terça-feira, 28 de janeiro de 2020

O VERDADEIRO AMOR CRISTÃO É ABNEGADO

1Ts 1:2 Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, 3 recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo [1Ts 1.2-3].
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O apóstolo Paulo destaca uma segunda característica que não apenas ele mas todo o mundo conhecia da Igreja tessalonicense: além de uma fé operosa ela também exercitava o amor de forma abnegada.
O conceito bíblico de amar é  diferente do que comumente encontramos fora da igreja, em qualquer época. O conceito extra bíblico é absolutamente deturpado, e até mesmo a igreja se equivoca, considerando amor coisas como lascívia, contemporização, beijos e abraços [vale lembrar que foi com um beijo que Judas entregou o Senhor Jesus aos seus inimigos] e para esta forma de amor a bíblia traz uma advertência severa, dizendo simplesmente: “Ai deles!” [Is 5.20].
A igreja em Salônica tinha boa teologia com algumas dúvidas a respeito da pessoa de Cristo, o que não é de estranhar numa igreja nascente recebendo uma mensagem ainda em processo de consolidação. Também era uma igreja que possuía pessoas habilitadas para pregar, governar, evangelizar - e isto sempre fez parte do propósito de Deus para sua Igreja [Ef 4.11-12].
Mas o que a fazia ser uma igreja notável era a maneira como ela exercitava o amor. Ela amava de maneira abnegada, seguindo dois exemplos muito próximos para ela.

O EXEMPLO DE PAULO
O primeiro exemplo era o do próprio apóstolo Paulo, que considerara a evangelização do mundo gentio como a tarefa essencial de sua vida, com a responsabilidade de cuidar das igrejas que ele plantara [2Co 11.28]. Ele afirma que esta era uma obrigação que pesava sobre ele [1Co 9.16].
Paulo amava ao Senhor e a igreja do Senhor a ponto de, embora desejoso de partir para encontrar-se com Cristo na glória (conhecemos sua história de perseguições e maus tratos) ele ainda considerava com grande carinho permanecer “na carne” para edificação da Igreja.
Coisas extremamente valiosas, tanto no mundo judaico quanto gentílico, foram consideradas por Paulo como de menor valor e até como refugo, isto é, coisas que deveriam ser jogadas para o lado como sem utilidade (Fp 3.4-7) e até como embaraço (Hb 12.1): nacionalidade judaica, família, cultura, religiosidade e, principalmente, nacionalidade romana.
Paulo desejava de tal maneira agradar a Cristo que considerava até mesmo sua vontade como secundária (2Tm 2.4) desejoso que, ao conhecerem, todos conhecessem a Cristo por meio dele (Gl 2.20) mesmo enquanto sofria cadeias e perseguições (Ef 6.20; Fp 1.7) e por isso instava com as igrejas que o imitassem naquilo que ele tinha mostrado como imitador de Cristo (Fp 3.17).

O EXEMPLO DE CRISTO
O exemplo mais perfeito de amorosa negação de si mesmo é encontrado naquele que Paulo imitava: o Senhor Jesus. Paulo diz aos crentes que eles deveriam ter o mesmo sentimento que houve em Cristo (Fp 2.5): um sentimento que levou o criador dos céus e da terra a assumir nossa natureza e limitações, a ser servo de pecadores quando podia ser servido por anjos.
É o sentimento que levou Jesus a sofrer maus tratos e até experimentar a morte em lugar de quem merecia morrer, deixando o trono celeste para ser encravado numa cruz infamante. O nome deste sentimento é amor abnegado, verdadeiro e inigualável. Negação de si mesmo sem buscar recompensa, anulação da própria vontade por amor àqueles que lhe foram dados pelo Pai celeste (Jo 10.29), comprando-os com seu precioso sangue (Ap 20.28).
É este tipo de sentimento que foi exigido pelo Senhor para todos os seus seguidores (Mc 8.34) e que era encontrado na igreja dos tessalonicenses e que fazia dela uma igreja digna de ser lembrada: seus membros buscavam o bem uns dos outros e, mesmo correndo riscos, o bem dos pecadores que se declaravam seus inimigos e inimigos de Cristo (Jo 15.20).

UMA NECESSIDADE PARADOXAL
É lamentável e paradoxal que de tempos em tempos a igreja, que é composta daqueles que foram alcançados por amor e capacitados a amar por um derramamento de amor do próprio Deus que ela precisa ser uma comunidade adoradora em sua relação vertical e amorosa em sua relação horizontal. É lamentável ter que lembrar que algo tão basilar precise ser lembrado, o que é uma evidência de que os sintomas da falta de amor estão presentes e se manifestando com efeitos danosos, a ponto de ser muito difícil ver o mundo dizer que a principal característica da igreja é o amor mútuo (Jo 13.35). Para alcançar pecadores aquela igreja estava disposta a morrer para glória de Cristo, o que era, e continua sendo, incomparavelmente melhor do que viver ser  considerado fiel pelo Senhor (Ap 2.10).

Um comentário:

Avali Ignes Dal Agnol disse...

Ótimo texto Deus continue abençoando e semeando

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