quarta-feira, 20 de maio de 2020

SINCEROS E INCULPÁVEIS - SEM MÁSCARAS

Em breve chegará o dia em que as máscaras serão abandonadas nas gavetas. Mas por enquanto temos que conviver com três frases. A terceira é justamente #usemascara. A segunda é #fiqueemcasa. E a primeira, bem, esta é política, e já aprendi que política não une santo, então, não preciso mencioná-la.

Há cidades em que o uso da máscara já virou obsessão. É proibido sair de casa sem máscara. Em algumas o cidadão não pode deixar de usá-las nem mesmo se estiver sozinho, dentro do seu próprio carro. Acho admissível a determinação de usá-la em transportes públicos, ônibus, trens, taxis e afins.

Mas exagero e tolice é uma marca característica das leis brasileiras, como foi alguns anos atrás a proibição de uso de máscaras por causa dos protestos violentos por parte dos chamados black blocks e que acabou resultando no impeachment de uma presidente.

O que eu tenho absoluta certeza é que vai chegar o tempo em que as máscaras não serão mais usadas. Estou me referindo a um tempo porvir, e para refletirmos sobre isso leio uma pequena porção da bíblia escrita pelo apóstolo Paulo aos filipenses, logo no seu capítulo 1:

9 E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, 10 para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, 11 cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus. (Fp 1)

A Escritura afirma que chegará um tempo em que as máscaras cairão definitivamente. O apóstolo Paulo desejava que a Igreja em Filipos (e creio ser este o desejo de Deus para todas as Igrejas) experimentasse um crescimento em amor e conhecimento de Deus a ponto de serem moldados pelo caráter de Cristo tornando-se sinceros e inculpáveis.

O termo usado por Paulo para definir sinceridade é e)ilikrinh=j, que tem sua origem em e)=ile (o raio de sol, a clara luz solar) e krino/j (aprovado, objeto de acurado exame judicial). Sabe o que isto quer dizer? Que o estilo de vida do crente deve ser de tal maneira que não haja nada a ser escondido, que ele não precise de máscaras como se representasse um papel.

Em decorrência desta primeira característica Paulo aduz uma segunda, a de que os crentes devem ser inculpáveis. a)proskopo/j indica alguém que não apenas não é arrastado pessoalmente pelo pecado carregando uma consciência sem culpa e sem perturbações, como, também, não provoca o tropeço em outrem, não sendo, portanto, digno de condenação como havia advertido o Senhor Jesus (Mc 9:42 E quem fizer tropeçar a um destes pequeninos crentes, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado no mar).

Máscaras de pano, TNT ou outros materiais logo serão abandonadas nas gavetas, mas provavelmente as máscaras da alma continuarão sendo usadas ainda por um tempo, até que chegue o dia que Paulo chama de dia de Cristo (e)ij h)meran xristou=). É notável que a palavra h)mera (dia) indica não apenas um período de 24 horas, ou o período em que há luz, mas também um ciclo completo de trabalho e descanso, ou, neste caso, um dia determinado de julgamento na mais clara luz, de remoção total das máscaras.

As máscaras da religiosidade, do tradicionalismo, do ativismo, do farisaísmo, da respeitabilidade social, da cultura é até do poder econômico se desfarão como as trevas desaparecem diante da luz. E cada um será conhecido como realmente é diante do penetrante olhar do justo juiz, e, então, após os labores desta vida o cristão poderá entrar no descanso do Senhor. Todavia, este dia é também de assombro e terror para os filhos das trevas, para aqueles que preferem as máscaras e as sombras porque elas escondem as culpas.

Não deixe de usar as máscaras, faça tudo o que puder para não se contaminar neste período de risco para sua saúde - mas cuidado para não se enganar quanto ao destino eterno de sua alma numa sensação de justiça própria só porque usa uma máscara bonitinha que alguém lhe disse que seria suficiente para salvar sua alma da condenação. É preciso mais, é preciso confiança total e irrestrita no Senhor Jesus, é preciso sincero arrependimento de pecados, é preciso conversão para o Deus vivo e verdadeiro, é preciso vida sincera e inculpável, porque é assim que é a Igreja do cordeiro: pura e sem mácula.


sábado, 2 de maio de 2020

TEMPOS CONFUSOS


Provavelmente esta é a melhor definição para os nossos dias. São dias tão complicados que não conseguimos saber qual dos três poderes estabelecidos faz o que.
O Supremo Tribunal Federal, que deveria ser um tribunal constitucionalista e de recursos superiores se tornou um tribunal midiático de esquina, concedendo liminares sobre uso de sacolas plásticas nos supermercados e intervindo em todas as esferas, criando leis (quando deveria interpretá-las) e intervindo em atos administrativos e econômicos quando deveria julgá-los em última instância.
O Poder Legislativo só legisla em benefício próprio e sob pressão popular ou circunstancial. Em meio a uma crise mundial agem apenas em benefício próprio buscando vantagens financeiras como podemos ver na compra dos respiradores artificiais com preços estratosféricos, hospitais de campanha contratados a empreiteiros amigos e troca de apoio político por cargos.
O poder executivo não pode governar por constantes intervenções dos outros poderes (na atual conjuntura prefeitos e governadores emitem decretos considerados superiores a autoridade federal) e a um comportamento errático que parece buscar mais causar nas redes sociais e conseguir likes do que apresentar um projeto de governo convincente e benéfico para a nação.
Para complicar ainda mais o quadro, o que não faltam são fake news, mentiras sendo propagadas como verdades pelo chamado quarto poder, a mídia. Tom Jobim afirmava que o Brasil não é para principiantes - atualmente diz-se que não é para amadores. E não é mesmo. O problema é que os políticos profissionais estão se especializando em tornar as coisas mais e mais confusas.
A Escritura afirma que se os fundamentos forem destruídos, o que poderá fazer o justo? A resposta é: continuar na prática da justiça e não contribuir para tempos mais confusos ainda.

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