terça-feira, 23 de setembro de 2008

ESTÁ CHEGANDO O DIA!!! Ai! Ai!


ELEIÇÕES 2008

Está chegando mais uma importante data para a cidade de Jacundá - e de milhares de outras cidades espalhadas pelo nosso imenso e sofrido Brasil. Creio que muitos já definiram os seus escolhidos, e como os irmãos sabem, não faço qualquer espécie de política partidária. Não somos alienados, isto é, temos consciência de que tudo quanto acontece em nossa cidade e sociedade afeta, em maior ou menor grau, a “ecclesia”, isto é, a micro-sociedade dos que foram chamados por Deus para uma vida de devoção e santidade, embora permanecendo no meio da corrupção e vilania que caracteriza as instituições humanas apartadas da obediência ao criador.

Sabemos que o resultado das eleições influenciará de alguma forma a caminhada da Igreja do Senhor - não apenas da Igreja Presbiteriana. No entanto, precisamos ter o cuidado para não superestimarmos o que é humano e subestimarmos o que é de Deus. Nestes dias de intensa campanha política, de busca de votos por parte dos candidatos a prefeito e vereador, não pude deixar de ficar inquieto com todo o debate em torno de candidatos (e mais inquieto fiquei por perceber que quase nada se falava quanto a propostas concretas - embora sabedor que tais propostas, na grande maioria delas, jamais poderão ser convertidas em realizações, seja por impossibilidade, incapacidade ou mera falta de vontade). Entendo que o chamado para o sagrado ministério significa um engajamento absoluto (II Tm 2.4 - Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer a vontade daquele que o arregimentou) tendo como alvo conduzir o povo a Deus e à prática da vontade de Deus - e o envolvimento partidário  não faz parte deste propósito (há quem o faça com todo tipo de motivação, e prestará contas a Deus quando conseguir escapar da justiça - ou ira - dos homens). A (ainda breve) experiência tem demonstrado que a política partidária, quando encampada pelo ministro, traz mais prejuízos que dividendos para a igreja, e deve ser, portanto, rejeitada por aqueles que foram comissionados para o sagrado ministério (I Co 1.10) - o ministro é um anunciador da paz - e não deve correr o risco de promover divisões.

Quero que a Igreja entenda, em primeiro lugar, que, como cidadão com direitos e deveres, o ministro pode e deve ter uma clara visão política. Não pode ser um alienado. O cristão não deve ser, jamais, um mundano, mas influencia ou é influenciado pelos valores do mundo que o cerca. O ministro pode fazer uma opção por este ou aquele projeto político, mas jamais deve usar a autoridade espiritual que lhe foi concedida para anunciar o evangelho como embaixador do reino a favor ou contra  este ou aquele candidato especialmente porque sabe que o Senhor permanece no controle e determinará que o seu “escolhido”, como fez ao escolher um ímpio, Ciro (Is 44.28), para executar a sua vontade para bem e para mal das nações. Lembremos que a maior denominação evangélica nacional - grande também em nosso estado e cidade - em 1994 e 1998 chamou um candidato a presidente da república de emissário de satanás e em 2002 e 2006 fez com este mesmo candidato - que não mudou, quem mudou foi a denominação - acordo para apoiá-lo e nele votar, macicamente (embora o mesmo seja rejeitado oficialmente pela própria igreja que professa, sendo chamado de “caótico” e não “católico”).

Quero ainda que a Igreja entenda que, escolhendo este ou aquele candidato, deve fazê-lo no mesmo espírito que busca eleger um pastor, presbítero ou diácono: buscando a glória de Deus e o benefício da comunidade. Alguns se equivocarão em suas escolhas? Muito provavelmente. Isto é ruim? Não necessariamente. Neste aspecto não há pecado em “errar”, porque Deus não nos deu uma diretriz sobre “quem eleger” nas eleições 2008, mas cada um deve tomar o cuidado sobre o “como” e o “porque”. Não permita que o seu coração te engane e se deixe influenciar por razões chãs ou emocionais. Escolha conscientemente aquele que julga ser o melhor para a sua comunidade e para a comunidade em geral.

Quero, ainda, que cada membro da Igreja que não assumo o papel de advogado ou promotor em relação a qualquer dos atuais candidatos - posso afirmar desconhecê-los. Mas me bato, infatigavelmente, contra a imoralidade, o vício e o desrespeito às pessoas e às leis.

É absolutamente necessário que nossos olhos, embora atentos ao que acontece ao nosso redor, jamais, em momento algum, sejam retirados daquele que é o autor e consumador da fé - embora os homens se sucedam nos tronos do mundo o trono do nosso Senhor jamais ficará vazio, pelo contrário, o Senhor permanece assentado, glorioso, reinante, sublime, atento e atuante, e nada mudará isto, ainda que estejamos preocupados em extremo, ele nos chama para olhar para cima, nele depositando a nossa confiança e esperança.

Já afirmamos uma vez a respeito de outro assunto e repetimos: a esperança, a nossa esperança, a verdadeira esperança não está em homens nem em métodos. Não devemos nem confiar nossa esperança aos homens, nem temê-los mais do que àquele que deve ser aguardado e temido. Sabemos que, não importa quem vença o pleito municipal, mudanças ocorrerão em nossa cidade, entretanto, algo que nunca deve mudar é a nossa esperança no Senhor Jesus Cristo - ele sim, a razão da nossa esperança e a rocha inabalável.

De tudo o que se tem visto e ouvido nestes últimos dias, é necessário lembrar que o único que é capaz de cumprir todas as suas promessas é o Senhor Jesus. Só ele é poderoso e veraz o suficiente para cumprir tudo quanto disse que faria - recompensando aqueles que se colocam ao seu lado e sofrem por causa da justiça, mas também punindo os ímpios. Faça a escolha pela motivação certa - quanto ao mais, pode confiar em seu Deus!

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