Antes que venham me recriminar quanto ao uso da língua portuguesa, eu sei que a ordem deveria ser peça [tu] para sair. Mas.. bem, tem o filme, Tropa de Elite, não é? E este é um caso de polícia.
A entrevista do ministro das Cidades, Mário Negromonte, ao jornal O Globo, diz tudo sobre o sistema de coalizão em vigor no Brasil. A linguagem é inescrupulosa - "para acabar com esse fogo amigo teria que ser uma metralhadora para sair atirando" [ele está dizendo que para calar quem fala contra ele só usando armas iguais ou mais poderosas] -, o tom de falsa ameaça é de cúmplice - "imagine se começar a vazar o currículo de alguns deputados. Ou melhor, folha corrida" [deputados que não se levantarem contra esta chantagem clara e explícita é porque tem, efetivamente, folha corrida] - e a conclusão de réu confesso: "Vim aqui para fazer amigos" [e fortuna, como todos eles por lá – quando deveria estar ali para servir ao povo e a nação – mas aí já é pedir demais].
A cada minuto que continua ministro cai um ponto a confiabilidade na disposição da presidente de sanear o ambiente ao qual só com boa vontade pode ser dar o nome de ministério.
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