, e trabalhando para que os nossos seminários sejam seminários da IPB, defendendo as doutrinas bíblicas e as práticas litúrgicas conforme orientações dos documentos oficiais da IPB, única maneira de preservar a instituição e dar-lhe condições de sobrevivência pois o mesmo já estava perdendo potenciais alunos para os seminários do centro-oeste e até mesmo sudeste [além de outros não presbiterianos existentes na região], como é sabido por todos.

Foi bastante proveitosa a visita ao STNe, ao ver que direção, capelania, vários dos professores [não tive oportunidade de conversar com todos] e alunos rejeitam os extremos neopuritanos. Louvo a Deus pela oportunidade de servi-lo naquela importante JUNTA, conhecer uma nova porção da família da fé, solidificar amizades e ombrear-lhes na luta pelo bem estar da IPB, dos nossos seminários e das nossas igrejas, espalhadas por todo o Brasil, especialmente no norte-nordeste.

Agradeço ao presbitério por ter indicado meu nome, e apresento este relatório com o senso do dever cumprido, diante do Senhor da Igreja, que é a quem, em última instância, tenho que apresentar-me para prestação de contas. Solicito, ainda, que este relatório seja encaminhado ao Sínodo Carajás.

No amor do nosso Senhor Jesus, que nos faz um,

Jacundá, Pará, 22 de dezembro de 2011.

RELATÓRIO DA SECRETARIA PRESBITERIAL DE TRABALHO FEMININO–PLTA 2011

AO PRESBITÉRIO LESTE DA TRANSAMAZÔNICA

RELATÓRIO - SECERETARIA PRESBITERIAL DE TRABALHO FEMININO

PRESBITÉRIO LESTE DA TRANSAMAZÔNICA - PLTA

Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano.

Salmos 143.10

Graça e paz, caros irmãos.

Encaminho a este colendo concílio relatório a respeito da meu trabalho à frente da Secretaria Presbiterial de Trabalho Feminino no ano de 2011. inicialmente agradeço a Deus as oportunidades de servi-lo neste mister por 5 anos consecutivos. Creio que, de tudo o que foi feito, nada mais foi feito além da minha obrigação. Se algo merece louvor, este deve ser creditado a Deus. As falhas a mim pertencem, bem como a necessidade de aprendizado e melhora. Neste ano pude participar de um encontro de edificação, duas reuniões de círculo no PLTA e um do PRGN [presbitério do Rio Grande do Norte na cidade de Natal], dois congressos presbiteriais [PLTA e PRCA] e um congresso sinodal. Também participei ativamente da organização do II Encontro das Forças de Integração do Sínodo Carajás, com membros de todas as federações, entretanto, a única executiva de SAF que não se fez representar integralmente, para minha tristeza, foi a do Federação de Sociedade Auxiliadora Feminina do PLTA. Agradeço ao presbitério por ter indicado meu nome, e apresento este relatório com o senso do dever cumprido, diante do Senhor da Igreja, que é a quem, em última instância, tenho que apresentar-me para prestação de contas.

Em anexo a este relatório apresento o relatório da presidência da Federação Presbiterial de SAF.

No amor do nosso Senhor Jesus, que nos faz um,

Jacundá, Pará, 22 de dezembro de 2011.

CANCELADO ENCONTRÃO NACIONAL DE MOCIDADES

Como secretário de União de Mocidades Presbiterianas do Presbitério Sul do Tocantins informo aos amados o cancelamento do Encontrão Nacional de Mocidades. É uma pena, mas creio que os que tomaram esta decisão fizeram-no por ser absolutamente necessário. Sei do empenho dos mesmos pela revitalização do trabalho das UMPs. Resta-nos rogar a Deus que abençoe o trabalho e logo os problemas sejam solucionados.

At. 16.6-7

Meus irmãos, o texto acima reflete o nosso sentimento neste momento, utilizo ele aqui pois não vejo outra forma de transmitir e justificar a vocês a decisão tomada na madrugada do dia 4 pela CNM. Após uma longa discussão ontem pela diretoria e secretariado da CNM, e com base na quantidade de inscritos que temos até o momento para o ENMP, decidimos pelo cancelamento do mesmo. Sabemos do impacto dessa decisão para todos os envolvidos na organização e para com aqueles que fizeram sua inscrição e já compraram passagens. No entanto, ponderamos sobre todo o contexto e percebemos que o prejuízo financeiro é certo e que a saída de menos impacto para nós é o cancelamento. Sabemos que é uma decisão difícil e dolorosa de ser tomada para todos nós, mas se continuássemos com o evento o impacto negativo dos resultados poderiam prejudicar ainda mais o trabalho da CNM, que herdou uma dívida alta da gestão anterior, e comprometer até os demais trabalhos dos próximos dois anos. Queremos nos desculpar com todos aqueles que trabalharam para a realização do evento. Sei que bate uma frustração, e um desânimo, acreditando que foi tudo em vão. No entanto quando a palavra de Deus diz que no Senhor o vosso trabalho não é em vão (1 Co 15.58), nos ensina que mais importante do que o resultado visível, é o comprometimento do servo para com Aquele que é soberano e Senhor de nossos planos (Pv 16.1). Reconhecemos que, nós como CNM, tivemos falhas e queremos aprender com isso para não repetir os mesmos erros. Com certeza toda essa situação nos fez refletir tanto nosso planejamento e visão quanto nosso comprometimento. Por isso oramos para que Deus nos perdoe pelos erros e que nos fortaleça para os desafios. Pois ainda temos um enorme trabalho pela frente. Contamos com a compreensão de vocês enquanto com humildade pedimos desculpas. Estaremos ainda discutindo esta semana quais as medidas e providências que devemos adotar para reduzir o impacto para com os inscritos e como recuperar as despesas já efetuadas pela COL. Vamos verificar caso a caso e não permitiremos que ninguém tenha prejuízos com essa decisão. Estamos a disposição para conversarmos sobre esta situação. Por favor, se desejarem podem nos escrever. Podem usar inicialmente o e-mail encontrao@ump.org.br para esse contato imediato.

Em Cristo,

Confederação Nacional de Mocidades

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