sábado, 30 de março de 2013

DE MONTENEGRO AO CALVÁRIO... ou

...SOBRE BEIJOS, E BEIJOS.1

Estamos encerrando uma semana onde alguns beijos foram dados, e outros são lembrados. Alguém já disse que há muitos tipos de beijos – inclusive aqueles que não deveriam ser beijados.

Numa forma de protesto contra a inexpressiva presidência do autopastor e deputado Marco Feliciano na mais inexpressiva ainda comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados [afinal, por ali só circulam alguns milhões míseros de reais], duas Montenegros - nome sugestivo para tal assunto - protagonizaram espetaculares beijos. Assumo aqui o sentido de espetacular para significar show, de mostra, de teatralidade mesmo. A primeira, a mãe, durante um protesto formal em praça pública, e a segunda, a filha, num gesto mais estudado, num programa televisivo com o sugestivo nome de vem ai... o que vem mesmo por aí? Ofensas à milhões de brasileiros que não concordam com o homossexualismo, que o acham uma aberração e que, talvez, estavam à frente da televisão se preparando para dormir, talvez conversando com seus filhos, foram obrigados a assistir um beijo lésbico. Teatral? Cenográfico? Técnico?

Que importa! Alguém que deseje ver cenas de lesbianismo [padrão antinatural de relacionamento sexual humano – Rm 1.26] sabe onde encontrar tais cenas. Basta digitar uma única palavra em www.google.com e terá uma enxurrada de sites. Ou ir a qualquer banca de jornal ou locadora. É possível ver o que se deseja gratuitamente. Mas eu não quero. Eu não queria que minha filha visse tamanha afronta aos valores cristãos. E a rede Globo fez isto – a que eu repudio veementemente. Teve tempo para pensar nas consequências, e, creio, o fez de propósito – como, aliás, defendo que vem fazendo desde que transformou o homossexualismo em caricatura [quem não lembra do capitão gay do Jô Soares], depois tentou apresentar como um padrão normal [Torre de Babel] até que passou a caricaturizar os heterossexuais.

Beijos negros, montes deles, montes negros. Aquilo não foram beijos de verdade, não havia sentimento, havia apenas o desejo de contestar, de ofender, de aparecer na mídia. Na verdade, foi mais um tapa na cara, uma ofensa que muitos [cristãos] acharam divertida, engraçada, digna de aplausos. Não eu. Sei que não sou o único, e, mesmo que fosse, ainda assim insistiria: NÃO EU. Este não é o meu padrão. Não é o padrão que quero que forme a mente de meus filhos. Insisto. NÃO EU. Não estou do lado do monte negro que pretendem erigir.

Outro beijo também é lembrado nesta semana. Foi dado há quase 2000 anos por um homem cujo nome é uma corruptela de Judá, o quarto filho de Jacó e Lia, a esposa não amada, e significa “filho do meu louvor”. Foi dado num jardim, numa noite negra, em um monte negro chamado Getsêmani. Foi o beijo da traição. O que deveria ser um gesto de carinho, e, até mesmo na cultura hebraica um gesto de consideração, tornou-se universalmente conhecido como o gesto que marca a mais nojenta traição jamais praticada.

Ali mais um passo era dado pelo Senhor Jesus rumo à cruz. Já tentaram tirá-lo da história, já tentaram mantê-lo da cruz. Já tentaram tirá-lo do coração dos crentes com ameaças, com perseguições e mortes. Não conseguiram. Tentam, agora, a exemplo de Judas Iscariotes, tirá-lo com beijos cênicos. O dia em que os cristãos aceitarem os montes negros de beijos que enojam as famílias brasileiras que ainda temem ao Senhor, Jesus terá pedido licença, não para entrar, como querem os arminianos, mas para se retirar. O Espírito terá sido apagado, as profecias desprezadas, o mundo e o mundanismo terá triunfado sobre a igreja.

Se há alguém que ainda espere um tempo de tribulação [a tal grande tribulação] é porque seus olhos ainda estão turvos, seu coração está amornecido pelos calores mundanos. Somente néscios não percebem que já a vivemos, embora a mesma seja disfarçada. Não são mais os porretes, os cassetetes e as espadas. Mas os beijos... beijos traiçoeiros, beijos negros, montes deles, montes negros de beijos.

O que me consola é saber que “as portas do inferno não prevalecerão sobre a igreja” [Mt 16.18], e, ainda que a igreja cristã desapareça num lamaçal de pecados no Brasil, ela ainda se fará presente em algum lugar no mundo, nem que seja no seio da igreja oficial e formalmente perseguida na África, ou no Oriente Médio.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A FARSA DE BRASÍLIA E A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Tenho acompanhado a polêmica a respeito da eleição do deputado e autoproclamado pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados Federais. No momento da eleição do referido deputado, houve protestos veementes especialmente do ativista gay, também deputado, Jean Willys, que ameaçou abandonar a comissão como se  ele tivesse o direito de ditar o que seus colegas deveriam fazer na hora de votar.

Acredito que o srto. Jean Willys almejava o cargo que lhe foi negado. Mas porque a indignação contra Marco Feliciano? O srto. Jean estava indignado porque o eleito era um pastor [não quero entrar no mérito de sua teologia, podem ter certeza que ele nunca terá franqueado o púlpito de uma igreja da qual eu seja pastor] e francamente contrário a relação homossexual [novamente não ouso usar a palavra casamento para o ato homossexual, pois entendo que casamento pressupõe acasalamento, isto é, a união de um casal, do sexo masculino e feminino]. Estaria ele, talvez, indignado porque não foi eleito um deputado ou deputada simpatizante à sua causa? Ou queria ele um deputado que fosse sugestionável ou acessível pela patrulha gayzista ou de qualquer outro movimento afirmativo?

Este é o debate, todavia, o que me incomoda não é quem é o presidente da comissão, mas o fato de que Marco Feliciano não é nenhum defensor dos direitos humanos, e por direitos humanos me refiro aos verdadeiros direitos humanos, sem discriminação de cor [não concordo com as políticas de quotas, ou afirmativas, ou seja lá o que for que discrimine pessoas em função de qualquer características fenotípicas, ou sexistas, ou filosófico religiosas]. Esta comissão discute temas que, de uma maneira ou de outra, vão tornar alguns humanos mais humanos que outros. Vão dar direitos especiais a alguns em detrimento de outros.

Assim como não espero nada da Comissão de Cultura, ou de Constituição e Justiça, ou de Ética, também não espero nada de comissão alguma ou de deputado algum. Para mim tal debate é inócuo, inútil e uma grande perda de tempo. Seja quem seja o presidente, o andamento da farsa em Brasília não vai ser alterado.

Sei que vou levantar polêmica, mas a questão que quero levantar é: Marco Feliciano, Jean Willis e qualquer outro que ali estivesse estaria no lugar certo. Certo? É, porque tais comissões são uma mera pantomima, de uma falsidade inacreditável. Ou alguém acredita que o deputado Tiririca tem realmente o que contribuir em uma comissão de Cultura? Ou Paulo Maluf em uma comissão de ética? Ou o que fazem José Genoíno e João Paulo Cunha, mensaleiros condenados, na comissão de Constituição e Justiça?

Tudo o que acontece ali é um teatro. Jean Willis faz cena para seus eleitores. Marco Feliciano também. E cada um capitaliza com o acontecido, ganhando os holofotes e novos seguidores em suas respectivas sandices. É como num jogo de futebol. Os atletas ganham muito dinheiro, e os torcedores se matam, por nada. E há quem caia, e saia fazendo sandices ainda maiores, como ameaçar e agredir pessoas.

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