quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

CARNAGOSPEL – SERIA RIDÍCULO SE NÃO FOSSE LAMENTÁVEL

CARNAGOSPEL – SERIA RIDÍCULO SE NÃO FOSSE LAMENTÁVEL
Nestes dias alguns anúncios publicitários me chamaram a atenção: em Tucuruí, o carnagospel. Em Jacundá, o grande culto do Carnaval de Jesus. O primeiro era pretensamente promovido por todas as Igrejas evangélicas de Tucuruí (o que, rapidamente, constatei ser uma mentira, pois Igrejas sérias não estavam participando do evento promovido pelo conselho de pastores daquela cidade – certamente sem o apoio e a despeito do conselho de alguns pastores sérios - ou seriam estes pastores verdadeiramente comprometidos com a verdade?). O segundo promovido pela Igreja romana de Jacundá.
Conversando com um jovem missionário, ele lembrou-me da etimologia das duas palavras que daria origem ao carnagospel. Carnevale, festa carnal, onde os excessos eram permitidos (originários dos cultos orgíacos bacanais) e God spell – a fala de Deus, iluminação. Assim, teríamos como conceito do carnagospel: festa carnal iluminada por Deus. Conceito interessante para os carnais, mas de modo algum aceitável pelos verdadeiros cristãos, que tem uma vida sólida com Deus, com intimidade e obediência, que sabem discernir o que é modismo, imitação do mundo, impureza do que é eterno e santo.
Uma breve olhada nas Escrituras sagradas, que para os cristãos é verdadeira palavra de Deus, e deve ser crida e obedecida, demonstra que o verdadeiro cristão nada deve dispor para a carne. Escrevendo aos Romanos, no capítulo 13, o verdadeiro apóstolo Paulo (porque muitos falsos apóstolos têm saído pelo mundo) lembra-lhes que é dever do cristão andar dignamente como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revestidos do Senhor Jesus Cristo e nada dispondo para a carne no tocante às suas concupiscências.
Só isso já seria suficiente para mostrar que o carnagospel é uma invenção de satanás e seus verdadeiros seguidores, mas que se afirmam (enganados ou enganando – ou as duas coisas) seguidores de Cristo, vivendo em cegueira e mentira, mas com o objetivo de enganar os incautos, usando em vão o nome do Senhor Jesus (II Co 11.13-15): Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras.
Entretanto, suas ações nada mais são do que blasfêmias contra o nome do santo Senhor, mas, repito, seu fim será conforme as suas obras, porque o apóstolo João afirma enfaticamente que não se deve amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. Se o que faz a vontade de Deus permanece eternamente, é óbvio que o contrário também é verdadeiro, isto é, o que não faz a vontade de Deus, evidenciando isto através das conhecidas obras da carne não permanecerão: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam).
Não permanecerão, muito pelo contrário, serão lançados para longe da presença bondosa do Senhor, como ele mesmo afirma no evangelho de Mateus, capítulo 7.23: Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.O que o cristão deve fazer, então? Fugir de Babilônia (pseudo-evangélica ou não) e dirigir-se ao Senhor, buscando comunhão com a verdadeira Igreja do Senhor, que se afasta das obras da carne e procura viver segundo o fruto do Espírito, que é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

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