segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A VERDADEIRA FÉ É OPEROSA


1Ts 1:2 Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, 3 recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo [1Ts 1.2-3].
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Ao escrever a primeira de suas duas cartas aos crentes da região da Salônica [por isso chamados de tessalonicenses] o apóstolo Paulo destaca três características daquela igreja que merecem ser consideradas.
Já refleti muitas vezes sobre o padrão ideal de igreja, especialmente tendo como base o texto de Atos 4, e oportunamente trarei algumas notas a este respeito. Mas, nestes primeiros boletins, destaco as características que marcavam a vida cristã dos irmãos tessalonicenses que chamaram a atenção do apóstolo Paulo: eram portadores de uma fé operosa, de um amor abnegado e de uma esperança firme.
A primeira característica, a respeito da qual me deterei nesta seção, é a existência de uma fé operosa, isto é, uma fé que se expressava através de ações concretas, para que mesmos os inimigos do cristianismo vissem as suas boas obras e fossem obrigados a glorificar ao Senhor quando sua falta de fé lhes fosse cobrada [1Pe 2.12] evitando que a igreja fosse envergonhada por incrédulos de coração mas que podiam apresentar um padrão de moralidade e obras de caridade mais elevados do que muitos que a se mesmos se declaravam cristãos [Tg 2.1] mas não andavam no caminho das boas obras que o Senhor preparou de antemão para que os seus andem nelas [Ef 2.10].
___A FÉ OPEROSA VENCE O COMODISMO
A verdadeira fé cristã não se limita apenas a ter conhecimento, ao acúmulo de informações sobre como deve ser a vida de uma pessoa religiosa. Note que a fé no Senhor Jesus Cristo é suficiente para a salvação do pecador, mas não se limita aos seus aspectos soteriológicos. 
A fé é suficiente para garantir a salvação do crente e eficiente para conduzi-lo a uma vida que glorifique ao seu Salvador, a ponto do apostolo Paulo afirmar que ele já não mais vivia, mas Cristo vivia nele, isto é, já não era possível ver a Paulo sem ver nele a ação vivificadora e direcionadora do próprio Cristo.
Ao longo da história a igreja cometeu alguns erros, valorizando o ascetismo, por exemplo, no qual aqueles que eram considerados os mais religiosos eram justamente os menos produtivos. Um exemplo é o de um homem chamado Simão, o estilita, um homem que nada produzia além de sujeira, e que vivia em uma coluna a metros de altura do chão. Isto não é vida cristã. Cristo jamais faria isto, pelo contrário, as Escrituras dizem dele que andou por toda a parte fazendo o bem a todos e libertando os oprimidos do diabo [At 10.38].
___A FÉ OPEROSA VENCE O ATIVISMO
A fé operosa também afasta outro perigo existente na igreja, o ativismo que busca alcançar recompensas e benefícios imediatos, seja na forma de status, reconhecimento social ou até econômico. Quem busca estas coisas alcança estas coisas, e, ao alcançá-las, já tem o seu galardão e nada receberá das mãos de Deus [Mt 6.2].
Ativismo pode até trazer alguma satisfação momentânea, mas exigirá sempre mais, como uma droga consumindo as entranhas daquele que ainda não entendeu a diferença entre ativismo e serviço cristão. No serviço cristão o objetivo é glorificar a Deus através de diversos tipos de atividades, e, embora isto possa até trazer alguma forma de cansaço físico, com certeza trará grande satisfação espiritual.
É óbvio que sempre haverá algo a ser feito em virtude da fé. A igreja foi chamada para caminhar com seu Senhor, para por a mão no arado sem se deter ou olhar para trás [Lc 9.62], para ir em frente, olhando para o autor e consumador da fé [Hb 12.2], deixando para trás aquilo que precisa ser deixado com o objetivo de alcançar o alvo da soberana vocação [Fp 3.14] sem jamais retroceder [Hb 10.39].
____________CONSIDERAÇÕES FINAIS
Afirmar possuir fé e mantê-la inoperante é, na verdade, uma clara evidência de uma crença sem vida e portanto inútil [Tg 2.14] tanto do ponto de vista do testemunho e até mesmo da salvação, porque não é a verdadeira fé. Por outro lado, afirmar ter fé e esperar que por praticar determinadas ações torna-se merecedor de algo tanto das mãos de Deus quanto dos homens é uma forma de religião em nada semelhante aa verdadeira fé, como se Deus pudesse ser devedor de algo a alguém [Rm 4.4].
Que a nossa fé, nossa confiança no Senhor e Salvador Jesus Cristo se manifeste na prática das boas obras sem buscar ofender a Deus com cobranças pecaminosas na certeza de que o Senhor já nos deu tudo o que precisávamos [2Pe 2.13].
Do Coração do Pastor

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