sábado, 27 de dezembro de 2008

"ISMOS" – PORQUE A IGREJA FAZ A IGREJA SOFRER

"ISMOS" – PORQUE A IGREJA FAZ A IGREJA SOFRER
OU O DANO DA SUPREMACIA DO PENSAMENTO ALHEIO
Há alguns dias recebi um e-mail que, embora não assuma tal caráter, se propõe a fazer uma apologia do retorno da Igreja à práticas adotadas nos séculos XVII e XVIII pelo movimento conhecido como puritanismo. Por não ser exatamente igual ao movimento medieval, mas um reavivar "seletivo" [há diversas correntes antagônicas dentro do mesmo] tem sido denominado de neopuritanismo. O autor cunha um termo para caracterizar a oposição ao neopuritanismo [termo que repudia], chamando o lado oposto de neopresbiterianismo. A título de introdução ao pensamento do autor, o que ele chama de neopresbiterianismo é caracterizado como ignorância, cegueira, deformação da fé cristã com características arminianas, antropocêntricas, dispensacionalistas, pentecostistas, pluralistas, contextualizados, moderados e cautelosos.
A princípio lamento que, a rigor, o presbiterianismo nacional tenha sido dividido arbitrariamente pelo autor em "sábios e ignorantes", "cegos e visionários". "crentes deformados e crentes reformados", "arminianos e não arminianos (suponho que o oposto a que ele se proponha seja calvinistas), e todos os outros termos devem possuir um termo contrário, ao menos na mente do autor.
Ainda que a sua defesa do movimento que se pretende ser um ressurgimento do puritanismo no séc. XXI não seja leitura árida é necessário uma reflexão um tanto mais profunda sobre aqueles que não aderiram a este movimento. A primeira observação que faço é: será que todos os presbiterianos não neopuritanos são ignorantes, cegos e possuidores de uma fé deformada? Será que todos são arminianos e antropocêntricos? Serão todos eles dispensacionalistas e pentecostistas? Creio que a caracterização aos não neopuritanos chega a ser ofensiva para muitos dos verdadeiros presbiterianos. Creio ser possível ser realmente cristão e presbiteriano sem cair na definição dada aos não neopuritanos.
Não me proponho à defesa de nenhum tipo de prática heterodoxa, repudio os extremos e repudio o divisionismo causado pela adoção destes extremos como se fossem exércitos em guerra, armados até os dentes (quanto zelo, quanta informação nas mãos dos antagonistas, mas quão pouca espiritualidade - e as divisões que tais práticas têm causado não demonstram exatamente isto, falta de espiritualidade? Gl 5.20; I Co 1.10; Jd 1.19), num zelo e pseudo piedade que causa muito mais sofrimento que unidade, dividindo uma casa que não deve ser dividida (Mc 3.25). Lamentavelmente não vejo nenhum esforço diligente por parte de nenhum grupo em cumprir a ordem escriturística registrada pelo apóstolo Paulo ao escrever aos efésios, que pede um esforço diligente: "...por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz" (Ef 4.3).
Aos que dizem que este esforço e unidade se referem à unidade entre irmãos, respondo que são portadores da razão, não precisamos aderir a um ecumenismo com a heresia ou com a heterodoxia, mas questiono: não seriam irmãos pastores, presbíteros e demais membros das igrejas que, não sendo do "puritanismo ressurgido" (me permitam à partir daqui usar o termo já consagrado, neopuritanos ou neopuritanismo) ou do que foi caracterizado como um novo presbiterianismo (neopresbiterianos ou neopresbiterianismo à partir de agora, neste texto)? E possível negar a destra da comunhão a tantos pastores que lutaram pelo bem da Igreja Presbiteriana do Brasil desde sua implantação até os dias de hoje, e dos quais ambos os grupos são herdeiros (se não querem ser herdeiros da história e das tradições, não se negam a herdar pelo menos a estrutura eclesiástica)? Estes não merecem ser reconhecidos como irmãos porque, sendo tradicionais, liberais, fundamentalistas, modernistas, avivados, renovados ou tantos outros grupos que já enfrentaram estas mesmas batalhas pela supremacia do pensamento e da hierarquia eclesiástica – não aderiram a nenhum dos neogrupos?
É necessário que entendam que não é meu propósito defender ou acusar qualquer destes grupos – com seus erros e acertos (muitos já devidamente reprovados pela história e rejeitados pela maioria da Igreja), mas chamar a atenção para o fato de que mais danos tem sido causados à igreja intra-muros do que pelos ataques externos.
Ambos os grupos alegam razões (bíblicas, históricas, teológicas, litúrgicas, eclesiológicas, sociológicas, antropológicas, exegéticas, etc.) Assumo que, inicialmente, todos têm "a sua próprira" razão, mas será que têm algo muito maior que isto, amor? E não me refiro a amor complacente com o erro, refiro-me ao verdadeiro amor que nos leva a suportar os mais fracos (quem seriam os mais fracos nesta batalha – ou seriam fracos ambos?). Todavia, não devo deixar de mencionar que os fariseus, os saduceus, os sacerdotes, os escribas, Ananias, Safira, Simão (não o Barjonas) e até Judas Iscariotes tinham suas razões. E nem por isso merecem ser seguidos. A razão não é maior que o amor – e o que o homem escolhe como "sua razão" nem sempre (ou quase nunca) expressa o verdadeiro pensamento de Deus. Sempre que grupos intentaram impor suas opiniões ao todo da Igreja o resultado foi tirania e perseguição (quando o conseguiram). Tem sido assim desde o séc. IV.
O apelo às Escrituras tem sido feito por todos os grupos que se levantam tentando formar a Igreja segundo a sua própria visão. Textos probatórios são manuseados com um vigor impressionante, escritos antigos e recentes são republicados para provar pontos de vista, em demonstrações de conhecimento teológico, histórico, exegético e outros tipos mais – mas nem sempre se vê o mesmo vigor na pregação do evangelho, no trabalho para que pecadores conheçam a Jesus, recebam-no como Senhor e salvador.
Lamentavelmente ambos os neogrupos querem que a igreja seja moldada segundo o seu pensamento, segundo a sua interpretação e segundo a sua cosmovisão – especialmente eclesiológica. A Igreja, uma instituição humano-divina com propósitos temporais e eternos precisa ser maior que os neogrupos: não deve se prender a utopias retroativas nem progressistas ou inovacionistas. Deve, sim, buscar ser uma comunidade de crentes – com amor mútuo, gratidão a Deus, não por imposição de normas e decretos proibitivos ou restritivos. Deve ser fiel ao seu Senhor – e, por conseguinte submissa às autoridades por ele instituídas, especialmente as eclesiásticas (uma submissão que deve ser observada à luz das Escrituras, mas não deve ser seletiva com base em preconceitos ou preferências pessoais, como tem acontecido sempre que um neogrupo pretende defender um ponto de vista (é muito comum impor uma determinação do Supremo Concílio ou da Comissão Executiva que é interessante e conveniente e deixar de atender outras que destoam do ponto de vista prevalecente). Desejo uma Igreja amorosa – não um reino de fantasia como o visitado por Alice, quando, por qualquer motivo, uma louca [dona do poder e que se julgava dona da razão] gritava: "corte a cabeça!".
Todos os neogrupos já perceberam que, em seus arraiais, devem se mostrar como minorias perseguidas – e é óbvio que sempre haverá quem pense diferente. Não importa a quantidade, qualquer voz que se levantar será vista como "perseguidora", "inimiga da verdade evangélica", "anti-cristã", "ignorante" e muitos outros textos. Mas, o que é tristemente comum é que qualquer dos neogrupos que consegue a supremacia logo acaba demonstrando sua verdadeira vocação tirânica: de perseguido (como é fácil se apiedar dos perseguidos, não?) logo se tornam perseguidores usando como justificativa a "purificação" da Igreja, afirmando que estão tirando o joio do meio do trigo.
Não desejo, sob hipótese nenhuma, uma Igreja onde concepções humanísticas (de qualquer que seja a época ou em qualquer que seja o molde, liberal, conservador, puritano, renovado, etc.) venham a se tornar hegemônicas, banindo do seio da Igreja o que deve ser cultivado acima de tudo: o amor. Quero uma Igreja adoradora, espiritual e verdadeira, mas estou longe de sonhar com uma Igreja impositiva, restritiva, escravizadora ou, por outro lado, amorfa, bagunçada e desordeira.
Contra uma Igreja impositiva Lutero se levantou; Zuínglio morreu em campo de batalha, Calvino dedicou-se com afinco ao estudo, ao ensino e à pregação – mas nenhum deles se esqueceu da piedade (e é curioso que ambos os neogrupos citados busquem inspiração nestes homens de Deus que se consumiram pela Igreja – mas que nunca buscaram a glória própria). No lugar da afetação piedosa é essencial uma piedade dinâmica, real, com o único interesse de agradar ao Senhor e salvador, numa busca constante por ser, hoje, menos pecador que ontem, e mais que amanhã. Contra uma Igreja dominada pela anomia e influenciada pelo escolasticismo frio e insensato muitos homens de Deus lutaram no séc. XVIII. Para que a Igreja Presbiteriana do Brasil não caísse nas malhas de uma antroteologia insensata e um pseudo evangelho pragmatista bem como do libertarismo teológico como a escatologia da libertação muitos pastores brasileiros corajosamente enfrentaram os ventos dos modismos e foram chamados de retrógrados, fundamentalistas, quadrados, antiquados, etc.
A Igreja precisa lutar pela fé, contra as heresias. A Igreja não precisa lutar contra a Igreja. Líderes não precisam denegrir, difamar, criticar outros líderes que sejam vistos como vozes discordantes. Não precisamos brincar na Igreja de resta 1: uma brincadeira (não tão infantil) em que as pedras vão sendo tiradas segundo um método determinado até que fique apenas 1. Não precisamos bancar a rainha de Copas gritando loucamente: cortem as cabeças. Todos gritam: Reforma! Mas todos querem uma reforma que só serve se for aquela segundo o seu próprio entendimento. Onde está o empenho pela pregação da palavra aos incrédulos? Onde está a tolerância para com os fracos na fé? Onde a paciência com aquele que tem menos conhecimento ou experiência cristã?
Não, não quero uma Igreja que não aceite a diferença de opinião (embora não deseje, também, uma Igreja dividida). É possível conciliar diferenças de opinião (não de fé nos fundamentos) sem divisões? Sim, creio que sim. E é por isso que quero uma Igreja intolerante com a heresia, com o pecado, com o desamor, mas tolerante com aqueles que não se submetem a qualquer que seja a corrente de pensamento que se julgue com direito a ser hegemônica. É possível que os neogrupos passem a gritar: cortem-lhe a cabeça (me convocando para as fileiras "adversárias").
Pois sim. Eis-me aqui!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

POR UM NATAL O ANO TODO

MEU PRIMEIRO NATAL... COM VOCÊS.
Ainda não fizemos aniversário, mas o blog vai passar o primeiro natal com vocês. Sei que já devem ter recebido muitas mensagens natalinas – e seria mesmo difícil para mim ser original, e, mesmo assim, não tenho esta pretensão. Original, só Deus, já afirmava o sábio Salomão.
Mas preciso lembra algumas coisas importantes:
· Me aborrece esta festa natalina sem Jesus, onde o único interesse é "ganhar algo", seja por parte dos comerciantes, seja por parte das pessoas. Especialmente porque este "ganhar algo" implica num materialismo descartável, porque o grande objeto de consumo deste final de ano, na maioria das vezes, estará esquecido antes mesmo que chegue a próxima ocasião "presenteira". Assim é por causa da volatilidade do ser humano.
· Me aborrece esta pretensa espiritualidade rasteira e humanista, onde tanto se lembra de amar ao próximo por um dia e faz-se o mal a muitos, próximos ou não, durante todo o resto do ano. Isto não passa de hipocrisia, de tentativa tola de enganar-se a si mesmos, e alguns tolos chegam a achar que estão enganando a Deus numa espécie de compensação. É bom que saibam que não estão.
· Me entristece ver crianças enganadas (e muitas vezes, pais endividados ou falidos) na expectativa da visita de um personagem mantido pelo marketing, que vende fantasias a um custo altíssimo. Infelizmente muitos se endividarão nestes festejos de fim de ano por causa da poderosa sugestão de profissionais de vendas que se utilizam de um recurso poderoso a entrar nas casas das multidões – a TV.
Mas o que mais me entristece mesmo é ver que o personagem mais importante do natal tem sido esquecido durante todo o ano [para ser, ainda lembrado, por uma minoria nesta época do ano]. Ultimamente nem mesmo no natal o aniversariante tem sido lembrado. E, quando é lembrado, nada é mencionado sobre a sua divindade ou sobre a sua missão de demonstrar, por um lado, o alcance da graça de Deus e, por outro, a gravidade dos pecados humanos e suas conseqüências eternas.
A você, que tem acompanhado o blog, obrigado por sua paciência com este que pretende ser um escriba a chamar a atenção para os muitos erros sociais, políticos e, especialmente, religiosos e espirituais que s têm cometido ultimamente em nosso país em nome de um falso igualitarismo onde alguns prosperam à custa da credulidade ou da leniência de outros tantos. E quero concluir dizendo: o natal não faz sentido se não for para adorar em Espírito e em verdade o Senhor que se fez carne, habitou entre nós nos permitindo ver sua glória, glória do unigênito do Pai. Natal é pro ano todo, pra vida toda, pra toda a eternidade. E tenho dito.

E JÁ É NATAL!

E JÁ É NATAL!

Todo ano se discute se é correto comemorar ou não o nascimento do Senhor Jesus. Razões sociológicas, antropológicas, teológicas e até tolices são divulgadas numa profusão de novidades que só serve para confundir a Igreja. Quero apresentar algumas razões para não se comemorar o natal, ao menos como ele tem sido comemorado.

DIGA NÃO AO MARKETING.

Diga não à transformação da comemoração do nascimento de Cristo em uma simples festa comercial.

O natal tem sido apresentado como uma grande oportunidade econômica - e não é a toa que analistas de mercado estão surpresos porque, este ano, o nível de emprego no comércio varejista não cresceu. Culpa da crise? Os marqueteiros querem nos fazer crer que dezembro é uma época de consumismo, de comprar coca-cola, chocolate, frango, peru e presentes. Não é. Ninguém precisa de nada disto para comemorar o natal. Ninguém é obrigado a atender aos marqueteiros para lembrar que o Deus eterno se tornou um com a humanidade.

DIGA NÃO À IDOLATRIA

No natal também são espalhadas imagens por todos os cantos - e a idolatria já não é somente do menino Jesus, José e Maria, mas especialmente de uma figura folclórica conhecida como papai (de quem mesmo, se seria um bispo romano e solteiro) Noel (para ou seja anglos, Santa Claus). Já se chegou ao ponto de apresentar uma marca de refrigerante como “o personagem principal do natal”. Chega-se ao ponto de afirmar que se uma casa (ou Igreja) não estiver enfeitada com árvores e guirlandas ela não está comemorando o natal. Rematada tolice, como muitas outras.

DIGA NÃO ÀS TOLICES

O menino Jesus não nascerá de novo, nem mesmo em corações bem intencionados. Não há mais menino Jesus. Jesus já nasceu - já cumpriu o seu ministério. Podemos lembrar do seu nascimento, mas pedir que ele nasça de novo (mesmo figurativamente) é um absurdo. No natal lembramos que ele veio compartilhar da nossa natureza para que nós pudéssemos compartilhar da sua.

DIGA NÃO À DISCUSSÕES INÚTEIS

Nada acrescenta à espiritualidade [e principalmente à comunhão] da Igreja ficar discutindo sobre em que data se deve comemorar o natal. Pelo menos quatro correntes divergentes se apresentam: 

· Os cristãos ocidentais comemoram o natal no dia 25 de dezembro; 

· Os cristãos ortodoxos comemoram-no no dia 06 de janeiro; 

· Os cristãos armênios o fazem no dia 19 de janeiro; · Astrônomos colocam-no entre 13 e 27 de abril; 

· O fato de ter havido um recenseamento e os pastores estarem no campo (verão) torna provável que o nascimento tenha se dado entre agosto e outubro. 

Mas tudo isto é irrelevante: os cristãos primitivos comemoravam como die natalis o dia em que a nova vida foi dada [ressurreição].

COMEMORE O NATAL

Os cristãos lembram, em qualquer que seja a data escolhida, um fato absolutamente relevante para a humanidade: o messias veio. E ponto! E é por isso que devemos lembrar com gratidão do nascimento do Redentor. Cristo veio, veio por mim e por ti. 
Celebremos! 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

LULA (E) UM ABORTO

LULA (E) UM ABORTO
Há tempos afirmo que ser lulista ou ser petista é incompatível com o verdadeiro cristianismo, isto é, com um cristianismo comprometido com Deus e com a sua palavra. Nunca afirmei que o cabeça da serpente chamada lulismo seja tolo – nada disso, é, talvez, o político mais esperto que há no nosso país atualmente (e não veja nisto um elogio, pois esperteza muitas vezes é o oposto da verdadeira sabedoria, e este é um destes casos). Vamos ver um exemplo simples, tirado de um caso concreto, mas com conseqüências funestas para o país a curto prazo.
É sabido que o direito ao aborto é uma das bandeiras do petismo. Nunca esconderam isto de ninguém – tanto que está entre as diretrizes citadas no site do partido. Também é sabido que a grande maioria dos brasileiros é contrária ao aborto, sem discussão de suas nuances (terapêutico, eugênico, etc.). Entre estas duas correntes encontra-se, com forte apoio popular, o Sr. Luis Inácio. Como suas costas são quentes em relação ao petismo (mensalão, dossiê anti-Serra, etc.) ele não pode dizer o que desagradaria suas "bases", mas por outro lado não pode dizer o que desagradaria mais de 70% da população brasileira que não é petista. O que fazer para agradar gregos e troianos?
Quero, antes de mais nada, marcar minha posição: sou contra o aborto. Considero-o um crime e considero a atitude do mandatário maior de uma estupidez eqüina (com a devida consideração aos animais). O que o presidente está fazendo é, disfarçadamente, a apologia de um crime segundo as leis nacionais – e ninguém fará nada a respeito, ele não será questionado por este ou por outros crimes cometidos. Mas analisemos primeiro a estúpida posição do Sr. Presidente da república:
i. O debate sobre o aborto é uma questão de saúde pública. Será mesmo? Porque? Ah!, porque, segundo o mesmo e seus conselheiros – aliás, onde estava o ministro da saúde que simplesmente fugiu a três [você leu bem, três] audiências na qual o grave problema de saúde pública chamado dengue deveria ser debatido [e as chuvas de verão estão chegando junto com uma imensa nuvem de mosquitos] é hipocrisia não diferenciar as mulheres ricas das pobres. É verdade que só é possível diferenciá-las quanto a onde vão fazer o aborto, mas quanto à legalidade do mesmo e, mais ainda, quanto a moralidade. Todas agem ilegalmente e imoralmente, criminosamente até. Ricas ou pobres – todas sabem como crianças são geradas e também sabem como evitá-las. Existem numerosos métodos anticoncepcionais para os casados e o melhor de todos, a castidade para os solteiros. Ah!, mas e o caso de um estupro? Um ser que não pediu para ser gerado deve morrer pelo crime de um terceiro? Isto é moral? É lógico? Concluo afirmando que o aborto não é uma questão de saúde pública. É uma questão de escolha [criminosa] de pessoas irresponsáveis, que não querem assumir a responsabilidade de seus atos. Questão de saúde pública é a dengue, os esgotos a céu aberto, mas não o aborto. O aborto é uma questão judicial. E ponto. Se alguém procura uma clínica para a prática do aborto deve ser responsabilizada criminalmente por sua escolha (e o assassino profissional também).
ii. Afirma o Sr. Presidente que a discussão sobre o aborto é um avanço que precisa acontecer na sociedade (na verdade o que ele quer é, textualmente, "quebrar as barreiras, fazer novas leis e mudar a cabeça das pessoas"). Posso afirmar que existem avanços em direção a coisas boas e coisas ruins. E este é o caso de um avanço rumo ao mal. Como caracterizar como benéfica a legalização do assassinato? Sim, porque é isto que o aborto é: causar a cessação de uma vida. Não se trata de uma vida em formação – já é uma vida, cujo corpo está em formação. É um avanço rumo à barbárie, à matança generalizada de infantes.
iii. Os defensores do assassinato dos infantes afirmam que as mulheres possuem o direito de decidir sobre o seu corpo. Concordo que existem direitos que são fundamentais – mas discordo que este direito se aplique no caso do aborto. Exemplifico: se alguém quiser cortar a própria cabeça, o estado vai legalizar esta prática em hospitais públicos? É a eutanásia legal no Brasil? Não. Não é – e não será. As mulheres possuem o direito de fazer escolhas – e o aborto nunca é a melhor escolha (quaisquer pressões emocionais, psicológicas, financeiras, morais ou religiosas são menores do que o valor de uma vida). Sugiro que as mulheres usem este direito antes da concepção, evitando o relacionamento ou, na hipótese mais permissiva (e admito-a como hipótese apenas) utilizando os métodos anticoncepcionais existentes quando resolverem tratar da questão, digamos, mais intimamente. Até aí trata-se do que fazer com seu próprio corpo. Porque não tomar a decisão correta antes? Mas, à partir do instante em que um novo ser é gerado, são, querendo ou não, embora desproporcionalmente, dois corpos. E cabe ao estado, em todas as questões que envolvem direitos de dois indivíduos, resguardar os direitos de ambos, e não promover o interesse (não uso a expressão direito, porque aqui já não cabe mais) às custas do direito do outro (aqui sim, cabe a palavra direito) que está impossibilitado de defender-se e depende integralmente da ação de terceiros. E, tenho ainda uma outra questão sobre direitos: todo ser gerado é composto por 50% de caracteres paternos e 50% maternos. E se o pai da criança quiser vê-la viva. Quem vai defender este direito?
Na prática Lula não defende o início dos debates – ele já se posicionou a favor, só que ao estilo de uma lula, isto é, cheio de dedos (ou seriam tentáculos). Só que ele não tem a coragem de ser verdadeiro e claro. Já marcou sua posição, mas como o leão da montanha dos quadrinhos animados deixou uma rota de fuga, agradando a esquerdistas (para quem a vida – do outro, bem entendido – nada mais é do que um número para mais ou para menos) e não desagradando àqueles que lutam contra o mesmo. Os interlocutores do presidente no encontro são todos membros de comitês comprometidos com os direitos humanos (conforme imaginam que sejam – não como são na realidade), são associações para promover o aborto, não o debate sobre o mesmo, e foi para estes que o presidente falou. Para a promoção do aborto, palmas – para a investigação de práticas clandestinas de abortos no Brasil [um crime], vaias como as destinadas ao deputado Arlindo Chinaglia (não que eu goste dele), presidente da câmara dos deputados, que assinou a criação da CPI do aborto.
Ademais, este debate já começa sob o signo do preconceito: quem for contra o aborto é preconceituoso – quem é a favor é esclarecido e progressista. Não há promoção de uma prática sem que se abra o debate – mas só abre o debate quem quer a legalização de práticas que, hoje, são consideradas criminosas pela lei brasileira (perseguição política a militares do período da ditadura, proteção oficial a terroristas brasileiros e estrangeiros) e é criminosa sobre todos os demais aspectos.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O PRESBITÉRIO DOS MEUS SONHOS

O PRESBITÉRIO DOS MEUS SONHOS
Nos meus poucos anos de ministério (se contar o período de seminário são 12) tenho vivido experiências boas e também ruins, muitas destas onde elas menos deveriam ocorrer – nos encontros de líderes das Igrejas. Desde que uma jovem disse-me uma frase desafiadora (e não quero aqui elevá-la à categoria de profetisa) tenho dito ao Senhor sempre que ele me chama para uma tarefa – estou pronto, capacita-me e sustenta-me. E ele não tem me decepcionado (penso que, muito mais vezes do que gostaria, tem acontecido o inverso).
Mas, nas alegrias ou nas lutas, não deixo de sonhar com uma igreja melhor. Passo a apresentar-lhes o meu sonho – e a minha oração a Deus para conduza a sua Igreja neste projeto. É obvio que eu não sonho com uma Igreja perfeita aqui – é impossível enquanto o pecado não se tornar apenas um evento negro na história da humanidade. A Igreja perfeita tem um pastor também perfeito – e não há homens perfeitos. A Igreja perfeita só será vista quando toda a Igreja militante for finalmente promovida a Igreja triunfante – quando os ímpios não mais puderem se misturar com os santos. E quando os santos não mais cederem às tentações (humanas, mundanas e satânicas).
Sonho com uma Igreja onde todos intentem a mesma coisa, acima de tudo e de todos os seus interesses: glorificarem o nome de Deus. Esta Igreja, enquanto caminha rumo à estatura de varão perfeito, conhece algumas verdades que são verdadeiramente fundamentais para o cristianismo verdadeiro – antigo ou moderno, porque este é, sempre, um só, apesar de seus vários matizes (é óbvio que não reconheço como cristianismo movimentos heréticos).
A primeira e fundamental realidade conhecida pelos cristãos é sobre o perdão dos pecados. Ainda que tendo que enfrentar, diuturnamente, o pecado como uma força maléfica – interna e externa – os cristãos se sabem não mais escravizados ao pecado. Foram deles libertos pela obra mediadora e redentora do Senhor Jesus – o advogado que nos assiste em nossas fraquezas, que é o autor e o consumador da nossa fé. Por crerem nele (aceitam-no intelectual, emocional e especialmente espiritualmente) como seu Senhor e salvador pessoal, sabem que o pecado, que precisa ser combatido com toda a diligência pode ser vencido – numa atitude constante de renúncia a si mesmo e de servidão a Cristo, o Senhor. Atitudes como iras, discórdias, bebedices, maledicências, porfias e outras mais, descritas em diversos textos bíblicos (Mc 7.21-22; Gl 5.19-21; Ef 4.30; Cl 3.8) podem ser acidentais, mas não podem ser essenciais para o verdadeiro cristão, que não tem mais o direito de escolher o mal pois foi comprado por justo preço.
A segunda e fundamental realidade para este cristianismo é o conhecimento do Senhor, do eterno e terno Senhor – e é nele, e por meio dele que temos a vitória sobre o mundo e sobre o maligno. É por causa do nome do Senhor e salvador Jesus Cristo que podemos dizer que somos mais do que vencedores, nome que está acima de todo nome, rei invicto e vencedor. Não se trata de mero conhecimento intelectual, mas de uma experiência viva e constante. Muito já sofreu a igreja com um escolasticismo (sob qualquer que seja o disfarce) dissociado da piedade, embora, por outro lado, a piedade necessite de conhecimento do e sobre o Senhor da Igreja. Estes cristãos conhecem a Deus não apenas como Senhor, mas também como seu pai, vivem em sua casa, recebem do seu mantimento, conhecem e observam os seus mandamentos sempre benéficos.
Nesta Igreja todos são igualmente úteis, abençoados e abençoadores – jovens e idosos, homens e mulheres, independente de condição social ou origem nacional. Todos com responsabilidades – diferentes, mas responsabilidades. Todos com igual disposição para o serviço, para o ministério em quaisquer áreas para as quais forem chamados. Sua força não provém do conhecimento teórico nem da antiguidade no serviço – provém da obediência à palavra e da comunhão com o Senhor, seu Deus, seu pai, seu mantenedor.
Se cada membro da Igreja foi chamado para lutar por esta Igreja – luta que não é contra carne, nem contra sangue, embora muito sangue tenha sido derramado, real ou figurativamente por aqueles que, em erro, pensavam lutar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos, muito mais os pastores que foram colocados como superintendentes do rebanho, devendo atender por eles como modelo, como exemplo. O adágio "tal povo, tal líder", na Igreja muitas vezes é invertido: "tal líder, tal povo". É o pastor quem, sabiamente ou imprudentemente, conduz o rebanho que lhes foi confiado – e muitas vezes vemos rebanhos sofrendo por imprudência (ou falta de sabedoria) de seus pastores.
Como evitar tais erros? Como ter uma Igreja que conhece ao seu Deus e a ele serve espiritual e verdadeiramente – a primeira e mais importante premissa é: nós, os pastores, devemos ser os primeiros a viver na mais completa dependência de Deus. Nossos projetos, conhecimentos, experiências e ideologias devem ser depostas, cativas, aos pés de Cristo. Lembro, por fim, as palavras do Senhor: "a ele ouvi". Somos chamados a buscar manter a unidade da fé no Senhor Jesus. Não precisamos criar nenhuma unidade ideológica ou estrutural – precisamos, unidos, servir a Cristo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

FESTA NO PARAÍSO

FESTA NO PARAÍSO
Dia 20 de novembro foi um dia muito especial - inauguramos oficialmente a nossa congregação no Alto Paraíso. Pintura, bancos, ventiladores e tudo que era preciso para dar conforto aos membros e visitantes. Mas sem esquecer do principal - a pregação da palavra que é o que traz o verdadeiro e eterno conforto aos pecadores.

Pouco antes do início do culto o número de presentes já indicava que faltaria lugares (os bancos comportam cerca de 90 pessoas, e todos ficaram plenamente ocupados.

Pessoas de todas as idades vieram aos dois cultos (na quinta e na sexta-feira). Tivemos mais de 180 pessoas presentes no primeiro dia e cerca de 120 no segundo dia, num total de aproximadamente 300 pessoas.
Muita gente ficou de fora por falta de lugar dentro da igreja - era impossível que as pessoas ficassem mais apertadas até mesmo por causa do forte calor que é característico da região.
Membros da equipe de trabalho presentes: músicos, presbíteros, missionária, diácono e o pregador.
Agradecemos imensamente a todos os que trabalharam em prol desta bênção. Muitos irmãos que, através de seus dons e talentos, contribuíram para esta festa espiritual. E, para não fugir à regra, depois do banquete espiritual teve aquele CHURRASCOOOO!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CRIACIONISMO NAS ESCOLAS BRASILEIRAS

ESCOLAS ADOTAM CRIACIONISMO EM AULAS DE CIÊNCIAS
Artigo de: Simone Iwasso e Giovana Girardi
Polêmicos nos Estados Unidos, onde são defendidos por movimentos religiosos como mais do que explicações baseadas na fé para a criação do mundo, o criacionismo e o design inteligente se espalham pelas escolas confessionais brasileiras - e não apenas no ensino religioso, mas nas aulas de ciências. Escolas tradicionais religiosas como Mackenzie, Colégio Batista e a rede de escolas adventistas do País adotam a atitude de não separar religião e ciência nas aulas, levando aos alunos a explicação cristã sobre a criação do mundo junto com os conceitos da teoria evolucionista. Algumas usam material próprio. Veja também:
Outros trabalham com livros didáticos da lista do Ministério da Educação e acrescentam material extra. "Temos dificuldade em ver fé dissociada de ciência, por isso na nossa entidade, que é confessional, tratamos do evolucionismo com os estudantes nas aulas de ciências, mas entendemos que é preciso também espaço para o contraditório, que é o criacionismo", defende Cleverson Pereira de Almeida, diretor de ensino e desenvolvimento do Mackenzie.
O criacionismo e a teoria da evolução de Charles Darwin começam a ser ensinados no colégio entre a 5ª e 8ª séries do fundamental. Na hora de explicar a diversidade de espécies, por exemplo, em vez de dizer que elas são resultados de milhares de anos do processo de seleção natural, se diz que a variedade representa a sabedoria e a riqueza de Deus.
No Colégio Batista, em Perdizes (SP), o entendimento é semelhante. "Ensinamos as duas correntes nas aulas e deixamos claro que os cientistas acreditam na evolução, mas para nós o correto é a explicação criacionista. O importante é que não deixamos o aluno alienado da realidade", afirma Selma Guedes, diretora de capelania da instituição.
A polêmica está no fato de os colégios ensinarem o criacionismo e o design inteligente não como explicações religiosas, mas como correntes científicas que se contrapõem ao evolucionismo. Nos EUA, a polêmica parou na Justiça. Em 2005, tribunais da Pensilvânia decidiram que o design inteligente não era ciência, recolocando Darwin nas escolas. No Brasil, onde o debate não é tão acirrado, esse tipo de ensino tem despertado dúvidas sobre a validade na preparação dos alunos. Os conteúdos de ciências exigidos em concursos e vestibulares são baseados em consensos de entidades científicas, que defendem a teoria da evolução.
Já nos cerca de 2 mil colégios católicos, segundo dados da Rede Católica de Educação, não há conflitos entre fé e teoria evolucionista. No material usado por cerca de cem colégios do País, as aulas de ciência trazem a teoria da evolução e explicam o papel de Darwin.
Reinaldo Azevedo, colunista da Revista Veja, comenta
Qual o problema? Segundo entendi, as escolas estão ensinando as duas coisas: afirmam a verdade científica e dizem qual é o entendimento que, como religiosos, têm da questão. Ou será que as escolas cristãs são obrigadas a negar a sua natureza? Estão querendo criar contradições inelutáveis onde elas não existem. Espero que as minhas filhas sejam informadas sobre essas duas verdades: a científica e a religiosa — sim, existe uma “verdade religiosa”, que está num domínio que não disputa espaço com a ciência. Como elas vão equacionar essas coisas, bem, aí é com elas, com a família, com as múltiplas influências a que estão expostas.
Resta evidente que as escolas não estão fazendo opções radicais, excludentes. Ademais, ainda que estivessem, as famílias têm o direito de escolher que educação querem dar a seus filhos, segundo sua história, sua religião, suas tradições. Ou, agora, vamos proibir as escolas judaicas, por exemplo, de expor a sua visão de mundo aos estudantes? É incrível como o preconceito anticristão vem sempre vazado numa perspectiva supostamente iluminista e de combate ao preconceito, quando, de fato, o que se tem é o contrário.
A teologia vigente nas escolas, religiosas ou não, que precisa ser combatida é outra: a vigarice esquerdopata, o marxismo de fancaria.
Depois comento.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

JESUS E A TORCIDA

JESUS E A TORCIDA
Foi tentador demais mencionar a torcida neste post, especialmente num dia de uma grande vitória para os flamenguistas (Vitória, da Bahia)...
Mas este não é o meu assunto. Sei que, embora a vida do cristão seja una, sem tomias, isto é, seu lazer, trabalho, estudos, família e tudo o mais reflete o seu caráter de adorador, é necessário que nos atenhamos ao que realmente é importante.
Nesta época tão mercadólatra onde papai Noel, coca-cola, chocolates, presentes e luzes ocupam o centro das atenções midiáticas, nossa Igreja lembra que o personagem principal da festa não pode ser esquecido. Ele é Jesus. Não os produtos do marketing. E é sobre as profecias a respeito deste "menino-Deus", ou "Deus-menino" como querem os puristas – será que a ordem das naturezas altera o poder e o caráter do Senhor? Penso que não.
O profeta Isaias falou muito de Jesus – a ponto de ser cognominado de "o profeta evangélico", e, de fato, Isaias apresenta tantos detalhes que parece-nos estar narrando algo que ele vira (e de fato, anteviu – para imenso desgosto dos teólogos liberais e incrédulos). Sua descrição da vida e ministério de Jesus, especialmente no capítulo 42, é mais do que impressionante, é miraculosa. Ali vemos o caráter de um servo muito especial, cuja descrição não pode ser aplicada a nenhum profeta a não ser ao profeta por excelência, ao profeta perfeito, predito por Moisés (Dt 18.15). Isaias praticamente pré-escreve (escrever de antemão, não de determinar o que deve acontecer ou ser dito) o que acontece no início do ministério terreno do Senhor Jesus quando é reconhecido como o messias por seu primo João, o batizador. Embora perguntado se era ele, João, o profeta ou o messias, João faz o que todo profeta verdadeiro faz: rejeita uma honraria que não lhe pertence, mostra-se humilde e anuncia aquele que deveria ser crido, seguido e obedecido. Quando Jesus se aproxima, avisa a todos: ali estava o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. Para cumprimento ainda mais exato da profecia de Isaias, do céu o Senhor afirma o seu amor e aprovação por Jesus, ao mesmo tempo em que sobre ele desce o Espírito Santo (leia Is 42.1).
Continuemos comparando o que Isaias escreve e o ministério de Jesus: não clamava, não reclamava, apenas ensinava amorosa e eficazmente, com poder e autoridade. Nos campos, nas estradas, nas ruas, nos templos, nas casas – mas nenhuma vez seus ensinos foram realizados numa praça – aliás, a única reunião em praça pública de que participou foi para ouvir a sentença popular e a exigência da crucificação (Is 42.2).
A descrição do caráter amoroso do profeta perfeito pode ser encontrada no verso 3: um messias amoroso, que se importa com a dor e o sofrimento das pessoas, seja ele físico, moral ou espiritual. Ele se condói de todo tipo de sofredor: pecadores, publicanos, leprosos, cegos, aleijados, e anda por toda a parte fazendo o bem – a ninguém condena, exceto àqueles que preferem a auto-condenação através da busca do mérito próprio – tão fadados ao insucesso quanto estão os que lhes seguem os passos. Mais de uma vez foi convidado a julgamentos, e em todos lembrava que o principio a ser seguido é, mais do que a letra da lei de Moisés, o espírito paternal de Deus em relação a seus filhos. Não aumentava a dor dos machucados, nem acusava os culpados de maiores culpas, aliás, esta é uma tarefa digna do acusador, satanás. O ministério de Jesus era bem diferente – veio para buscar e salvar o perdido, para recuperar o ferido, exaltar o humilhado e enriquecer de bênçãos aos pobres, saciando os famintos e sedentos pela justiça de Deus.
Poucos tiveram tantas pressões para desanimar – desde os dias iniciais, com a dura prova de enfrentar o tentador no deserto, solitário e faminto (fisicamente, pois pleno da palavra que alimenta para a vida eterna). Embora muitas tenham sido as embaixadas satânicas para fazê-lo desanimar (desde o nascimento, mais a tentação no deserto, a repreensão indevida de Pedro, a dor no coração de saber quem era o traidor e também sabê-lo ladrão daquilo que era ofertado para a manutenção da obra, a incredulidade dos seus irmãos, a rejeição do seu povo, a cegueira dos líderes religiosos, a provação e agonia no Getsêmani, a prisão e julgamento injustos, a negação de Pedro, as provocações dos soldados e do ladrão na cruz) ele permaneceu firme no propósito para o qual veio ao mundo: dar a sua vida para resgatar pecadores. E Deus não permitiu que nada lhe acontecesse até que sua obediência fosse completa, comprando para si um povo muito especial – não apenas judeus, nem europeus, mas pessoas as mais diversas, espalhadas pelas "terras do mar", nações distantes da Israel conhecida por Isaias, mas certamente ao alcance da maravilhosa e misericordiosa graça divina.
Mas certamente o mundo não quer ouvir nada sobre isso – quer apenas festejar, comendo, bebendo, embriagando-se e zombando do Deus justo. Até quando! E você, cristão, até quando vai enfeitar a sua casa com velas, guirlandas, dar e receber presentes numa viciante embriaguez mercadológica. Não sou contra a celebração do nascimento do Senhor Jesus – mas de seu nascimento não podemos esquecer em nome de uma ególatra festividade do mercado. É natal – Jesus nasceu, e o frango e a coca-cola nada têm a ver com isto.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

LULA E A NEGRITUDE DE OBAMA

OBRIGADO POR ME AJUDAR A COMBATER MAIS UMA MISTIFICAÇÃO ESQUERDISTA
Há algum tempo conversei com uma grande amiga sobre meu post a respeito do populismo. O questionamento era a respeito da significação da eleição do futuro presidente americano, Barak Hussein Obama e se haveria alguma relação com a cor da sua pele. Meu ponto de raciocínio era que os americanos foram injustamente acusados – no caso desta eleição, de serem preconceituosos. É só observar o que aconteceu: Obama teve mais de 40% dos votos dos brancos americanos - mas havia uma campanha "em off" de que ele só não seria eleito devido ao preconceito dos americanos. Ora, afirmo que esta foi uma acusação injusta aos americanos. Eles elegeram um administrador, o que achavam que seria o melhor para eles, independente da cor da pele. E o nosso presidente aqui diz, entre suas muitas tolices, que a cor da pele foi um diferencial. Não foi. O que estou dizendo é que não houve preconceito racial na escolha (mesmo que o mundo queira ver a eleição de Obama como um marco racial). Acho que não houve, especialmente porque ele tem sangue branco também. Não ligo para este negócio de cor de pele, acho este tipo de divisionismo prejudicial. Não olho para isso - acho que quem é competente deve ser escolhido, incompetentes devem ser rejeitados, só isso.
Veja se estou tão errado assim: o voto dos negros (ou afro-descendentes, mais politicamente correto, embora eu não me preocupe com isso) e latinos foi em peso para Obama. Quantos deles votaram em Obama por ser negro? Seriam racistas? Por outro lado, é justo afirmar que TODOS os que votaram em McCain eram brancos e racistas? Ou consideravam o senador mais apto para governar?
A minha interpretação é que muitos negros votaram em Obama por ser negro, assim como muitos brancos votaram em McCain pelo mesmo motivo. Mas MUITOS brancos votaram em McCain por considerarem-no mais apto - e outros tantos preferiram Obama pelo mesmo motivo. Mas quantos negros votaram em McCain?
E o meu post nem se referia primariamente a este assunto: a questão abordada é o populismo, o engodo marqueteiro lá e aqui - e sempre. O problema que combato é que o racialismo tem feito a leitura de tudo o que se faz e diz tendo como viés o racismo (ou racialismo - divisão arbitrária da sociedade em grupos ou quotas étnicas). Detesto isto.
Sou contra um radicalismo - não discrimino os que se sectarizam em grupos, classes ou etnias - que pretende fazer da sociedade brasileira uma verdadeira arara, um verdadeiro arco-íris multicolorido. Aquilo que considero erro social, antropológico, político, moral e espiritual vai continuar sendo rejeitado por mim. Rejeito o racialismo, como rejeito o aborto, como rejeito o homossexualismo, como rejeito a mentira, como rejeito a fofoca, como rejeito o adultério e a violência, como rejeito a politicagem rasteira. Releia o texto citado com cuidado - verás que a questão levantada não é primordial, mas ao mesmo tempo foi usada na campanha e tem sido usada pelos que torciam pela vitória do Obama.

VIZINHOS. NÓS OS TEMOS.

VIZINHOS. NÓS OS TEMOS.
Ou: ...quando somos obrigados a ouvir heresias.

Tarde de segunda-feira (normalmente folga pastoral, obediência ao mandamento [Ex 34.21] – normalmente). Enquanto realizava trabalhos domésticos (vivendo a vida comum do lar, também um mandamento bíblico – I Pe 3.7) tive a minha casa invadida pelo MST ou seria MSB? Sei lá, na barafunda das siglas que desrespeitam nossos direitos, uma a mais uma a menos fará pouca diferença. Mas, para não confundir com os bandidos de lá, usarei a sigla MSB: Movimento Sem Bíblia, na verdade, sem conhecimento de bíblia, porque bíblia eles até tem (exatamente igual ao MST, formado por muitos que possuem alguma terra em algum lugar, e outros que nada querem com a terra, só os recursos que o governo dá para os assentados – em muitos casos, muitos vagabundos, desordeiros e ladrões infiltrados – é bom que se frise que creio haver ali trabalhadores honestos, honestamente enganados e manipulados por grupos de "libertários profissionais").
Pois bem, o MSB invadiu minha casa, meus ouvidos, minha mente... Ah!! Como foi difícil a reintegração de posse dos meus pensamentos. Mais até que conseguir tirar os invasores das fazendas do Daniel Dantas no Pará (quem sabe um milagre aconteça e a Carepa faça algo - só milagre mesmo).
Como foi dito anteriormente, temos vizinhos. E eles não são obrigados a possuírem o mesmo gosto que nós (Ah! Se isto fosse possível). Geralmente eles nos obrigam a ouvir músicas (seriam músicas mesmo aquela barulheira toda?) de qualidade incrivelmente ruim. Mas desta vez passaram de todos os limites. A aparelhagem de som foi ligada, e colocaram um falador (a quem chamam de pregador) para fazer apologia da eficácia do azeite para a prosperidade financeira e bem estar das pessoas. Vendia-se um frasquinho de 10ml de azeite (e nem é extra-virgem importado da região mediterrânea) pela módica quantia de R$ 100,00. É só comprar o frasquinho e começar a prosperar – era o que apregoava o enganador travestido de pregador, de bíblia em punho e tendo como Deus o seu próprio ventre. Curioso, cronometrei o tempo que gastei para terminar os afazeres domésticos no qual me afadigava – exatos 23 minutos e 19 segundos. E o falador gastou todo este tempo falando de azeite, prosperidade, vitória, conquista, determinação e coisas semelhantes.
Não houve uma só menção à Cristo. Nem mesmo como aquele que garante a vitória. A palavra cruz não apareceu nem uma vez – redenção, salvação, arrependimento, nada disso foi mencionado. E eu pergunto: onde está o evangelho? Certamente não na boca destes mentirosos, enganadores, falsários, emissários do diabo, corruptores de mentes e corações, mercadejadores da palavra. Qual a Igreja que pregava tamanhas bobagens? Não fui verificar, mas o tom de voz e o sotaque carioca usado a denuncia. Certamente os apóstolos, especialmente Paulo, diriam: fora com eles, anátema (especialmente no sentido de inútil, que prefiro ao de maldito).
Há alguns anos li um livro no seminário, editado pela ABU (Aliança Bíblica Universitária), cujo título é: Crer é também pensar. Infelizmente a maioria está abrindo mão desta faculdade (uso da mente) para ser conduzido à compra de águas turvas e salobras (Jr 2.13), deixando as águas vivas que o Senhor oferece gratuitamente em sua palavra, se corretamente estudada, compreendida e ensinada. O problema é que estes mentirosos e enganadores não estudam, não entendem e não ensinam – enganar é a sua arte, seu ensino é fruto de cuidadosas pesquisas para poderem falar o que o povo, mesmo sem saber, tem coceiras nos ouvidos para ouvir. Repito, não se trata de incompreensão das verdades divinas, mas de deliberada vontade de enganar. A sentença do Senhor sobre tais é inequívoca: serão todos envergonhados, especialmente no dia do juízo (Is 44.11).
Um bom vendedor (e eles o são) pode até conseguir convencer alguém a entrar num ônibus errado (e multidões estão sendo convencidas a entrarem no largo caminho da religiosidade interesseira) – mas jamais a boa intenção do comprador (enganado) vai ser capaz de fazê-lo chegar ao destino pretendido. A você que lê: abra os teus olhos (veja bem quem são os tais), feche os teus ouvidos (ou ao menos o seu coração) para tamanhas bobagens. Não se deixe enganar – o resultado é muito importante: só Jesus é o caminho, somente o verdadeiro evangelho produz vida eterna, esta bobajada é só palha, e será lançada no fogo. Fuja deles!

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