Há alguns anos (09 de junho de 2015) escrevi um texto intitulado “ELES ESTÃO CERTOS”, em meu blog (marthonmendes.blogspot.com). É longo, não dá para publicar em um boletim de Igreja, mas você pode encontrá-lo pela data no blog. Procure, vale a pena. No texto abordo a ousadia da parada LGBT”S” de colocar um homossexual numa cruz, presumivelmente zombando do Senhor Jesus.
Por favor, antes de se escandalizar com o título, peço-te que tenhas um pouco de paciência e leia um pouco mais. Para mim eles apenas assumiram que o lugar do pecador é mesmo na cruz, pois quem confessa ao Senhor Jesus como Senhor e salvador não merece mais tão vil condenação.
Atualizando...
Há muito tempo que os desfiles carnavalescos não produzem mais samba. Seus enredos são mensagens políticas, com um viés esquerdista e anticristão, ou, em outras situações, patrocinadas por empresas ou até países para louvar algo ou alguém.
No carnaval de 2020 duas escolas [que nada de bom ensinam] blasfemaram contra o nome do Senhor, usando-o de maneira que ele jamais se agradaria. Não serei eu quem vai lutar contra as agremiações que a si mesmo se chamam recreativas, em seus folguedos insanos. Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de manifestar minha indignação contra tamanha impiedade. Todavia, entrego-os ao juízo de Deus. Do Senhor é a ira. Ele há de retribuir. Há algum tempo aprendi que o ímpio vai cometer suas impiedades, o pecador vai pecar uma centena de vezes e até se dar bem com suas práticas malignas, mas... Jamais, jamais escaparão ao juízo do Senhor.
E bom seria que fossem apenas cinzas. Será fogo, queimando eternamente, sem que se extinga. Sim, no inferno os condenados desejarão experimentar o amargor das cinzas, e nem este refrigério terão.
Jesus homossexual (recuso-me a usar o termo gay para definir uma prática que nada tem de alegre)? Jesus mulher e ainda por cima prostituta? Jesus marginal baleado? Não, jamais! Algum estúpido travestido de teólogo logo dirá: “Mas Jesus não se identificou com os pecadores”. Minha resposta é: é óbvio, acéfalo. É claro que Jesus se identificou com os pecadores, mas não com o seu estilo de vida e muito menos aderiu às suas práticas.
Dizendo de outra maneira, Jesus veio para redenção de pecadores. Sim, Jesus veio para trazer ao homossexual o perdão de seus pecados, desde que confessados e abandonados (Pv 28:13 - O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia). A Escritura afirma enfaticamente que o que encobre as suas transgressões não prospera, quanto mais o que a pratica acintosamente à vista de todos.
Jesus não veio para assumir a identidade de um homossexual, ou de alguém que andava à margem da lei. Ele não veio como umbandista ou qualquer outra coisa que a mente humana deturpada e rebelde consiga conceber. Ele veio para ser reconhecido em figura humana. Ele não veio como transgressor, ele se fez homem, se fez carne, e viveu de maneira reta e santa diante de Deus e da lei dos homens. Ele era tão puro e santo que desafiou os fariseus e saduceus, e seus escribas, que haviam se tornado seus inimigos e tramavam a sua morte a provar que houvesse nele algum pecado (Jo 8:46 - Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes?) e eles não puderam e saíram envergonhados, porque nele não havia pecado algum.
O que aconteceria naquele dia se Jesus fosse um ladrão? Um transgressor? Um devasso? Um pederasta? Qualquer um que conheça e respeite minimamente o ensino bíblico sabe que ele teria sido impiedosa e até mesmo alegremente apedrejado.
Tem muito “cristão” aproveitando o escárnio para tentar aparecer de alguma forma, alguns chegando ao ponto de mandar para o inferno seus promotores e participantes. Eu? Mandá-los para o inferno? Jamais. São trabalhadores, pais e mães de família. Não cabe a mim mandar ninguém para o inferno. Não está em meu poder mandar ninguém para o inferno. Não posso mandar nem tirar do inferno quem já está lá.
Não posso condenar ninguém ao fogo eterno, nem inocentar quem tudo faz para estar lá. Suas obras, suas ações, suas palavras, tudo isto mostra a quem eles pertencem e qual o destino que terão. Mas este acerto de contas é deles com o Criador e eu garanto que não será em um carro alegórico.
Quero, entretanto, retornar a um ponto importante: Jesus não veio como homossexual, nem como prostituta, nem como marginal, nem como praticante de religiões frontalmente contrárias às Escrituras. Ele veio como justo. Não veio como homossexual porque não veio morrer pelos homossexuais. Ele não veio como prostituta porque não veio morrer pelas prostitutas. Ele não veio como marginal porque não veio morrer pelos marginais.
Ele veio como o segundo Adão, para dar a sua vida em resgate de todo e qualquer descendente de Adão, independente de suas obras, que se arrependa de seus pecados e converte-se ao Senhor Deus e começa a viver nova vida. O que furtava, não furta mais (Ef 4.28). O que adulterava, abandona o ato adulterino (Jo 8.11). O lascivo deixa a lascívia (1Ts 4.3-7). O idólatra abandona a idolatria (1Co 2.2). O enganador abandona a prática dolosa (Ef 4.25). Não preciso dar mais exemplos para ilustrar o meu ponto principal.
Jesus veio como homem, porque foi o primeiro homem o responsável pela entrada de todo o pecado no mundo (Rm 5.12). Jesus veio sem pecado para que pudesse tirar o pecado do mundo (Jo 1.29) sendo feito pecado, isto é, sofrendo a condenação do pecado (1Pe 3.18) sem, entretanto, ter sido pecador (Hb 4.15).
Lamento pelos cristãos mal avisados que assistiram os tais desfiles e torceram pelas escolas que usaram o nome do Senhor de forma dantesca. Quando aprovam, aplaudem e dançam com estes insolentes e presunçosos tornam-se tão merecedores da mesma recompensa que eles (Rm 1.32).
Do Coração do Pastor