segunda-feira, 6 de novembro de 2017

QUAL O DESTINO DA IGREJA DE CRISTO? - I Ts 5.23-24

PARA ONDE A IGREJA DE CRISTO ESTÁ INDO?
23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.
1Ts 5.23-24
QUAL O DESTINO DA IGREJA DE CRISTO?
Qual o destino da Igreja? Para onde ela vai? O que vai lhe acontecer? São perguntas legítimas que cada membro da Igreja pode e deve fazer. Quando vamos fazer um negocio fazemos algumas exigências de garantias. Quando vamos nos associar a um clube também queremos informações sobre direitos, deveres, custos, garantias e até sobre frequentadores. E isto é perfeitamente legítimo.
Ora, em se tratando de coisas tão insignificantes quanto negócios e lazer, quanto mais criterioso deve ser o viajante na jornada espiritual. É lícito perguntar se a Igreja da qual você intenta fazer parte pode garantir entregar o que promete, se ela pode mesmo levar uma pessoa, no mínimo, ao salvador, e pode lhe conduzir no caminho e chegar ao novo lar, à Jerusalém celeste.
A pergunta crucial é: pode alguma Igreja dar este tipo de garantia? Antes de respondê-la podemos afirmar que há aquelas que não apenas não podem oferecer tais garantias como, também, com certeza, são garantia de que jamais ofereceram a salvação aos seus seguidores. Exemplifico: pode uma praticante da idolatria garantir o favor do Deus que abomina, que odeia a idolatria?
Pode uma igreja que aceita e defende o homossexualismo esperar o favor do Deus que considera a prática homossexual como uma horrenda abominação? Pode uma igreja que apoia a eugenia abortiva (caso da IURD) esperar o favor de Deus que considera o aborto um assassinato e diz que os assassinos não herdarão o reino dos céus, pelo contrário, serão lançados no inferno (Ap 21:8)?
Pode quem considera que a salvação está em reencarnações sucessivas esperar a salvação que despreza ao chamar o salvador de mentiroso porque ele afirma que compete ao homem morrer uma vez e depois disso o juízo (Hb 9:27).
Poderia citar muitos outros exemplos mas creio que estes aqui já ilustram o suficiente a nossa afirmação: estar em determinada instituição não apenas não garante a salvação como produz condenação (Ap 18:4).
Mas, e a nossa pergunta inicial: estar numa Igreja que defende a verdadeira doutrina, que prega o genuíno evangelho garante a salvação? A resposta é: estar fora do alcance e influência do genuíno evangelho é garantia de perdição. A Igreja não garante a salvação, mas estar fora da genuína Igreja de Deus já garante a perdição.
O que garante a salvação de um pecador arrependido é estar em Cristo (2Co 5:17). Vamos aprender um pouco mais sobre isso à luz da Palavra de Deus.
DEUS É O AUTOR DA SALVAÇÃO PELA SANTIFICAÇÃO DO PECADOR
23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.
1Ts 5.23-24
Se você fizer uma pequena pesquisa logo vai entender que a grande maioria das formas de religião coloca a salvação em uma destas duas coisas: o que você pode fazer para ganhar ou merecer a salvação, seja através de obras ou da obediência a preceitos religiosos, normas, regras, mandamentos, rituais; ou então ao fato de pertencer a uma instituição que funciona como uma garantidora da salvação dos seus adeptos que recebem todo tipo de pressão para que suas mentes e corações sejam de tal forma controlados que não merece outro nome que não o de cativeiro emocional e espiritual, quando não é, também, um cativeiro social.
E qual é a diferença da Igreja para estas religiões? Paulo nos diz que a Igreja, a genuína Igreja de Cristo, a Igreja que lhe é fiel, que é fiel no ensino daquilo que Cristo ensinou aos apóstolos e ordenou que eles ensinassem para a edificação de sua Igreja. Você pode estranhar, mas nós não garantimos que a Igreja lhe dê a salvação. Eu não posso garantir que se você vier para a Igreja, se você fizer o discipulado e profissão de fé você vai estar automaticamente salvo. Não é essa a mensagem. A mensagem da Igreja aponta para Cristo, aponta para Deus, ela diz que você tem que crer com o coração, confessar com a sua boca (Rm 10:10) e viver de maneira digna desta sua confissão de fé (At 26:20). É ele quem é o autor da salvação (Hb 2:10). É Ele quem começa e executa a boa obra da salvação (Fp 1:6) mediante a santificação.
É Ele quem dá nova vida ao pecador e faz o querer (Jo 6:28) e também o capacita a realizar em sua vida (Fp 2:13). Tudo é dele, tudo é por meio dele, e tudo é para ele (Cl 1.16).
Deixe-me dizer-lhe esta verdade de outra maneira: nem você, nem ninguém, nem instituição alguma (mesmo que seja uma Igreja de fé operosa, ou que viva um amor abnegado e seja firmemente arraigada na esperança da volta de Cristo) pode lhe garantir algo que somente Deus pode dar e garantir.
E é isso, somente isto, que o apóstolo Paulo ensina nesta passagem. É Cristo quem é o autor da salvação. É Deus quem nos dá a sua paz e santifica o seu povo, quem o torna apto para ver-lhe. A Igreja em Tessalônica era o que era porque Deus era o seu Deus, porque seus membros eram, antes de mais nada, crentes em Jesus Cristo.
DEUS É O AUTOR DA PERSEVERANÇA DOS SEUS
23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.  24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.
1Ts 5.23-24
Mesmo no meio cristão temos uma divergência quando chegamos neste ponto: muitos cristãos até assumem que a salvação, como toda boa dádiva, vem de Deus, mas recuam em admitir a suficiência de Deus na perseverança no caminho da salvação. Ora a ênfase está nas obras meritórias que de algum modo complementariam o que Cristo fez, ou na observância de certas regras que garantiriam aos salvos que eles, por causa disso, continuassem sendo salvos.
Qual o problema com isto? O problema é que evidencia ou desconhecimento ou rejeição da doutrina revelada cabalmente na Palavra de Deus que garante que Deus não muda e que ele escolheu os que Ele iria salvar, dando-os a seu filho Jesus que se entregou para pagar os pecados deste povo que lhe foi dado, e Ele mesmo garantiu que nenhum dos que o pai lhe deu se perdeu (Jo 18:8). E Ele diz isso no tempo perfeito, que exprime completitude e permanência. É o próprio Jesus quem diz que quem nele crê tem avida eterna, passou da morte para a vida (Jo 5:24). E isso é algo que quem conhece Jesus, quem tem relacionamento com ele, sabe e pode testificar (1Jo 3:14).
Sim, é Deus quem conserva o homem integral, todo o ser, para gloria dele próprio. O crente é parte da Igreja de Deus, é a noiva do Cordeiro, que é tomada para ser pura e sem mácula, para ser irrepreensível. Eu e você sabemos que se depender de nós mesmos nunca seremos irrepreensíveis nem em nossas ações, nem em nossas afeições, nem nos pensamentos. Dizendo mais claramente, se dependesse de nós Cristo nunca teria a noiva que deseja apresentar-se a si mesmo, portadora de uma vida religiosa mais expressiva e intensa do que meros rituais (Tg 1:27) - mas Ele a terá, porque isto depende de sua vontade soberana. É por isso que ele próprio garante a nossa santificação. Qual Igreja pode garantir isso? Nenhuma!
Em qual Igreja eu posso garantir que você encontra esta certeza, a certeza da ação de Cristo santificando o seu povo? Aqui, enquanto o genuíno evangelho de Cristo estiver sendo anunciado com fidelidade e vidas estiverem sendo transformadas, corações convertidos, mortos espirituais nascendo de novo pela vontade do Espírito e provocando alegria na terra e júbilo no céu.
DEUS GARANTE A GLORIFICAÇÃO DOS CRENTES
23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.
1Ts 5.23-24
Como é possível que pecadores que não apenas não merecem a bondosa providência de Deus e, pior, fazem continuamente por merecer a sua ira (Ef 2:3), consigam, então, as benesses da glória celeste? É impossível que um rebelado seja honrado por aquele contra quem se rebela (Dn 9:18).
E bem sabemos que, mesmo que o Senhor nos dê acesso a sua graça na pessoa de Jesus Cristo ainda assim continuamos com atitudes de rebelião contra sua lei (Rm 7:19), entristecendo o seu Espírito que veio habitar em nós, testificando que somos filhos de Deus (2Co 1:22) e garantindo a nossa ressurreição (Ef 1:); desprezamos a bênção da comunhão ausentando-nos desnecessária e às vezes relaxadamente das assembléias de adoradores convocados pelo Senhor (Hb 10:25). Diante de tanto desprezo pelos meios de graça qual a garantia que temos que vamos habitar na glória com Deus?
Em primeiro lugar esta garantia não está em nada que o homem seja capaz de fazer ou dar para Deus. E o homem pode fazer muitas coisas, pode fazer leis e cumpri-las. Pode fazer obras que ajudem o próximo ou preservem a natureza e com elas diminuir o sofrimento de muitos; pode cantar muito bem, fazer muitos e belos discursos - mas tudo isto pode ser abandonado e destruído de uma hora para outra, como palha (1Co 3:12-13).
Em segundo lugar, não é por nada que você tenha. Tudo o que você tem pode ser perdido a qualquer tempo, pode lhe ser tomado e, acima de tudo, já pertence a Deus (Ag 2:8 - Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos). Como você pode esperar garantir a sua salvação dando em garantia algo que já pertence a Deus e você tendo uma dívida maior do que o que dispõe para oferecer (Sl 49:8)? Como você pode esperar garantir a sua salvação dando em garantia algo que já pertence a Deus e que você ainda mancha com o toque de suas mãos pecadoras (Is 1:15)? É como alguém que esteja caindo de um avião e, sem paraquedas, pegue na própria gola de camisa tentando impedir a queda. É claro que não vai funcionar.
Paulo nos diz que a garantia da nossa salvação está naquele que é fiel, naquele que é confiável, naquele que é capaz de cumprir cada uma de suas promessas (Lc 1:37). Deus cumpre suas promessas porque tem um só propósito, e porque ninguém pode impedi-lo e, ainda, porque ele não pode falhar por alguma incapacidade. Deus é o que chama, que convoca, que dá vida e disposição àqueles que estavam mortos em seus pecados e os vivifica.
É Deus quem chama e chama de maneira irresistível. E Ele não apensa chama. Ele faz. Ele faz o querer e o realizar. Ele dispõe as circunstâncias de maneira que todas as coisas cooperam para o bem daqueles a quem Ele chama (Rm 8:28). E o único bem para aqueles que amam a Deus é estar em comunhão com ele.
O que Paulo está nos dizendo é que Deus é a garantia única e exclusiva, mas também total, da nossa salvação. É ele quem chama, quem dispõe as coisas, que propõe os recursos e garante que tudo seja levado a bom termo.
CONCLUSÃO
Qual a sua parte? Se Deus faz tudo, o que você precisa fazer?
Ora, se Deus chama, você tem que atender. Se Deus chama, você tem que atender ao chamado do Senhor. Qualquer desculpa que você tenha é inútil e insuficiente. Se você disser que é gago, ou pesado de língua, como Moisés, não vai adiantar porque é ele quem faz a língua e a pode consertar. Se disser que é muito novo, como Jeremias, também não vai adiantar. Se você disser que é pecador como Isaias não será razão suficiente porque ele pode te purificar. Se você já negou a Jesus isto também tem jeito, como aconteceu com Pedro.
Só não tem jeito se você não crer. Só não tem jeito se você não quer lhe obedecer. Só não tem jeito se o que Jesus lhe diz não tem importância alguma para você. Só não tem jeito se você nunca ouviu a doce voz do Espírito falando ao seu espírito e te dizendo que és um filho de Deus.
Só não tem jeito se você não tem fé e assim não poderá ter uma fé operosa. Só não tem jeito se você nunca acreditou na promessa da volta de Jesus e assim nunca terá esta gloriosa esperança em seu coração. Só não tem jeito se você não ama porque nunca recebeu o amor doador e salvador de Deus. E quem nunca experimentou o amor de Deus pode até aparecer crente, e pode se tornar parte de uma Igreja presbiteriana ou qualquer outra, mas isto não garante santificação, não garante salvação, não garante vida eterna.

Isto apenas Deus pode dar, apenas Deus pode chamar irresistivelmente. E Deus quem salva e santifica aquele que nele crê. É Deus quem começa e conduz o crente completando a obra que ele mesmo começou. É Deus, afinal, quem garante que os pecadores, ao invés de condenados, serão glorificados. Confie em Deus, confie sua vida a Deus, entregue o seu caminho nas mãos do Senhor com a plena certeza de que ele é fiel e o mais ele fará.

GRATIDÃO E ALEGRIA EM UMA VIDA DE ORAÇÃO - I Ts 5.16-22

GRATIDÃO E ALEGRIA EM UMA VIDA DE ORAÇÃO
16 Regozijai-vos sempre.
17 Orai sem cessar.
18 Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19 Não apagueis o Espírito.
20 Não desprezeis as profecias; 21 julgai todas as coisas, retende o que é bom; 22 abstende-vos de toda forma de mal.
1Ts 5.16-22
A bíblia nos fala que antes do evangelho éramos sem Deus no mundo (Ef 2:12), alheios às bênçãos que Deus prometeu aos seus e alijados da família da fé.
Existem situações ruins a vida, mas talvez uma das mais difíceis seja a sensação de “não pertencimento”, de não fazer parte de alguma coisa - é possível estar no meio de 1 milhão de pessoas e ainda se sentir solitário. É possível entrar e sair pelas portas de algum lugar, até mesmo falando com as pessoas e ter a sensação de ser absolutamente invisível e deslocado.
Mas ser sem família é provavelmente uma das mais cruéis. Por alguns anos vivi a experiência de morar sozinho, em uma cidade estranha cheia de gente estranha. Até alguns que deveriam ser a minha família só faziam por aumentar esta sensação. E uma família, que não era minha família, totalmente estranhos, sem nenhum laço de sangue me adotou, e hoje ainda sou o “filho mais velho” e o “irmão mais novo”.
Também já tive a oportunidade de ficar sozinho em casa com toda a família viajando e, creia-me, não foram situações agradáveis, a casa tornou-se 10 vezes maior, o silêncio muito mais ensurdecedor, e o relógio extremamente preguiçoso, especialmente no fim da tarde e começo da noite. Por mais difícil que seja a situação que você enfrenta, se você tem o apoio de sua família então fica mais suportável, como cantamos no hino 395.
É verdade que a vida em família também tem suas lutas, suas dificuldades, seus desajustes. Precisamos reaprender a lidar com conceitos como autoridade, comunhão, respeito, perdão. Precisamos aprender a lidar com rebeldes, com gente desanimada e gente fraca, doente e que nunca cresce. E precisamos aprender a, em meio às dificuldades naturais e corriqueiras, aprender a fazer sempre o bem, a evitar retribuir o mal com o mal, a amar verdadeiramente não apenas àqueles a quem amamos (Mt 5:46), mas a todos, sem distinção, sejam nossos preferidos ou não.
Lamentavelmente somos inclinados à ingratidão, a desprezarmos as coisas boas que o Senhor nosso Deus nos deu fazendo o contrário do que ele quer (Lc 6:35). Desprezamos a comunhão, dos santos, deixando de congregar, preferindo o pecado à bênção (Hb 10:25). Desprezamos o privilégio de contribuir (II Co 8:4) e acabamos escolhendo o pecado de roubar a Deus (Ml 3:8). Desprezamos o privilégio de compartilhar o amor redentor de Cristo preferindo o pecado da negação silenciosa ou blasfemadora como fez Pedro.
A família da fé, a Igreja, é uma bênção de Deus. A família da fé é uma benção de Deus para cada um de nós e, ao consideramos as bênçãos de Deus, temos muitos e preciosos motivos para viver em alegre regozijo em ações de graças através da oração.
GRATIDÃO E ALEGRIA EM UMA VIDA DE ORAÇÃO
Se você ler este texto sem uma análise mais cuidadosa poderia pensar duas coisas: ou Paulo não tinha noção da realidade, não era casado, não tinha vizinhos ou parentes, e não tinha que trabalhar (e você só vai pensar assim se não conhecer nada sobre o apóstolo - II Ts 3:8), não tinha nenhuma das ocupações e preocupações cotidianos que os mortais comuns tem ou que, então, ele estava pensando em propor uma forma de monasticismo como era possível encontrar entre alguns grupos apocalípticos de seus dias, grupos extremados como os essênios (e isso só lhe passaria pela cabeça se realmente não conhecesse realmente nada, absolutamente nada, sobre Paulo - Cl 2:20-23).
O que o Espírito quer que aprendamos é que existe uma maneira correta de viver à partir do reconhecimento das inúmeras bênçãos de Deus em nossas vidas. E este reconhecimento passa pela expressão verbal, de gratidão a Deus, através da oração, audível ou não - e esta expressão de gratidão pode ser constante em toda e qualquer circunstância.
O CRISTÃO TEM MOTIVOS PARA ESTAR CONSTANTEMENTE ALEGRE
16 Regozijai-vos sempre. 17 Orai sem cessar. 18 Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
1Ts 5.16-17
Certa vez um pastor procurou um jovem recém convertido e, ao mesmo tempo, recém-chegado à sua Igreja e em uma cidade estranha e lhe perguntou se ele era crente. Diante da resposta positiva ele insistiu perguntando sobre a sua certeza de salvação com nova resposta positiva e então o pastor concluiu com uma terceira pergunta: a certeza de vida eterna não lhe traz alegria - e pela terceira vez a resposta foi positiva, e então o pastor lhe disse que ele precisava aprender a expressar esta alegria, tanto no rosto quanto nas ações, para demonstrar de maneira mais visível esta sua alegria da salvação que ele carregava no coração.
Mesmo em meio às suas lutas, que eram muitas, Paulo diz aos tessalonicenses para eles se regozijarem em todo o tempo. Pode parecer esquisito esperar que alguém esteja sempre alegre com o sentido comum de sorridente, e não é isto exatamente o que Paulo quer dizer. O que ele está dizendo é ainda mais do que isso. Regozijar (xairo) é o mesmo que estar contente, é estar extremamente contente, extremamente alegre, considerar-se bem-sucedido.
Agora imagine o apóstolo Paulo morando em um palacete. Imagine que ele tem dezenas de seguranças 24h por dia cuidando dele. Imagine que ele sequer precise trabalhar para ter o que comer. Imagine que sua única ocupação é orar e escrever até o fim dos seus dias. E esta foi uma boa descrição da vida do apóstolo Paulo. Agora, imagine isto da perspectiva correta, veja isto mais de perto. Imagine o apóstolo Paulo preso e prestes a se executado escrevendo aos filipenses e dizendo-se um homem bem-sucedido e pedindo-lhes que completem a sua alegria (Fp 2:2)? É exatamente isto o que ele faz.
Agora imagine um apóstolo moderno, morando em mansões e viajando de jatinhos dizendo-se um homem jubiloso e bem-sucedido mas ainda pedindo doações de milhões em programa de televisão para trocar de jatinho e comprar fazendas e mais fazendas, mansões e mais mansões (I Tm 6:9)? Qual dos dois tem mais razão? Quem tem mais motivos para considerar-se bem-aventurado, bem-sucedido, feliz? Ambos, se você considerar as razões do coração de cada um.
Mas... Qual dos dois terá maiores motivos para rejubilar-se diante de Deus dizendo que completou acarreia, e guardou a fé, após combater o bom combate (II Tm 4:7)? Qual dos dois poderá dizer que aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação, seja de fartura ou de escassez, de honra ou de perseguição (Fp 4:11)? Somente um, somente o verdadeiro apóstolo, somente aquele cujos tesouros são celestes e não materiais (Lc 12:34).
Imagine aí Valdomiro Santiago sem seus bois, ou Edir Macedo sem seu jatinho? Ou Silas Malafaia sem seus DVDs? Ou Cláudio Duarte sem risadas e palmas? Imagina-os considerando-se bem-sucedidos?
O júbilo do cristão é verdadeira bem aventurança porque independe das circunstâncias. Enquanto todos podem enxergar apenas o fim de uma carreira o cristão olha firmemente para o autor e consumador da fé (Hb 12:2), olha para o seu Senhor e espera nele.
Não havendo nenhuma razão, mesmo quando tudo parece perdido e infrutífero (Hc 3:17-18) o cristão ainda espera porque confia em seu Senhor, olha para aquele que prometeu, e é verdadeiro em suas promessas, e é poderoso pra cumprir suas promessas.
O cristão, você, cristão, tem todos os motivos necessários para não ser pessimista, para não se murmurador, mas só o cristão que é amado e conhece o amor de Deus consegue perceber que por maiores que sejam as suas lutas e dissabores com Cristo a outra opção é ainda pior - lutas e dissabores sem Cristo, e, por fim, a morte, o inferno.
Você tem razões para considerar-se o mais bem sucedido de todos os homens: você foi amado de Deus, salvo por meio de Jesus Cristo e é sustentado pelo Espírito Santo de Deus na família da fé. Você já achou a razão para se sentir parte, você já pertence a uma família, a um povo, ao povo de Deus.
EM TODO O TEMPO O CRISTÃO TEM MOTIVOS PARA ORAR
16 Regozijai-vos sempre. 17 Orai sem cessar. 18 Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
1Ts 5.16-17
Já sabemos que tudo o que temos é uma dádiva de Deus. Nosso méritos, isto é, o que fazemos que merece alguma forma de retribuição , só nos conduziriam à eterna condenação (Rm 6:23). Somos essencialmente pecadores, somos, por natureza, filhos da ira (Ef 2:3), se houvéssemos sido deixados à nossa própria sorte, às inclinações da nossa carne só deveríamos esperar condenação e morte eternas.
Mas Deus nos deu outra coisa: ele nos deu vida (Ef 2:5), nos faz assentar nos lugares celestiais com Cristo Jesus, nos faz novas criaturas (II Co 5:17) e nos capacita a viver e ver em tudo expressões de sua graça e misericórdia, de seu amor e cuidado acima de qualquer ritual ou méritos (Gl 6:15).
Geralmente pensamos e interpretamos a Palavra do Senhor que nos diz para tudo fazermos para glória de Deus como um imperativo, mas você também pode, sem desprezar o imperativo, vivenciar este texto em sua vida com um olhar de gratidão. Quer comais pode ser vivido em oração, dizendo ao Senhor de coração grato “obrigado por ter o que comer, obrigado pela qualidade, pela quantidade, pela companhia”. Quer bebais também pode ser feito agradecendo enquanto muitos passam sede, tomam água de péssima qualidade, contaminada; que tal agradecer pela água gelada, pelo suco, pelo café, pelo leite, etc..
Mas Paulo ainda diz “quer façais outra coisa qualquer” que pode ser vivido agradecendo por sua vida em família (que deve ser tão imperfeita quanto a minha ou quanto qualquer outra); por seu trabalho (e não há trabalho que não seja estressante por causa da maldição lançada sobre Adão (Gn 3:19) - ou você preferiria estar sendo contado entre os 14 milhões de desempregados?)... Ou você preferia não ter família? Não ter trabalho? Do que você tanto reclama mesmo ao invés de dar graças? Preferia não ter família? Não ter trabalho? Não ter estudos - e aquelas enfadonhas aulas, trabalhos massacrantes e provas extenuantes? Preferiria não ter igreja - talvez em lugar dela que tal um simples clube ou algum antro onde drogas e bebidas sejam consumidas indiscriminadamente numa orgia de escarnecedores? Preferia estar com eles a não ter nem a comunhão dos santos? Preferia seu destino e não ter a seu dispor como presente de Deus a dádiva da salvação?
O que aconteceria se Deus te dissesse que só manteria em sua vida aquilo que você valorizasse e orasse agradecendo a Deus no dia anterior? Será que assim você finalmente aprenderia a orar sem cessar por coisas simples da vida e que você tem desprezado e murmurado? Não agradeceu por seu emprego? Desempregado! Reclamou do seu carro? Vai a pé! Seus filhos dão trabalho? Partiram! Seus pais são “quadrados”? Sozinho! Seus amigos não são legais? Solitário! Sua escola é chata? Analfabeto! Sua Igreja é... é... é... Ah, sei lá, mas algo que você critica? Proibida de cultuar!
Será que pararia de maldizer a vida? Cessaria a murmuração por causa de eventuais dificuldades familiares? Pararia de reclamar do seu cônjuge, de seus pais ou de seus filhos? Pararia de reclamar de seu trabalho por meio do qual Ele lhe dá o seu pão de cada dia? Pararia de reclamar de sua escola se fosse proibido de frequentar uma escola qualquer? Pararia de reclamar de sua Igreja se ela lhe fosse tirada como Paulo foi tirado dos Efésios e dos Tessalonicenses? E se Deus lhe dissesse que tiraria de você, de uma vez por todas, toda e qualquer coisa contra a qual você murmurasse e reclamasse ao invés de interceder e glorificar ao Senhor (Jd 1:16)?
É sobre mudar a disposição de seu coração e dar graças a Deus que Paulo está falando (Is 29:24). É sobre isto o que Paulo está falando com eles, é sobre isso que o Senhor está nos falando. É isto o que significa vida de oração incessante: em tudo ver a manifestação da realização da vontade Deus em nossas vidas, tanto na dádiva das tribulações que prova a fé e produz perseverança e salvação quanto na dádiva das bênçãos da vida eterna.
Percebe agora como é possível orar em todo o tempo? Percebeu que é possível falar com Deus em todo o tempo mesmo em meio às provações da fé e das rotinas do dia-a-dia?
EM TODO O TEMPO O CRISTÃO DEVE DAR GRAÇAS
16 Regozijai-vos sempre. 17 Orai sem cessar. 18 Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
1Ts 5.16-17
A terceira atitude que deve ser constante na vida de um cristão é a de dar ações de graças. E não estamos falando de um culto de ações de graças por um emprego conseguido, um negócio fechado, um filho que chega, uma cura obtida, uma aprovação em exame ou qualquer outro benefício. Espere! Eu não estou dizendo que não deve expressar gratidão! Você deve!
Mas o que Paulo está dizendo é para dar graças em tudo. Os tessalonicenses perderam o seu pastor (I Ts 2:17), e deveriam dar graças a Deus porque esta era a vontade insondável, mas boa, perfeita e agradável de Deus para a vida deles.
Jasom e outros foram presos? Deviam dar graças porque foram considerados dignos não apenas de crer, mas de padecerem por causa do amor a Cristo (I Pe 4:12-14). E você, foi reprovado em um exame apesar de ter se preparado exaustivamente? Dê graças. E se não estudou? Dê graças igualmente porque o Senhor como pai que ama, te disciplinou e te deu mais uma oportunidade para se preparar melhor para o próximo exame.
O ensino das Escrituras é um só: dar graças em tudo, em tudo ver a manifestação da soberania de Deus, corrigindo, edificando, suprindo, abençoando por um motivo muito simples: o cristão vê em tudo a vontade bondosa de Deus sendo feita em sua vida porque sabe que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito (Rm 8:28) - e Ele sabe que foi chamado segundo o propósito eterno de Deus que é sempre benigno para suas criaturas.
CONCLUSÃO
Qualquer pessoa pode se perguntar: porque isto está acontecendo na minha vida? O que eu fiz para merecer isso? Ou pode afirmar: “Eu fiz por merecer, batalhei, lutei, me esforcei, venci. Aquele que crê em Jesus e compreende as Escrituras tem a resposta para estas situações. Ele entende que a causa é Deus, e seu amor, e seu propósito soberano. Mas o crente continua, e se pergunta: para que? E a resposta é: para o seu bem, para a sua edificação, para seu crescimento espiritual e, finalmente, para glória de Deus.
Se você compreende estas coisas, se você entende como os tessalonicenses entenderam que a estadia de Paulo em seu meio foi para lhes anunciar a salvação em Cristo Jesus, e receberam isto como Palavra de Deus, e entenderam que era o propósito de Deus tirá-lo deles para o seu próprio progresso na fé, e que Deus lhes deu autoridades para governa-las e irmãos para se exortarem mutuamente, se consolarem e ampararem mutuamente, então eles finalmente entenderam o propósito de Deus para suas vidas e se você tem esta mesma percepção então você está compreendendo que a vontade de Deus em sua vida é boa, perfeita e agradável.
Se você reconhece o amor de Deus em sua vida então em tudo você vai receber as situações de sua vida em oração incessante, com regozijo. Sem reclamação, sem murmuração. Seja qual for a situação, você crendo nisto ou não, Deus continua cuidado de cada detalhe de sua vida, e o que está em estudo nesta ocasião é se você vai se deleitar na vontade de Deus ou vai viver murmurando, com ingratidão, lamúria e tristeza. Se é só isso o que você tem conseguido fazer, então você precisa conhecer este maravilhoso convite do Senhor Jesus:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11.28).

VIDA CRISTÃ É MAIS QUE TEORIA - I Ts 5.4-11

VIDA CRISTÃ É MAIS QUE TEORIA
12 Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; 13 e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros.
14 Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.
15 Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos.
16 Regozijai-vos sempre.
17 Orai sem cessar.
18 Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19 Não apagueis o Espírito.
20 Não desprezeis as profecias; 21 julgai todas as coisas, retende o que é bom; 22 abstende-vos de toda forma de mal.
1Ts 5.4-11
Conhecemos tanto sobre a Igreja em Tessalônica que pode parecer, por um lado, cansativo continuar falando deles, mas, por outro lado, isto significa que conhecemos tão bem os nossos irmãos, como irmãos devem se conhecer, que nem a distância nem o tempo foram suficientes para manter-nos distantes deles, numa comunhão que só é possível pelo vínculo do Espírito Santo.
Sabemos tanta coisa boa daqueles irmãos que somos até tentados a achar que eles não tinham falhas. Mas já vimos que eles ainda precisavam de instruções, havia dificuldades doutrinárias por falta de conhecimento, especialmente quanto à doutrina da ressurreição dos mortos e a volta do Senhor Jesus Cristo.
Mas, por mais que aquela fosse uma Igreja de fé operosa, de amor abnegado mais que provado e tivesse uma esperança inabalável no Senhor Jesus Cristo, ainda havia mais uma coisa que Paulo sabia ser necessária àquela Igreja. Ela precisava de conselhos sobre como continuar aplicando o ensino recebido, como crescer espiritualmente e continuar resistindo bravamente nos dias maus.
A Igreja tinha e tem dois desafios: ser uma comunidade separada do mundo e ao mesmo tempo se envolver no mundo para fazer diferença (Mt 5:13). Mas, nas respostas que a Igreja deu a estes desafios ao longo do tempo houve uma série de extremos que precisam ser evitados para que ela não erre novamente.
O primeiro extremo foi visto no movimento monástico - uma comunidade isolada do mundo, uma comunidade apenas fisicamente presente no mundo e envolvendo-se o mínimo necessário com a sociedade (Cl 2:20-23); o segundo extremo foi a tentativa de tornar-se uma entidade de tal forma mundana, para controlar a sociedade, que chegou a possuir exércitos, territórios e seu governante terreno era mais um general do que um religioso (Jo 18:36); uma terceira atitude, por paradoxal que pareça, foi a busca por um equilíbrio extremo, isto é, uma profunda atitude devocional na Igreja e um completo esquecimento de que é cristão no seu dia-a-dia (Tg 2:14-17).
O nosso grande desafio é saber, à luz da Palavra, como viver por modo digno de Deus. Era isto o que Paulo queria transmitir à Igreja antes que ela estivesse vivendo determinados problemas que invariavelmente surgem em grupos humanos, mesmo em um organismo espiritual como é a Igreja.
COMO LIDAR COM AS AUTORIDADES
12 Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; 13 e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros.
1Ts 5.12
Com a autoridade que possuía, apóstolo, fundador da Igreja, pai espiritual dos tessalonicenses Paulo podia ordenar, determinar, exigir, exortar... Mas ele prefere colocar-se como um irmão, o que efetivamente era, e roga, isto é, faz um pedido, uma súplica aos seus irmãos. Era uma súplica com um aspecto curioso, ele suplicava por algo que não receberia daqueles que seriam os grandes beneficiados se seu pedido fosse atendido. Ele usa um termo (erwtaw) para suplicar que remete às formalidades dos fóruns greco-romanos, uma petição feita de acordo com as regras que não poderia ser rejeitado pelos peticionados.
Como os crentes devem tratar com as autoridades da Igreja? Eles devem acatar, isto é, receber com submissão, obedientemente, mas ao mesmo tempo sem qualquer sentimento de humilhação, àqueles que Deus tem lhes dado para seu próprio bem. Na verdade as autoridades que Deus tem dado à Igreja devem ser recebidas como uma dádiva de Deus (Rm 13:1) - embora a Igreja tenha, também, a responsabilidade de reconhecer os devoradores e repeli-los.
Se autoridades ímpias devem ser reconhecidas como procedentes de Deus, muito mais aqueles que trabalhavam para, como servos de Cristo, servirem à Igreja. Sem fazer qualquer distinção àqueles que trabalham, presidem e admoestação são considerados dignos do mesmo tratamento (Hb 13:17).
Considerando a prática dos irmãos em Tessalônica Paulo roga-lhes para que tratem seus líderes com amor - e mais uma vez precisamos lembrar que o amor requerido dos cristãos não é apenas uma declaração verbal mas uma entrega de si mesmo para abençoar o seu próximo, especialmente os irmãos na fé. O amor que eles deviam dedicar aos seus líderes deveria ser considerado com o máximo de carinho, especialmente por causa do trabalho que realizam (Hb 13:7).
A insubmissão é uma tendência natural do coração humano, a rebeldia é uma inclinação inquestionavelmente comum nos seres humanos, por isso a súplica de Paulo para que a Igreja seja aquilo que ela deve ser: diferente, especialmente porque a honra devida aos líderes não é deles própria, mas é devida ao trabalho que realizam, como embaixadores de Cristo, enviados por ele e trabalhando em nome dele para glória dele (Mt 10:40).
Certa vez um pastor foi perguntado por um membro insubmisso da Igreja como ele, o pastor, gostaria de ser tratado, se por títulos como reverendo, pastor, mestre ou senhor. E o experiente pastor apenas respondeu: “Como um irmão, com amor cristão e verdadeiro, e com o apreço sincero devido às autoridades que o povo de Deus deve ter, porque é assim que a bíblia manda”.
COMO LIDAR COM OS IRMÃOS
14 Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.  15 Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos. 16 Regozijai-vos sempre. 17 Orai sem cessar. 18 Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 19 Não apagueis o Espírito. 20 Não desprezeis as profecias; 21 julgai todas as coisas, retende o que é bom; 22 abstende-vos de toda forma de mal.
1Ts 5.14-22
Uma característica que diferencia a Igreja da maioria das associações e agrupamentos humanos é o fato de que nós somos escolhidos para nos unirmos em alto grau de intimidade com pessoas das mais diversas origens, histórias e estilos de vida - pessoas com as quais, de outra maneira, provavelmente jamais nos aproximaríamos.
IRMÃOS IMPOSTOS
Em um clube nós escolhemos dentre os sócios com quem iremos nos relacionar e isolamos os outros que não nos agradam e todo mundo acha isso absolutamente natural. Em um condomínio ou vizinhança temos amigos mas também temos vizinhos aos quais somos absolutamente indiferentes e ninguém nos condena por isto.
Até mesmo na família isto costuma acontecer, especialmente em parentesco de segundo grau. Tendemos a achar estranho quando é com parentes imediatos, mas à partir dos primos este distanciamento seletivo vai acontecendo e... Tudo bem.
IRMÃOS DESCONHECIDOS
Mas de repente você se vê colocado em uma comunidade repleta de pessoas que você não conhece, cujas historias de vida você não compartilhou, e de imediato você tem que considerá-las como seus irmãos, conviver com eles mais tempo do que convive com seus pais, com seus irmãos. Se você frequenta as reuniões de orações você fica sabendo de detalhes de suas vidas, suas necessidades, anseios, preocupações, sonhos, enfermidades (lamentavelmente as reuniões de orações estão sendo substituídas grupos de WhatsApp com promessas de orações que quase nunca são feitas realmente)... Mas também conhece suas manias, rompantes de temperamento, irritações, falhas...
E não pode, mais do que isto, não apenas não tem o direito de se afastar do convívio porque foi ligado a elas pelo Espírito do Senhor (Ef 2:14-16) e ainda tem o dever de não apenas não discriminar com base em qualquer tipo de consideração pessoal (Tg 2:1) considerá-las como superiores a si mesmo (Fp 2:3), amando-os como Cristo amou a Igreja e buscando o bem deles mais do que o seu próprio.
IRMÃOS SANTOS
Paulo considera a comunidade que forma a Igreja como composta de irmãos amados (II Ts 2:13), eleitos de Deus, chamados para serem santos mas, mesmo entre os santos, há aqueles que precisam de cuidados (Rm 6:19). Eu poderia dizer que seu nome é João ou Maria, José ou Joana, Joaquim ou Francisca, Judas ou Madalena. Na verdade, eu precisaria de uma lista de membros da Igreja para não deixar ninguém desta Igreja de fora. Isto é assim porque ainda não somos o que devemos ser (I Jo 3:2), ainda não nos tornamos aquilo que haveremos de nos tornar, e por isso devemos amar aos nossos irmãos, especialmente aqueles que trabalham em nosso meio para o nossos bem, embora todos tenham os mesmos deveres.
IRMÃOS INSUBMISSOS
Paulo diz que é um dever cristão, que é uma solene obrigação admoestar os insubmissos, os que se colocam fora das fileiras, que andam desordenadamente, com a mente ocupada por desejos exagerados, os que não se apresentavam para trabalhar pelo bem da sociedade ou não atentavam para os seus deveres de cidadão e por isso precisavam ser corrigidos, terem suas mentes corrigidas de um determinado direcionamento e modificados para uma maneira correta e adequada de agir.
Admoestar quer dizer colocar na mente uma disposição correta e adequada até que o coração esteja pleno de santas disposições (II Co 10:4-6).
Nunca é bom ou agradável tratar com os insubmissos, é sempre doloroso para todos, especialmente para o coração do pastor, mas é sempre benéfico par a Igreja e para o pecador que se arrepende (Lc 17:3) tendo como fruto uma santa comunhão.
IRMÃOS DESANIMADOS
Outra situação que requer cuidados mútuos são os irmãos que se encontram desanimados, o que é uma situação anormal daqueles que vivem por fé (II Co 4:8). Nem sempre é aquilo que consideramos pecado. Sempre encontraremos pessoas desanimadas, sem vontade, caminhando mais lentamente. Pode ser causado por uma enfermidade pessoal ou na família, problemas no emprego ou financeiros, depressão... É claro que existem aqueles desanimados por hábito, por falta de firmeza na fé, por não se envolverem adequada e suficientemente na vida da Igreja e, é claro, nunca vão se encaixar, e isto acaba gerando uma situação de desconforto e desânimo para si próprios e para o corpo, como se fosse um dedo deslocado.
Todos estes devem ser consolados, no original grego com o sentido de encorajados, incentivados, ensinados, animados por alguém que se coloca ao lado e dá o suporte necessário para que o desanimado não caia, mas, ao mesmo tempo, oferece-lhe direção segura para prosseguir. Se tem alguém assim que você conhece você, como irmão que é, tem a incumbência de consolá-lo. Não espere que outro o faça. Não diga que não sabia que isto é sua responsabilidade como irmão (Tg 4:17). Não falhe esperando que outro faça. Faça! E chame outros para te ajudar a fazê-lo e assim cumprireis a lei de Cristo, a lei do amor mútuo.
IRMÃOS FRACOS
Paulo também fala dos fracos, aqui significando aqueles que se mostram frágeis e delicados, débeis em sua fé (Rm 14:1). Porém, amparar o fraco é, além de unir-se a ele, apegando-se com firmeza para lhe dar o sustento e a força que precisam para que não fraquejem. Tem também o sentido de tolerar, suportá-lo em suas deficiências, acompanhar com atenção e longanimidade o seu processo de desenvolvimento mais lento.
Paulo fala de alguns que, crendo há muito tempo, já deveriam ser mestres mas nunca saíram do leite espiritual, nunca deixavam de serem meras crianças espirituais, recém-nascidos com síndrome de nanismo espiritual (Hb 5:12). Esta não é uma condição normal. É um problema, segundo o apóstolo. E isto não quer dizer que estas pessoas não sejam influentes ou bem-sucedidas socialmente, e até mesmo dentro da comunidade - mas não amadureceram em sua fé e mostram isso de uma série de maneiras diferentes, especialmente sendo pouco produtivas espiritualmente e pródigas nas ações carnais.
Conhecemos cristãos com décadas de vivência cristã mas que são incapazes de balbuciar a razão da esperança de vida eterna que professam carregar no coração. Mas a mesma palavra usada por Paulo também tem o sentido de opor-se frontalmente, de impedir o avanço da fraqueza, de construir um dique de segurança para que a fraqueza na fé, o desânimo, a falta de progresso, o raquitismo e anemia espirituais não contaminem o restante da Igreja, como numa espécie de doença contagiosa espiritual (Nm 5:2-3).
E nós bem sabemos o mal que os pessimistas e débeis na fé podem causar ao povo, como aconteceu quando os 10 espias não concordaram com a empolgação, confiança e fé de Josué e Calebe.
LONGANIMIDADE COM OS IRMÃOS
Tendo que lidar com vários tipos de situações, Paulo conclui com uma orientação que abarca toda a Igreja: ele nos diz que todos devem ser longânimos para com todos (Pv 16:32). Se perguntarmos o que significa ser longânimo provavelmente a maioria da Igreja apenas trocaria o termo longanimidade por paciência. Mas longanimidade é um pouco, ou melhor, é muito mais do que isto. Em primeiro lugar ser longânimo é não se deixar desanimar, não perder o ânimo de tratar com os insubmissos, não deixar de consolar os desanimados, não desistir de tratar os fracos como eles precisam ser tratados.
Longanimidade é, também, perseverar com firmeza e bravura mesmo que os insubmissos, desanimados e fracos causem infortúnios e aborrecimentos, sabendo que o desejo de ajudar os outros para que progridam em sua vida espiritual pode gerar reações de caráter pessoal, com injúrias e ofensas (Pv 19:11). Longanimidade implica em deixar de vingar-se e aplicar a correção necessárias no tempo e na medida certa.
Lembremos: tanto os insubmissos, os fracos e os desanimados precisam de alguma forma de correção, estão errando em alguma área de suas vidas e precisam crescer em sua fé.
CONCLUSÃO
Nós temos que entender que quando o Senhor estabeleceu a Igreja ele não nos reprogramou. Ele nos deu uma nova natureza que deve ser cultivada, alimentada, treinada e fortificada até que amadureça. Enquanto isto a velha natureza, o velho homem, ainda está presente e ainda se deleita na prática das obras da carne porque a carne é inimiga do Espírito que é a fonte de vigor da natureza espiritual que foi gerada em nós (Gl 5:17).
Não somos nem seremos uma Igreja perfeita e teremos que lidar uns com os outros no corpo que Cristo estabeleceu, a sua Igreja, a sua lavoura, na qual até as ervas daninhas se farão presentes, o seu rebanho onde lobos tentarão penetrar, o povo no meio do qual aventureiros tentarão causar danos. Mas este não é o nosso maior problema. Sofremos mais quando nos mordemos e nos devoramos mutuamente (Gl 5:15), como certa vez aconteceu com um cão ferido que ia roendo a carne de sua pata à medida que esta ia necrosando.
Esta mensagem é para que você reconheça e honre aqueles que trabalham na sua Igreja para o seu bem. É para que você se disponha a ser da maneira que o Senhor quiser te usar, uma benção na vida dos insubmissos, dos desanimados e dos fracos. Você é o que? Você vai ser o que? Ferramenta de Deus ou fonte de problemas?
Paulo conclui com uma dupla orientação bem prática.
Em primeiro lugar ele diz o que não fazer: você nunca deve retribuir o mal com o mal (Pv 17:13), mas, mais do que um mero cuidado pessoal, ele diz que esta ação cabe uniformemente a todo o povo de Deus, a cada crente em particular. De que maneira você tem contribuído para que a Igreja não se torne uma comunidade de pequenas vendetas, de pequenos justiçamentos e vinganças pessoais com uma afetação de piedade chegando ao disparate de até mesmo usar o nome de Cristo para ferir aquele que é, assim como você, corpo deste mesmo Cristo (I Co 6:7)?
Em segundo lugar, ao invés da prática da retribuição do mal com o mal Paulo diz que todos devem praticar o bem mesmo diante do mal (Rm 12:21), isto é, que o mal não deve estar presente na Igreja, que o povo de Deus, obedecendo ao mandamento do Senhor Jesus, deve evitar o mal e praticar o bem, o amor mútuos. Já é suficiente o ódio que o mundo tem pela Igreja - não precisamos de mais, e não teremos mais se formos verdadeira Igreja de Cristo.

Alguém, neste texto, é você. Outrem sou eu. Alguém, neste texto, sou eu, e outrem é você. Alguém é cada crente no Senhor Jesus. Outrem é toda e qualquer pessoa que cruzar seu caminho, especialmente seus irmãos em Cristo Jesus. Todos, somos nós. Coloquemos em prática o que aprendemos e sejamos verdadeira Igreja de Cristo.

COMO CONHECER A SI MESMO: OUVINDO O QUE DEUS TEM A DIZER SOBRE VOCÊ - I Ts 5.4-11

COMO CONHECER A SI MESMO: OUVINDO O QUE DEUS TEM A DIZER SOBRE VOCÊ
4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa;
5 porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.
6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios.
7 Ora, os que dormem dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam.
8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação;
9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo,
10 que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele.
11 Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.
1Ts 5.4-11
INTRODUÇÃO
Creio que muitos aqui presentes assistiram algum dos filmes da série Bourne. Ela começa com a história de um homem que, Jason Bourne, que não sabia quem ele era. Dotado de capacidades militares, armamentista, raciocínio e espionagem extraordinárias, ele só sabia que sabia, mas não sabia como sabia e muito menos sabia quem ele era.
Mesmo quando descobre documentos pessoais isso só complica a sua vida porque no cofre de um banco estava uma série de documentos que lhe pertenciam: de diversas nacionalidades, com nomes diferentes.
Quem ele era? Bandido ou mocinho? Perseguido por bandidos, perseguido por agencias de espionagem de vários países. À medida que a historia avança vamos observando que ele era um personagem que fazia o que era necessário para atingir um bem específico: a sua própria sobrevivência.
E assim, até mesmo aqueles que deveriam ser os guardiões da justiça são vistos como casuístas, fazendo o mal que acharem necessário para atingirem o que consideram o bem - mesmo que os espectadores, torcendo pelo herói desmemoriado, achem que eles estão errados. Isto é uma característica do nossos tempo: o bem e o mal são apenas conceitos relativos, dependendo de quem faz e de qual o objetivo que se almeja alcançar.
Mas, aos olhos de Deus, não existe isto de mau que é bonzinho, ou de bonzinho que faz o mal para atingir um objetivo melhor. Vamos ver como a bíblia trata deste assunto na carta que Paulo escreve aos tessalonicenses.
AUTOCONHECIMENTO REVELADO POR DEUS
Durante muito tempo as coisas eram, ou ao menos pareciam ser, um pouco mais claras. Dizia-se que polícia era polícia e bandido era bandido. E essa filosofia permeava até mesmo a bandidagem. Era a visão expressa no filme “O bandido da luz Vermelha”. Nos filmes o bandido era mau, e o mocinho era bom. Não havia nuances, não havia meio termo, não havia zona cinzenta. Até quando fazia alguma coisa “boa” era só um disfarce.
Mas talvez você se lembre de um desenho relativamente antigo, “Os Apuros de Penélope Pitstop”, no Brasil conhecida como Penélope Charmosa. Ele começa a marcar uma nova característica destes novos tempos: os bandidos bonzinhos, que salvam a mocinha Penélope do vigarista Silvester Soluço, tutor de Penélope que queria matá-la para ficar com a fortuna da qual ela era herdeira, e para isso se disfarçava como o bandido Tião Gavião.
Atualmente tudo é uma questão de olhar - ou de quem mostra. Polícia bandida não é mais uma contradição de termos. Bandido bonzinho e patrono da comunidade, opressor visto como benemérito, temido e adorado ao mesmo tempo, numa moderna concepção de Robin Hood, como eu ouvi certa vez uma pessoa falando de um senador cassado no início do séc. XXI: “É ladrão, mas rouba para nosso estado, é dos nossos”. Hoje o senador é deputado e seu filho é ministro - e ambos estão envolvidos nos escândalos investigados pela operação Lava Jato.
Quer mais uma prova de que nada é mais o que deveria ser? Alguns dias atrás eu tomei conhecimento de um flamenguista que é sócio, com direito a voto, um dos 300 eleitores que definem o presidente daqueles que se consideram os maiores rivais do Flamengo - o Vasco da Gama. Para tornar a coisa ainda mais inacreditável o flamenguista estava sendo defendendo por ninguém menos que pelo polêmico presidente Eurico Miranda, aquele para quem ganhar do Flamengo é mais importante até mesmo do que permanecer na principal divisão do campeonato brasileiro ou ser campeão.
A religiosidade dos dias do apóstolo Paulo apresentava um quadro também pouco definido. Podia-se crer em Júpiter e ao mesmo tempo em Mitra. Podia-se adorar a uma multidão de deuses e ainda assim adorar ao homem, no caso, o imperador. Podia-se afirmar filho de uma divindade qualquer e ao mesmo tempo advogar o agnosticismo ou o ateísmo. Tempos esquisitos nos quais até mesmo o tempo, “Cronos”, podia ser morto por seus filhos e mesmo assim continuar existindo e a consumir seus filhos que eram imortais mais podiam morrer.
Neste quadro o cristianismo aparece para dividir tudo em certo e errado, entre céu e inferno, entre mundano e celeste, entre carnal e espiritual, entre efêmero e eterno. E justamente sobre esta dualidade que Paulo se manifesta nesta passagem.
Paulo não tinha crise de identidade, embora vivendo espiritualmente na carne, embora santificado e chamado para ser santo enquanto travava uma luta ferrenha, esmurrando o próprio corpo para vencer o pecado com a ajuda do Espírito de Cristo. Para a bíblia só existem os filhos de Deus e os filhos do diabo, os filhos da luz e os filhos das trevas.
IDENTIFICANDO SUA FILIAÇÃO
4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; 5 porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.
1Ts 5.4-5
Enquanto afirma que o dia do Senhor virá, de maneira repentina mas não surpreendente para os cristãos, será, entretanto, um evento inevitável e terrível para os incrédulos (I Ts 5:3). Seja como for, Paulo chama os irmãos para refletirem sobre a sua nova natureza; Paulo afirma que os cristãos não estão em trevas, eles não podem ser encontrados desapercebidos (Rm 13:11) porque não são filhos das trevas, o que significa que não vivem praticando as obras das trevas.
O cristão é um discipulo de Cristo, um discipulo obediente que faz o que seu mestre e Senhor manda (Jo 15:14), que tem em si a nova vida, o privilégio de estar em Cristo (II Co 5:17) e poder viver nele, que é a luz do mundo, sendo, ele próprio, um reflexo desta luz como cidade edificada sobre o monte e que pode ser vista à distância (Mt 5:14).
Os filhos da luz, filhos do dia, são diferentes, não são das trevas, não são da noite, não escondem o que fazem porque o que fazem é para ser visto (I Pe 2:12), como embaixadores, como arautos, fazendo tudo para glorificar publicamente ao Senhor Jesus mesmo que isto implique em negar publicamente a si mesmo e, mais ainda, confessar-se publicamente um pecador.
Os filhos da luz não apenas tem uma nova natureza mas fazem questão de serem encontrados fazendo a obra do seu mestre, glorificando ao seu Senhor em todos os seus caminhos.
Pergunte-se a si mesmo se esta é a descrição de você mesmo, se esta é a sua carteira de identidade espiritual.
IDENTIFICANDO SUA CIDADANIA
6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios.
7 Ora, os que dormem dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam.
1Ts 5.6-7
Você já sabe que só existem dois tipos de filiação e que não há zonas cinzentas. Ou você é um filho da luz ou é um filho das trevas, ou você pertence a Jesus ou pertence ao diabo, ou você o ama ou o desobedece, aborrecendo-se e não fazendo a sua vontade (Mt 6:24).
Para Jesus, ou você é por ele ou é contra ele (Lc 11:23). Não há meio termo, não há muro, não há alternativa intermediária.
Agora que você já foi lembrado disso, pergunte se o seu modo de viver é o que Ele espera de você. O cristão é chamado para ser um praticante das obras que se devem fazer durante o dia e à vista de todos. Os cristãos são chamados para ser, para fazer, para cumprir uma missão.
Não há meio termo, não dá para simplesmente não trabalhar enquanto é dia (Jo 9:4). Não trabalhar é negligência, é desobediência, é pecado.
O “dia” não foi feito para dormir. O dia foi feito para trabalhar. Quem dorme de dia, na metáfora de Paulo (obviamente Paulo sabia que havia pessoas que realmente trabalhavam de noite, mas ele está utilizando-se de uma metáfora) é porque tem feito algo à noite, tem algo para fazer nas sombras, algo que quer fazer sem que os outros vejam mas que jamais escapará aos olhos daquele diante de quem a luz e as trevas são a mesma coisa (Sl 139:12).
Paulo afirma que as obras da carne são o equivalente do que ele chama de obras feitas nas trevas. Para o cristão ainda é dia, ainda é tempo de trabalhar - até que chegue o momento de dormir no Senhor e aguardar o novo e glorioso dia. Até que chegue o momento do descanso o cristão deve estar sóbrio e vigilante (I Pe 1:13), revestido das três coisas que caracterizam o cristão e caracterizam a vida dos cristãos tessalonicenses, sempre a mesma tríade: a fé como uma couraça protetora, o amor como um capacete e a esperança firme e inabalável na salvação por meio de Jesus Cristo.
DESCOBRINDO SEU DESTINO
8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação; 9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, 10 que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele.
11 Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.
1Ts 5.8-11
A primeira questão que levantamos com base neste texto foi: de quem você é filho? E chegamos à conclusão que só podem existir duas filiações: da luz ou das trevas, de Deus ou do diabo. A segunda pergunta foi: Como você vive? Como filho da luz praticando as obras da luz à vista de todos como Jesus fazia ou como um filho das trevas, como fizeram ilegalmente os religiosos que condenaram o Senhor Jesus Cristo. Com base nisto, chegamos à nossa terceira e igualmente importante pergunta: qual o seu destino? Não apenas para onde você vai ao sair daqui, ou amanhã, ou o ano que vem, mas principalmente qual o seu destino eterno?
Eu quero lhe apresentar o melhor destino possível: a salvação mediante Jesus Cristo (Jo 5:24). Para os filhos da luz a promessa daquele que não mente e também não pode deixar de cumprir as promessas que faz é que os filhos da luz herdarão a vida eterna, entrarão na posse do reino que o Senhor lhes destinou desde antes da fundação do mundo (Mt 25:34).
Para os filhos da luz, que não dormem de dia, isto é, que sabem o bem que devem fazer e fazem, não pecando por omissão, não retraindo a mão na hora de fazer o bem, praticando as obras da luz, em pleno dia para que os demais homens vejam as suas obras e glorifiquem o Senhor no dia da visitação a promessa de Deus é nada menos que a vida eterna em Cristo Jesus (Jo 10:28).
Esta certeza impacta a vida, na prática, no dia-a-dia, de todos aqueles que creem porque receberam a garantia da vida eterna daquele que morreu por eles e é o que garante a ressurreição e a vida eterna de todos aqueles que nele crerem. Para o crente viver significa servir ao Senhor Jesus como embaixador da luz em meio às trevas (Ef 6:20) e morrer significa ouvir o chamado do Senhor para entrar na posse do seu reino eterno, significa receber o galardão da fidelidade porque viveu unido a Ele, como ramos ligados à videira (Jo 15:5) e produzindo frutos permanentes e abundantemente (Jo 15:8).
Eu poderia dizer-te que não ser filho da luz, de uma maneira eufemística, ou ser filho das trevas, de uma maneira mais clara e direta, é ficar sem a salvação, sem a presença benfazeja e eterna do Senhor Jesus. E isto já seria algo muito ruim. Mas, ainda seria bom demais para o ímpio, para o pecador. Mais que ficar sem a graça de Deus ser filho das trevas e viver na prática das obras infrutíferas das trevas equivale a ser filho ou herdeiro da ira de Deus, significa ser lançado eternamente em lugar de tormento constante e inextinguível, sofrendo a ira do Cordeiro (Ap 6:16).
CONCLUSÃO
Eu quero que você saiba, que você guarde em seu coração, em sua mente, estas três verdades: A primeira é que ou você é um filho da luz ou um filho das trevas; A segunda é que você vive de acordo com a sua natureza, fazendo as obras da luz ou as das trevas; A terceira é que cada um receberá, no dia do juízo, o destino correspondente à sua natureza.
Estas são verdades inquestionáveis, cristalinas, facilmente perceptíveis nas páginas das Escrituras. Quero caminhar um pouco mais e lhe dizer que o único jeito de receber a salvação é crendo no Senhor Jesus Cristo como o seu salvador pessoal, reconhecendo-o como Filho de Deus e confessando-o publicamente como seu Senhor (Rm 10:10).
Preciso te dizer mais. Confessar Jesus publicamente é mais do que usar os lábios ou usar uma camiseta ou até mesmo ter o seu nome escrito em alguma lista de membros de alguma Igreja, por mais tradicional e fiel que ela seja, inclusive a Igreja Presbiteriana. Confessar a Jesus como Senhor é abandonando e reprovando as obras da carne (Ef 5:11), tais como Paulo as menciona.
É deixar de roubar e trabalhar e ajudar o necessitado para que ele também não venha a roubar (Ef 4:28). É não dar falso testemunho ou falar falsamente (Cl 3:9), falando a verdade em amor mesmo que isto lhe traga prejuízos imediatos mas alcança a aprovação e recompensa celeste; é não usar a língua para maldizer e usá-la apenas para edificação (Tg 3:9-10). Enfim, é ter a sua vida mudada à partir de uma mudança em sua natureza.
Me permita lhe dizer mais uma coisa essencial: não é possível fazer isto que acabamos de mencionar e agradar a Deus sem fé (Hb 11:6), sem ter sido tornado um Filho de Deus, sem ser feito filho da luz, porque somente os filhos da luz desejarão fazer estas coisas para glorificar ao seu Deus. Somente um filho da luz confessa publicamente que era um feiticeiro, um ladrão, um assassino quando fazer isto não lhe traz nenhum beneficio imediato (diferente do que temos visto com os delatores, que só confessam e acusam seus parceiros de crime porque querem auferir benefícios).
Somente um filho da luz é capaz de acusar a si mesmo considerando-se um miserável pecador (Rm 7:24) e pedir a Deus que ele próprio venha a ser diminuído para que o nome do Senhor seja engrandecido (Jo 3:30).
Se em sua carteira de identidade, ao lado do nome do seu pai e de sua mãe houvesse mais um espaço para colocar sua filiação espiritual, o que estaria escrito? Não é o que você gostaria que estivesse escrito, mas o que realmente estaria escrito agora? Se ao lado do local de nascimento, de sua naturalidade, também houvesse um espaço para colocar seu destino eterno, o que estaria escrito?
Como fazer para mudar, como fazer para mudar de filho das trevas para filho da luz? Como fazer para mudar o destino, de condenado ao inferno sob a ira de Deus a ser tornado filho da luz, filho de Deus e destinado a assentar-se nos lugares celestiais com Cristo Jesus? Simples, e ao mesmo tempo maravilhoso e impossível aos homens: ser chamado por Deus através da pregação de sua Palavra e ação do seu Espírito arrepender-se de seus pecados, converter-se a Deus, confessar a Cristo como Senhor e viver para glorificá-lo.
Saia daqui nascido de novo. Saia daqui confessando a Cristo como seu Senhor, saia daqui sendo considerado, como os tessalonicenses foram, filhos de Deus, membros da família dos crentes, sendo meu irmão, irmão de Paulo e de Jesus Cristo, o primogênito de muitos irmãos.

Esta certeza traz consolo ao coração de quem crê e deve ser anunciada como exortação a todos os demais homens, porque esta é uma alegria que deve ser compartilhada com todos os homens, em todos os lugares, de todas as tribos, línguas, povos e raças.

COMO AGUARDAR A VINDA DO SENHOR - I Ts 5.1-3

1 Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva;
2 pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite.
3 Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.
1Ts 5.1-3
COMO AGUARDAR A VINDA DO SENHOR
Que o Senhor Jesus voltará é algo abundantemente afirmado nas sagradas Escrituras. Desde o Antigo Testamento o rei, o filho de Deus é chamado de Rei Eterno, vencedor até mesmo sobre a própria morte. Jesus também não deixou qualquer dúvida quanto a isto, afirmando tanto que iria morrer, ressuscitar (e até os ímpios acreditaram nesta sua afirmação - Mt 27:62-63) e também, voltar para buscar os seus para estarem com ele eternamente (Jo 6:39-40).
A maioria dos cristãos ortodoxos não tem dúvida quanto a este ensino, embora várias formas de interpretação quanto ao modo como isto acontecerá possam ser encontradas. Isto não tem importância agora, o que queremos e precisamos destacar aqui é: como este texto nos diz para aguardarmos a volta do Senhor Jesus (At 1:11). Quero compartilhar com você duas histórias a este respeito, uma bíblica, e outra bem pessoal.
NEEMIAS
A primeira história é a de Neemias. Quando ele inicia a reconstrução do muro logo encontra a oposição de Tobias, Sambalate e Gesem (Ne 2:10). Ao invés de desanimarem eles se empenham no trabalho, mas ao mesmo tempo se mantém vigilantes, de espada na cintura. Eles não pararam de trabalhar em seus interesses civis, na manutenção e proteção de suas famílias e ao mesmo tempo se mantiveram vigilantes.
UMA HISTÓRIA PESSOAL
A segunda historia é de quando eu e meus irmãos éramos crianças. Minha mãe saia para os plantões e nós ficávamos cuidando uns dos outros. Cozinhávamos, comíamos, brincávamos, estudávamos, brincávamos mais até que se aproximasse o momento do retorno de nossa mãe. E então era uma correria para dentro de casa, para arrumar a bagunça, lavar louça, etc... Para que tudo estivesse organizado quando a amada e cansada mamãe retornasse - obviamente que nem sempre conseguíamos.
Há uma diferença, entretanto, entre estas duas histórias. Você consegue perceber? O resultado foi o mesmo: a casa fica arrumada, a cidade foi reconstruída. Mas nós sabíamos exatamente a hora que nossa mãe retornaria e isto nos possibilitava fazer o que bem entendêssemos até a hora do retorno da mamãe - já os judeus não sabiam quando os inimigos atacariam, e acabaram não atacando porque souberam que os judeus estavam prontos para resistir. É por isto que muitos cristãos querem tanto saber a hora que Jesus vai voltar - para fazerem o que bem entenderem até que, na última hora, deem uma consertada nas coisas.
No caso dos judeus de Neemias, como eles não sabiam a hora que os inimigos viriam, eles ficavam atentos enquanto trabalhavam. Ficavam atentos todo o tempo. E é para ficarmos atentos todo o tempo que Jesus não revelou nem o dia nem a hora do seu retorno (At 1:7). Não era a data da volta de Jesus que a Igreja precisava saber, mas Deus providenciou o que ela precisava: o poder para testemunhar até que Jesus voltasse.
VOCÊ NÃO PRECISA SABER O DIA E HORA DA VOLTA DE JESUS
1 Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; 2 pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite.
1Ts 5.1-2
O fato de sabermos a hora exata em que minha mãe retornaria fazia com que nós concluíssemos que podíamos bagunçar durante todo o dia (cumprindo determinadas tarefas primeiro) e dar uma arrumada para ocultarmos as pequenas desobediências. Os tessalonicenses, e não apenas eles, tinham esta preocupação: quando será? João ainda estará vivo (Jo 21:23)? Será que Jesus não está demorando demais para voltar (II Pe 3:9)?
Todavia Jesus afirmou enfaticamente que não competia à Igreja saber os tempos e as épocas, isto é, ela não tinha a necessidade de saber. Todas as coisas necessárias à vida e à piedade já nos foram dadas (II Pe 1:3) e esta não foi uma coisa que Deus nos deu, certamente por não julgar necessário. Ninguém pode alegar que lhe falta algo para fortalecer a fé por não saber o dia da volta de Jesus até porque viver pela fé é ter certeza e confiança de que Deus cumprirá suas promessas - e não saber quando e onde Ele fará isso. Na verdade, Jesus não julgou insto necessário, aliás, o Pai decidiu que a Igreja não precisava e não deveria saber. A Igreja deve se contentar com o que lhe pertence e não cobiçar o que é exclusivo de Deus.
Os tessalonicenses sabiam disso, Paulo havia lhes dito isto e lembra aos irmãos que nem é necessário ele gastar tempo e espaço em suas cartas (material caríssimo na época) para tratar de algo a respeito do qual eles já estavam satisfatoriamente instruídos. Querer saber o dia e a hora, querer marcar o dia da volta de Jesus é não apenas ímpia curiosidade, dizer que sabe a data é uma mentira descarada e, no fundo, revela o desejo de viver como criança arteira que pretende deixar para se comportar bem somente nos últimos instantes, como se, diferente da mamãe, o Senhor não tivesse também pleno conhecimento de tudo que seus servos fazem enquanto é dia.
VOCÊ PRECISA ESPERAR A VOLTA DE JESUS PARA AGORA
3 Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.
1Ts 5.3
A melhor ilustração para a maneira de esperar a volta de Jesus é contada pelo próprio Jesus na parábola do servo vigilante, aquele que administrava bem o que o seu Senhor lhe confiou, cuidou de seus conservos e quando o Senhor chegou o encontrou servindo diligentemente (Lc 12:42).
Em sua vida, por outro lado, Paulo ilustra o que significava ser um servo vigilante. Ele afirmou e jamais foi contraditado por seus adversários que vivia para Cristo (Gl 2:20). É este Paulo que exorta os crentes a fazerem tudo para a gloria de Deus, a comerem, beberem ou falarem para glorificar a Deus em suas vidas.
O que, nas Escrituras, aprendemos a respeito dos crentes é que eles vivem como se Cristo fosse voltar imediatamente a qualquer instante, a qualquer momento. Enquanto o incrédulo não crê ou ao menos não espera que seja verdade. O incrédulo não quer a volta de Jesus, torce para que ele não volte, o materialista existencialista espera que não haja ressurreição, que tudo acabe com a morte - e se eles estivessem certos nós seríamos ainda mais infelizes do que eles, porque teríamos deixado de aproveitar os prazeres deste mundo baseados numa mentira (I Co 15:19). Mas eles não estão. Mas não é assim para o crente, ele espera, torce, deseja, ora e crê na volta de Jesus a qualquer momento, o quanto antes, o mais cedo possível.
E por ter este desejo, por querer e crer que o seu Senhor retorne a qualquer momento ele já vive, já busca viver aqui e agora, como se o Senhor já estivesse às portas, e Pedro diz que efetivamente é assim. O crente quer ser encontrado pelo seu Senhor servindo com fidelidade. Ele não quer ser encontrado colando na prova. Ele não quer ser encontrado desobedecendo aos seus pais, sendo insubmisso às autoridades e pesado aos seus guias (Hb 13:17), falando mal do próximo, mentindo, desfalcando a empresa em que trabalha (Cl 3:22-24), negociando favores, sonegando impostos (Lc 20:25), faltando ao dever de congregar (Hb 10:25), roubando ao Senhor nos dízimos (Ml 3:8) e de coração endurecido nas ofertas e no amor ao próximo, defraudando o namorado ou namorada no relacionamento que não deveria ser íntimo (I Ts 4:3-7).
Não, o crente sabe que Jesus pode voltar a qualquer momento e quer ser encontrado vivendo para a glória de Deus, com uma fé operosa, amando abnegadamente e esperando a volta do seu Senhor com viva esperança.
VOCÊ NÃO PODE SER ACOMODADO COMO O INCRÉDULO
3 Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.
1Ts 5.3
Para aqueles que não creem a tônica de sua fala na tentativa de aquietar o seu coração infeliz é a repetição de frases como “o inferno não existe”; “o inferno é aqui” ou “vai ficar tudo bem”, e ainda “o que o homem leva desta vida é o prazer que ele experimenta”, “não se preocupe, todo mundo faz assim”.
Tudo o que ele quer é encontrar paz, mas uma paz sem Deus, uma paz que rejeita a Deus, paz que se expressa em amor ao mundo e suas concupiscências (Gl 5:24) e nada mais é que inimizade contra Deus, mesmo Deus tendo enviado Jesus para anunciar-lhes a sua paz, paz que excede o entendimento, paz que os crentes gozavam mesmo quando enfrentavam muitas lutas ao serem perseguidas por seus próprios conterrâneos. Paz! Paz! E não há paz, diziam os profetas Isaías (Is 48:22), Jeremias (Jr 12:12) e Ezequiel (Ez 13:16). Como nos dias de Noé e de acordo com a advertência de Pedro não há paz, pelo contrário, uma expectativa de repentina destruição (II Pe 2:1) no último dia.
Os homens do nosso tempo dizem que Deus não existe, que Deus está morto, assim como os do passado diziam que Deus nada vê. E sua filosofia não lhes oferecerá nenhuma paz quando o Senhor vier. Os homens do nosso tempo dizem que Jesus não voltará.
E sua ilusão de nada servirá quando o Senhor retornar para julgar vivos e mortos (Ap 6:15-17).
Como poderão pensar em escapar se negligenciaram a grande salvação que lhes foi oferecida gratuitamente em Jesus Cristo (Hb 2:2-4).
CONCLUSÃO
Existem algumas coisas que são certezas inescapáveis. Como numa antiga musica, tudo o que sobe, desce! Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço e o tempo não para - além disso, tudo o que nasce vai morrer. Estas são certezas naturais, válidas para qualquer análise pelo senso comum. Paulo faz mais uma analogia, após usar a da ama que amamenta, do pai que corrige, agora ele diz que a volta de Jesus é tão certa quanto as dores do parto para a mulher que está para dar a luz.
Você precisa entender que a volta de Jesus é certa e inescapável. Paulo faz questão de afirmar que Jesus voltará. E isto pode ser uma péssima notícia se você não crê em Jesus como seu salvador. Jesus veio uma vez e morreu em lugar de pecadores, para salvar os pecadores mas não será uma boa notícia, de nada terá adiantado a morte de Jesus para você se você não crer nele, não o receber como seu salvador e Senhor, e preferir permanecer sob a ira de Deus (Ap 6:15-17).
A volta de Jesus também pode ser uma coisa maravilhosa para os que esperam a sua vinda, para aqueles que não se envergonharem do fato de crerem no Senhor Jesus, que o confessarem publicamente, que aceitaram serem considerados loucos, que foram tratados como o “opróbrio”, a “escória do mundo” (I Co 4:13) - embora o mundo não fosse digno deles (Hb 11:37-38).
Para os que creram, que foram tornados filhos de Deus (Jo -1:1), que foram dados ao Filho pelo Pai (Jo 10:29), que foram vivificados, lavados pelo sangue de Cristo, transformados pelo Espírito a volta de Jesus não é um dia de terror, mas de indizível e exultante alegria (I Pe 1:8).
Para os tessalonicenses a volta de Jesus era uma fonte de esperança e firmeza. Para os crentes a promessa da volta de Jesus é fonte de imensa alegria e firme esperança.
Para você, o que significa a promessa de Jesus voltar? O significado da volta de Jesus para você é mostrado na prática pela maneira que você vive o seu dia a dia. Você vive como se Jesus fosse tardar ou até mesmo não voltar mais? Como você vive? Como você crê? Como você vai estar na volta de Jesus?

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