É óbvio que a resposta a esta pergunta vai variar de pessoa para pessoa. Mas pergunte-se a você mesmo: Você costuma escolher certo, e estas escolhas são feitas com a motivação correta e com o propósito correto? Eu acho que, ordinariamente, o brasileiro tem feito más escolhas. É assim no campo político – temos um presidente que se orgulha de que no seu governo o número de ‘esmoleres’ aumentou em mais de 100%. É isso mesmo, em 8 anos mais que dobrou o número de estadodependentes [bolsas família, gás, geladeira, luz, bolsa-bolsa] sem falar em dólares em caixas de whisky e em cuecas sobrevoando o Brasil.
O brasileiro também tem, ordinariamente, escolhido mal quando se trata de religião: a idolatria e a egolatria campeiam de norte a sul, num festival de bizarrices que chocam os espíritos mais sensíveis e servem de chacota para os ignorantes. Líderes religiosos de todos os matizes – desde retrógrados a ultra-marketeiros – pululam em todos os cantos. E acham seguidores às pencas.
A motivação para este tipo de escolha vai desde a culpa por algo que fez [ou não fez] como se a confiança em um homem ou num tipo de invencionice pudesse remí-las. Outros tem como motivação o desejo de agradar a alguém [uma mulher, amigos, líderes] – e com certeza é impossível agradar a todos por muito tempo, a menos que se seja um hábil enganador [embora seja impossível enganar a Deus]. Outra motivação é o medo, que tanto pode paralisar quanto conduzir a atitudes muitas vezes contraditórias.
Mas precisamos ter a motivação correta para tomarmos as atitudes corretas. Um exemplo que podemos encontrar de motivação correta que resulta em atitude correta é o encontro relatado por João, entre Jesus e uma mulher samaritana.
Inicialmente Jesus consegue a atenção daquela mulher, e fá-la ver que ela tem necessidades espirituais. Ela então questiona ‘onde’ satisfazer tais necessidades: Samaria ou Jerusalém. Sua tradição lhe ensinava que era em Samaria. A dos Judeus dizia ser em Jerusalém. Ela esperava, como Jesus era judeu, ouvir uma resposta tradicional. Ao invés disso, Jesus não discute com ela sobre a tradição [que muitas vezes faz esquecer a palavra de Deus] sobre o local, mas estabelece uma nova perspectiva de adoração, sobre quem deve ser adorado, e modo de prestar esta adoração.
Os discípulos de Jesus, ao retornarem [haviam ido comprar comida] querem que Jesus satisfaça suas necessidades físicas [reais], e esta tem sido uma motivação muito comum e imperativa para muitas pessoas, até mesmo no que se refere à adoração. A busca por satisfação de necessidades primárias e reais, bem como também de necessidades irreais tem levado muitos a se esquecer tanto do local, quanto do modo e do objeto de adoração, ficando com o que é mais conveniente, cômodo, mas não que isto necessariamente agrade a Deus – geralmente desagrada.
Finalmente Jesus mostra aos discípulos que a motivação correta não pode ser a tradição [os discípulos não entenderam o fato de Jesus falar com uma mulher, ainda mais samaritana] e tampouco as necessidades físicas [eles também não compreenderam o fato de Jesus não se alimentar imediatamente]. Foi necessário Jesus lhes dizer que o que realmente satisfaz é fazer a vontade de Deus, cumprindo o papel que ele tem determinado para cada um dos seus discípulos na sua obra, na sua seara.
A tradição amarra, as necessidades fazem desviar os olhos do alvo proposto – e somente uma decisão inabalável de continuar indo em frente, servindo a Deus e fazendo a sua vontade pode levar um cristão verdadeiro à verdadeira satisfação.
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