segunda-feira, 6 de novembro de 2017

COMO MANTER FIRME A SUA ESPERANÇA - I Ts 4.13-18

13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. 
14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. 
15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. 
16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 
17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. 
18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. 

I Ts 4.13-18
COMO MANTER FIRME A SUA ESPERANÇA
13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. 
14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. 
15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. 
16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. 
18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. 
I Ts 4.13-18
Sempre que uma estrela internacional da música vem ao Brasil é comum pessoas ficarem dias seguidos acampados na aporta dos locais onde será feita a venda dos bilhetes para os shows. Os interessados não saem de seus postos de maneira alguma por temerem ficar sem atingir o alvo a que se propuseram. O mesmo acontece todo início de ano em cidades como São Paulo quando pais buscam creches ou escolas infantis perto de suas casas para seus filhos. É sempre a mesma coisa: filas, acampamentos, histórias de luta, renúncias e superação de dificuldades - e no fim muitas expressões de alegria por atingirem os seus objetivos porque perseveraram, e perseveraram porque valia a pena perseverar.
Em se tratando da vida cristã também temos um alvo diante de nós. Temos uma promessa feita por aquele que é fiel. Temos orientação e ainda a presença capacitadora e revigorante do Espírito que não permite que desmaiemos em nossas almas. Sabemos que não devemos nos acomodar. Sabemos que devemos prosseguir até que alcancemos a confirmação da promessa em nossas vidas. Mas como podemos, com tantas lutas e adversários internos e externos, naturais e espirituais, manter firme a nossa esperança, como podemos manter nossa esperança firmemente alicerçada no Redentor que, de uma vez por todas, nos deu acesso ao Pai ao clamar no monte calvo em Jerusalém: “Está consumado”!?
 Para os cristãos do Séc. I não era nada fácil se manter firme em sua fé sendo desestimulados pelas exigências legalistas dos judaizantes; também não seria muito fácil manter a firmeza na fé com a oposição de familiares que, insistentemente, os exortavam a retornar às suas antigas práticas religiosas, aos seus antigos deuses e assim continuarem em sua vida tranquila e sem sentido; para completar este quadro não devia ser nada fácil manter a fé sendo perseguido, preso, espoliado, maltratado e alguns chegaram a ser mortos pelos seus próprios patrícios.
Mas eles se mantiveram firmes em sua fé mesmo com tudo contra, ou talvez mantiveram sua fé exatamente porque eram perseguidos, provados, perseveravam e eram aprovados pelo Senhor (Tg 1:3). Nos dias da Igreja Primitiva só abraçava e permanecia firme na fé quem realmente nascia de novo, quem era realmente crente, quem era realmente um filho de Deus (At 8:21 ).
Talvez seja mais fácil viver como cristão atualmente. Talvez seja mais fácil manter firme a esperança em nossos dias, já que ela não sofre perseguição, ninguém corre o risco de ser preso e morto simplesmente por professar a fé em Jesus Cristo. Mas... Mas talvez os crentes do Sec. XXI tenham que lidar com outros perigos. Talvez tenham que lidar com amigos que chamam pras baladas, para barzinhos, para ficar... Para experimentar outra forma de religião, ou um gole de um negócio gostoso, uma tragada rápida ou só uma picada, um comprimido ou uma cheiradinha mas... Se isto está acontecendo, os nossos irmãozinhos do Séc. XXI não enxergam isto como uma ameaça à sua fé. Tudo é normal, nada a ver, todo mundo faz.
Talvez os crentes do séc. XXI tenham que lidar com pressões em seu trabalho, em seus negócios. Impostos são exorbitantes e sem retorno algum, e talvez os crentes sejam tentados a sonegar ao menos um pouquinho; oportunidades de progredir na carreira podem surgir se os crentes ajudarem a acobertar algum erro ou malfeito de seus patrões ou superiores. Talvez os crentes não vejam isso como uma ameaça à sua fé até que estejam tão comprometidos que não veem mais a sua esperança como algo a ser mantida com firmeza e então ela se torna apenas algo negociável. E isto é só o último antes da apostasia final. E você, crente, achando que estas coisas não são ameaças à sua fé. Chegou o momento de você despertar deste torpor e começar a realmente batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 1:3). E você vai despertar, vai se levantar e vai batalhar - vai, se você é mesmo um cristão, se você é mesmo crente no Senhor Jesus.
Talvez você não saiba como fazer. Não é a toa que estamos aprendendo com os crentes tessalonicenses que aprenderam com o apostolo Paulo que aprendeu a imitar o próprio Senhor Jesus (Gl 1:11-12).
AMANDO A DOUTRINA E PERSEVERANDO NELA
13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. 
I Ts 4.13
O cristão é, por excelência, uma pessoa que sabe, que tem conhecimento. Paulo sabia que a Igreja em Tessalônica não era uma Igreja perfeita apesar de ter uma fé operosa, de viver um amor abnegado e estar se mantendo firme em sua esperança, mas mesmo assim era uma Igreja que tinha deficiências em sua fé. Não é que eles cressem errado, não se tratava de heresias (e já havia muitas circulando pela Ásia Menor e no Mediterrâneo naqueles dias - Gl 1:6-7), mas eles precisavam ser ainda mais instruídos. Sua deficiência não era de erro ou de qualidade, mas de quantidade de conhecimento porque Paulo não tinha tido tempo de instruí-los suficientemente.
Paulo detecta que aquele que não tem o conhecimento adequado de Cristo, de usa obra e de sua volta é uma pessoa que fatalmente ficará “entristecida”, isto é, quem não sabe sobre a doutrina da ressurreição dos mortos é tornada uma pessoa aflita, receosa, preocupada, depressiva (lupew) e é por isso que o apóstolo afirma que quem não crê corretamente a respeito da morte e ressurreição de Jesus não apenas é incapaz de ser plenamente feliz como também se coloca entre as mais infelizes do mundo (I Co 15:19).
Se você descuida da doutrina você perde as suas certezas, perde seu referencial, ganha dúvidas, vacila em sal fé, se torna fraco, frágil. E o pior é que você não percebe, é como o sapinho da historieta da água que vai sendo esquentada aos poucos, ele não percebe até morrer confortavelmente. É a certeza da ressurreição de que jesus que dá firmeza aos crentes, é a certeza, a confiança na promessa de que aquele que nele crê já passou da morte para a vida (Jo 5:24) e, ainda que morra, viverá eternamente (Jo 6:51) que dá ao cristão ao vigor necessário para manter-se firme em sua fé em toda e qualquer situação porque eles não temem aos que podem fazer perecer o corpo (Mt 10:28), mas amam e são amados por aquele que dá vida eterna a todos os que nele crerem.
Como é possível que alguém que espera a bem-aventurança eterna, alguém que tem certeza da vida eterna negue a sua fé em circunstâncias absolutamente momentâneas e passageiras (II Co 4:17), situações simplesmente insignificantes se comparadas ao que Deus tem preparado para os que nele confiam e esperam.
 MANTENDO A CONVICÇÃO DE QUE A MORTE NÃO É O FIM
14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. 15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. 16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. 
I Ts 4.14-17
Diante da indagação dos incrédulos que perseguiam ou assistiam os cristãos serem perseguidos e mortos a respeito da ação de Deus, e muitos podiam se perguntar também “onde está o seu Deus?” sem entender que mesmo a morte de seus servos é preciosa aos olhos de Deus (Sl 116:15) que continua sendo o Todo poderoso mesmo que não intervenha para salvar da morte os seus eleitos, os seus amados, os seus santos.
Para o crente a morte não é jamais um motivo de desespero, na verdade a morte é um inimigo já derrotado, já vencido, era um aguilhão que mantinha os homens escravizados e que ainda hoje mantém muitos presos porque ainda não conhecem a verdade que liberta (Jo 8:32), não conhecem a bendita doutrina da ressurreição dos mortos, não conhecem a Jesus Cristo.
Embora Paulo aborde a ordem da glorificação, primeiro a ressurreição dos que já morreram e depois a transformação dos que ainda estiverem vivos este não é o ponto que pretendo focar neste momento. O que nos importa é que todos, absolutamente todos os que crerem no Senhor Jesus Cristo serão alvos da graça maravilhosa de Deus e passarão pela bendita glorificação.
Quando um cristão era ameaçado com a porte podia dizer como Paulo que viver aqui é viver a vida de Cristo, para tornar Cristo conhecido, para glória de Cristo (Fp 1:25-26) mas morrer em Cristo era lucro, era incomparavelmente melhor (Fp 1:23). Podia dizer que a morte não era o fim, mas a antecipação do gozo celeste. Esta doutrina deu tanta ousadia aos cristãos que milhares deles chegaram a se entregar voluntariamente aos soldados romanos em busca do martírio.
Mortos não estavam desassistidos pelo seu Senhor. Vivos podiam morrer sob perseguições e ainda assim se mantiveram firmes em sua esperança. Perseguidos, pilhados, presos, maltratados, humilhados e ainda assim felizes (Fp 1:29), tão diferentes dos cristãos do nosso tempo: mimados, murmuradores, reclamões, insatisfeitos, cobiçosos e, pior que tudo, medrosos e de ânimo dobre em sua fraca fé (Tg 1:8).
 INCENTIVANDO UM AO OUTRO À PERSEVERANÇA
18 Consolai-vos, pois, [e edificai-vos) uns aos outros com estas palavras. 
I Ts 4.18
Lamentavelmente chegamos a dias em que cristãos arrogantemente dizem não precisar que ninguém lhes aconselhe, ninguém lhes oriente, ninguém lhes exorte, ninguém lhes admoeste e ainda usam a bíblia erradamente para justificar esta atitude (I Jo 2:27). Isto é fruto do individualismo moderno, mas, na verdade, é uma velha forma de pecar, a dureza de cerviz, a rejeição a ouvir a Deus e à proclamação de sua palavra, nem sempre anunciada à partir do púlpito.
Se você não precisasse de conselho, não precisasse de exortação, de admoestação a bíblia não diria para nos exortarmos mutuamente quando alguém deixa de congregar. Se você não precisasse de conselheiros e conselho Paulo não exortaria, admoestaria e consolaria os crentes através de suas cartas e certamente também o fazia pessoalmente. Se não precisássemos uns dos outros Deus não teria formado um povo, um corpo, um edifício, uma Igreja. Se não precisássemos uns dos outros Deus não teria dado a Igreja pastores, e evangelistas, e mestres, e presbíteros superintendentes, e servos diáconos, nem teria nos dito para sermos servos uns dos outros pelo amor.
O problema não está em ter conselheiros, mas ter maus conselheiros que podem errar de duas maneiras:
i. A primeira é usar de palavras ou técnicas de persuasão para fazerem seguidores de si mesmos, enganando, sendo guias cegos (Mt 23:16) mantendo em cegueira seus seguidores, como faziam os líderes judeus do primeiro século (Mt 23:15);
ii. A segunda é falar apenas o que as pessoas querem ouvir, satisfazendo-lhes a coceira de seus ouvidos (II Tm 4:3) e gerando aplausos, e honra por causa disso. São engraçados, agradáveis, doces, mas enganam e matam.
A única coisa que pode realmente consolar o crente é a verdade. Consolar é ficar do lado, dando o apoio necessário para suportar o que seria motivo de angústia. Mas Paulo diz que só quem não tem a esperança da ressurreição é naturalmente entristecido, angustiado e temeroso especialmente diante da morte. Só o incrédulo, sendo obrigado a adorar o imperador ou morrer, escolheria o culto ao imperador - o crente preferiria pegar o atalho do martírio para adorar ao seu Senhor pessoal e espiritualmente.
Estas palavras, isto é, esta doutrina, a verdade acerca da volta de Jesus e ressurreição de todos os que morreram em Cristo par a vida eterna é que podia dar, e dava, aos cristãos o vigor necessário para resistirem nos dias maus (Ef 6:13). Talvez esta seja a causa de muitos cristãos fraquejarem: não tem conhecimento ou não tem fé. Não se importam com a doutrina ou não querem viver a sua fé.
 CONCLUSÃO
O que você faria se a sua fé fosse provada como era a fé dos cristãos em Jerusalém, Éfeso e Tessalônica e por todo o império romano e ainda por vários lugares do mundo no decorrer de vários séculos? O que você faria se a sua fé fosse provada como tem sido a de muitos cristãos em países de regimes mais fechados e de maioria islâmica, por exemplo?
O que você faria se seu patrão pudesse exigir de você que abandonasse a sua fé ou o seu emprego? O que você faria se seu cônjuge lhe fizesse a mesma exigência, o clássico “ou Jesus ou eu”? E se seus amigos, todos eles, se recusassem a falar com você enquanto você frequentasse a Igreja e professasse a sua fé em Jesus Cristo? É, eu sei que provavelmente ninguém vai fazer isso, pelo menos não por enquanto.
Quase sempre a escolha é imposta de maneira muito mais sutil, como, por exemplo, a visita a um culto idólatra ou espírita, a participação em uma festinha mais alcoolizada ou esfumaçada, um namoro missionário ou mais quente sem nada de espiritualidade. Pode ser a sugestão por fazer vistas grossas a falcatruas do chefe, ou servir-lhe de laranja em negócios escusos. Mas, que mal tem? Isto é vida secular e não tem nada a ver com religião, com fé, com esperança de vida eterna. Errado! Muitíssimo errado!
Tudo, tudo mesmo tem tudo a ver com a vida cristã. Ninguém é crente apenas no domingo, ninguém nasce do Espírito ao entrar na Igreja e se torna morto novamente assim que passa dos portões da Igreja. Se alguém nega a Cristo em situações tão simples, e tem negado, você e eu sabemos disso, como, então, esperar que Ele o confesse diante do Pai? O que você precisa entender é que nada neste mundo, nem mesmo o temido desemprego, a fome, a solidão, o celular sem crédito ou a própria morte pode fazer você ser apartado do amor de Deus (Rm 8:38-39) porque, vivamos ou morramos, somos do Senhor que voltará para reinar com os seus, mas só com os seus, quer vivos, quer mortos e ressurretos.
E se você já o negou desta maneira? A boa nova é que você pode confessar o seu erro, pedir perdão por seu pecado, suplicar-lhe sua graça, ser perdoado e por meio de Cristo ser reconciliado. Trabalho, amizades, negócios, seja lá onde você estiver errando, lembre-se que Cristo voltará para reinar com os seus, e nem a morte pode impedir isso, e esta verdade tem que lhe impulsionar à fidelidade.


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