sexta-feira, 1 de setembro de 2017

MUTILAÇÃO GENITAL E DEPENDÊNCIA HORMONAL

Sem dúvida estou entrando em terreno pedregoso, lamacento e perigoso, especialmente em dias nos quais o tema tem sido discutido na mídia sempre com um viés favorável à ideia, à partir de uma premissa “politicamente correta”, pretensamente revolucionária, existencialista e puramente individualista: viva e deixe viver, cada um na sua.
Esta nova visão de mundo, esta concepção do ser tem contado com os avanços científicos cada vez mais surpreendentes – e o que surgiu como uma esperança de reconstrução de vida após um acidente se tornou um desejo de consumo de desajustados psicológicos e emocionais, ou simplesmente entusiastas de uma sexualidade fora dos padrões bíblicos.
Mas nem tudo o que é científico é necessária e absolutamente benéfico. O conhecimento científico que deveria ser usado para o bem comum pode (e frequentemente é) usado para ações más, de rebeldia contra Deus.
A questão que ora abordo é: é biblicamente defensável a cada vez mais popular mudança anatômica dos órgãos genitais? O que a bíblia tem a dizer a respeito?
Para a bíblia os desejos carnais humanos são apenas obras da carne – pouco importa se o homem quer ser mulher ou se uma mulher quer ser um homem: isto é um desvio do que Deus estabeleceu, do que Deus determinou e fez. E a isto a bíblia chama de diversos nomes, dentre os quais destaco perversão, abominação, pecado.
Deus criou homem e mulher, homem e mulher os criou. Não há uma terceira sexualidade – há deturpação, rebelião, desvio, desconforto pessoal, rejeição de si mesmo e da vontade de Deus.
A onda de mutilações que vemos atualmente foi tornada possível nesta sociedade absolutamente permissiva e apartada de Deus.
Outro fator que a favorece é a sorrateira cultura midiática (Mulan, Valente) “de esquerda” (leia-se materialista, existencialista e antisobrenaturalista) apoiada por avanços científicos. Creio que em culturas passadas estas mudanças radicais só não aconteceram por falta de conhecimento científico – embora castrações e outros artifícios menos elaborados fossem comuns.
Estes pretensos avanços deixam de considerar a pessoa o que ela realmente é: uma pessoa com transtorno de personalidade, com um desajuste emocional que nenhuma mutilação cirúrgica ou fortes doses de hormônios mudará.
O fato é que um homem ou uma mulher que se deixarem mutilar serão sempre uma pessoa mutilada, um arremedo de si mesmo.
Repito: um homem ou mulher mutilados sempre precisarão de “amparos da ciência”, psicológicos e medicamentosos para disfarçarem o que realmente são. Homem continuará sem poder engravidar e mulher continuará sem poder gerar um filho – poderá apenas gestar (caso não retire o útero na mutilação). Homem terá sempre cromossomos XY e a mulher sempre será XX, por mais que exteriormente tenham outra aparência.
A inclinação homossexual tem solução: o novo nascimento, o reconhecimento de que é um pecador e que Deus pode fazer do pecador uma nova criatura. A solução é uma mudança no homem interior – e não uma mutilação exterior.
A não aceitação de si mesmo tem solução: uma entrega total de si mesmo ao seu criador amoroso.
Somente em Deus a criatura encontra a sua realização, somente no Criador, aquele que formou o ser de modo assombrosamente maravilhoso no ventre materno o ser humano encontra seu verdadeiro significado.
Diante daquele que forma cada um não há distinção entre pessoas – não importa o quão deformadas pelo pecado, quão desajustadas em suas mentes estejam.

E a Igreja? Esta deve expressar o amor de Deus amando, amparando, instruindo e corrigindo o pecador que só pode obter a solução de sua angústia e a salvação de sua alma crendo no Senhor Jesus e abandonando as inclinações pecaminosas e infrutíferas da carne.

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