Sem
dúvida estou entrando em terreno pedregoso, lamacento e perigoso, especialmente
em dias nos quais o tema tem sido discutido na mídia sempre com um viés
favorável à ideia, à partir de uma premissa “politicamente correta”, pretensamente
revolucionária, existencialista e puramente individualista: viva e deixe viver,
cada um na sua.
Esta
nova visão de mundo, esta concepção do ser tem contado com os avanços científicos
cada vez mais surpreendentes – e o que surgiu como uma esperança de
reconstrução de vida após um acidente se tornou um desejo de consumo de
desajustados psicológicos e emocionais, ou simplesmente entusiastas de uma
sexualidade fora dos padrões bíblicos.
Mas
nem tudo o que é científico é necessária e absolutamente benéfico. O
conhecimento científico que deveria ser usado para o bem comum pode (e
frequentemente é) usado para ações más, de rebeldia contra Deus.
A
questão que ora abordo é: é biblicamente defensável a cada vez mais popular
mudança anatômica dos órgãos genitais? O que a bíblia tem a dizer a respeito?
Para
a bíblia os desejos carnais humanos são apenas obras da carne – pouco importa
se o homem quer ser mulher ou se uma mulher quer ser um homem: isto é um desvio
do que Deus estabeleceu, do que Deus determinou e fez. E a isto a bíblia chama
de diversos nomes, dentre os quais destaco perversão, abominação, pecado.
Deus
criou homem e mulher, homem e mulher os criou. Não há uma terceira sexualidade
– há deturpação, rebelião, desvio, desconforto pessoal, rejeição de si mesmo e
da vontade de Deus.
A
onda de mutilações que vemos atualmente foi tornada possível nesta sociedade
absolutamente permissiva e apartada de Deus.
Outro
fator que a favorece é a sorrateira cultura midiática (Mulan, Valente) “de
esquerda” (leia-se materialista, existencialista e antisobrenaturalista)
apoiada por avanços científicos. Creio que em culturas passadas estas mudanças
radicais só não aconteceram por falta de conhecimento científico – embora
castrações e outros artifícios menos elaborados fossem comuns.
Estes
pretensos avanços deixam de considerar a pessoa o que ela realmente é: uma
pessoa com transtorno de personalidade, com um desajuste emocional que nenhuma
mutilação cirúrgica ou fortes doses de hormônios mudará.
O
fato é que um homem ou uma mulher que se deixarem mutilar serão sempre uma
pessoa mutilada, um arremedo de si mesmo.
Repito:
um homem ou mulher mutilados sempre precisarão de “amparos da ciência”,
psicológicos e medicamentosos para disfarçarem o que realmente são. Homem
continuará sem poder engravidar e mulher continuará sem poder gerar um filho –
poderá apenas gestar (caso não retire o útero na mutilação). Homem terá sempre cromossomos XY e a mulher sempre será XX, por mais que exteriormente tenham outra aparência.
A
inclinação homossexual tem solução: o novo nascimento, o reconhecimento de que
é um pecador e que Deus pode fazer do pecador uma nova criatura. A solução é
uma mudança no homem interior – e não uma mutilação exterior.
A
não aceitação de si mesmo tem solução: uma entrega total de si mesmo ao seu
criador amoroso.
Somente
em Deus a criatura encontra a sua realização, somente no Criador, aquele que
formou o ser de modo assombrosamente maravilhoso no ventre materno o ser humano
encontra seu verdadeiro significado.
Diante
daquele que forma cada um não há distinção entre pessoas – não importa o quão
deformadas pelo pecado, quão desajustadas em suas mentes estejam.
E a
Igreja? Esta deve expressar o amor de Deus amando, amparando, instruindo e
corrigindo o pecador que só pode obter a solução de sua angústia e a salvação
de sua alma crendo no Senhor Jesus e abandonando as inclinações pecaminosas e
infrutíferas da carne.
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