quarta-feira, 27 de junho de 2018

A IGREJA QUE NÃO É O QUE DEVE SER

Uma das coisas que somos ensinados nos cursos de teologia, missiologia e especialmente  plantação ou revitalização de Igreja  é que o plantador ou revitalizador deve, o mais rapidamente possível, conhecer a comunidade na qual vai trabalhar, seja ela uma comunidade eclesiástica (Igreja) ou bairro, ou cidade.
Isto é mais do que aculturação - aculturação é conhecer e se inserir na cultura. É conhecer a história, conhecer quem são as pessoas e quais as suas historias, porque é mais do que óbvio que quando o  obreiro é inserido neste novo contexto ele não conhece quase nada.
Isto não é nenhum demérito, é, na verdade, uma necessidade. Todavia, quero que reflitamos sobre uma outra coisa - qualquer obreiro, ao assumir uma Igreja, vai precisar conhecer o que a Igreja é, mas, embora isto seja extremamente relevante, embora seja absolutamente importante, é, ainda assim, menos importante do que saber o que a Igreja deve ser. O que a Igreja é já é uma realidade, e é mais que certo que a Igreja ainda não é o que ela deve ser.
A Igreja pode conhecer suas características, seus pontos fortes, suas falhas, pode olhar para si mesma e ver o que fez de bom ao longo de anos de história, e, ao mesmo tempo, ver o quanto errou em diversas áreas. Só há uma Igreja sem erros: a Igreja triunfante, e, embora parte dela esteja guardada pelo Senhor, a outra só será conhecida na consumação de todas as coisas. Dizendo de outra maneira, embora composta por pessoas que ainda estão neste plano terreno, ainda não se manifestou, isto é, ainda não pode ser vista por nós. Só o Senhor a vê. Só o Senhor a conhece.
Nós não, não conhecemos a Igreja, não conhecemos a Igreja que somos, não conhecemos nem a nós mesmos como parte dessa Igreja, mas uma coisa é certa, precisamos saber que Igreja devemos ser. E isto requer o exercício de uma coisa muito difícil, embora muito falada: verdadeira humildade, verdadeira sujeição de sua vontade à vontade de Deus. O que fomos é importante. O que somos é importante, mas, mas importante do que tudo isto é o que deveremos ser.
Que tipo de Igreja devemos ser? Que tipo de Igreja queremos ser? Nenhuma resposta é adequada se não começar na revelação da Palavra de Deus, na obediência irrestrita a Deus e no morrer do velho homem. É impossível ser a Igreja que o Senhor quer que sejamos se o velho homem continuar ocupando os bancos desta Igreja.
Rev. Marthon Mendes

Nenhum comentário:

FAÇA DESTE BLOG SUA PÁGINA INICIAL