…ou "isto sim é que é negócio bem feito [pelos franceses]".
Penso que qualquer brasileiro que acompanhe os noticiários sabem que a Força Aérea Brasileira abriu concorrência para comprar caças e que a concorrência ficou entre três tipos de caças: GRIPEN [sueco]; RAFALE [francês] e F-18 [americano]. Análises técnicas feitas pela FAB indicaram que o custo, benefício, operacionalidade e tecnologia dos GRIPEN eram melhores que os F-18 e muito melhores que os RAFALE. Que fez o nosso presidente? Anunciou antes do relatório ser concluído a compra dos RAFALE, após visita do presidente francês Nicolas Sarkhozy e sua esposa, a ex-modelo Carla Bruni [teriam sido os olhos da primeira dama francesa fator decisivo na negociação ou a promessa da França de apoiar a pretensão brasileira a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU?].
Até aí, as coisas ainda parecem normais dentro da república de bananas que virou o Brasil [bananas para o povo, claro]. Para justificar a escolha pessoal do presidente, o chanceler Celso Amorim saiu-se com a seguinte explicação: embora os RAFALE fossem os mais caros, os menos operacionais e mais inadequados, era bom pensar que “às vezes o barato sai caro”. Então, pela lógica dos noveau riche [ôpa, olhe o francês sarkhoziano fazendo efeitos aqui no blog também], se algo é mais caro, então, deve ser, mais, ham… hum… sei lá, talvez, mais “impressionante”. Até aí… Mas há um outro problema. Na mesma época a Força Aérea Indiana abriu concorrência para a compra de aviões.
O detalhe é que os indianos, entre outras 7 ofertas, consideraram os RAFALE os menos adequados, exatamente igual à FAB. E o governo indiano o que fez? Afastou os RAFALE da disputa. Mas, ainda não acabou. Os RAFALE, considerados inadequados, foram oferecidos para os indianos por U$ 79.365.079,36 [setenta e nove milhões, trezentos e sessenta e cinco mil e setenta e nove dólares, e trinta e seis centavos]. Os indianos recusaram. O Brasil vai pagar U$ 157.828.282,82 [cento e cinquenta e sete milhões, oitocentos e vinte e oito mil, duzentos e oitenta e dois dólares e oitenta e dois centavos]. É isto mesmo, o Brasil vai pagar pelo pior caça do mercado praticamente o dobro.
Como eu explico isto? Eu não explico. O filho do Brasil que explique, a Dilma que explique, o Celso Amorim que explique, alguém explico. Mas, para mim, tudo não passa da maior negociata da história do Brasil. Lembre-se que as concorrências foram feitas AO MESMO TEMPO. No Brasil, não é o barato que sai caro – é o caro que sai caro mesmo.
Um comentário:
Caro Marthon,é obvio que o RAFALE sairia mais caro, pois o Brasil terá acesso à tecnologia utilizada por ele diferente do F-18 e do GRIPEN, e é o preferido entre muitos pilotos, porém apesar da preferência não sei se já foi concretizada a compra dos RAFALE.Em relação do preço do RAFALE ser ofercido mais barato para os indianos é exatamente a do oposto a venda ao Brasil, pois eles não teriam acesso a essa tecnoligia completa do RAFALE.O Brasil há muito tempo não investia tão pesado na parte bélica como nesses últimos anos, além dos caças, a construção de submarinos nucleares com ajuda da tecnologia francesa, a compra de 250 tanques LEPORE 1A5,alemães.Apesar de vivermos sem conflitos atuais, sabemos que existe e é importante a preocupação com a defesa nacional, principalmente a tensão que gira em torno da Amazônia.
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