terça-feira, 5 de setembro de 2017

INDEPENDÊNCIA E MORTE

Não, você não leu errado. Sabemos que a frase atribuída a Pedro de Órleans e Bragança, mais conhecido como D. Pedro I, às margens do riacho do Ipiranga, foi “Independência ou Morte”.
Naqueles dias havia um desejo muito forte dos brasileiros de ficarem livres de Portugal. E o bravo Pedro fez este favor aos brasileiros. Teve lutas, teve mortes, teve vultoso pagamento à coroa portuguesa.
O desejo de independência a qualquer custo ainda continua presente. Este é um desejo muito comum a todas as pessoas, de todas as idades.
Adolescentes querem tomar suas próprias decisões, ir aos locais que desejarem e fazer tudo o que quiserem.
Jovens também não querem ninguém lhes dizendo o que podem ou não fazer.
As mulheres querem ser independentes de seus maridos. Funcionários querem ser independentes de seus patrões.
Muitos perseguem esta miragem de independência para descobrirem, às vezes tarde demais, que ela é impossível e, quanto mais se chega perto dela, mais solitária a pessoa vai ficando.
Este desejo também estava presente em um dos momentos mais importantes da história humana - o dia em que Adão, à sua maneira, deu o seu “brado de independência”. Mas, ao invés de independência ou morte o resultado não foi independência, mas foi a morte para si mesmo e para seus descendentes [Rm 5.12].
Mas não podemos ser independentes de Deus - dependemos dele para tudo, pois sem ele nada podemos fazer (Jo 15.5). É nele que nos movemos e existimos (At 7.28). Se Deus nos desse a tão sonhada independência morreríamos todos imediatamente (Jo 34.14-15).
É muito melhor depender de um Deus todo poderoso do que colocar as nossas expectativas nas mãos de pessoas tão falíveis quanto nós.
Quanto mais próximo de Deus, quanto mais dependente de Deus mais abençoado por Deus você é - porque é de Deus que recebemos todos tipos de bênçãos (Tg 1.17), especialmente a maior de todas elas: ele não nos negou seu próprio filho (Rm 8.32).
Independência e morte!
Este é o resultado da rebelião do homem contra Deus.
Vida eterna, é o resultado de entregar a vida ao Senhor e confiar nele (Sl 37.5).

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

E O LOUVOR? ENTRE O EU E O NÓS!

Eu, ou nós? Individual ou coletivo? Solo, coral ou congregacional? A discussão é, por vezes, acalorada.
Para mim, estamos na contramão do que realmente importa – e o que importa é ser bíblico.
Na bíblia encontramos louvores individuais, na primeira pessoa, inseridos no saltério que era usado no culto público.
Encontramos também louvores na terceira pessoa. Eu, ou nós?
Acredito que ambos são válidos e tem lugar, porque a congregação é composta por indivíduos e estes não são mutuamente excludentes.
O foco precisa ser mudado, e precisamos de um questionamento mais adequado no trato deste assunto.
Nosso questionamento deve ser uma preocupação, ou antes, uma ocupação da mente e do coração buscando verificar se o que cantamos louva a Deus ou exalta o sentimento humano.
Dito de outra maneira, é teocêntrico ou antropocêntrico?
E ainda outra questão que precisa ser levantada: nossa precisão teológica tem influenciado algo além da nossa prática litúrgica, isso quando há precisa teológica e liturgia “pensada”?
Nosso conhecimento de quem é Deus e do que Ele faz nos tem incentivado a usar os talentos que Ele nos deu em sua obra, para a sua glória exclusiva?
Até onde a declaração de amor a Deus tem resultado em comprometimento com sua obra, com o culto público, com a adoração comunitária e com o bem-estar dos demais irmãos que também são adoradores?
Sei que há muitos que discordem, mais conservadores ou totalmente liberais. Sem problema, façam seus vídeos.
Se é só hino, ou salmos, mas se isso é para agradar os seus próprios ouvidos, então é antropocêntrico.
Se expressa as suas emoções com exatidão mas não é bíblico, é antropocêntrico.
Concluindo com as palavras do Senhor Jesus: nós adoramos o que conhecemos e devemos fazê-lo em espírito e em verdade. Fora disso, não há adoração, mas auto veneração.

MUTILAÇÃO GENITAL E DEPENDÊNCIA HORMONAL

Sem dúvida estou entrando em terreno pedregoso, lamacento e perigoso, especialmente em dias nos quais o tema tem sido discutido na mídia sempre com um viés favorável à ideia, à partir de uma premissa “politicamente correta”, pretensamente revolucionária, existencialista e puramente individualista: viva e deixe viver, cada um na sua.
Esta nova visão de mundo, esta concepção do ser tem contado com os avanços científicos cada vez mais surpreendentes – e o que surgiu como uma esperança de reconstrução de vida após um acidente se tornou um desejo de consumo de desajustados psicológicos e emocionais, ou simplesmente entusiastas de uma sexualidade fora dos padrões bíblicos.
Mas nem tudo o que é científico é necessária e absolutamente benéfico. O conhecimento científico que deveria ser usado para o bem comum pode (e frequentemente é) usado para ações más, de rebeldia contra Deus.
A questão que ora abordo é: é biblicamente defensável a cada vez mais popular mudança anatômica dos órgãos genitais? O que a bíblia tem a dizer a respeito?
Para a bíblia os desejos carnais humanos são apenas obras da carne – pouco importa se o homem quer ser mulher ou se uma mulher quer ser um homem: isto é um desvio do que Deus estabeleceu, do que Deus determinou e fez. E a isto a bíblia chama de diversos nomes, dentre os quais destaco perversão, abominação, pecado.
Deus criou homem e mulher, homem e mulher os criou. Não há uma terceira sexualidade – há deturpação, rebelião, desvio, desconforto pessoal, rejeição de si mesmo e da vontade de Deus.
A onda de mutilações que vemos atualmente foi tornada possível nesta sociedade absolutamente permissiva e apartada de Deus.
Outro fator que a favorece é a sorrateira cultura midiática (Mulan, Valente) “de esquerda” (leia-se materialista, existencialista e antisobrenaturalista) apoiada por avanços científicos. Creio que em culturas passadas estas mudanças radicais só não aconteceram por falta de conhecimento científico – embora castrações e outros artifícios menos elaborados fossem comuns.
Estes pretensos avanços deixam de considerar a pessoa o que ela realmente é: uma pessoa com transtorno de personalidade, com um desajuste emocional que nenhuma mutilação cirúrgica ou fortes doses de hormônios mudará.
O fato é que um homem ou uma mulher que se deixarem mutilar serão sempre uma pessoa mutilada, um arremedo de si mesmo.
Repito: um homem ou mulher mutilados sempre precisarão de “amparos da ciência”, psicológicos e medicamentosos para disfarçarem o que realmente são. Homem continuará sem poder engravidar e mulher continuará sem poder gerar um filho – poderá apenas gestar (caso não retire o útero na mutilação). Homem terá sempre cromossomos XY e a mulher sempre será XX, por mais que exteriormente tenham outra aparência.
A inclinação homossexual tem solução: o novo nascimento, o reconhecimento de que é um pecador e que Deus pode fazer do pecador uma nova criatura. A solução é uma mudança no homem interior – e não uma mutilação exterior.
A não aceitação de si mesmo tem solução: uma entrega total de si mesmo ao seu criador amoroso.
Somente em Deus a criatura encontra a sua realização, somente no Criador, aquele que formou o ser de modo assombrosamente maravilhoso no ventre materno o ser humano encontra seu verdadeiro significado.
Diante daquele que forma cada um não há distinção entre pessoas – não importa o quão deformadas pelo pecado, quão desajustadas em suas mentes estejam.

E a Igreja? Esta deve expressar o amor de Deus amando, amparando, instruindo e corrigindo o pecador que só pode obter a solução de sua angústia e a salvação de sua alma crendo no Senhor Jesus e abandonando as inclinações pecaminosas e infrutíferas da carne.

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