segunda-feira, 22 de maio de 2017

UMA IGREJA QUE DEIXA MARCAS INDELÉVEIS PARA GLÓRIA DE DEUS - I Ts 1.2-3

COMO SER UMA IGREJA QUE DEIXA MARCAS INDELÉVEIS

É possível que você tenha uma experiência com Igreja que lhe marcou. Talvez algum dia você tenha chegado a uma Igreja e ficou impactado com o pastor que pregava ou com a maneira dele trabalhar. Talvez tenha ficado impressionado com a liderança da Igreja e seu envolvimento com a obra do Senhor. Talvez a vida da Igreja, a maneira como eles se relacionavam e cultuavam tenha, de alguma forma, impactado e gerado em você uma impressão tão viva que tenha se tornado um padrão para julgamento de outras Igrejas. E é possível que a Igreja em Tessalônica se enquadre como uma Igreja deste tipo.
Quando conhecemos a Igreja dos tessalonicenses aprendemos que a Igreja do Senhor é alvo de sua graça e de sua paz. É por causa da graça de Deus, isto é, de sua misericordiosa bondade, que os pecadores são abençoados ao invés de serem condenados. É por causa da ação de Deus em enviar seu filho para resgatar pecadores, evangelizando paz (Ef 2:17) que eles não são imediatamente condenados à perdição.
Certa vez, em uma aula, surgiu paralelamente o assunto “como ser salvo”. Naturalmente as palavras de Paulo aos efésios me vieram à mente e afirmei que a salvação é pela graça de Deus (Ef 2:8) dando Cristo para morrer pelas nossas ofensas (Rm 5:15). Insisti que a graça nada mais é do que Jesus morrer a nossa morte, para que pudéssemos ter vida. É Jesus morrer em nosso lugar, ele, o justo, morrendo em lugar de injustos (I Pe 3:18).
De onde eu menos esperava, em um ambiente em que imaginamos que a doutrina da salvação pela graça é consensualmente aceita alguém pediu a palavra e disse: “É assim mesmo, graças a Deus que nós fizemos por onde merecer a salvação porque estamos na Igreja, fazemos o bem ao próximo e como recompensa Deus nos dá a graça da salvação”. Depois de tentar explicar que fomos criados em Cristo para as boas obras (Ef 2:10) e não que recebêssemos a salvação como eventual recompensa por boas obras impossíveis de serem feitas por mortos espirituais (Ef 2:5) concluindo que ninguém pode se salvar desta maneira, pois, do contrário, já não seria graça (Tt 3:5) não pude deixar de pensar no conceito que nós temos de salvação pela graça para todo aquele que crê em Cristo (At 15:11).
Voltando ao que já sabemos sobre a Igreja dos tessalonicenses, ela era uma comunidade de pessoas salvas sem mérito próprio, salva pela graça de Deus onde deveria abundar a graça e a paz do Senhor Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Esta deve ser uma descrição de toda e qualquer Igreja, isto é, de toda e qualquer verdadeira Igreja de Cristo. Isto, de imediato, nos leva a pensar se instituições que privilegiam as obras ao invés da graça ou que colocam as obras como complemento e não como decorrência natural da graça de Deus deveriam ser consideradas Igrejas. A resposta é: não, esta não é a fé bíblica, não é a Igreja fundamentada na Palavra de Cristo e na doutrina dos apóstolos e mais cedo ou mais tarde cairão. Mas não é assim com a Igreja de Cristo – ela veio para ficar, as portas do inferno não podem prevalecer contra ela (Mt 16:18). Paulo diz que há três coisas que são permanentes, independente da idade ou da capacidade de compreensão: a fé, a esperança e o amor (I Co 13:13). Ao conhecermos a Igreja dos tessalonicenses encontramos uma Igreja que tinha estas três coisas.
Vamos ver o que o apóstolo Paulo nos fala sobre esta Igreja e porque estas suas marcas não podem ser apagadas:
1 Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros.
2 Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, 3 recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, 4 reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, 5 porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.

UMA IGREJA MARCANTE POR SUA FÉ OPEROSA

Um dos mais constantes ensinos do apóstolo Paulo, em contraste com as exigências dos gregos judaizantes de seus dias, era o de que a salvação é uma dádiva de Deus, por meio de Jesus Cristo, sendo obtida unicamente por meio da fé. Esta é uma verdade bíblica tão cristalina, tão facilmente perceptível quanto a luz do sol. O problema é que há quem não veja a luz do sol – da mesma maneira que há quem não consiga compreender esta bendita doutrina.
Não é incomum que os mais diversos tipos de correntes religiosas incorram em dois erros quanto à natureza da fé e seus efeitos para a salvação.

COMODISMO

O primeiro é o de achar que apenas assentir intelectual e emocionalmente seja suficiente. Basta acredita. Se você acredita então não precisa fazer mais nada, afinal, você é um salvo e permanecerá eternamente salvo, e, então, você pode descansar nas promessas de Deus.
Antes que você comece a pensar que eu tenha abandonado a fé e me tornado um pelagiano ou um arminiano, entenda que é suficiente crer para obter a salvação (At 16:31), mas a fé é, além de um chamado à salvação, também uma chamada para um caminho denominado, nas Escrituras, de boas obras (Tt 3:8) como fruto da presença do Espírito Santo no redimido (Ef 2:10).
Também é verdade que você, ao crer, pode e deve descansar nas promessas daquele que nunca falha (Mt 11:29) mas se lembre que o nosso pastor não nos chama para uma vida estática e de comodismo, mas para nos levar através do vale (Sl 23:4) para pastos verdejantes e águas tranquilas (Sl 23:2). Somos chamados para, mesmo descansando em Deus, caminhar pelas veredas de justiça (Sl 23:3) correr perseverantemente a carreira que nos está proposta (Hb 12:1) até que ela esteja completa (II Tm - 4:7 - Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé) e tenhamos alcançado o alvo da soberana vocação (Fp 3:14).
Sob este primeiro aspecto temos que concluir que o conforto que recebemos não deve ser confundido com comodismo ou como uma desculpa para deixar de fazer o bem e praticar a justiça (Mq 6:8).

ATIVISMO

O segundo erro que encontramos quando pensamos em uma fé operosa é confundi-la com ativismo religioso, com muitas tarefas e ocupações e, dependendo do contexto, uma expectativa de ter suas ações reconhecidas não só entre os homens (Mt 6:2) mas também pelo próprio Deus que, para alguns, se veria, no mínimo, inclinado quando não na obrigação de dar um lugar melhor na glória, de dar uma recompensa neste mundo, ou algum tipo de recompensa por ter trabalhado mais que os outros, erro que é veementemente combatido pelo apóstolo Paulo (I Co 15:10).
Não quero com isto que você se sinta desestimulado a servir nas mais diversas áreas em sua Igreja, muito pelo contrário, quero que você sirva cada vez mais, na medida das suas forças, trabalhando para a glória de Deus sabendo que quem se esforça para servir ao Senhor não trabalha em vão (I Co 15:58).
É uma bênção e um privilégio servir ao Senhor. E é com alegria e louvor que devemos servi-lo (Sl 100:2). E ao servimos na alegre expectativa de que ele não deixa de recompensar aos servos que são fiéis e dedicados (Mt 25:23). Mas devemos servi-lo porque ele é digno e não pelas coisas que ele é capaz de nos dar (Jo 6:27).
Não confunda ter uma fé operosa com a expectativa equivocada de receber alguma coisa em troca do que você, sozinho, não é capaz de fazer (Jo 15:5). Suas obras, se agradam a Deus, é só porque ele se agradou de você antes (Gn 4:4) e te deu vida perdoando-lhes os pecados (Cl 2:13) e fez de você uma nova criatura (II Co 5:17), um filho amado ao invés de um pecador em débito impagável (Cl 2:14).
Os tessalonicenses tinham uma fé operosa porque procuravam aplicar o ensino que receberam de Paulo e continuaram recebendo no seu dia-a-dia, certamente andando humildemente com o seu Senhor, Jesus Cristo, sob a luz bendita do Espírito Santo.

UMA IGREJA MARCANTE POR SEU AMOR ABNEGADO

Há coisas que são tão comuns que achamos que não é necessário falar. Por exemplo, não deveria ser necessário falar de amor, porque, afinal, todos nós temos alguma experiencia que envolva algum tipo de amor, tanto filial, paternal, sexual ou espiritual. Se você é crente, então, certamente você, no mínimo, já sabe alguma coisa sobre o amor (I Jo 4:8). Não precisaríamos dizer, mas não tem jeito, é necessário. O conceito de amor que nossa cultura possui e aparece o tempo todo diante de nós está terrivelmente deturpado. Amor tem sido confundido com paixonite, com erotismo e até com doenças comportamentais, como possessividade.
O apóstolo Paulo destaca que, entre as qualidades da Igreja em Tessalônica e que estavam fazendo dela uma notável agência missionária em sua região, uma era especial: o amor (I Jo 4:16). Certamente era uma Igreja de boa teologia, embora com algumas dúvidas naturais a uma igreja recém-nascida. Certamente era uma Igreja que contava com pessoas capazes de administrar, de ensinar, de doutrinar, de pregar e de discipular. Mas Paulo lembra que os crentes tessalonicenses se fizeram reconhecer por um amor abnegado e verdadeiro (I Jo 3:18), isto é, por uma vida que se caracterizava por uma alegre negação de sua vontade para que alguém fosse abençoado.

O EXEMPLO DE PAULO

Encontramos este conceito magistralmente aplicado na vida do próprio apóstolo Paulo. Ele considerava que tinha uma obrigação que sobrepujava até mesmo os mais básicos instintos naturais humanos (I Co 9:16), como o da sobrevivência. Paulo desconsiderava o chamado instinto de preservação afirmando que considerava a sua vida como não importante, pois importante mesmo era pregar o evangelho o e cuidar das Igrejas (II Co 11:28). Ele não considerava a sua vida preciosa para ele mesmo, mas ao mesmo tempo reconhecia sua utilidade para levar pecadores ao conhecimento do salvador (Fp 1.23-24).
Por sua abnegação Paulo chega a afirmar que sua nacionalidade, sua descendência de Abraão, sua prática religiosa (Fp 3:4-6) e até sua cultura poliglota (I Co 14:18-19 -  Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós. 19 Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua) tinham menos valor se ele não fosse encontrado em Cristo Jesus e vivendo para glória dele (Fp 3:7-8). Tudo o que Paulo queria era viver para a gloria de Cristo, era ser achado em Cristo e Cristo ser achado nele. Paulo não se preocupava em ter a sua vontade anulada (II Tm 2:4) e se regozijava em saber que Cristo vivia nele (Gl 2:20) – e Paulo estava disposto a morrer par que outros também vivessem esta experiencia maravilhosa.
Não temos nenhuma indicação de que Paulo e os tessalonicenses estivessem falando de uma agenda social nesta carta, embora ela não esteja ausente nas preocupações da Igreja primitiva que era ensinada a cuidar dos que sofrem, dos carentes, das viúvas e fazer o bem a todos, especialmente os da família da fé (Gl 6:10).

O EXEMPLO DE CRISTO

O exemplo mais perfeito de amorosa negação de si mesmo encontramos naquele que Paulo queria imitar (I Co 11:1). Que sentimento é este que levou o criador dos céus e da terra a assumir a natureza e limitações de criaturas tão insignificantes quanto nós? Que sentimento é este que leva aquele que é servido por anjos perfeitos e sem pecado a aceitar ser servo de pecadores?
Que sentimento é este que leva o Eterno Senhor da vida a experimentar a morte para evitar que quem merecia a morte eterna a experimentasse? Que sentimento é este que levou o Senhor da glória a deixar-se humilhar até a morte (Fp 2:8)? Que sentimento é este que levou o Senhor dos exércitos a se deixar prender e arrastar e maltratar e zombar por meros soldados do templo e alguns romanos (Mt 27:29)? que sentimento é este que fez o santo colocar-se no lugar de pecadores (I Pe 3:18)? Que sentimento é este que leva o Senhor que se assenta no alto e sublime trono a deixar-se encravar no madeiro, lugar de maldição e não de glória?
Abnegação! Negação de si mesmo! Este é o sentimento. Negação de si mesmo sem buscar recompensa para si mesmo. Os pecadores que Jesus remiu lhe foram dados pelo pai (Jo 10:29) e do ápice de sua paixão ele via com alegria o fruto do penoso trabalho de sua alma, quando ele a derramou na morte (Is 53:11-12) ficando feliz com aqueles que, mesmo sendo dele, foram comprados por meio de seu sangue (At 20:28).
Era este tipo de sentimento que era encontrado na Igreja dos tessalonicenses e que fazia dela uma igreja digna de ser lembrada: seus membros buscavam o bem uns dos outros e, mesmo correndo riscos, o bem dos pecadores, dos que se declaravam seus inimigos e inimigos de Deus (Jo 15:20). Para alcançar pecadores eles consideravam que viver é Cristo, e, se morressem, isto seria para eles incomparavelmente melhor, incomparável lucro.

UMA IGREJA MARCANTE POR SUA FIRME ESPERANÇA

  Uma característica de nosso tempo, lamentavelmente muito mais presente que o desejável e suportável até mesmo naquela que proclama de si mesma ser a Igreja do Senhor é aquilo que convencionou chamar-se de “politicamente correto” ou, em outras palavras, uma mensagem e uma atitude para cada circunstância, e isto onde ninguém está sob ameaça de perder a vida como a Igreja dos tessalonicenses poderia estar enfrentando.
Vamos lembrar as circunstâncias do nascimento da Igreja em Tessalônica. Paulo, Silvano e Timóteo foram perseguidos e acusados de serem perturbadores da ordem. Jasom e alguns irmãos foram presos, maltratados e tiveram que pagar fiança. As tribulações não haviam cessado (I Ts 1:6), mas a sua esperança em Cristo não esmoreceu porque eles sabiam em quem tinham crido (II Tm 1:12) e nada, nem na vida nem a morte poderia afastá-los do amor de Deus em seu Senhor Jesus Cristo (Rm 8:38-39).
Os tessalonicenses se mantiveram firmes porque estavam arraigados no seu Senhor e salvador Jesus Cristo (Cl 1:23 - ...se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro). A Igreja não era apenas um lugar de eventos sociais. Não era apenas o lugar de encontros de amigos. Nesta Igreja politicamente correta que encontramos no sec. XXI quantos cristãos confessariam publicamente a sua fé no Senhor Jesus, negando-se a prestar culto ao imperador e com isso sendo condenados à morte? Quantos manteriam firme a sua confissão de fé diante de espadas, lanças, ursos, touros e leões furiosos? Quantos entrariam na galeria dos heróis da fé de Hb 11 mesmo diante da ameaça de serem perseguidos, apedrejados e serrados ao meio (Hb 11:37)? Quantos manteriam firme a sua confissão sendo pregados em uma cruz de cabeça para baixo ou amarrado em uma estaca para ser queimado até a morte (Hb 10:23)?
É possível que os tessalonicenses não fossem tão bons em teologia – acredito até que não eram mesmo. Precisavam aprender sobre eclesiologia, escatologia... provavelmente se fossem perguntados sobre as duas naturezas de Cristo ou a economia ontológica da trindade fizessem aquela cara de “heinnn!??”.
Mas há algo em que eles podem nos dar uma boa aula, a nós, crentes evoluídos do séc. xxi: eles guardavam firmes a confissão da sua fé no Senhor Jesus. Ele era para eles e deve ser, também, para nós, a base da fé, a rocha dos séculos, a pedra sobre a qual estavam a fé é edificada e por isso eles não se deixavam abalar.
O que eles tinham de diferente? Eram mais fortes? Eram mais valentes? Eram mais valorosos? O que havia neles que lhes dava essa firmeza? Paulo nos dá uma resposta: eles criam em Deus, sabiam que o seu Senhor é castelo forte, socorro bem presente em toda e qualquer tribulação (Sl 46:1) e, mesmo que o Senhor não intervisse em uma situação particular, o Senhor ainda continuaria sendo Senhor e os crentes ainda continuariam sendo fiéis (Dn 3.17-18).
O que fazia da Igreja dos tessalonicenses uma Igreja a ser lembrada por sua firmeza na fé era o fato de que ali não havia amigos do evangelho, não havia filhos de crentes, não havia pais de crentes, mas, à semelhança do que o apóstolo João diz em sua carta, ali havia crentes, havia pais crentes, havia jovens crentes e fortes, havia mulheres piedosas e crentes – sua fé estava firmada em Cristo e nenhuma tempestade ou sutileza do mundo seria capaz de mudar isso (I Jo 2:14). Nada, nenhum poder deste mundo seria capaz de mudar isto, nada que já havia existido ou que viesse a existir mudaria isso porque eles simplesmente eram a Igreja dos eleitos de Deus, predestinados desde antes da fundação do mundo para crerem e serem fiéis ao seu Senhor e salvador.

VOCÊ QUER SER PARTE DESTA IGREJA

E você? O que te faz diferente dos tessalonicenses? Você ouve o mesmo evangelho, que vem do mesmo Deus e anuncia o mesmo eterno e único salvador, Jesus Cristo, no poder do mesmo Espírito. As palavras que você ouviu foram as mesmas que os  tessalonicenses ouviram ser lidas há quase 2 mil anos e fortaleceram ainda mais a sua fé e tem o mesmo objetivo: livrar você da condenação e do inferno, do poder das trevas e do medo da morte e fazer de você uma pessoa livre, isto é, alguém que não tem mais que fazer a vontade da carne e dos maus pensamentos (Ef 2:3) e pode, então, se deleitar em fazer a vontade de Deus (Sl 119:143).
O que fazer para ser como os tessalonicenses? Se você ainda não recebeu Jesus como seu salvador e Senhor este é o seu momento, esta é a sua oportunidade (II Co 6:2  ...porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação), você pode se levantar agora, confessar que é pecador e que precisa de Jesus para ser salvo, recebendo assim a fé, o amor de Deus e a firme esperança na vida eterna porque aquele que prometeu que de modo nenhum lançaria fora aquele que fosse a ele (Jo 6:37). E ele é fiel em todas as suas promessas.
Mas esta mensagem é também para aqueles que são membros da Igreja, qualquer Igreja, desta ou de outra Igreja que tem tido uma fé morna ou morta, cujo amor só alcança a si mesmo e só produz a satisfação do próprio ego e cuja esperança se esvai à primeira brisa, incapaz de resistir às menores provações. Eu preciso advertir você que uma fé assim, morna, é repulsiva (Ap 3:16) é menos do que nada, é mera palha que não resistirá às chamas do dia do juízo (I Co 3:12-13) e trará o certo, justo e decepcionante veredicto do Senhor: “Nunca vos conheci” (Mt 7:23).
E se você acha que, numa última e desesperada tentativa, buscar argumentar que fez coisas Ele ainda uma vez dirá: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus” (Mt 7:21).
Pode ser que esta seja, para você, uma mensagem de Deus como foi a que foi enviada para o rei Ezequias: “É hora de por em ordem a sua casa” (II Rs 20:1). Ezequias, humilhando-se sob a mão de Deus suplicou que o Senhor derramasse sobre ele a sua graça e foi curado). E então, vamos seguir ao Senhor em fé operosa, amor abnegado e firme esperança?

segunda-feira, 15 de maio de 2017

COMO SER IGREJA E TRANSTORNAR O MUNDO PARA GLÓRIA DE DEUS - I Ts 1.1

Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros.
I Ts 1.1
CONTEXTO
Saloniki era uma cidade importante do mundo greco-romano. Era a capital da província da Macedônia desde 164 a.C. e desde 42 a.C. era considerada uma cidade livre, isto é, isenta de impostos e aliada de Roma. Originalmente seu nome era Terme, mas após ser reconstruída por Cassandro em 315 a.C. passou a ser chamada de Saloniki em homenagem à sua esposa, meia-irmã de Alexandre, o Grande.
A história da igreja em Salônica está ligada à segunda viagem missionária de Paulo, por volta do ano 50 dc. acompanhado por Silas e Timóteo, logo depois da separação entre ele e Barnabé ocasionada pelo desejo de Barnabé levar com eles novamente a João Marcos, que os havia abandonado na metade da primeira viagem quando passavam pela Panfília (At 15.37-39 - E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. 38 Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho. 39 Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre).
Ao chegarem em Tessalônica Paulo começou a ensinar em uma sinagoga. Sua mensagem era sobre Jesus, sua morte e ressureição (At 17.1-3) e logo conseguiu convencer alguns judeus, muitos gregos e muitas mulheres (At 17.4).
Mas nem todos gostaram da mensagem ou do resultado dela. Um grupo de judeus procurou colocar a população contra Paulo e seus colegas (At 17.5) mas Paulo, Silas e Timóteo não foram encontrados.
Em seu lugar o povo prendeu Jasom e outros irmãos sob a acusação de serem contra os costumes estabelecidos: eles estavam transtornando o mundo com sua estranha doutrina: um Deus que “deixou de ser Deus” e foi traído, capturado e morto - e o paradoxal é que foi a sua morte, e não vitórias em batalhas, que fez dele o rei e salvador dos que cressem nele. E esta acusação servia de pretexto para considerá-los criminosos: se Jesus era rei, então, os cristãos estavam rejeitando a César, e isto era um crime punível com a pena capital (At 17.6-7).
Após pagarem fiança Jasom e os outros foram soltos, mas o ambiente estava muito desfavorável para Paulo e seus companheiros (At 17.8-9) e eles seguiram para Beréia, deixando a evangelização da cidade a cargo dos que haviam sido convertidos (I Ts 1.6-8).
A chegada de Paulo a Beréia teve um desfecho diferente, eles receberam a Palavra e fizeram questão de conferir se o que Paulo dizia estava de acordo com as Escrituras (At 17.11-13).
Com a chegada dos mesmos baderneiros de Tessalônica Silas e Timóteo permaneceram em Beréia e Paulo seguiu até Atenas, mas logo chamou Timóteo para Atenas, e o enviou a Salônica (I Ts 3.1). Pouco tempo depois, não obtendo bons resultados em Atenas, Paulo se dirige a Corinto onde reencontra Timóteo e Silas (At 18.5; II Co 1.19).
Como fruto das informações trazidas por Timóteo Paulo escreveu a primeira carta aos tessalonicenses, que logo seria secundada por outra em um curto intervalo de tempo, provavelmente alguns meses. 
OS AUTORES
Se você recebesse uma carta, qual a melhor notícia que você gostaria de receber? E se esta carta fosse de autoria de um verdadeiro apóstolo? O que você gostaria que estivesse escrito nela se soubesse que, além de ser originada da pena de um verdadeiro apóstolo ela fosse, também, inspirada por Deus? Ou, dizendo de uma maneira mais direta, o que você gostaria de receber, através de carta, da boca do próprio Deus através de uma carta?
É disto que estamos falando. De receber uma carta de Deus e tomar uma atitude em relação ao que Ele tem a dizer. Algumas pessoas tiveram o privilégio de receber cartas assim, de primeira mão. Os habitantes da Tessalônica tiveram este privilégio. Antes de conhecer o conteúdo da carta, precisamos conhecer os responsáveis pela redação da carta. Imagine que você chegasse para a reunião da sua Igreja hoje à noite e o pregador anunciasse que iria proceder à leitura de uma carta. Imediatamente você perguntaria: carta de quem? Quem são os autores?
Paulo, Silvano e Timóteo. Quem são estes homens e qual a sua importância? O que eles tem de tão importante para acreditarmos que o que eles escreveram é uma mensagem do próprio Deus e, por isso, deve ser lida com redobrada atenção.
Paulo é um judeu, apóstolo, isto é, comissionado pessoal e especialmente por Deus para anunciar Jesus Cristo como Senhor e salvador. Paulo sofreu uma grande transformação - era um perseguidor da Igreja e acabou sendo perseguido por amor a Cristo e à Igreja ao submeter-se ao Senhor, deleitando-se em servir ao soberano Senhor mesmo com o sofrimento que isto traria (At 9.15-16).
Ele foi o maior pregador do primeiro século. Nesta carta, diferente de outras, ele não se apresenta como apóstolo porque a Igreja dos tessalonicenses o reconhecia como legítimo apóstolo, embora ele próprio se considerasse o menor em cartas para as Igrejas que tinham dificuldade em honrar os apóstolos e seus ensinos, talvez com o sentido de ser ele "o que deveria ter menor honra entre os homens", (I Co 15:9) mas ainda assim apóstolo e com a dignidade de um verdadeiro apóstolo a ponto de afirmar que ninguém deveria incomodá-lo quanto a isto porque ele trazia no corpo as marcas de Cristo (Gl 6:17).
Paulo está acompanhado de Silvanos, ou Silas, um cidadão romano (como Paulo) que o acompanhou em parte de suas viagens missionarias desde que foi comissionado pelo Concílio de Jerusalém como um dos homens de confiança para divulgar a solução que o Espírito Santo deu à Igreja para o maior de seus problemas: a definição da suficiência de Cristo para a salvação dos crentes (At 15.22; 15.27). Silas era considerado profeta entre os irmãos da Igreja primitiva (At 15.32) e decidiu permanecer em Antioquia após a partida de Paulo (At 15.34) de onde, mais tarde, partiu com Paulo para a segunda viagem missionaria na celebre dissensão deste com Barnabé por causa de João Marcos (At 15.40). O momento mais lembrado deste companheirismo é a estada de ambos na prisão de Filipos, quando cantavam louvores ao Senhor apesar de estarem presos (At 16.25).
O outro companheiro de Paulo era Timóteo, filho de judia, crente, considerado um dos ministros 'asiáticos', natural da região de Listra (At 16.1-2) e companheiro de Paulo em muitas situações, e comissionado em alguns momentos como seu representante quando algumas Igrejas atravessavam problemas, como foi o caso da Igreja de Corinto (I Co 4.17) e de Filipos (Fp 2.19).
A carta que os tessalonicenses receberam era uma carta que lhes chegava de homens piedosos, reconhecidos como homens de Deus e por isso deveriam atentar para o que eles lhes escreviam. Esta carta que temos em mãos é uma carta de Deus para os crentes - foi para os tessalonicenses e é para nós também, porque a Palavra de Deus é viva, é eficaz (Hb 4.12), é eterna! Vamos, então, receber a carta destes homens de Deus como uma carta para nossa Igreja, como uma carta que traz instruções que devem ser consideradas e praticadas por todos nós. Nosso próximo passo agora é conhecer os destinatários - nossos irmãos em Cristo, a Igreja dos Tessalonicenses. 
OS DESTINATÁRIOS
A Igreja dos tessalonicenses era uma Igreja recém-formada, nascida da visita de Paulo, Silvano e Timóteo, composta por alguns judeus e gentios que eram dos piedosos e mulheres que tinham simpatia pelas instituições judaicas e compreenderam que o messias anunciado pelos profetas era mesmo o Jesus que Paulo pregava.
Esta Igreja mista logo teve que lidar com a oposição dos judeus, além de dificuldades com as autoridades locais, que temiam que ali surgisse mais uma das muitas revoltas que de tempos em tempos começavam nas colônias de judeus - lembremos que menos de três décadas depois a própria capital dos judeus, Jerusalém, seria sitiada e tomada pelos romanos. Paulo não teve tempo para doutrinar a Igreja - teve que fugir para Beréia, e de lá seguiu viagem rumo a Atenas, mas logo mandou Timóteo e Silas para a Macedônia com o propósito de verificarem o andamento da Igreja (At 18:5) e reencontrou seus companheiros em Corinto, de onde recebeu notícia de que a Igreja estava bem, sob a liderança de Jasom e outros piedosos, e dali, provavelmente, escreveu a carta que temos em mãos como resposta às dúvidas doutrinárias que a Igreja tinha: sobre a natureza da vida cristã e a ressureição dos mortos.
Quero que conheçamos algumas coisas sobre esses tessalonicenses.
IGREJA
A primeira e importante características dos destinatários desta carta é que eles eram Igreja (ekklesia) isto é, eram parte da comunidade daqueles que foram chamados por Deus para deixarem de pertencer ao mundo e serem seu povo de propriedade particular (Ml 3:17), pelos quais o Senhor deu seu próprio filho (Jo 3:16) como pagamento de seus pecados (I Jo 4:10).
Com este pagamento Deus, mediante Cristo, nos libertou do império das trevas e nos trouxe para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13). A ele sejamos gratos.
IGREJA DE DEUS
A frase de Paulo ao saudar a Igreja dos tessalonicenses implica que ela é Igreja por estar em Deus que é seu pai e também está no Senhor Jesus, de quem ela pode experimentar todas as bênçãos deste maravilhoso relacionamento. As notícias que Paulo tinha recebido da Igreja dos tessalonicenses eram de que ali havia sido firmada uma Igreja que tinha comunhão com Deus, o Pai, e que esta comunhão era fruto da fé no Senhor Jesus Cristo. É isto que faz a diferença entre uma sociedade religiosa e uma verdadeira Igreja: a existência de comunhão com o Pai e com o Filho (I Jo 1:3).
Os destinatários da carta de Paulo eram parte de uma genuína Igreja cristã - acreditavam na revelação de Deus em Cristo Jesus (Hb 1.1-2) conforme Paulo lhes anunciara.
Com a pregação de Paulo muitos deles abandonaram os ídolos para crerem em Deus. Muitos judeus abandonaram as mais tradicionais interpretações de seus rabinos para confiarem em Paulo que lhes anunciava que Jesus era o Cristo, o messias prometido. Todos eles correram riscos quando a oposição se levantou contra o evangelho e Jasom e outros foram levados para a prisão. Todos eles passaram a considerar o Senhor Jesus como seu principal bem e fim supremo tendo Jesus como seu Senhor e mediador (I Tm 2.5). Paulo faz questão que a Igreja dos tessalonicenses era uma Igreja que tinha sua origem em Deus e que estava em Cristo Jesus (Jo 14:1).
Isso é ser Igreja: ter sido chamado para Cristo por propósito do pai (Jo 6:37 - Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora) e viver para Cristo porque recebeu nova vida (Jo 10.28 - Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão), a vida de Cristo Jesus (Gl 2:20).  
AS BÊNÇÃOS DE SER IGREJA
Já sabemos que a carta é uma carta de Deus para a sua Igreja, através do apóstolo Paulo e de seus colaboradores, Silvano e Timóteo. Também já vimos que a carta tem sua origem no coração de Deus para o coração de sua Igreja. Os habitantes de Tessalônica não receberam a carta, não leram a carta, não conheceram seu conteúdo e nem se importavam com ele porque não eram a Igreja de Deus. Não criam em Deus nem estavam em Cristo. De certa maneira, podemos considerar que nela não havia nada de interesse para quem não é da Igreja de Deus. Os tessalonicenses não crentes continuavam vivendo na vaidade de seus próprios pensamentos (Ef 4:17) como andam os habitantes de Xinguara que não creem no messias, não são de Deus e não estão em Cristo Jesus.
Então, esta carta é para quem está em Cristo, para quem crê em Deus, para que já ouviu o chamado ou para quem está ouvindo o chamado hoje. Certamente é possível que alguém pergunte: o que Deus tem para mim se eu ouvir o seu chamado? Com o que Deus pode me recompensar se eu aceitar que esta carta é mesmo a palavra dele, a revelação da vontade dele para minha vida?
É comum nós encontramos pessoas que afirmam terem sofrido uma radical mudança em sua vida - mas uma rápida inquirição torna possível descobrir que estas mudanças geralmente são financeiras, sociais e quase sempre tem muito pouco de espirituais. As bênçãos narradas envolvem trabalho, negócios, estudos, etc... Mas vamos tentar entende quais eram as bênçãos que a Igreja em Tessalônica já usufruía - lembremos que logo ao nascer ela sofreu perseguição, houve prisão e alguns de seus membros foram espancados. Mas ela tinha algumas coisas que nenhuma perseguição e nenhum maltrato é capaz de tirar. E é esta a oferta que Deus faz para pecadores que, arrependidos, creem em Jesus e confiam sua vida às mãos do salvador. É esta a oferta de Deus para você, inclusive, neste exato momento.
Paulo fala de duas coisas que quando lemos a bíblia de maneira apressada podem nos parar desapercebida mas que expressam a plenitude da bênção de Deus sobre a vida de todos nós. É com estas coisas que a Igreja se despede na certeza e expectativa de que é abençoada todos as vezes que se reúne para cultuar ao Senhor (Fp 1:2; Ef 6:23-24).
Nos dias de Paulo a saudação mais comum era “saúde”, mas ele muda isto quando se trata da Igreja do Senhor - ele a saúda com a expressão que veio a se tornar comum entre os apóstolos.
GRAÇA
Paulo deseja que a graça (karis) seja uma constante na vida da Igreja. Graça é a bondade misericordiosa de Deus, através da qual ele age para abençoar pecadores que nada mereciam além da condenação.
É pela graça que Deus exerce uma santa influência sobre a alma dos pecadores dando-lhes um novo princípio de vida (Ef 2:5) e assim os capacita para que se voltem para Cristo (Ef 2:8).
É pela graça que os pecadores são fortalecidos e crescem na fé. É pela graça que o coração do pecadores é enternecido para Cristo e para o corpo de Cristo, capacitando-os a amarem outros que são tão pecadores quanto eles. É pela graça que os pecadores são despertados para o exercício das virtudes cristãs.
Não há nenhuma razão para você estar aqui a não ser a graça de Deus. Não há nenhuma razão para você estar vivo que não seja a graça de Deus. Não há nenhuma razão para você continuar aqui que não seja a graça de Deus. Não há nenhuma razão para você ter a esperança da salvação em Cristo a não ser a graça de Deus.
PAZ
A palavra paz vem do verbo eiro, que significa juntar, por fim à separação (Ef 2:12), neste caso separação do pecador do Senhor Deus, uma separação causada pelo pecado do homem (Is 59:2). O estabelecimento desta paz, o fim desta separação traz segurança por vir da vontade do Senhor Deus resultando em uma alma tranquila que tem certeza de sua salvação através de Cristo, nada temendo e contente com a porção terrena que lhe seja dada porque sabe que há muito mais e melhor reservado na glória (Rm 8:18).
Paz é algo que, sem Cristo, jamais experimentaremos realmente. Ninguém consegue estar imune a conflitos - mesmo que não sejam conflitos voluntários eles existem, ameaças existem de todos os lados e temos que tomar cuidados no trânsito, nos trancamos em nossas casas com medo de pessoas que não conhecemos e que não tem razão nenhuma para nos fazerem mal mas mesmo assim fazem.
Ninguém também consegue estar imune a problemas emocionais, conflitos em relacionamentos mesmo em ambientes em que a harmonia deveria imperar, como a Igreja (Gl 2:11) e o lar (Mt 10:36), ou em ambientes competitivos, como o trabalho e até o lazer. Mas não é este tipo de paz que Deus proporciona para os seus.
Paz de Deus (Rm 5:1) é um privilégio dos que o invocam em sinceridade (II Tm 2:22) e esta paz excede a capacidade do homem natural compreender (I Co 2:14). Ela é muito maior e mais elevada do que o que pode se alcançada pela sabedoria humana (Fp 4:7). Ela é uma dádiva do Senhor Jesus para os seus - e somente para os seus (Jo 14:27).
A verdadeira paz não pode se alcançada no mundo nem imposta por força de armas como tentou o império romano nos dias de Jesus, evidentemente fracassando como provam as muitas revoltas que haviam naqueles mesmos dias (At 5:36). 
CONCLUSÃO
Vamos relembrar as três coisas que aprendemos neste texto.
A AUTORIA DA CARTA
A carta aos tessalonicenses é uma carta de Deus, através dos apóstolos, para a sua Igreja. Não é um documento do passado, mas é Palavra de Deus para o coração do homem do séc. XXI tanto quanto foi para o do séc. I. Mas ela é, acima de tudo, palavra do Deus eterno para o seu povo.
É Palavra de Deus para você ouvir e atender. Ou ouvir e se rebelar. Não há meio termo. É por ela que Deus diz o que deseja de sua vida e é por ela que você demonstra se você é de Deus ou contra Deus (Mt 12:30). Não há como ficar em cima de um muro ideológico ou teológico. Ou você obedece, ou não obedece, ou você é amigo de Jesus, ou não é amigo de Jesus (Jo 15:14).
O DESTINATÁRIO DA CARTA
A carta é para a Igreja do Senhor, para os que foram chamados do império das trevas e tornados filhos de Deus. É para aquele que ouviu o gracioso chamado do Senhor e aceitou a paz e o descanso que ele dá aos que vão a ele recebendo o seu senhorio (Mt 11:28) e em decorrência disso a vida eterna pelo fato de serem feitos filhos de Deus (Jo 1:12).
A VIDA ABENÇOADA DOS DESTINATÁRIOS
Aqueles que recebem o Senhor Jesus como seu Senhor e salvador experimentam duas coisas que não podem ser encontradas no mundo: a graça de serem feitos filhos de Deus e a paz com o eterno Deus, paz que só pode ser alcançada mediante a fé no Senhor Jesus (Ef 2:17).
Através deste pequeno texto Deus uniu verdades maravilhosas para você que entrou aqui, nesta noite, saber que precisa de Jesus para estar em paz com Ele, para deixar de agir como adversário (esta é uma designação dada a satanás e a seus sequazes) e tornar-se um verdadeiro Filho de Deus.
Mas para isso, você precisa estar em relação de fé com Jesus Cristo - não há outro meio. É por graça que alcançamos a paz. É pela graça que o coração é renovado, que o Senhor dá um novo coração àquele que nele crê (Ez 36:26).
É pela graça que há disposições virtuosas em nós, como fruto do Espírito (Gl 5:22-23) e então podemos desfrutar de paz, de alegria com o Senhor e com os nossos amados. É pela graça de Deus que nos vem todas as coisas boas (Tg 1:17) e é pela graça que todos os dons nos são dados por intermédio de Jesus Cristo (Ef 4:8). Essa bênção é para aquele que recebe a Palavra de Deus como verdade e a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.

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