Neste ano de 2016 enfatizaremos, na Igreja Presbiteriana em Xinguara, o tema Identidade e Missão. Entendemos que somente o conhecimento de si mesmo pode levar alguém a desempenhar bem a função que lhe cabe e ser realmente produtivo no reino de Deus.
Imaginemos uma cena relativamente comum nos campos de futebol de várzea: o novato se apresenta, desejoso de participar da “pelada”, do “racha” ou do “baba”, dependendo do lugar em que se encontrar. Alguém bem intencionado logo lhe pergunta: “Em qual posição você joga”. Na dúvida, sempre respondo que prefiro jogar atrás, na armação. Não há comprometimento como defensor nem como atacante - com o tempo a gente vai se soltando, achando seu espaço... A meiúca, como diziam os boleiros de antigamente, é mais segura.
Mas para os “donos” dos times, se a resposta é: “qualquer uma, tanto faz” isso já gera uma certa desconfiança e, pior, se não tiver Q.I. [quem indica] faz com que o novato seja um dos últimos a ser escolhido e, se tiver gente suficiente para que dois times sejam formados, ele fica para o “próximo” sob a desculpa de que os de casa tem prioridade, ele acabou de chegar, etc...
E no reino de Deus, você sabe qual é o seu lugar? Suas armas são de defesa ou de ataque? Sabe onde tem que lutar e como deve lutar? Sabe quantos talentos recebeu e o que o seu Senhor espera que você faça com eles? Você sabe quem é você, neste processo de instauração do reino?
Você realmente sabe?
Tomemos o exemplo do apóstolo Paulo. Ele tinha plena consciência de quem ele fora [um blasfemo, perseguidor, insolente, assassino] antes de conhecer ao Senhor Jesus mas, por causa da transbordante graça de Deus, ele foi transformado e considerava-se a si mesmo nada além de um servo [um escravo, um soldado cuja vontade deveria ser totalmente submissa ao seu Senhor]. Seus dons e talentos estavam a serviço do Senhor, sua própria vida só fazia sentido se compreendida como se o seu Senhor vivesse nele e através dele.
Paulo também tinha plena consciência do propósito do seu chamado. Em tempos hedonistas, onde os cristãos desejam apenas que Cristo seja uma espécie de vendedor loja de departamentos, um atendente de shopping center onde seus prazeres carnais podem ser satisfeitos plenamente aprendemos com o apóstolo aos gentios que nosso chamamento não é para nos satisfazermos, mas para proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Não podemos ter outro alvo em nossa vida, não há outro alvo para o cristão que não seja o de promover a fé que é dos eleitos para que os pecadores tenham pleno conhecimento de si mesmos e busquem refúgio em Deus.
Por fim, Paulo também demonstra conhecer os resultados de seu chamado - uma vez que os eleitos de Deus ouvem a voz do bom pastor, creem no Senhor e salvador Jesus Cristo, eles se tornam filhos amados de Deus, livres da escravidão ao diabo e da merecida condenação para gozarem de paz mediante a reconciliação proporcionada pelo sangue de Cristo, aplicada aos seus corações pelo Espírito que lhes diz, de uma vez por todas e sempre: sois filhos de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário