Não,
não estou publicando um texto anacrônico, isto é, fora do seu contexto
temporal. Estou mesmo perguntando sobre como foi o seu natal - o de 2013,
claro. Provavelmente você se lembra de onde estava, com quem estava, qual a
comida - lembre-se de coisas boas e é bem possível de coisas menos boas.
Provavelmente
você ouviu as mesmas músicas, viu as mesmas decorações coloridas (com
abundância de vermelho e branco) e descontextualizadas (alguém com barbas
brancas, imitando um velho de gorro e roupas de frio próprias para neve nos
tórridos trópicos) e tonitruando uma risada absurdamente esquisita (rôu, rôu,
rôu).
Logo,
bem logo mesmo, vamos ouvir novamente a canção que diz: “e vem chegando o
natal”. Desde a última vez que você ouviu esta canção a vinda de Jesus fez
quanto de diferença em sua vida? Após tantos votos de “feliz natal”, “que Jesus
nasça em sua vida” e semelhantes será mesmo que é preciso lembrar que:
I.
Jesus, o Messias, nasceu de uma vez por todas em Belém da Judéia há
aproximadamente 2.000 anos atrás. Ele não vai nascer de novo, em lugar algum,
muito menos no coração de quem quer que seja. O convite das Escrituras não é
para “deixar Jesus nascer em seu coração” mas para ir a ele reconhecendo-o como
Senhor por direito de criação e Senhor por direito de redenção.
II.
Jesus, o Messias, não está nem um pouco interessado nas ornamentações
pagãs adotadas nas festas juninas, todas remetendo aos festejos celtas -
provavelmente não está interessado nem mesmo em saber se eles são usados ou
não, mas certamente tem profundo interesse em saber porque tanta religiosidade
no fim de ano e tanta hipocrisia durante a maior parte do ano.
III.
Jesus, o Messias, não está nem um pouco interessado se no cardápio vai
ter chester ou peru. Ele não quer saber a marca do seu vinho nem se vai tomar
coca-cola, guaraná Jesus ou suco de uva. O interesse dele, certamente, é no que
está dentro do seu coração e não da sua taça.
IV.
Jesus, o Messias, não está esperando que você lhe dê algum presente, ou
que presenteie uma ou mais pessoas. No fundo sabemos que tudo isto é comércio.
O comerciante não está interessado em louvar a Deus - quer vender, quanto mais,
melhor. É da natureza das coisas. É impossível lutar contra isto.
Então,
o jeito é jogar a toalha? É desistir? Penso que não. Penso que não precisamos
nos deixar formatar pelo mundo, não devemos tomar como nossos os valores deste
século. Dito de outra maneira, não devemos permitir que a nossa devoção ao
Senhor, que a nossa adoração a o Deus vivo, que nosso serviço ao Messias seja
secularizado.
É
uma oportunidade para falar de Jesus? É. É uma oportunidade para a
evangelização? É. Mas algo tem que estar terrivelmente errado quando percebemos
que já está chegando o natal e ouvimos tanta gente dizendo que Jesus precisa
nascer de novo. Como nascer de novo aquele em quem habita corporalmente a
plenitude da divindade? Alguém pode dizer que este nascer de novo é metafórico.
E eu digo: é também inocentemente (?) tolo porque é fruto do desconhecimento
das Escrituras. É um erro porque abandona as Escrituras para caminhar pelo
pantanoso terreno dos sentimentos e do mercantilismo. Não, não quero que Jesus
nasça novamente, em lugar nenhum. Quero que você leia este texto pelo que ele
diz, não pelo que você sente . Minha proposta é que você, eu, e todos
precisamos conhecer a Jesus segundo as Escrituras - e segundo as Escrituras ele
está à destra de Deus, de onde virá, não para nascer de novo, mas para julgar o
mundo e reinar com mão poderosa. E então, como é o seu natal?
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