segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O ÚNICO E VERDADEIRO EVANGELHO: SUA ORIGEM E PROPÓSITO

Mc 1.1-8

1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Quando Marcos escreveu o evangelho que traz o seu nome já havia outros relatos a respeito de todo o ministério de Jesus – entretanto, foi ele o primeiro a escrever um relato sistemático dos feitos do Senhor Jesus, contando com a memória de Pedro, testemunha ocular, e dele mesmo, presente em pelo menos um momento.
Seu propósito não é escrever um evangelho, simplesmente, mas anunciar do começo ao fim as boas novas, o evangelho, a boa notícia que ao mesmo tempo é a respeito de Jesus, isto é, é sobre Jesus, mas, também, pertence a Jesus, sendo ele próprio a boa nova. Naqueles dias havia entre os judeus o que se convencionou chamar de "esperança messiânica", a expectativa de que o Messias, o enviado de Deus para inaugurar um reino eterno e justo logo chegaria. Esta esperança era encontrada na figura de um grande líder religioso à semelhança de Moisés, ou, ainda, na de um grande líder militar, como Davi. De certo é que os judeus esperavam um Messias que fosse grande aos seus olhos, e grande aso olhos do mundo – obviamente esquecendo-se das profecias a respeito dele, especialmente as de Isaías. Esta esperança de glória terrena explica o motivo pelo qual Jesus foi tão prontamente rejeitado pelas lideranças judaicas – ele, embora sendo o prometido, não era o que eles esperavam que fosse.
Marcos, escrevendo após a ressurreição de Jesus, lembra que o que ele efetivamente é: o Messias, o prometido, e mesmo rejeitado ele não deixou de ser o filho de Deus, o Deus que se fez carne trazendo boas novas de salvação, evangelizando a paz entre Deus e os homens. Mas ele fez isso pela humildade, pelo ensino e não pela guerra. Ele sempre deixou claro que seu reino não é deste mundo, mesmo sendo questionado diversas vezes quanto a este assunto.

A ORIGEM DIVINA E ETERNA DO EVANGELHO

2 Conforme está escrito na profecia de Isaías: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho;
O evangelho não veio como uma novidade. Ele não é uma boa nova no sentido de que é uma novidade boa, mas inédita. Ele é uma boa nova no sentido de que é o anúncio de uma notícia há muito esperada. A nova é que o prometido chegou, que aquele que fora anunciado no Éden (Gn 3:15), lembrado por Moisés (Dt 18:15) e descrito com riqueza impressionante de detalhes por Isaías, justamente lembrado aqui como a representação da palavra profética que fora previamente anunciada e registrada para que não houvesse dúvidas da sua origem – não é uma boa nova criada e controlada por homens, mas veio de Deus.
O evangelho, a boa nova de Jesus é exatamente o que havia sido anunciado anteriormente, mas, ao mesmo tempo, confirma o que foi registrado profeticamente no Antigo Testamento. Foram homens que registraram, mas foram homens que foram especialmente escolhidos para falarem da parte de Deus (II Pe 1:21). E é a fala de Deus que é lembrada pelo evangelista Isaías, chamado de "o profeta evangélico" por ser o que mais ricamente descreveu o ministério de Jesus, desde a sua concepção até a sua glorificação.
Marcos diz que o evangelho é a manifestação da encarnação do filho de Deus, algo que deve ser olhado, contemplado, recebido por todos, ao mesmo tempo que os não enviados devem ser rejeitados. Somente o enviado pelo próprio Deus deve ser recebido. Os voluntários de si mesmo (Jr 27.15) devem ser rejeitados, devem ser notados e considerados inúteis. Diante da face dos homens foi posto aquele que deveria ser criteriosamente observado, julgado segundo a Palavra de Deus e atendido em sua convocação. Ele era o mensageiro do Senhor, e não de si mesmo. Não era um ser espiritual, mas um mensageiro devidamente habilitado para cumprir cabalmente seu ministério, tornar pronto, equipado e devidamente preparado o caminho para o Messias – caminho que não era outro do que os súditos andarem dignamente diante do Senhor seu Deus.

3 voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas;
O mensageiro é devidamente chamado de voz, pois era isto o que o profeta era, um porta-voz, através dele deveria ser entregue o discurso – mais que uma pessoa que clama, o que importava era a mensagem a ser ouvida. E isto o mensageiro estava fazendo, clamando, falando em alta voz no deserto, em regiões inóspitas e inapropriadas para cultivo, mas era, também, um deserto de espiritualidade, um rebanho que não tinha um guia que deveria ouvir a sua mensagem. O clamor de João era uma ordem divina para que os súditos do rei se preparassem, ficassem prontos porque eles agora já sabiam que o rei estava chegando, como era comum nos tempos antigos um rei mandar um arauto para que o povo preparasse as estradas e suas casas para, eventualmente receberem o rei, o caminho real, o caminho que é do Senhor, deveria ser endireitado, seus próprios caminhos deveriam ser corrigidos, os caminhos tortuosos deveriam ser tornados em veredas retas imediatamente, isto é, caminhos usados, conhecidos e já gastos, confiáveis.

4 apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados.
É no deserto, onde ninguém cultivava nada, ou num rebanho totalmente corrompido e extraviado, de corações incultos, que aparece João, aquele que não era para ser. Filho de um casal idoso e estéril, nascido de maneira miraculosa, de repente surge a figura de João, o batizador, que convocava o povo para participar de uma lavagem ritual comum em sua época. João convocava, com autoridade de um emissário real, o povo a sair de suas casas, de suas cidades, e se dirigirem ao deserto e ali, de maneira formal e pública, confessarem que eram pecadores, que não estavam agindo de conformidade com a lei de Deus. João pregava com ênfase, proclamando formalmente com autoridade que deve ser ouvida e obedecida, que o povo deveria se apresentar para o batismo demonstrando seu arrependimento para que obtivessem perdão ou indulto de seus pecados – eles deveriam admitirem que eram, de fato, violadores das leis divinas (At 19.18), em pensamentos e atos, desviados do caminho de retidão e honra.

5 Saíam a ter com ele toda a província da Judéia e todos os habitantes de Jerusalém; e, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.
Como na profecia de Ezequiel, o vale ermo se enche de vida, e saíram a ele multidões de toda a Judéia, atendendo a mensagem exortatória de João, expondo-se publicamente a serem vistos e reconhecidos, e certamente seus conhecidos iriam, no mínimo, inquirir internamente qual o pecado que eles haviam cometido. Isso pouco importava – quem estava, de fato arrependido, foi até João no rio Jordão: gente de toda a região, não exatamente todas as pessoas, mas pessoas que representavam todos os lugares da Judéia e todos os (tipos de) habitantes de Jerusalém. Todos com uma só atitude: todos saíam de suas casas, de seu conforto, de seu estilo de vida que escondia suas práticas e foram ao deserto confessando seus pecados, isto é, homologando, concordando com a proclamação de João de que eram pecadores, sua atitude era a de confissão de seus próprios pecados e não a atitude condenatória a apontar os pecados de outras pessoas e, assim, todos eram batizados sob a autoridade (Mt 21:25 - Donde era o batismo de João, do céu ou dos homens? E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele?) que ele possuía . E todos foram a ele

A RELEVÂNCIA DO MENSAGEIRO

6 As vestes de João eram feitas de pêlos de camelo; ele trazia um cinto de couro e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre.
A importância da mensagem não pode ser, em hipótese alguma, ofuscada pelo mensageiro. Por isso João aparece vestido de uma maneira simples, ele se vestia com uma túnica feita feitas de pelos de camelo - não de uma pele de camelo, mas de pelos (que podem chegar a 40cm e tecidos normalmente em vestes comuns), como na maioria das vezes somos tentados a imaginar por causa das representações que se fazem, ele trazia em torno de 'si' um cinto feito de couro próprio para roupas fluídas e comia gafanhotos , provavelmente a locusta, muito consumida na região do oriente médio em períodos de escassez, seca ou torrada com sal, e em alguns casos até ao natural, animais que os israelitas estavam autorizados a comer [Lv 11.22] e mel selvagem , não cultivado.

O CONTEÚDO DO EVANGELHO

7 E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias.
João, embora sendo considerado o mais importante nascido de mulher (Mt 11:11) ainda assim não se considerava importante (Jo 3:30). João não veio para ser visto, mas para ser ouvido porque ele só seria importante na medida em que proclamasse com fidelidade a mensagem que lhe fora confiada: o rei estava às portas, o Messias tão esperado finalmente estava chegando. E João entregava sua mensagem , anunciando-a como um arauto, provido de autoridade superior, uma autoridade que não poderia ser questionada ou desobedecida na medida em que ele fosse fiel ao conteúdo recebido, dizendo a todos, com palavras de exortação: Após , isto é, depois em relação ao tempo, e não em lugar ou honra, mim vem e se fará conhecer publicamente de maneira que sua influência e poder sejam vistos inequivocamente aquele de quem eu não [ou] sou eu suficientemente digno ou habilitado para, prostrando-me , desamarrar as correias das suas sandálias – uma função reservada ao escravo menos habilidoso, ou, dito de outra maneira, ao escravo mais inútil de uma casa. E João, o mais importante dentre os nascidos de mulher, considerava-se a si mesmo importante apenas no desempenho de sua missão, e mais nada, a ponto de, na primeira oportunidade, orientar seus discípulos a seguirem a Jesus (Jo 1.34-37).

A PROMESSA DO EVANGELHO

8 Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.
Mas qual era a mensagem que João devia entregar mesmo? Antes dele outros profetas também chamaram o povo ao arrependimento. Profetas como Oséias chegaram a viver uma vida conjugal extremamente sofrida pra ilustrar o que Israel e sua infidelidade faziam com Deus. Elias falava em meio a mais generalizada apostasia, Jeremias experimentou o cerco e o exílio. Isaías proclamava arrependimento a um povo de coração duro e que se endurecia cada vez mais com a sua mensagem. O que, afinal, João tem de diferente? João batizava da mesma maneira que alguns grupos religiosos do seu tempo batizavam, como os essênios (intelectuais pseudocristãos chegam a acreditar que João era um essênio dissidente ou um admirador). João não se relacionava com os poderosos do seu tempo, à semelhança dos zelotes. O que João tem de diferente: ele trazia a certeza de que a promessa há muito aguardada (Jl 2:28-29) estava para se cumprir – o Messias estava às portas e ele batizava simplesmente com água aqueles que demonstravam arrependimento (Mt 3:2) enquanto condenava os que simplesmente seguiam a multidão no movimento mais popular do momento (Mt 3.7-9). Mas a peculiaridade de João é que ele anuncia que a promessa está às portas, está para se cumprir. Foi para isso que ele veio, para anunciar que era chegado o tempo do arrependimento para os crentes e do julgamento para os impenitentes, e que o verdadeiro batismo, do Espírito Santo, seria finalmente ministrado pelo filho de Deus.

Quero convidar você para olhar para este relato de Marcos sob a ótica de três personagens que se destacam. Todos os três estão ativamente envolvidos para que esta história aconteça.

DEUS, O AUTOR DA MISSÃO

O primeiro e mais importante personagem desta história é Deus. Ele é o originador de tudo o que é relatado. É ele quem tomou a iniciativa de prometer um precursor e o Messias. Foi ele que, antes do Messias, escolheu um homem velho e uma mulher estéril para dar-lhes um filho extemporâneo chamado João. E é ele quem envia adiante do Messias e diante de todo o povo o seu mensageiro.
Também é ele quem determina o conteúdo da mensagem – os caminhos estão tortuosos, as estradas estão intrafegáveis, as vidas e corações estão estéreis e sem cultivo. E a mensagem para todos os homens, religiosos ou não, fariseus ou publicanos, zelotes ou essênios, cultos ou iletrados, ricos ou pobres é uma só: endireitem os seus caminhos, consertem suas vidas, façam melhores escolhas, ou, melhor, façam a escolha certa, que não confiem em sua pretensa sabedoria mas que andem no caminho do Senhor (Pv 3.5-7).

JOÃO, O BATIZADOR, ENVIADO POR DEUS

O segundo personagem é João, o batizador. Após 400 anos sem que se levantasse profeta em Israel surge alguém que é reconhecido pelo povo como profeta, e temido pelos maus religiosos (Mc 11.30). 400 anos de silêncio e mais uma vez o espírito que impulsionara Elias impulsiona novamente outro profeta (Ml 4:5) conforme o próprio Jesus atesta (Mt 11:14). João tinha uma missão e a cumpriu. Foi fiel, este era seu propósito e isto lhe bastava. Após cumpri-lo, após mostrar que o Messias havia chegado, entende que é o momento de sair de cena. Foi fiel, e isto lhe bastava. A mensagem sobre o Messias ainda precisa ser anunciada com fidelidade – e ainda está sendo pregada com fidelidade. O Messias já veio. O cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo já é conhecido.

OS OUVINTES E SUA RESPOSTA

O terceiro personagem não tem nome. Ou tem o seu nome. Além daquele que envia, e do que é enviado com uma mensagem clara de arrependimento, confissão de pecado e vida reta, existe também aquele que recebe a mensagem. As multidões da Judéia e de Jerusalém eram o público de João – e você é o alvo do evangelho hoje. É para você que Deus envia a mensagem – é para você que o mensageiro apresentou a mensagem. E é de você que é exigida uma resposta. Naqueles dias houve os que foram a João arrependidos, confessando seus pecados. Também houve os que se apresentaram sem arrependimento, conheceram a mensagem mas não a atenderam.
Mas o que importa para nós neste momento não é o que fizeram, mas o que você fará. Que atitude tomará! Não adianta esperar outro João Batista, ou outro Elias… os judeus esperavam Elias e não viram quando o mensageiro chegou porque não queriam ouvir a mensagem que ele tinha para eles – seus caminhos precisavam ser consertados, sua vida deveria ser digna de receber o Senhor.

Era e é hora de ouvir a mensagem, atender ao chamado. E fazer a coisa certa. E você? O que fará?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

JE SUIS CHARLIE? JE SUIS MARTHON.

Neste meu período de exílio da web ocorreu mais um evento destinado a marcar as relações ocidentais com o mundo islâmico. Alguns terroristas, simpatizantes do ISIS, o partido radical islâmico que mais tem praticado crimes na atualidade, com o uso de crianças, inclusive, atacaram a sede do jornal Charlie Hebdo matando alguns jornalistas. Detalhes podem ser pesquisados à exaustão na internet – não vou me ater a eles. Meu ponto é outro. Não acompanhei o que os blogs, de amigos ou não, escreveram a respeito. Talvez eu leia mais pra frente. Mas adianto meu ponto de vista de que o ataque não foi ao Charlie Hebdo pelo que ele é, mas ao que ele representa: o limite da indignação islâmica contra a cultura ocidental, neste caso francesa, representando no que ela tem de mais irresponsável (lembremos que outro jornal ocidental também já sofreu ataque, no caso, o Jyllands-Posten da Dinamarca).
O mundo entrou em comoção após o ataque e as mortes de 4 humoristas (tão engraçados quando os atores do programa Zorra Total – que, finalmente, foi para o ralo – o programa, bem entendido, não os jornalistas, por que não defendo a morte deles) e logo a frase "Je suis Charlie" tomou conta do mundo – só o twitter registrou a expressão #jesuischarlie mais de 12.600.000 de vezes. Mas, "je suis Charlie?". A minha resposta é: Je suis Marthon. Com todas as minhas esquisitices e idiossincrasias – e não abro mão da minha opinião, não pretendo seguir a manada, nem, também, ser o "do contra". E quero dividi-la com você, que tem paciência para ler meus textos.
Em primeiro lugar, defendo o direito do Charlie Hebdo ter opinião – embora não goste de muitas das suas charges, porque, por um lado, são não apenas moralmente reprováveis como, também, irresponsáveis e ofensivas, mesmo não tendo a obrigação de se submeterem a qualquer ditame religioso ou cultural, seja islâmico, ou cristão, porque estas obrigações são de foro íntimo, são obrigações apenas para quem as reconhece como autoritativas – é óbvio que seus atos serão julgados nos tribunais próprios, se feriram a lei dos homens, pelos homens, se ofensivos a Deus, pelo próprio Deus, mas isto não dá ao islã o direito de matar chargistas – por mais sem graça que eles sejam. Mas o ocidente ainda é uma democracia – e a França, bem como o Reino Unido, estão colhendo os frutos de sua ampla abertura democrática para acolher não apenas os islâmicos como o islamismo, tendo, atualmente, bairros inteiros sob controle estrito de costumes e regras de convivência e religiosas como a "sharia", consideradas pelos moradores muito acima das leis do país que os acolhe.
Em segundo lugar, não sofro nem de islamofobia nem de islamodelfia. Não sou nem adepto da ideia de se perseguir o islã, nem sou seu amigo, especialmente porque suas doutrinas são meramente humanas, portanto, falsas e opositoras da verdade – devendo ser consideradas anátemas, isto é, inúteis. Mas defendo que, na mesma medida em que o islã se fecha para o ocidente, inclusive promovendo a prisão e matança de cristãos pelo simples fato de serem ou terem se tornado cristãos, os mesmos não deveriam ter as mesmas liberdades que gozam na envelhecida Europa e, porque não, na América, a terra das oportunidades que está sendo corroída pelos cupins que abrigou em seu solo fértil. Se cristãos são tratados como criminosos por sua fé em países islâmicos, então, o islamismo não deveria ter liberdade para propagar sua fé em países cristãos. A França está sofrendo o que aceitou sofrer, ao receber milhões de africanos de suas colônias sem qualquer filtro – tornando-se um dos países mais religiosos do ocidente embora se declare e queira parecer o mais secularizado.
Em terceiro lugar, acredito que o ocidente, e o cristianismo em particular, devem se preparar para o acirramento da guerra – dois, três ou quatro terroristas pararam a França. O saldo até agora é de 14 mortos, 10.000 soldados nas ruas, quase 1.000 locais (entre escolas, museus e jornais) sob pesada vigilância. Observe que os locais mais visados são aqueles onde se forma a cultura ocidental – cultura que o islã abomina, mas, obviamente, não deixa de consumir, ou alguém acha que as filmadoras e computadores que eles usam em seus ataques não sejam produto da tecnologia ocidental – ainda que copiada e miniaturizada pelo oriente?
Acredito que se trate de uma guerra. Inadiável e inescapável. Porque guerra? Por que o islã quer destruir a cultura ocidental – e para o islã o ocidente e o cristianismo são uma coisa só, apesar do ocidente pensar diferente e por isso estar extremamente fragilizado à ameaça radical islâmica. Não acredito num islã bonzinho, vejo-o como o gigante de um desenho antigo, cujo nome era IELFIMA, uma mistura das letras I AM LIFE – que, num determinado momento, se levanta para destruir tudo à sua volta, escravizando o que sobrar. Os "bonzinhos" servirão apenas de pasto e escudo para o que está sendo preparado. E não é nada bom para o ocidente, e muito menos para o decadente e medroso cristianismo do séc. XXI, o que, aliás e paradoxalmente, pode ser muito bom para o cristianismo, que só prosperou efetivamente quando enfrentou oposição de verdade.
A frase de um ministro francês de que não há guerra contra o islã, por parte do ocidente, é só uma frase de efeito, ele foi feliz politicamente (parabéns aos marqueteiros do ministério da defesa francês) e absurdamente medrosa, como incrivelmente medrosa foi a atitude do tolo presidente americano Barack Obama, descendente de islâmicos, ao não se manifestar duramente contra o atentado contra a cultura francesa, ocidental. De fato, o ocidente está em guerra contra os terroristas islâmicos, mas não contra o islamismo. O problema é que os terroristas radicais islâmicos são fruto de um substrato religioso e cultural onde o mandamento inicial é destruir os infiéis, a qualquer custo, de qualquer jeito. O islã não vai parar, os ataques continuarão, em lugares cada vez mais insuspeitos. Onde quer que os valores radicais islâmicos não sejam adotados, eles vão atacar – crianças em escolas (pesquise sobre o Boko Haran), professores, jornalistas, políticos. Todos os que não se dobrarem ao islã serão alvos.

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