sábado, 13 de fevereiro de 2021

LENDO A PALAVRA: COMO CONHECER A VONTADE DE DEUS

 “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações” (Cl 3.16).

ENTENDENDO A PALAVRA

Como saber qual a vontade de Deus para a nossa vida? Talvez você já tenha feito a si mesmo esta pergunta, ou talvez alguém já tenha lhe pedido auxílio para responder esta pergunta. Já foram feitas muitas tentativas para responder a este tipo de pergunta, e, lamentavelmente muitas estratégias erradas foram criadas para tentar achar respostas.

Um exemplo bíblico é o de Saul, que, desorientado e desesperado, sem a orientação de Samuel, foi buscar ajuda em uma necromante, uma mulher que pretensamente consultava mortos e enganou a Saul com a ajuda de um espírito enganador. Note em primeiro lugar que Saul, como rei, tinha proibido o exercício da necromancia em Israel porque era mandamento de Deus que necromantes não deveriam viver no meio do povo de Deus. Note ainda que, mesmo com esta proibição, Saul sabia onde havia uma necromante viva. Note, por fim, que mesmo aqui temos um princípio: qualquer um que busque enganadores se sujeita a aceitar a enganação. E, sem dúvida, cai na desaprovação de Deus.

Esta questão é primordial para nós, e só não é angustiante para quem não quer fazer a vontade de Deus, e considera irrelevante este assunto. O incrédulo rejeita toda e qualquer pretensão em conhecer a vontade de Deus porque simplesmente não crê que Deus existe. O agnóstico também não tem interesse, porque se ele acredita que Deus não pode ser conhecido, menos ainda manifestar sua vontade. O materialista também não se preocupa com isto.

Mas para o crente isto é simplesmente essencial. Este assunto ocupa o centro de suas cogitações, sua mente e coração se empenha e se deleita em conhecer a vontade de Deus que, sabe o crente, é boa, perfeita e agradável, mais doce que o mel e o destilar dos favos ao seu paladar.

Como conhecer a vontade de Deus? A resposta não está em nenhum processo de adivinhação ou meditação transcendental, em cartas, búzios, pedras coloridas e, acreditem, muito menos nos gurus midiáticos que buscam autopromoção. Nós já temos uma resposta: o apóstolo Paulo nos oferece um meio absolutamente eficaz, que gostaria de traduzir de maneira mais compreensível de acordo com o original: “Que você seja abundantemente influenciado pela palavra que tem sua origem em Cristo e é de Cristo”.

Como isto pode acontecer? Como pode o crente ser influenciado pela Palavra de tal modo que consiga compreender e praticar a vontade de Deus?

Só existe uma maneira, só existe um método, e não é algo que se consiga do dia para a noite e sem algum tempo e esforço constante e consciente.

O ensino apostólico é que isto somente vai ser conseguido com a interiorização desta palavra, e isto sem dúvida requer leitura, muita leitura bíblica, busca de entendimento (muitas vezes chamada na bíblia de meditação que deve ser feita em todo o tempo, de dia e de noite) e treino, muito treino e, por fim, a prática cotidiana do que se aprende, que é, sem dúvida, uma maneira de dar a Deus a glória que Ele requer.

PRATICANDO A PALAVRA

Assim como em qualquer outra área, a vida cristã precisa ser alimentada pela Palavra, orientada pela Palavra e a Palavra precisa ser praticada – quanto mais prática, mais entendimento e mais desenvoltura.

Quando você começou a aprender a dirigir, você tinha que pensar em cada movimento que iria fazer, qual a sequencia de ações para passar uma marcha ou frear, por exemplo. E isto dava trabalho. Mas, depois de tempo de prática, vai se tornando natural. Com a bíblia não é diferente, pratique e você verá dia a dia que vai se tornando mais fácil compreender os princípios de Deus que servem para ajudar o crente a tomar decisões que glorifiquem ao seu Senhor.


Para assistir o vídeo sobre este assunto visite https://youtu.be/7fUki4M6wm4 e não se esqueça de interagir com nosso canal, INSCREVENDO-SE.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

O QUE É GRAÇA E PAZ

 Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós.

Paulo, aos Colossenses, 1:3

Você sabe o que é graça e paz? Você já experimentou a graça e a paz? Estas duas perguntas refletem uma mesma verdade: só pode saber o que é a graça e a paz quem as experimentar em sua vida. Não é possível ter conhecimento teórico, meramente intelectual, do que seja a graça de Deus em Cristo Jesus, e muito menos da paz com Deus sem estar em paz com Deus e na graça de Cristo.

Graça e paz era uma saudação muito comum nos escritos de Paulo. Ele a usa seis vezes. Para termos uma idéia da importância desta expressão para ele o apóstolo Pedro a usa apenas duas vezes, e João apenas uma.

Isto nos mostra que o apóstolo de Deus aos gentios [que eram sem Deus no mundo e não sabiam o que era graça e paz - Ef 2.12) tinha um desejo muito grande de que a Igreja tivesse uma rica experiência de comunhão com Deus, que só poderia ser obtida se estes elementos estivessem presentes.

Na verdade, podemos dizer que era mais do que uma saudação, mas era um desejo do coração do apóstolo para a comunidade cristã, onde quer que ela se encontrasse.

O desejo do coração de Paulo era que a Igreja experimentasse um estado de comunhão com Deus caracterizado pela experiência da graça salvadora, perdoadora, fonte de todas as bênçãos terrenas e espirituais e que, em última instância, estivesse em paz com Deus porque foi para isto que o Filho de Deus veio - para anunciar o estabelecimento da paz de Deus com os homens por seu intermédio (Ef 2.17).

No mundo em que os imperadores buscavam ser os senhores do mundo através da guerra, onde imperava a paz armada, a paz mantida pela força de um exército implacavelmente eficiente, Ele, o príncipe da paz, deu-nos a sua paz (Jo 14.27). Nenhum homem do sec. I seria capaz de criar um conceito de paz como o que Jesus estabeleceu, por isso a bíblia diz que a paz de Cristo não é como a paz obrigatória, forçada, do mundo, e nem pode ser compreendida pelos raciocínios dos pensadores (Fp 4.7).

O desejo do inspirado Paulo é que a graça (karis) e a paz (eirene) sejam de tal modo presentes na vida dos colossenses (e por extensão, de todos os crentes) que nenhuma circunstância seja capaz de fazê-los esquecer que, merecedores da ira de Deus, foram alcançados por sua infinita e amorosa graça provada através da pessoa de seu Filho amado. Todos os cristãos, de fato, experimentam esta graça e esta paz que só pode ser observada e muitas vezes mal compreendida pelos que não a possuem, porque ela é de Deus para os seus filhos.

É a paz que o Pai celeste, fonte de todas as boas dádivas (Tg 1.17) dá aos que Ele mesmo fez seus filhos, como fez com Paulo, com os colossenses e com todos os cristãos de todas as eras. Mas não podemos esquecer que esta dádiva é somente para os que foram feitos seus filhos, porque creram em Jesus  (Jo 1:12) porque sobre os demais, filhos da ira (Ef 2.3), seus inimigos (Rm 5.10) permanece a justa ira de Deus (Jo 3.36).

Todas as vezes que Paulo fala de graça e paz, é sempre e exclusivamente a paz de Deus que os crentes experimentam, e que só os crentes podem experimentar, porque a verdadeira paz não pode vir de nenhum outro lugar.

Tenhamos, portanto, paz com Deus.

UMA IGREJA QUE SERVE DE MODELO - Cl 1.1-8

Boletim da Igreja Presbiteriana na Expansão - QR 429 - Samambaia Norte

Paulo e Timóteo fazem uma descrição fiel da Igreja em Colossos. Porque podemos afirmar que era uma descrição fiel? Em primeiro lugar, porque eles descrevem a Igreja para os próprios colossenses, e não se arriscariam a serem tidos por mentirosos, mas, principalmente, pelo fato de se tratar de uma carta inspirada, e o Senhor Deus manteve as escrituras isentas de falhas ou erros, mesmo que sejam erros históricos.

Muitos relutam em fazer parte de uma Igreja pelo fato de verem a Igreja com muitas falhas, e não conseguirem enxergá-la como Deus a vê.

Vamos apresentar a Igreja da perspectiva de Deus, ou seja, como Deus já vê gloriosa a Igreja que ainda é militante. O apóstolo Paulo está falando para nós de uma Igreja que está sendo formada, está sendo edificada, está ainda no meio da sua jornada.

Cabe-nos duas possiblidades: ficar fora da Igreja enquanto está na jornada porque ela é imperfeita e não fazer parte dela quando for glorificada, ou, começar agora na certeza de que Ele completará a obra que ele mesmo iniciou (vd. Fp 1.6 e Ef. 4.13-16).

Embora imperfeita, a Igreja descrita por Paulo apresenta algumas características que servem de modelo para a nossa caminhada 20 séculos depois.

CRENTE

A primeira e fundamental característica de uma igreja é ter fé no Senhor Jesus Cristo. É possível ser clube, associação, célula, grupo, fraternidade, loja, ou qualquer outra coisa neste mundo sem Deus, mas é impossível ser Igreja de verdade sem ser crente em Jesus Cristo (Cl 1.13).

FRATERNA

Não é possível ser parte do corpo de Cristo, sua Igreja, sem exercitar a principal característica que Cristo exigiu de seus discípulos, o amor fraterno (Jo 13.35). Amar biblicamente é mais do que um sentimento. Qualquer outra forma de amor não precisa de mandamento nem da ação do Espírito Santo para ser experimentado, mas o amor de irmãos em Cristo, que supera as diferenças pessoas e não faz acepção de pessoas e cobre multidão de pecados só é experimentado pelos crentes.

ESPERANÇOSA

Qualquer associação humana pode apresentar milhares de soluções diferentes para os problemas humanos e oferecer alguma forma de satisfação, mas somente Jesus oferece para sua Igreja e na sua Igreja a esperança de vida eterna (Jo 6.47). A esperança do crente envolve o hoje e também a certeza da eternidade (1Co 15.19).

FRUTÍFERA

A Palavra de Deus afirma ser viva e eficaz, e que é sempre frutífera (Is 55.11). O evangelho é poder de Deus para salvação de todo o que crê (Rm 1.16) e capacita a Igreja a viver segundo este evangelho que ressuscita mortos e concede nova vida (I Co 15:22).

VÍVIDA

A Igreja é um edifício vivo, um corpo onde cada um deve exercer seu papel para crescimento completo. Assim como os membros ainda não foram plenamente aperfeiçoados, a Igreja ainda está em processo de crescimento e purificação (Ef 5.27). Aos olhos do Senhor a Igreja é santa e em santificação, perfeita e em aperfeiçoamento (2Co 13.9) e por isso prossegue batalhando pela fé (Jd 1.3) e produzindo frutos para glória de Deus (1Co 15.58).

FIEL

A Igreja de Cristo não escolhe por si mesmo o que é certo ou errado baseada na sua própria vontade ou outros padrões subjetivos como moda ou interesse público sobre como viver, mas sabe que vive em meio a uma geração corrupta e que só tem uma escolha: a de permanecer fiel, ainda que isto lhe cobre um preço muito alto, mesmo a morte, porque sabe que, afinal receberá do seu Senhor a coroa da vida eterna (Ap 2.10). Assim como a Igreja em Colossos foi ensinada por Epafras e mais tarde recebeu mais da palavra do Senhor por meio de Paulo a Igreja do Senhor tem sido ensinada mediante sua Palavra. E aprendeu a praticá-la porque o evangelho é para ser vivido, praticado, experimentado e testemunhado com a capacitação do Espírito Santo.

ONDE ENCONTRAR ESTA IGREJA

Talvez você procure uma Igreja que lhe sirva, que atenda suas expectativas e padrões mas é minha obrigação dizer-lhe que nem você nem eu, ou quaisquer outras pessoas não podem ser a medida de todas as coisas. Isto quer dizer que se a Igreja fosse de acordo com nossos padrões ela jamais seria perfeita porque somos imperfeitos.

Busque encontrar uma Igreja como esta, que te acolha, que te aceite e que reconheça que você é um pecador e que te convide a uma nova caminhada, andando no caminho que o próprio Senhor preparou para que sua Igreja andasse (Jo 14.6).

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