COMO SER UMA IGREJA QUE
DEIXA MARCAS INDELÉVEIS
É
possível que você tenha uma experiência com Igreja que lhe marcou. Talvez algum
dia você tenha chegado a uma Igreja e ficou impactado com o pastor que pregava
ou com a maneira dele trabalhar. Talvez tenha ficado impressionado com a
liderança da Igreja e seu envolvimento com a obra do Senhor. Talvez a vida da
Igreja, a maneira como eles se relacionavam e cultuavam tenha, de alguma forma,
impactado e gerado em você uma impressão tão viva que tenha se tornado um
padrão para julgamento de outras Igrejas. E é possível que a Igreja em
Tessalônica se enquadre como uma Igreja deste tipo.
Quando
conhecemos a Igreja dos tessalonicenses aprendemos que a Igreja do Senhor é
alvo de sua graça e de sua paz. É por causa da graça de Deus, isto é, de sua
misericordiosa bondade, que os pecadores são abençoados ao invés de serem
condenados. É por causa da ação de Deus em enviar seu filho para resgatar
pecadores, evangelizando paz (Ef 2:17)
que eles não são imediatamente condenados à perdição.
Certa
vez, em uma aula, surgiu paralelamente o assunto “como ser salvo”. Naturalmente
as palavras de Paulo aos efésios me vieram à mente e afirmei que a salvação é
pela graça de Deus (Ef 2:8) dando
Cristo para morrer pelas nossas ofensas (Rm
5:15). Insisti que a graça nada mais é do que Jesus morrer a nossa morte,
para que pudéssemos ter vida. É Jesus morrer em nosso lugar, ele, o justo,
morrendo em lugar de injustos (I Pe 3:18).
De
onde eu menos esperava, em um ambiente em que imaginamos que a doutrina da
salvação pela graça é consensualmente aceita alguém pediu a palavra e disse: “É
assim mesmo, graças a Deus que nós fizemos por onde merecer a salvação porque
estamos na Igreja, fazemos o bem ao próximo e como recompensa Deus nos dá a
graça da salvação”. Depois de tentar explicar que fomos criados em Cristo para
as boas obras (Ef 2:10) e não que
recebêssemos a salvação como eventual recompensa por boas obras impossíveis de
serem feitas por mortos espirituais (Ef
2:5) concluindo que ninguém pode se salvar desta maneira, pois, do
contrário, já não seria graça (Tt 3:5)
não pude deixar de pensar no conceito que nós temos de salvação pela graça para
todo aquele que crê em Cristo (At 15:11).
Voltando
ao que já sabemos sobre a Igreja dos tessalonicenses, ela era uma comunidade de
pessoas salvas sem mérito próprio, salva pela graça de Deus onde deveria
abundar a graça e a paz do Senhor Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Esta
deve ser uma descrição de toda e qualquer Igreja, isto é, de toda e qualquer
verdadeira Igreja de Cristo. Isto, de imediato, nos leva a pensar se
instituições que privilegiam as obras ao invés da graça ou que colocam as obras
como complemento e não como decorrência natural da graça de Deus deveriam ser
consideradas Igrejas. A resposta é: não, esta não é a fé bíblica, não é a
Igreja fundamentada na Palavra de Cristo e na doutrina dos apóstolos e mais
cedo ou mais tarde cairão. Mas não é assim com a Igreja de Cristo – ela veio
para ficar, as portas do inferno não podem prevalecer contra ela (Mt 16:18). Paulo diz que há três coisas
que são permanentes, independente da idade ou da capacidade de compreensão: a
fé, a esperança e o amor (I Co 13:13).
Ao conhecermos a Igreja dos tessalonicenses encontramos uma Igreja que tinha
estas três coisas.
Vamos
ver o que o apóstolo Paulo nos fala sobre esta Igreja e porque estas suas
marcas não podem ser apagadas:
1 Paulo, Silvano e Timóteo,
à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz
a vós outros.
2 Damos, sempre, graças a
Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, 3 recordando-nos,
diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso
amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, 4 reconhecendo,
irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, 5 porque o nosso evangelho não chegou
até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e
em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e
por amor de vós.
UMA
IGREJA MARCANTE POR SUA FÉ OPEROSA
Um
dos mais constantes ensinos do apóstolo Paulo, em contraste com as exigências
dos gregos judaizantes de seus dias, era o de que a salvação é uma dádiva de
Deus, por meio de Jesus Cristo, sendo obtida unicamente por meio da fé. Esta é
uma verdade bíblica tão cristalina, tão facilmente perceptível quanto a luz do
sol. O problema é que há quem não veja a luz do sol – da mesma maneira que há
quem não consiga compreender esta bendita doutrina.
Não
é incomum que os mais diversos tipos de correntes religiosas incorram em dois
erros quanto à natureza da fé e seus efeitos para a salvação.
COMODISMO
O
primeiro é o de achar que apenas assentir intelectual e emocionalmente seja
suficiente. Basta acredita. Se você acredita então não precisa fazer mais nada,
afinal, você é um salvo e permanecerá eternamente salvo, e, então, você pode
descansar nas promessas de Deus.
Antes
que você comece a pensar que eu tenha abandonado a fé e me tornado um pelagiano
ou um arminiano, entenda que é suficiente crer para obter a salvação (At 16:31), mas a fé é, além de um
chamado à salvação, também uma chamada para um caminho denominado, nas
Escrituras, de boas obras (Tt 3:8)
como fruto da presença do Espírito Santo no redimido (Ef 2:10).
Também
é verdade que você, ao crer, pode e deve descansar nas promessas daquele que
nunca falha (Mt 11:29) mas se lembre
que o nosso pastor não nos chama para uma vida estática e de comodismo, mas
para nos levar através do vale (Sl 23:4)
para pastos verdejantes e águas tranquilas (Sl 23:2). Somos chamados para, mesmo descansando em Deus, caminhar
pelas veredas de justiça (Sl 23:3)
correr perseverantemente a carreira que nos está proposta (Hb 12:1) até que ela esteja completa (II Tm - 4:7 - Combati o bom combate, completei a carreira, guardei
a fé) e tenhamos alcançado o alvo da soberana vocação (Fp 3:14).
Sob
este primeiro aspecto temos que concluir que o conforto que recebemos não deve
ser confundido com comodismo ou como uma desculpa para deixar de fazer o bem e
praticar a justiça (Mq 6:8).
ATIVISMO
O
segundo erro que encontramos quando pensamos em uma fé operosa é confundi-la
com ativismo religioso, com muitas tarefas e ocupações e, dependendo do
contexto, uma expectativa de ter suas ações reconhecidas não só entre os homens
(Mt 6:2) mas também pelo próprio
Deus que, para alguns, se veria, no mínimo, inclinado quando não na obrigação
de dar um lugar melhor na glória, de dar uma recompensa neste mundo, ou algum
tipo de recompensa por ter trabalhado mais que os outros, erro que é
veementemente combatido pelo apóstolo Paulo (I Co 15:10).
Não
quero com isto que você se sinta desestimulado a servir nas mais diversas áreas
em sua Igreja, muito pelo contrário, quero que você sirva cada vez mais, na
medida das suas forças, trabalhando para a glória de Deus sabendo que quem se
esforça para servir ao Senhor não trabalha em vão (I Co 15:58).
É
uma bênção e um privilégio servir ao Senhor. E é com alegria e louvor que
devemos servi-lo (Sl 100:2). E ao
servimos na alegre expectativa de que ele não deixa de recompensar aos servos
que são fiéis e dedicados (Mt 25:23).
Mas devemos servi-lo porque ele é digno e não pelas coisas que ele é capaz de
nos dar (Jo 6:27).
Não
confunda ter uma fé operosa com a expectativa equivocada de receber alguma
coisa em troca do que você, sozinho, não é capaz de fazer (Jo 15:5). Suas obras, se agradam a Deus, é só porque ele se agradou
de você antes (Gn 4:4) e te deu vida
perdoando-lhes os pecados (Cl 2:13)
e fez de você uma nova criatura (II Co 5:17),
um filho amado ao invés de um pecador em débito impagável (Cl 2:14).
Os
tessalonicenses tinham uma fé operosa porque procuravam aplicar o ensino que
receberam de Paulo e continuaram recebendo no seu dia-a-dia, certamente andando
humildemente com o seu Senhor, Jesus Cristo, sob a luz bendita do Espírito
Santo.
UMA
IGREJA MARCANTE POR SEU AMOR ABNEGADO
Há
coisas que são tão comuns que achamos que não é necessário falar. Por exemplo,
não deveria ser necessário falar de amor, porque, afinal, todos nós temos
alguma experiencia que envolva algum tipo de amor, tanto filial, paternal,
sexual ou espiritual. Se você é crente, então, certamente você, no mínimo, já
sabe alguma coisa sobre o amor (I Jo 4:8).
Não precisaríamos dizer, mas não tem jeito, é necessário. O conceito de amor
que nossa cultura possui e aparece o tempo todo diante de nós está
terrivelmente deturpado. Amor tem sido confundido com paixonite, com erotismo e
até com doenças comportamentais, como possessividade.
O
apóstolo Paulo destaca que, entre as qualidades da Igreja em Tessalônica e que
estavam fazendo dela uma notável agência missionária em sua região, uma era
especial: o amor (I Jo 4:16).
Certamente era uma Igreja de boa teologia, embora com algumas dúvidas naturais
a uma igreja recém-nascida. Certamente era uma Igreja que contava com pessoas
capazes de administrar, de ensinar, de doutrinar, de pregar e de discipular.
Mas Paulo lembra que os crentes tessalonicenses se fizeram reconhecer por um
amor abnegado e verdadeiro (I Jo 3:18),
isto é, por uma vida que se caracterizava por uma alegre negação de sua vontade
para que alguém fosse abençoado.
O EXEMPLO DE PAULO
Encontramos
este conceito magistralmente aplicado na vida do próprio apóstolo Paulo. Ele
considerava que tinha uma obrigação que sobrepujava até mesmo os mais básicos
instintos naturais humanos (I Co 9:16),
como o da sobrevivência. Paulo desconsiderava o chamado instinto de preservação
afirmando que considerava a sua vida como não importante, pois importante mesmo
era pregar o evangelho o e cuidar das Igrejas (II Co 11:28). Ele não considerava a sua vida preciosa para ele
mesmo, mas ao mesmo tempo reconhecia sua utilidade para levar pecadores ao
conhecimento do salvador (Fp 1.23-24).
Por
sua abnegação Paulo chega a afirmar que sua nacionalidade, sua descendência de
Abraão, sua prática religiosa (Fp 3:4-6)
e até sua cultura poliglota (I Co
14:18-19 - Dou graças a Deus, porque
falo em outras línguas mais do que todos vós. 19 Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o
meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra
língua) tinham menos valor se ele não fosse encontrado em Cristo Jesus e vivendo
para glória dele (Fp 3:7-8). Tudo o
que Paulo queria era viver para a gloria de Cristo, era ser achado em Cristo e
Cristo ser achado nele. Paulo não se preocupava em ter a sua vontade anulada (II Tm 2:4) e se regozijava em saber que
Cristo vivia nele (Gl 2:20) – e
Paulo estava disposto a morrer par que outros também vivessem esta experiencia
maravilhosa.
Não
temos nenhuma indicação de que Paulo e os tessalonicenses estivessem falando de
uma agenda social nesta carta, embora ela não esteja ausente nas preocupações
da Igreja primitiva que era ensinada a cuidar dos que sofrem, dos carentes, das
viúvas e fazer o bem a todos, especialmente os da família da fé (Gl 6:10).
O EXEMPLO DE
CRISTO
O
exemplo mais perfeito de amorosa negação de si mesmo encontramos naquele que
Paulo queria imitar (I Co 11:1). Que
sentimento é este que levou o criador dos céus e da terra a assumir a natureza
e limitações de criaturas tão insignificantes quanto nós? Que sentimento é este
que leva aquele que é servido por anjos perfeitos e sem pecado a aceitar ser
servo de pecadores?
Que
sentimento é este que leva o Eterno Senhor da vida a experimentar a morte para
evitar que quem merecia a morte eterna a experimentasse? Que sentimento é este
que levou o Senhor da glória a deixar-se humilhar até a morte (Fp 2:8)? Que sentimento é este que
levou o Senhor dos exércitos a se deixar prender e arrastar e maltratar e
zombar por meros soldados do templo e alguns romanos (Mt 27:29)? que sentimento é este que fez o santo colocar-se no
lugar de pecadores (I Pe 3:18)? Que
sentimento é este que leva o Senhor que se assenta no alto e sublime trono a
deixar-se encravar no madeiro, lugar de maldição e não de glória?
Abnegação!
Negação de si mesmo! Este é o sentimento. Negação de si mesmo sem buscar
recompensa para si mesmo. Os pecadores que Jesus remiu lhe foram dados pelo pai
(Jo 10:29) e do ápice de sua paixão
ele via com alegria o fruto do penoso trabalho de sua alma, quando ele a
derramou na morte (Is 53:11-12)
ficando feliz com aqueles que, mesmo sendo dele, foram comprados por meio de
seu sangue (At 20:28).
Era
este tipo de sentimento que era encontrado na Igreja dos tessalonicenses e que
fazia dela uma igreja digna de ser lembrada: seus membros buscavam o bem uns
dos outros e, mesmo correndo riscos, o bem dos pecadores, dos que se declaravam
seus inimigos e inimigos de Deus (Jo
15:20). Para alcançar pecadores eles consideravam que viver é Cristo, e, se
morressem, isto seria para eles incomparavelmente melhor, incomparável lucro.
UMA
IGREJA MARCANTE POR SUA FIRME ESPERANÇA
Uma característica de nosso tempo,
lamentavelmente muito mais presente que o desejável e suportável até mesmo
naquela que proclama de si mesma ser a Igreja do Senhor é aquilo que
convencionou chamar-se de “politicamente
correto” ou, em outras palavras, uma mensagem e uma atitude para cada
circunstância, e isto onde ninguém está sob ameaça de perder a vida como a
Igreja dos tessalonicenses poderia estar enfrentando.
Vamos
lembrar as circunstâncias do nascimento da Igreja em Tessalônica. Paulo,
Silvano e Timóteo foram perseguidos e acusados de serem perturbadores da ordem.
Jasom e alguns irmãos foram presos, maltratados e tiveram que pagar fiança. As
tribulações não haviam cessado (I Ts 1:6),
mas a sua esperança em Cristo não esmoreceu porque eles sabiam em quem tinham crido
(II Tm 1:12) e nada, nem na vida nem
a morte poderia afastá-los do amor de Deus em seu Senhor Jesus Cristo (Rm 8:38-39).
Os
tessalonicenses se mantiveram firmes porque estavam arraigados no seu Senhor e
salvador Jesus Cristo (Cl 1:23 - ...se
é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da
esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo
do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro). A Igreja não era apenas um
lugar de eventos sociais. Não era apenas o lugar de encontros de amigos. Nesta
Igreja politicamente correta que encontramos no sec. XXI quantos cristãos
confessariam publicamente a sua fé no Senhor Jesus, negando-se a prestar culto
ao imperador e com isso sendo condenados à morte? Quantos manteriam firme a sua
confissão de fé diante de espadas, lanças, ursos, touros e leões furiosos?
Quantos entrariam na galeria dos heróis da fé de Hb 11 mesmo diante da ameaça
de serem perseguidos, apedrejados e serrados ao meio (Hb 11:37)? Quantos manteriam firme a sua confissão sendo pregados
em uma cruz de cabeça para baixo ou amarrado em uma estaca para ser queimado
até a morte (Hb 10:23)?
É
possível que os tessalonicenses não fossem tão bons em teologia – acredito até
que não eram mesmo. Precisavam aprender sobre eclesiologia, escatologia...
provavelmente se fossem perguntados sobre as duas naturezas de Cristo ou a
economia ontológica da trindade fizessem aquela cara de “heinnn!??”.
Mas
há algo em que eles podem nos dar uma boa aula, a nós, crentes evoluídos do
séc. xxi: eles guardavam firmes a confissão da sua fé no Senhor Jesus. Ele era
para eles e deve ser, também, para nós, a base da fé, a rocha dos séculos, a
pedra sobre a qual estavam a fé é edificada e por isso eles não se deixavam
abalar.
O
que eles tinham de diferente? Eram mais fortes? Eram mais valentes? Eram mais
valorosos? O que havia neles que lhes dava essa firmeza? Paulo nos dá uma
resposta: eles criam em Deus, sabiam que o seu Senhor é castelo forte, socorro
bem presente em toda e qualquer tribulação (Sl 46:1) e, mesmo que o Senhor não intervisse em uma situação
particular, o Senhor ainda continuaria sendo Senhor e os crentes ainda
continuariam sendo fiéis (Dn 3.17-18).
O
que fazia da Igreja dos tessalonicenses uma Igreja a ser lembrada por sua
firmeza na fé era o fato de que ali não havia amigos do evangelho, não havia
filhos de crentes, não havia pais de crentes, mas, à semelhança do que o
apóstolo João diz em sua carta, ali havia crentes, havia pais crentes, havia
jovens crentes e fortes, havia mulheres piedosas e crentes – sua fé estava
firmada em Cristo e nenhuma tempestade ou sutileza do mundo seria capaz de
mudar isso (I Jo 2:14). Nada, nenhum
poder deste mundo seria capaz de mudar isto, nada que já havia existido ou que
viesse a existir mudaria isso porque eles simplesmente eram a Igreja dos
eleitos de Deus, predestinados desde antes da fundação do mundo para crerem e
serem fiéis ao seu Senhor e salvador.
VOCÊ
QUER SER PARTE DESTA IGREJA
E
você? O que te faz diferente dos tessalonicenses? Você ouve o mesmo evangelho,
que vem do mesmo Deus e anuncia o mesmo eterno e único salvador, Jesus Cristo,
no poder do mesmo Espírito. As palavras que você ouviu foram as mesmas que os tessalonicenses ouviram ser lidas há quase 2
mil anos e fortaleceram ainda mais a sua fé e tem o mesmo objetivo: livrar você
da condenação e do inferno, do poder das trevas e do medo da morte e fazer de
você uma pessoa livre, isto é, alguém que não tem mais que fazer a vontade da
carne e dos maus pensamentos (Ef 2:3)
e pode, então, se deleitar em fazer a vontade de Deus (Sl 119:143).
O
que fazer para ser como os tessalonicenses? Se você ainda não recebeu Jesus
como seu salvador e Senhor este é o seu momento, esta é a sua oportunidade (II
Co 6:2 ...porque ele diz: Eu te ouvi no
tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo
sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação), você pode se levantar
agora, confessar que é pecador e que precisa de Jesus para ser salvo, recebendo
assim a fé, o amor de Deus e a firme esperança na vida eterna porque aquele que
prometeu que de modo nenhum lançaria fora aquele que fosse a ele (Jo 6:37). E ele é fiel em todas as suas
promessas.
Mas
esta mensagem é também para aqueles que são membros da Igreja, qualquer Igreja,
desta ou de outra Igreja que tem tido uma fé morna ou morta, cujo amor só alcança
a si mesmo e só produz a satisfação do próprio ego e cuja esperança se esvai à
primeira brisa, incapaz de resistir às menores provações. Eu preciso advertir
você que uma fé assim, morna, é repulsiva (Ap
3:16) é menos do que nada, é mera palha que não resistirá às chamas do dia
do juízo (I Co 3:12-13) e trará o
certo, justo e decepcionante veredicto do Senhor: “Nunca vos conheci” (Mt 7:23).
E
se você acha que, numa última e desesperada tentativa, buscar argumentar que
fez coisas Ele ainda uma vez dirá: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará
no reino dos céus” (Mt 7:21).
Pode
ser que esta seja, para você, uma mensagem de Deus como foi a que foi enviada
para o rei Ezequias: “É hora de por em ordem a sua casa” (II Rs 20:1). Ezequias, humilhando-se sob a mão de Deus suplicou que
o Senhor derramasse sobre ele a sua graça e foi curado). E
então, vamos seguir ao Senhor em fé operosa, amor abnegado e firme esperança?
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