Estou falando de um país que se tornou refém de grupos minoritários, organizados e barulhentos, que invadem prédios públicos e, ao invés de se entenderem com a polícia e com a justiça, conseguem audiência com ministros de estado. Se um trabalhador, contribuinte quiser conversar com um ministro, pode comprar uma cadeira preguiçosa e se esticar nela até que seus familiares o levem ao cemitério – a menos que tenha amigos influentes [e isto significa, via de regra, a compra de determinadas facilidades].
Estou falando de um país cujo governo está andando a reboque dos escândalos. Não tem nenhuma idéia de onde deseja chegar, não tem projeto, nem metas, nada… mas a cada dia estoura escândalos envolvendo ministros das mais diversas pastas. Centenas de funcionários são suspeitos de favorecimento a terceiros, enriquecimento ilícito, desvio de verbas, etc… e muitos deles continuam aboletados em seus cargos, alguns chegam a ser promovidos enquanto a soberana os prestigia [sabe muito bem que não pode ir contra eles, pois seu partido tem muitos pontos fracos que podem ser atingidos facilmente].
Falo de um país onde o homem mais influente é o chefe de uma quadrilha, que recebe, num apartamento escondido em Brasília, ministros, senadores e deputados, organizando a nomeação e queda de membros do governo. E cujo crime pode prescrever nos próximos dias, saindo incólume.
Falo de um país onde um homem que rouba milhões é colocado nas ruas após menos de 3 anos de prisão, enquanto uma dona de casa é obrigada a passar 1 ano na cadeia por ter furtado um shampoo…
Falo de um país que liberta um terrorista, dando-lhe asilo e trabalho, mas que convoca para prestar depoimento uma criança de 5 anos por ter mordido uma professora com 15 anos de experiência [???] educacional.
Falo de um país onde os cristãos são enxovalhados nas TVS como se fossem retrógrados e tolos, enquanto um cristão não pode expor publicamente um verso das escrituras porque eles condenam uma prática horrenda e abominável aos olhos do Senhor, como o homossexualismo.
Falo de um país onde quando acontece 1 morte em um determinado lugar pergunta-se primeiro o pedigree do morto: se ambientalista, se homossexual, se militante de alguma causa. Se for, destaque-se a Força Nacional de Segurança. Se forem 10 mortos sem pedigree, vala comum para eles e arquive-se o caso.
Falo de um país onde prefeitos recebem verbas para socorrer desabrigados e desviam o dinheiro para seu próprio benefício, ao contrário do que aconteceu no Japão, na província de Fukushima, que vai devolver à Cruz Vermelha R$ 180.000.000,00 (cento e oitenta milhões de reais) porque o número de vítimas e prejuízo calculado por ocasião do tsunami foi maior do que o que realmente se verificou depois.
Muito mais poderia dizer, mas concluo: esse país eu não amo. Amo o Brasil dos brasileiros trabalhadores, honestos, que pagam seus impostos, cuidam de suas famílias, se submetem às leis e esperam por algo melhor. Infelizmente, este talvez seja um país utópico, como sempre disseram: o país do futuro.
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