quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

DEPOIS DO CARNAVAL SERÁ MAIS DO QUE CINZAS


ELES CONTINUAM... A PROPÓSITO DA BLASFÊMIA CARNAVALESCA
Há alguns anos (09 de junho de 2015) escrevi um texto intitulado “ELES ESTÃO CERTOS”, em meu blog (marthonmendes.blogspot.com). É longo, não dá para publicar em um boletim de Igreja, mas você pode encontrá-lo  pela data no blog. Procure, vale a pena. No texto abordo a ousadia da parada LGBT”S” de colocar um homossexual numa cruz, presumivelmente zombando do Senhor Jesus.
Por favor, antes de se escandalizar com o título, peço-te que tenhas um pouco de paciência e leia um pouco mais. Para mim eles apenas assumiram que o lugar do pecador é mesmo na cruz, pois quem confessa ao Senhor Jesus como Senhor e salvador não merece mais tão vil condenação.
Atualizando...
Há muito tempo que os desfiles carnavalescos não produzem mais samba. Seus enredos são mensagens políticas, com um viés esquerdista e anticristão, ou, em outras situações, patrocinadas por empresas ou até países para louvar algo ou alguém.
No carnaval de 2020 duas escolas [que nada de bom ensinam] blasfemaram contra o nome do Senhor, usando-o de maneira que ele jamais se agradaria. Não serei eu quem vai lutar contra as agremiações que a si mesmo se chamam recreativas, em seus folguedos insanos. Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de manifestar minha indignação contra tamanha impiedade. Todavia, entrego-os ao juízo de Deus. Do Senhor é a ira. Ele há de retribuir. Há algum tempo aprendi que o ímpio vai cometer suas impiedades, o pecador vai pecar uma centena de vezes e até se dar bem com suas práticas malignas, mas... Jamais, jamais escaparão ao juízo do Senhor.
E bom seria que fossem apenas cinzas. Será fogo, queimando eternamente, sem que se extinga. Sim, no inferno os condenados desejarão experimentar o amargor das cinzas, e nem este refrigério terão.
Jesus homossexual (recuso-me a usar o termo gay para definir uma prática que nada tem de alegre)? Jesus mulher e ainda por cima prostituta? Jesus marginal baleado? Não, jamais! Algum estúpido travestido de teólogo logo dirá: “Mas Jesus não se identificou com os pecadores”. Minha resposta é: é óbvio, acéfalo. É claro que Jesus se identificou com os pecadores, mas não com o seu estilo de vida e muito menos aderiu às suas práticas.
Dizendo de outra maneira, Jesus veio para redenção de pecadores. Sim, Jesus veio para trazer ao homossexual o perdão de seus pecados, desde que confessados e abandonados (Pv 28:13 - O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia). A Escritura afirma enfaticamente que o que encobre as suas transgressões não prospera, quanto mais o que a pratica acintosamente à vista de todos.
Jesus não veio para assumir a identidade de um homossexual, ou de alguém que andava à margem da lei. Ele não veio como umbandista ou qualquer outra coisa que a mente humana deturpada e rebelde consiga conceber. Ele veio para ser reconhecido em figura humana. Ele não veio como transgressor, ele se fez homem, se fez carne, e viveu de maneira reta e santa diante de Deus e da lei dos homens. Ele era tão puro e santo que desafiou os fariseus e saduceus, e seus escribas, que haviam se tornado seus inimigos e tramavam a sua morte a provar que houvesse nele algum pecado (Jo 8:46 - Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes?) e eles não puderam e saíram envergonhados, porque nele não havia pecado algum.
O que aconteceria naquele dia se Jesus fosse um ladrão? Um transgressor? Um devasso? Um pederasta? Qualquer um que conheça e respeite minimamente o ensino bíblico sabe que ele teria sido impiedosa e até mesmo alegremente apedrejado.
Tem muito “cristão” aproveitando o escárnio para tentar aparecer de alguma forma, alguns chegando ao ponto de mandar para o inferno seus promotores e participantes. Eu? Mandá-los para o inferno? Jamais. São trabalhadores, pais e mães de família. Não cabe a mim mandar ninguém para o inferno. Não está em meu poder mandar ninguém para o inferno. Não posso mandar nem tirar do inferno quem já está lá.
Não posso condenar ninguém ao fogo eterno, nem inocentar quem tudo faz para estar lá. Suas obras, suas ações, suas palavras, tudo isto mostra a quem eles pertencem e qual o destino que terão. Mas este acerto de contas é deles com o Criador e eu garanto que não será em um carro alegórico.
Quero, entretanto, retornar a um ponto importante: Jesus não veio como homossexual, nem como prostituta, nem como marginal, nem como praticante de religiões frontalmente contrárias às Escrituras. Ele veio como justo. Não veio como homossexual porque não veio morrer pelos homossexuais. Ele não veio como prostituta porque não veio morrer pelas prostitutas. Ele não veio como marginal porque não veio morrer pelos marginais.
Ele veio como o segundo Adão, para dar a sua vida em resgate de todo e qualquer descendente de Adão, independente de suas obras, que se arrependa de seus pecados e converte-se ao Senhor Deus e começa a viver nova vida. O que furtava, não furta mais (Ef 4.28). O que adulterava, abandona o ato adulterino (Jo 8.11). O lascivo deixa a lascívia (1Ts 4.3-7). O idólatra abandona a idolatria (1Co 2.2). O enganador abandona a prática dolosa (Ef 4.25). Não preciso dar mais exemplos para ilustrar o meu ponto principal.
Jesus veio como homem, porque foi o primeiro homem o responsável pela entrada de todo o pecado no mundo (Rm 5.12). Jesus veio sem pecado para que pudesse tirar o pecado do mundo (Jo 1.29) sendo feito pecado, isto é, sofrendo a condenação do pecado (1Pe 3.18) sem, entretanto, ter sido pecador (Hb 4.15).
Lamento pelos cristãos mal avisados que assistiram os tais desfiles e torceram pelas escolas que usaram o nome do Senhor de forma dantesca. Quando aprovam, aplaudem e dançam com estes insolentes e presunçosos tornam-se tão merecedores da mesma recompensa que eles (Rm 1.32).
Do Coração do Pastor

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

PULAR CARNAVAL OU PULAR O CARNAVAL? O QUE O CRISTÃO DEVE FAZER?


PULAR CARNAVAL OU PULAR O CARNAVAL?
Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças (Cl 2.20).
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Uma frase de um decadente cantor baiano explica a relação do cristão com o carnaval: “Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...”
Conheço o carnaval. Já estive do lado de lá. Já fui atrás do trio elétrico na Bahia. E a frase, que nada tem de teológica, traz uma verdade teológica. Um relógio quebrado estará certo ao menos duas vezes por dia. A frase é dita no filme Um Crime de Mestre, com Anthony Hopkins, e tem sua origem em um conto persa. Agostinho defendia que toda verdade é verdade de Deus, porque ele é a causa ontológica de toda epistemologia, isto é, todo verdadeiro conhecimento só pode ter sua origem no Deus verdadeiro, ainda que o homem ou o diabo fale algumas verdades para obter seus intentos malignos.
Há algum tempo escrevi um texto (e recentemente gravei um vídeo que está em meu canal do Youtube: “Pastor aconselha a pular o carnaval”) sobre o carnaval exortando os cristãos a pularem o carnaval, isto é, não tê-lo em sua agenda. Embora eu acredite que já deveria ser absolutamente desnecessário dizer que cristãos não devem se envolver com o carnaval, cada vez mais parece imperativo tratar do assunto.
Não que o carnaval seja a mais maligna das festas pagãs, a festa da carne onde tudo vale. Tão pagão e demoníaco é o inocente "halloween" de brincadeirinha nas escolas brasileiras, ou as festas juninas com suas homenagens idólatras. O carnaval é uma festa orgíaca, sem dúvida, mas tão pagã quanto são as festas juninas, que volta meia alguns cristãos introduzem em suas Igrejas depois de darem um verniz "envangelical" sob o nome de 'festa das nações', das colheitas e até um trocadilho ridículo 'sem João com Jesus'. Desculpem, mas isto é conversa para engambelar tolos, é simplesmente uma mundanização da Igreja.
Como disse, o carnaval não é meramente uma festa pagã, embora muito semelhante aos antigos bacanais (em honra a Baco, divindade do vinho) e também aos cultos da fertilidade comuns tanto em Canaã como na Europa pré-cristã. É uma festa da carne, onde vale tudo, sensualidade, luxúria, bebidas e, cada vez mais, violência, drogas e dinheiro, cada vez mais dinheiro.
E os cristãos, o que tem com isso? Nada, ou não deveriam ter nada, embora existam 'blocos evangelizadores' saltitando alegremente em meio a orgia carnavalesca sob a desculpa de que está evangelizando os foliões, os mesmos foliões que podem ser encontrados em suas casas, em seus trabalhos, em sua escola, no trânsito e no ônibus, e em tantos outros lugares e os evangelizadores não os conseguem encontrar durante 362 dias do ano - aliás, estes ambientes são muito mais propícios à evangelização do que “atrás do trio elétrico”.
 Voltemos à marchinha carnavalesca composta por Caetano Velos que se tornou clássico carnavalesco – e que alegremente cantava na década de 80: "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu". Embora a afirmação se referisse a morte física, sem querer, como Caifás (Jo 11.49-52), o insosso Caetano apresenta uma verdade a respeito dos cristãos – os verdadeiros cristãos não se empolgam com o carnaval simplesmente porque já estão mortos para os rudimentos do mundo (Cl 2:20) e para suas concupiscências.
Pois é. Vais assistir o desfile das escolas de samba? Vai torcer pela Mangueira ou pela Jabuticabeira? É, acredito que isto é um sinal de que estás vivo, e isto é ruim, pois ainda não morrestes com Cristo. Andas a observar os atributos da mulata globeleza (nem sei se ainda tem a tal mulata globeleza nestes tempos de politicamente correto)? Se ainda tem, e se vais, de novo é mais um triste sinal de que a vida de Cristo ainda não se manifestou. Em que parte das "boas obras que Deus preparou de antemão para que andássemos nelas" você consegue encaixar o carnaval?
Quantos cristãos não estão se comportando como Demas, acreditando que podem se comportar como mundanos por uma semana e o resto do ano como cristãos aguardando ansiosamente não a volta de Jesus, mas o próximo carnaval?
Um conselho? Pule o carnaval, risque-o da sua agenda, vá para um retiro, para um acampamento, para uma fazenda… desligue sua TV e tranque suas portas, mas pule o carnaval. Sei que a diferença parece pequena entre pular o carnaval e pular carnaval. É uma diferença tão pequena quanto a vida e a morte, a glória ou o inferno, Cristo ou o diabo. A quem você vai servir, afinal? 
Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Rm 6.11

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

VOCÊ SABE O QUE É GRAÇA E PAZ


Paulo, Silvano e Timóteo, à Igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros [1Ts 1.1].
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Recebemos uma carta da parte de Deus através de um verdadeiro apóstolo e seus colaboradores. Paulo, apóstolo pela vontade de Deus, chamado pessoalmente pelo Senhor Jesus Cristo, e seus companheiros, Silvano e Timóteo. Reconhecendo que é uma carta do próprio Deus, nos perguntamos: que boa nova Deus tem para nós? Que orientações o Senhor tem para seu povo? De que bênçãos Ele diz derramar sobre seu rebanho?
A carta de que tratamos foi escrita primariamente para os habitantes de Tessalônica, mas apenas para alguns em especial. Foi uma carta escrita para os crentes, judeus ou gentios, e que foi totalmente ignorada pelos incrédulos habitantes da região.
Paulo fala de duas bênçãos que só podem ser experimentadas na Igreja de Deus - e por Igreja de Deus refiro-me à comunidade do que foram chamados para fora do mundo do pecado (e)kklesi/a) e serem seu povo, sua propriedade particular (Ml 3.17), e isto a um preço elevadíssimo, a oferenda sacrificial e substitutiva do próprio filho de Deus (1Jo 4.10). Paulo refere-se à Igreja chamando-a de Igreja de Deus, isto é, a Igreja que é de Deus, que tem origem em Deus e cuja existência é assegurada pelo próprio Deus. Esta Igreja experimenta duas bênçãos que só podem ser recebidas da parte de Deus: graça e paz. 
    MARAVILHOSA GRAÇA
A graça, kháris (xa/rij) deve ser entendida como a maravilhosa manifestação da bondade de Deus através da qual Ele age para abençoar pecadores que nada mereciam além da condenação e da manifestação da sua ira. Graça é a substituição da merecida manifestação da ira de Deus sobre pecadores, lançando-os na morte eterna, e em lugar disso transformando-os em filhos do seu amor e fazendo-os assentarem-se em lugares celestiais (Ef 2.8).
Por sua  graça Deus exerce influência santificadora sobre a alma dos pecadores dando-lhes um novo princípio de vida e os capacita para que se voltem para Cristo (Ef 2.5).
Pela graça os nascidos de novo são fortalecidos na fé, seu coração é enternecido para Cristo e para o corpo de Cristo, composto por outros que são tão pecadores quanto eles.
Ao ser derramada nos que creem a graça de Deus os motiva espiritualmente e eles são capacitados para abandonarem o pecado e andarem em novidade de vida.
É por esta razão que estamos na Igreja. É por esta razão que permanecemos na Igreja. É por esta razão que perseveraremos servindo e seguindo ao Senhor até o fim: a graça de Deus derramada sobre nós. 
    INSUPERÁVEL PAZ
Ao lado da graça, e exclusivamente por causa da graça a Igreja experimenta paz com Deus (Rm 5.1). Vivemos experimentando conflitos emocionais interiores, conflitos espirituais, conflitos relacionais, conflitos profissionais. Mas podemos experimentar um tipo de paz mesmo assim. A palavra paz vem do verbo grego eirô (e)irw=) que significa juntar, por fim à separação (Ef 2.12), experimentada por uma alma tranquila que tem certeza da salvação através de Cristo, nada temendo, nem materiais ou espirituais, com a convicção de que mesmo que haja danos presentes, são irrelevantes em face da recompensa eterna (Rm 8.18).
Paz é algo que, sem Cristo, o pecador jamais poderá experimentar de verdade porque somente a paz de Cristo é superior a quaisquer formas de conflito ou dissabores. Ninguém consegue, neste mundo, estar imune a conflitos e problemas, de toda ordem, mesmo em ambientes onde tudo deveria ser harmonia e alegria, como o lar e a Igreja — mas mesmo assim estes conflitos não são capazes de superar a extensão da paz com Deus.
A paz com Deus não é garantia de paz em relacionamentos de qualquer tipo neste mundo. A paz com Deus não pode ser entendida por este mundo (Fp 4.7), porque se trata de algo espiritual e que só pode ser discernida espiritualmente (1Co 2.14).
Paz é uma dádiva do Senhor, para os seus, e somente para os seus (Jo 14.27). Paz com Deus é o fim da guerra, é o estabelecimento de uma nova inclinação do coração, de um desejo de andar com Deus em alegre obediência, entendendo que alegrar-se no Senhor é que é fonte de força e poder para a Igreja (Ne 8.10).
É pela graça que há disposições virtuosas em nós como fruto do Espírito (Gl 5.22-23) e então podemos desfrutar de paz, de alegria, com o Senhor e com nossos amados. É pela graça de Deus que nos vem todas as coisas boas (Tg 1.17) e é pela graça que todos os dons nos são dados por intermédio de Jesus Cristo (Ef 4.8). Essa bênção é para todo aquele que recebe a Palavra de Deus como verdade e Jesus Cristo como seu Senhor e salvador.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

FÉ OPEROSA, AMOR ABNEGADO E FIRME ESPERANÇA: VOCÊ É PARTE DESTA IGREJA

VOCÊ DEVE QUERER SER PARTE DESTA IGREJA
 Já falamos bastante a respeito da I.P.T. (a Igreja Primitiva em Tessalônica). Era uma Igreja composta por eleitos de Deus, que gozava da paz do Senhor por causa da graça de Cristo Jesus. Sua vida era motivo de gratidão a Deus, e Paulo menciona que ela era uma Igreja de fé operosa, amor abnegado e firmeza na esperança no Senhor Jesus Cristo. Eles não eram super crentes – eram apenas crentes. Mas crentes de verdade.
E você? O que te faz diferente dos tessalonicenses? Você ouve o mesmo evangelho, que vem do mesmo Deus e anuncia o mesmo eterno e único salvador, Jesus Cristo, no poder do mesmo Espírito. As palavras que você ouviu foram as mesmas que os  tessalonicenses ouviram ser lidas há quase 2 mil anos e fortaleceram ainda mais a sua fé e tem o mesmo objetivo: livrar você da condenação e do inferno, do poder das trevas e do medo da morte e fazer de você uma pessoa livre, isto é, alguém que não tem mais que fazer a vontade da carne e dos maus pensamentos (Ef 2:3) e pode, então, se deleitar em fazer a vontade de Deus (Sl 119:143).
O que fazer para ser como os tessalonicenses? Se você ainda não recebeu Jesus como seu salvador e Senhor este é o seu momento, esta é a sua oportunidade (II Co 6:2), você pode se levantar agora, confessar que é pecador e que precisa de Jesus para ser salvo, recebendo assim a fé, o amor de Deus e a firme esperança na vida eterna porque aquele que prometeu que de modo nenhum lançaria fora aquele que fosse a ele (Jo 6:37). E ele é fiel em todas as suas promessas.
Mas esta mensagem é também para aqueles que são membros da Igreja, qualquer Igreja, desta ou de outra Igreja que tem tido uma fé morna ou morta, cujo amor só alcança a si mesmo e só produz a satisfação do próprio ego e cuja esperança se esvai à primeira brisa, incapaz de resistir às menores provações. Eu preciso advertir você que uma fé assim, morna, é repulsiva (Ap 3:16) é menos do que nada, é mera palha que não resistirá às chamas do dia do juízo (I Co 3:12-13) e trará o certo, justo e decepcionante veredicto do Senhor: “Nunca vos conheci” (Mt 7:23).
E se você acha que, numa última e desesperada tentativa, buscar argumentar que fez coisas Ele ainda uma vez dirá: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus” (Mt 7:21).
Pode ser que esta seja, para você, uma mensagem de Deus como foi a que foi enviada para o rei Ezequias: “É hora de por em ordem a sua casa” (II Rs 20:1). Ezequias, humilhando-se sob a mão de Deus suplicou que o Senhor derramasse sobre ele a sua graça e foi curado.
E então, vamos seguir ao Senhor em fé operosa, amor abnegado e firme esperança?

A VERDADEIRA IGREJA POSSUI UMA FIRME ESPERANÇA NO SENHOR JESUS


UMA IGREJA MARCANTE POR SUA FIRME ESPERANÇA 
  Uma característica de nosso tempo, lamentavelmente muito mais presente que o desejável e suportável até mesmo naquela que proclama de si mesma ser a Igreja do Senhor é aquilo que convencionou chamar-se de “politicamente correto” ou, em outras palavras, uma mensagem e uma atitude para cada circunstância, e isto onde ninguém está sob ameaça de perder a vida como a Igreja dos tessalonicenses poderia estar enfrentando.
Tenho dito que, sempre que um cristão se vê na obrigação (e cede) de ser politicamente correto ele se torna biblicamente herético. Posso exemplificar citando o fato de que muitos dizem ter aderido a uma seita ou até mesmo alguma prática religiosa frontalmente ofensiva a Deus mas apresenta algumas mudanças morais ou pragmáticas em sua vida, à semelhança dos desafiadores incrédulos citados por Tiago (Tg 2:18) e o cristão não ousa lhe lembrar dos perigos espirituais que semelhante crença pode lhe causar, como, por exemplo, a danação eterna por confiar que obras caridosas podem produzir melhoramento espiritual ou alguma forma de redenção. Cristãos verdadeiros não podem deixar de anunciar a verdade, independente do risco e do preço (At 4:20).
Vamos lembrar as circunstâncias do nascimento da Igreja em Tessalônica. Paulo, Silvano e Timóteo já haviam sido perseguidos e acusados de serem perturbadores da ordem em Éfeso (At 16:20).
Em Tessalônica as coisas não foram diferentes e Jasom e alguns irmãos acabaram sendo presos e maltratados (At 17:6).
As tribulações não haviam cessado (1Ts 1:6), mas a sua esperança em Cristo não esmoreceu porque eles sabiam em quem tinham crido (II Tm 1:12) e nada, nem na vida nem a morte poderia afastá-los do amor de Deus em seu Senhor Jesus Cristo (Rm 8:38-39).
O que os nossos irmãos do passado nos ensinam é que alguém pode até preservar a vida sendo politicamente correto, mas sem dúvida será duramente repreendido por não ser biblicamente obediente (Mt 10:28).
Os tessalonicenses se mantiveram firmes porque estavam arraigados e alicerçados no seu Senhor e Salvador Jesus Cristo, como escreve o apóstolo Paulo aos Colossenses (Cl 1:23). Precisamos lembrar sempre que a Igreja não foi criada para ser meramente um lugar de eventos sociais e muito menos o lugar de encontros de amigos (embora estas coisas sejam desejáveis). A igreja foi estabelecida para ser coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15).
Nesta Igreja que tenta desesperadamente ser politicamente correta que encontramos no séc. XXI quantos cristãos confessariam publicamente a sua fé no Senhor Jesus, negando-se a prestar culto ao imperador e com isso sendo condenados à morte? Quantos abririam mão de todos as suas posses e cargos para dizer que só Jesus Cristo é Senhor, e ninguém mais, em lugar algum, por mais poderoso que seja, pode arrogar para si mesmo o senhorio sobre a vida de um crente?
Quantos manteriam firme a sua confissão de fé diante de espadas, lanças, ursos, touros e leões furiosos e hábeis seteiros? Quantos entrariam na galeria dos heróis da fé de Hb 11 mesmo diante da ameaça de serem perseguidos, apedrejados e serrados ao meio (Hb 11:37)?
Quantos manteriam firme a sua confissão sendo pregados em uma cruz de cabeça para baixo ou amarrado em uma estaca para ser queimado até a morte como sofreram por sua confissão de fé milhares de cristãos (Hb 10:23) cujos nomes só não são anônimos porque estão escritos onde realmente interessa, no livro da vida do Cordeiro (Fl 4:3).
É possível que os tessalonicenses não fossem tão bons em teologia quanto muitos teólogos modernos – acredito até que não eram mesmo. Precisavam aprender sobre eclesiologia, escatologia... provavelmente se fossem perguntados sobre as duas naturezas de Cristo ou a economia ontológica da trindade fizessem aquela cara de “heinnn!??”. Mas com certeza eram mais crentes que os crentes de Facebook ou WhatsApp do século atual.
Eles não tinham nem mesmo as Escrituras completas, não conheciam todas as cartas, até porque as cartas de João e do Senhor em Apocalipse não haviam sido escritas, mas eram eles mesmos as cartas vivas (2Co 3.2-3).
Mas há algo em que eles podem nos dar uma boa aula, a nós, crentes evoluídos do séc. XXI: eles guardavam firmes a confissão da sua fé no Senhor Jesus. E faziam isto em meio à mais cruel perseguição. Eram perseguidos pelos judeus, eram perseguidos pelos gentios mas guardavam firmemente a confissão de sua fé no Senhor Jesus. Ele era para eles e deve ser, também, para nós, a base da fé, a rocha dos séculos, a pedra sobre a qual estavam edificados em sua fé é e por isso eles não se deixavam abalar (Ef 3:17-19).
O que eles tinham de diferente? Eram mais fortes? Eram mais valentes? Eram mais valorosos? O que havia neles que lhes dava essa firmeza a ponto de entrarem em uma seleta lista?
A galeria dos heróis da fé nos ensina que é tolice pensar que os antigos crentes eram diferentes de nós. Tiago lembra que Elias era homem semelhante a nós (Tg 5:17).
Abraão, o pai da fé duvidou da capacidade de Deus preservá-lo e mentiu a respeito de Sarai ser sua irmã (Gn 12:13). O filho da promessa, Isaque, incorreu no mesmo erro (Gn 26:7) e seu filho, Israel, era um embusteiro profissional a ponto de enganar o próprio pai usando para isso o nome do Senhor (Gn 27:18). A lista é enorme. Mas estes já servem para mostrar que os heróis da fé eram homens semelhantes a nós. Mas, o que fez deles heróis da fé?
Paulo nos dá uma resposta clara, objetiva e absurdamente simples: eles criam em Deus, sabiam que o seu Senhor é castelo forte, socorro bem presente em toda e qualquer tribulação (Sl 46:1) e, mesmo que o Senhor não intervisse em uma situação particular, como fez no caso de Elias (1Rs 18.24, 37-39), o Senhor ainda continuaria sendo Senhor e os crentes ainda continuariam sendo fiéis, como vemos na firme confissão de Hananias, Misael e Azarias, mais conhecidos como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (Dn 3.17-18).
O que fazia da Igreja dos tessalonicenses uma Igreja a ser lembrada por sua firmeza na fé era o fato de que ali não havia amigos do evangelho, não havia simpatizantes da Igreja A, B ou C, não havia filhos de crentes, não havia pais de crentes, mas, à semelhança do que o apóstolo João diz em sua carta, ali havia crentes, havia pais crentes, havia jovens crentes e fortes, havia mulheres piedosas e crentes – sua fé estava firmada em Cristo e nenhuma tempestade ou sutileza do mundo seria capaz de mudar isso (I Jo 2:14).
Nada, nenhum poder deste mundo seria capaz de mudar isto, nada que já havia existido ou que viesse a existir mudaria isso porque eles simplesmente eram a Igreja dos eleitos de Deus, predestinados desde antes da fundação do mundo para crerem e serem fiéis ao seu Senhor e salvador.
O que pode fazer de sua igreja uma igreja a ser lembrada por todos quantos a conhecerem, por todos quantos passarem por ela é a existência de crentes que possuem uma fé real e que se se expressa na vida prática através de obras realmente piedosas (Ef 2:10) e que não se limita a discursos teológicos e postagens em redes sociais.
O que pode fazer de sua igreja uma igreja inesquecível por todos que forem abençoados por ela é a existência de um amor abnegado, buscando sempre o bem do outro e não o seu próprio (Fp 2.4).
O que vai fazer de sua igreja uma igreja inesquecível e marcante é a firmeza na fé daqueles que confessaram a Jesus Cristo como Senhor e que se mantém firmes nesta confissão por meio da assistência do Espírito Santo. Sempre haverá falsos crentes, mas Deus também manterá o testemunho de si mesmo através de homens e mulheres de fé (At 15:24-26).
O que vai fazer sua igreja ser inesquecível é você ter uma fé operosa, que se expressa através de um amor abnegado e que enfrenta qualquer obstáculo em nome do Senhor Jesus.



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