segunda-feira, 11 de março de 2013

A FARSA DE BRASÍLIA E A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Tenho acompanhado a polêmica a respeito da eleição do deputado e autoproclamado pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados Federais. No momento da eleição do referido deputado, houve protestos veementes especialmente do ativista gay, também deputado, Jean Willys, que ameaçou abandonar a comissão como se  ele tivesse o direito de ditar o que seus colegas deveriam fazer na hora de votar.

Acredito que o srto. Jean Willys almejava o cargo que lhe foi negado. Mas porque a indignação contra Marco Feliciano? O srto. Jean estava indignado porque o eleito era um pastor [não quero entrar no mérito de sua teologia, podem ter certeza que ele nunca terá franqueado o púlpito de uma igreja da qual eu seja pastor] e francamente contrário a relação homossexual [novamente não ouso usar a palavra casamento para o ato homossexual, pois entendo que casamento pressupõe acasalamento, isto é, a união de um casal, do sexo masculino e feminino]. Estaria ele, talvez, indignado porque não foi eleito um deputado ou deputada simpatizante à sua causa? Ou queria ele um deputado que fosse sugestionável ou acessível pela patrulha gayzista ou de qualquer outro movimento afirmativo?

Este é o debate, todavia, o que me incomoda não é quem é o presidente da comissão, mas o fato de que Marco Feliciano não é nenhum defensor dos direitos humanos, e por direitos humanos me refiro aos verdadeiros direitos humanos, sem discriminação de cor [não concordo com as políticas de quotas, ou afirmativas, ou seja lá o que for que discrimine pessoas em função de qualquer características fenotípicas, ou sexistas, ou filosófico religiosas]. Esta comissão discute temas que, de uma maneira ou de outra, vão tornar alguns humanos mais humanos que outros. Vão dar direitos especiais a alguns em detrimento de outros.

Assim como não espero nada da Comissão de Cultura, ou de Constituição e Justiça, ou de Ética, também não espero nada de comissão alguma ou de deputado algum. Para mim tal debate é inócuo, inútil e uma grande perda de tempo. Seja quem seja o presidente, o andamento da farsa em Brasília não vai ser alterado.

Sei que vou levantar polêmica, mas a questão que quero levantar é: Marco Feliciano, Jean Willis e qualquer outro que ali estivesse estaria no lugar certo. Certo? É, porque tais comissões são uma mera pantomima, de uma falsidade inacreditável. Ou alguém acredita que o deputado Tiririca tem realmente o que contribuir em uma comissão de Cultura? Ou Paulo Maluf em uma comissão de ética? Ou o que fazem José Genoíno e João Paulo Cunha, mensaleiros condenados, na comissão de Constituição e Justiça?

Tudo o que acontece ali é um teatro. Jean Willis faz cena para seus eleitores. Marco Feliciano também. E cada um capitaliza com o acontecido, ganhando os holofotes e novos seguidores em suas respectivas sandices. É como num jogo de futebol. Os atletas ganham muito dinheiro, e os torcedores se matam, por nada. E há quem caia, e saia fazendo sandices ainda maiores, como ameaçar e agredir pessoas.

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