terça-feira, 14 de maio de 2024

SALMO 11 E A PERSEVERANÇA NA PIEDADE COMO ESTILO DE VIDA DO CRENTE

 SALMO 11.1-7

1 No SENHOR me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? 2 Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração. 3 Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo? 4 O SENHOR está no seu santo templo; nos céus tem o SENHOR seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens. 5 O SENHOR põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o abomina. 6 Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice. 7 Porque o SENHOR é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.

INTRODUÇÃO

Este é um dos salmos escritos pelo rei Davi, pelo mavioso salmista de Israel.

A data em que ele escreveu é desconhecida, mas provavelmente durante a parte final do seu reinado, enquanto fazia os preparativos para a edificação e funcionamento do templo, compondo hinos e estabelecendo, por exemplo, a escala sacerdotal que para os judeus continua vigente. Tudo isto antes de passar o trono para seu filho Salomão.

É bastante provável que Davi escreveu este salmo para que o povo de Deus louvasse ao Senhor exaltando o seu reino eterno, seu olhar criterioso e seu juízo sobre todos os homens.

Ele queria que o povo de Deus considerasse que, mesmo que os maus aparentemente estivessem triunfando, o justo deveria continuar praticando a justiça (Ap 22:11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se) porque o Senhor vai julgar e recompensar cada um segundo suas ações (Ap 22:12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras).

É importante, para compreensão deste salmo, saber quando ele foi escrito, ou pelo menos a que época se refere. Há duas opções possíveis.

A primeira é quando Davi foi aclamado pelas mulheres de Israel como aquele que era 10 vezes mais eficiente que o rei Saul (1Sm 18:7 As mulheres se alegravam e, cantando alternadamente, diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares). Este, enciumado tenta matar Davi que fugiu para os montes e cavernas, andando errante enquanto era perseguido por seu sogro. Após a infame tentativa de assassinato Saul tomou a filha que havia dado por esposa a Davi e a entregou a um homem de Abel-Meolá chamado Adriel (1Sm 18:19 Sucedeu, porém, que, ao tempo em que Merabe, filha de Saul, devia ser dada a Davi, foi dada por mulher a Adriel, meolatita).

Neste período errante Davi continuou cuidando de Israel, protegendo as fronteiras de invasores e salteadores, e, quando precisou de alimento foi esnobado duramente por Nabal (1Sm 25:10 Respondeu Nabal aos moços de Davi e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos são, hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. 11 Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei donde vêm?), mesmo apesar de ter protegido suas propriedades e rebanhos.

A segunda possibilidade é uma referência ao período em que seu filho Absalão tentou tomar o trono com a ajuda de Aitofel, um dos que um dia, fugitivos como Davi, se juntaram a ele na época da perseguição de Saul. Aitofel era um dos endividados e amargurados daquele período difícil. Aitofel queria que Davi fosse covardemente atacado pelas costas pelas forças de Absalão enquanto fugia.

Na sequência Absalão se deita com as concubinas de Davi à vista de todo o povo de Israel, para mostrar que sua agressão ao pai era irreconciliável, e com isso ninguém ter medo de ficar do seu lado e depois ser julgado por Davi.

Para piorar o quadro Simei, descendente de Saul, blasfema contra Davi apesar de Davi não ter feito nada contra os descendentes do rei anterior, como era costumeiro naquela época.

Sabemos que tanto Saul quanto Absalão tiveram finais de vida trágicas. O primeiro, atormentado por um espírito, abandonado por Deus, acabou morrendo nas mãos dos filisteus por causa de sua impiedade (1Cr 10:13 Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante).

O segundo ficou pendurado em uma árvore por seus cabelos e foi morto pelas armas de Joabe (2Sm 18:15 Cercaram-no dez jovens, que levavam as armas de Joabe, e feriram a Absalão, e o mataram).

Agora que sabemos destas coisas, sabemos que Davi compôs este salmo para ensinar sobre prática da justiça e o resultado da prática da injustiça. Vamos fazer uma pergunta simples: o que os justos devem fazer quando o que é justo não é recompensado e a iniquidade assume o controle das circunstâncias.

VERSO 1: O MAL QUER TE DESTRUIR

1 No SENHOR me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte?

No verso 1 os ímpios querem que o crente fuja, que abandone o seu lugar, que faça o que todo mundo faz porque é o que todo mundo faz. O mundo quer que o crente pense como todo mundo pensa e que considere a prática de impiedades como coisas relativas com pensamentos simples como ‘não tem nada a ver’.

O mundo quer que o crente seja, que siga o fluxo do mundo no caminho largo que conduz à perdição (Mt 7:13 Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), 14 porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela).

O que os ímpios querem é que o crente se deixe formatar pelo mundo, contrariando o ensino da Palavra de Deus (Rm 12:2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus), numa armadilha mortal.

Se o crente não se adequa, se não faz como Aitofel, então ele deve ser perseguido porque não tem lugar no sistema do mundo. Se o crente se adequa, ele é perseguido por agir como o mundo, mas não ser, jamais um deles. É maltratado e desprezado por ser um crente que não age como crente e nunca será visto pelos mundanos como um dos seus.

VERSO 2: OS ÍMPIOS ATACAM COVARDEMENTE

2 Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração.

A pressão e as ameaças dos praticantes da impiedade estão sempre presentes na vida do crente. Pode ser por meio de tentativas de destruição física, destruição da honra e da moral, destruição profissional. Mas o fato é que o mundo quer que o crente desapareça.

Sim, o mundo faz isso de diversas formas. Pode fazer isso por pressões por posicionamentos ideológicos para pensar como todo mundo pensa. Pode ser por meio de amigos e familiares que querem que eles façam o que eles gostam e acham bom e proveitoso, mas que o crente sabe que militam contra sua alma.

Os amigos e familiares, cheios de boa vontade, acham de verdade, que estão fazendo bem, acham que querem o melhor para o crente, mas podem oferecer o eles consideram ser o melhor do mundo não sabendo, entretanto, que o melhor do mundo ainda é muito menos do que a bênção de Deus, na verdade é inimizade contra o Senhor (1Jo 2:15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele).

Os agentes da impiedade estarão dispostos a agir, inclusive pelas costas e com arranjos às ocultas, para ferirem os justos. É da sua natureza, é da inclinação do seu coração. Mesmo que suas ações exteriores aparentem outra coisa – seu coração é maligno e o que sai do coração é maldade.

VERSO 3: A IMPIEDADE PARECE TRIUNFAR

3 Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?

Numa situação como esta, quando parece que o ímpio governa, o que o justo deve fazer? Como agir quando os fundamentos de justiça parecem ter sido destruídos? O que fazer quando a honra, a justiça, a gratidão, valores familiares como no caso de Saul, ou de amizade, gratidão, honra ao pai, no caso de Absalão parecem não ter mais valor algum?

A pergunta de Davi não é uma constatação – ele não está afirmando que os fundamentos foram destruídos. Ele está dizendo que haverá momentos que os fundamentos terão sido de tal forma aviltados que parecerá que eles desapareceram, que eles foram destruídos – isto nunca acontecerá completamente pois o Senhor não permite tal coisa.

É uma pergunta que o crente deve se fazer quando chegar o momento de uma angústia tão grande com a maldade que leve você a pensar que não adianta mais agir com justiça num mundo marcado pela injustiça e pela louca rebelião contra Deus (Is 32:6 Porque o louco fala loucamente, e o seu coração obra o que é iníquo, para usar de impiedade e para proferir mentiras contra o SENHOR, para deixar o faminto na ânsia da sua fome e fazer que o sedento venha a ter falta de bebida).

Mesmo quando os juízes torcerem a justiça por causa de interesses escusos inconfessáveis e subornos (Dt 16:19 Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos) e os líderes que deveriam governar com justiça se acovardam e prevaricam (Jr 2:26 Como se envergonha o ladrão quando o apanham, assim se envergonham os da casa de Israel; eles, os seus reis, os seus príncipes, os seus sacerdotes e os seus profetas) o justo deve se perguntar: o que resta fazer?

A pergunta de Davi deve ser feita por você, crente, para você: o que o crente deve fazer quando aprece que a lei que prevalece não é mais justa e os fundamentos da justiça parece que foram removidos?

Alguns talvez se sintam tentados a fazer o que todo mundo faz, a abraçar a prática da iniquidade e digam como Davi: quase me resvalaram os pés (Sl 73:2 Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. 3 Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos 4 Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio) mas o crente não faz isso, porque sabe de algo muito importante: sabe que Deus é bom para com os de coração limpo (Sl 73:1 Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo).

VERSO 4: DEUS GOVERNA SOBERANAMENTE

4 O SENHOR está no seu santo templo; nos céus tem o SENHOR seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens.

O crente pode acreditar que os fundamentos foram removidos? Podemos pensar que os marcos eternos que Deus estabeleceu e que definem o que é certo e errado podem ser mudados pela vontade dos homens?

Uma lei só pode ser mudada pela mudança do legislador. Mas acontece que, nos assuntos eternos, desde os tempos eternos o legislador não mudou porque ele é eterno e imutável. Deus é o Deus vivo e ele ainda está em seu alto e sublime trono como nos diz o profeta Isaías, mesmo que haja mudança nos ocupantes dos tronos humanos. Ele ainda está lá, ainda está julgando e reinando!

Quando o povo de Israel lamentava a morte do rei Uzias e se preocupava com quem seria o seu próximo rei o profeta Isaías diz que o verdadeiro trono não está vazio, o grande rei ainda reina sobre toda a terra (Is 6:1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo).

O Senhor está no seu trono e governa soberana e poderosamente. Davi diz que o Senhor, do seu trono, vê (Sl 113:5 Quem há semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, 6 que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra?). Ele está olhando embora o homem pense que pode se esconder de Deus, o Senhor vê, ele esquadrinha e vê (Sl 94:7 E dizem: O SENHOR não o vê; nem disso faz caso o Deus de Jacó).

Mesmo que o homem ache que Deus não tem interesse no que os homens fazem Deus está olhando, mesmo que ache que Deus não vai fazer nada ele está julgando, avaliando. Ele está julgando, vendo, ouvindo, esquadrinhando os corações, olhando as intenções e as justificativas mentirosas que as pessoas usam para pecar (Jr 20:12 Tu, pois, ó SENHOR dos Exércitos, que provas o justo e esquadrinhas os afetos e o coração, permite veja eu a tua vingança contra eles, pois te confiei a minha causa). Nada, diz a Palavra de Deus, absolutamente nada escapa do julgamento criterioso de Deus.

Se parecer que a impiedade está triunfando, lembre-se: o Senhor reina, e reinará eternamente, com poder e com perfeita justiça!

VERSO 5-6: DEUS PUNE A INJUSTIÇA

5 O SENHOR põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o abomina. 6 Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice.

Chegará o tempo que os homens tentarão escapar da justiça de Deus mas não conseguirão ser felizes neste intento. Desejarão que um monte lhes caia sobre a cabeça para fugirem da ira do todo poderoso. Pense nisto: achar melhor ser soterrado sob uma montanha do que experimentar a ira do Senhor!

Mas os homens continuarão fazendo suas obras más porque faz parte da natureza dos homens agirem segundo a inclinação pecaminosa de seus corações. Os homens ímpios praticarão a impiedade porque esta é a inclinação de seu coração pecaminoso. É por isso que vemos o mal aparentemente triunfar.

No caminho largo que conduz à perdição os ímpios praticam as suas impiedades concorrendo entre si para verem quem consegue ser o mais eficiente na prática da iniquidade (1Pe 4:4 Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão, 5 os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos).

E há quem pense que nada vai lhes acontecer, que ficará tudo bem, ou tudo mal, como preferirem. Mas estão terrivelmente enganados e descobrirão isto no tempo próprio (Sl 34:16 O rosto do SENHOR está contra os que praticam o mal, para lhes extirpar da terra a memória). Ter o rosto contra si é ter o todo poderoso agindo numa atitude de retribuição, de justiça e de vingança.

Davi já nos disse que o Senhor vê, que ele examina criteriosamente, e agora ele nos diz que o Senhor exerce juízo sobre toda a terra (Jr 25:31 Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o SENHOR tem contenda com as nações, entrará em juízo contra toda carne; os perversos entregará à espada, diz o SENHOR) com pleno direito e justiça, e há de recompensar com justiça os ímpios que preferem praticar a impiedade e merecem a punição por seus pecados – eles sofrerão a justa ira de Deus (1Pe 3:12 Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males).

Não haverá como fugir, nem haverá para onde fugir – o Senhor diz que exercerá juízo extremo sobre a prática do mal, sobre todos os maus em todos os lugares onde praticam as suas maldades (Ez 15:7 Voltarei o rosto contra eles; ainda que saiam do fogo, o fogo os consumirá; e sabereis que eu sou o SENHOR, quando tiver voltado o rosto contra eles).

VERSO 7: O SENHOR RECOMPENSA O JUSTO

7 Porque o SENHOR é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.

Assim como Deus manifesta a sua ira sobre os ímpios que continuaram a praticar suas obras iniquas, o Senhor também agirá em relação àqueles que confiaram suas vidas às suas mãos, que lhe entregaram seus caminhos em confiança e fé (Sl 37:3 Confia no SENHOR e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade), e viveram como suas testemunhas mesmo em tempos e lugares onde agir como crente no Senhor não era fácil, onde era perigoso, onde será proibido.

Embora o ímpio zombe da fé do crente (Sl 22:8 Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer), ele confia no Senhor porque sabe que aqueles que confiam no Senhor não jamais serão envergonhados (Sl 25:3 Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado; envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente).

Sabemos que Deus é o Deus que vê. Sabemos que Deus é o juiz de toda terra e julga retamente. Sabemos que Deus retribui a cada um segundo as suas obras, aos ímpios segundo as suas iniquidades, aos justos segundo a sua retidão.

Aos justos Deus manifesta a sua graça, ele mostra o seu rosto favoravelmente porque o Senhor nosso Deus é fiel a cada uma de suas promessas e ele prometeu que os que cressem e fossem fiéis comeriam o melhor da terra, isto é, seriam abençoados abundantemente.

Aquele que for encontrado pelo Senhor fazendo a sua vontade será abençoado, será recompensado por sua fidelidade porque aquele que fez a promessa é fiel e poderoso. Ele prometeu, ele cumprirá.

CONCLUSÃO

O crente deve viver no tempo presente como alguém que está em uma sala iluminada, à vista de todos, cercado de câmeras de vigilância que seguem cada um de seus passos sem que haja nenhum, absolutamente nenhum ponto cego. Nada escapará ao olhar vigilante de Deus.

Onde o mal impera, onde todos fazem o que é mal, onde cada um segue seu próprio coração, onde as leis são torcidas para beneficiar o mal e onde a prática do bem é punida com mais rigor e mais maldade ainda.

Mesmo assim o justo, o que teme ao Senhor, deve continuar praticando a justiça porque o Senhor ainda está governando e fazendo justiça sobre toda a terra. Apesar do aparente império do mal o Senhor continua vendo – o Senhor não vai deixar de exercer juízo, não vai deixar de punir a impiedade e, ao fim, recompensar com delícias perpétuas os que temem ao seu nome.

Ml 3:16 Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome. 17 Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. 18 Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve.

É por isso que você deve continuar a fazer o bem. O crente deve fazer o que o Senhor quer que ele faça. O crente deve fazer tudo pra glória de Deus. E deve ser assim porque ele vê e recompensa. Vale a pena. Então, crente, faça.

Que o Senhor incline seu coração para fazer a sua vontade (Pv 21:1 Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina).

Se até este momento você duvidada da justiça de Deus sobre a impiedade, e da graça sobre a prática da justiça, então, é tempo de mudança em sua vida (Is 55:7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar).

Este é o tempo, hoje é o tempo, agora é o tempo. Não importa onde você esteja nem o que você tenha feito, Deus é rico em perdoar, e perdoa com graça porque aquele que o busca, que confessa os seus pecados alcança misericórdia (Pv 28:13 O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia).

É preciso que você, neste momento, tome uma decisão firme de buscar ao Senhor neste momento, buscar a graça do Senhor neste momento, converter-se ao Senhor enquanto é possível encontrá-lo (Is 55:6 Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto).

Mas faça isto já, faça isso agora, porque depois que fizer isso, pode parecer que os fundamentos do mundo se abalem, mas o que confia no Senhor não será abalado (Pv 10:30 O justo jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra) e permanecerá firme até o fim recebendo das mãos do Senhor a coroa da salvação eterna (Mt 24:13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo).

Decida-se, tome a atitude correta e persevere para que não chegue o momento em que, já sem esperança no grande e terrível dia do Senhor você se lembre e tente clamar, e Deus diz: não, não ouvirei, não é mais tempo. Leia em sua bíblia, quantas vezes for necessário, estas palavras do Senhor em resposta à rejeição do convite feito pelo profeta Isaías no capítulo 55:

Pv 1:24 Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; 25 antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; 26 também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, 27 em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. 28 Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. 29 Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; 30 não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. 31 Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. 32 Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição.

33 Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal.

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