1 No SENHOR me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? 2 Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração. 3 Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo? 4 O SENHOR está no seu santo templo; nos céus tem o SENHOR seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens. 5 O SENHOR põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o abomina. 6 Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice. 7 Porque o SENHOR é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.
INTRODUÇÃO
Este é um dos salmos escritos pelo rei Davi, pelo mavioso
salmista de Israel.
A data em que ele escreveu é desconhecida, mas provavelmente
durante a parte final do seu reinado, enquanto fazia os preparativos para a
edificação e funcionamento do templo, compondo hinos e estabelecendo, por
exemplo, a escala sacerdotal que para os judeus continua vigente. Tudo isto
antes de passar o trono para seu filho Salomão.
É bastante provável que Davi escreveu este salmo para que o
povo de Deus louvasse ao Senhor exaltando o seu reino eterno, seu olhar
criterioso e seu juízo sobre todos os homens.
Ele queria que o povo de Deus considerasse que, mesmo que os
maus aparentemente estivessem triunfando, o justo deveria continuar praticando
a justiça (Ap 22:11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda
sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a
santificar-se) porque o Senhor vai julgar e recompensar cada um
segundo suas ações (Ap 22:12 E eis que venho sem demora, e comigo
está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras).
É importante, para compreensão deste salmo, saber quando ele
foi escrito, ou pelo menos a que época se refere. Há duas opções possíveis.
A primeira é quando Davi foi aclamado pelas mulheres de
Israel como aquele que era 10 vezes mais eficiente que o rei Saul (1Sm 18:7 As mulheres se alegravam e, cantando alternadamente, diziam:
Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares).
Este, enciumado tenta matar Davi que fugiu para os montes e cavernas, andando
errante enquanto era perseguido por seu sogro. Após a infame tentativa de
assassinato Saul tomou a filha que havia dado por esposa a Davi e a entregou a um
homem de Abel-Meolá chamado Adriel (1Sm 18:19 Sucedeu, porém, que, ao tempo em que
Merabe, filha de Saul, devia ser dada a Davi, foi dada por mulher a Adriel,
meolatita).
Neste período errante Davi continuou cuidando de Israel,
protegendo as fronteiras de invasores e salteadores, e, quando precisou de
alimento foi esnobado duramente por Nabal (1Sm 25:10 Respondeu Nabal
aos moços de Davi e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos são,
hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. 11 Tomaria eu, pois, o meu pão,
e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores
e o daria a homens que eu não sei donde vêm?), mesmo apesar de
ter protegido suas propriedades e rebanhos.
A segunda possibilidade é uma referência ao período em que
seu filho Absalão tentou tomar o trono com a ajuda de Aitofel, um dos que um
dia, fugitivos como Davi, se juntaram a ele na época da perseguição de Saul.
Aitofel era um dos endividados e amargurados daquele período difícil. Aitofel
queria que Davi fosse covardemente atacado pelas costas pelas forças de Absalão
enquanto fugia.
Na sequência Absalão se deita com as concubinas de Davi à
vista de todo o povo de Israel, para mostrar que sua agressão ao pai era
irreconciliável, e com isso ninguém ter medo de ficar do seu lado e depois ser
julgado por Davi.
Para piorar o quadro Simei, descendente de Saul, blasfema
contra Davi apesar de Davi não ter feito nada contra os descendentes do rei
anterior, como era costumeiro naquela época.
Sabemos que tanto Saul quanto Absalão tiveram finais de vida
trágicas. O primeiro, atormentado por um espírito, abandonado por Deus, acabou
morrendo nas mãos dos filisteus por causa de sua impiedade (1Cr 10:13 Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida
contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também
porque interrogara e consultara uma necromante).
O segundo ficou pendurado em uma árvore por seus cabelos e
foi morto pelas armas de Joabe (2Sm 18:15 Cercaram-no dez jovens, que levavam as
armas de Joabe, e feriram a Absalão, e o mataram).
Agora que sabemos destas coisas, sabemos que Davi compôs este salmo para ensinar sobre prática da justiça e o resultado da prática da injustiça. Vamos fazer uma pergunta simples: o que os justos devem fazer quando o que é justo não é recompensado e a iniquidade assume o controle das circunstâncias.
VERSO 1: O MAL QUER TE DESTRUIR
1 No SENHOR
me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu
monte?
No verso 1 os ímpios querem que o crente fuja, que abandone
o seu lugar, que faça o que todo mundo faz porque é o que todo mundo faz. O
mundo quer que o crente pense como todo mundo pensa e que considere a prática
de impiedades como coisas relativas com pensamentos simples como ‘não tem nada
a ver’.
O mundo quer que o crente seja, que siga o fluxo do mundo no
caminho largo que conduz à perdição (Mt 7:13 Entrai pela porta
estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e
são muitos os que entram por ela), 14 porque estreita é a porta, e apertado, o
caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela).
O que os ímpios querem é que o crente se deixe formatar pelo
mundo, contrariando o ensino da Palavra de Deus (Rm 12:2 E não vos
conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus),
numa armadilha mortal.
Se o crente não se adequa, se não faz como Aitofel, então ele deve ser perseguido porque não tem lugar no sistema do mundo. Se o crente se adequa, ele é perseguido por agir como o mundo, mas não ser, jamais um deles. É maltratado e desprezado por ser um crente que não age como crente e nunca será visto pelos mundanos como um dos seus.
VERSO 2: OS ÍMPIOS ATACAM COVARDEMENTE
2 Porque eis
aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas,
dispararem contra os retos de coração.
A pressão e as ameaças dos praticantes da impiedade estão
sempre presentes na vida do crente. Pode ser por meio de tentativas de
destruição física, destruição da honra e da moral, destruição profissional. Mas
o fato é que o mundo quer que o crente desapareça.
Sim, o mundo faz isso de diversas formas. Pode fazer isso
por pressões por posicionamentos ideológicos para pensar como todo mundo pensa.
Pode ser por meio de amigos e familiares que querem que eles façam o que eles
gostam e acham bom e proveitoso, mas que o crente sabe que militam contra sua
alma.
Os amigos e familiares, cheios de boa vontade, acham de
verdade, que estão fazendo bem, acham que querem o melhor para o crente, mas
podem oferecer o eles consideram ser o melhor do mundo não sabendo, entretanto,
que o melhor do mundo ainda é muito menos do que a bênção de Deus, na verdade é
inimizade contra o Senhor (1Jo 2:15 Não ameis o mundo nem as coisas que há
no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele).
Os agentes da impiedade estarão dispostos a agir, inclusive pelas costas e com arranjos às ocultas, para ferirem os justos. É da sua natureza, é da inclinação do seu coração. Mesmo que suas ações exteriores aparentem outra coisa – seu coração é maligno e o que sai do coração é maldade.
VERSO 3: A IMPIEDADE PARECE TRIUNFAR
3 Ora,
destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?
Numa situação como esta, quando parece que o ímpio governa,
o que o justo deve fazer? Como agir quando os fundamentos de justiça parecem
ter sido destruídos? O que fazer quando a honra, a justiça, a gratidão, valores
familiares como no caso de Saul, ou de amizade, gratidão, honra ao pai, no caso
de Absalão parecem não ter mais valor algum?
A pergunta de Davi não é uma constatação – ele não está
afirmando que os fundamentos foram destruídos. Ele está dizendo que haverá
momentos que os fundamentos terão sido de tal forma aviltados que parecerá que
eles desapareceram, que eles foram destruídos – isto nunca acontecerá
completamente pois o Senhor não permite tal coisa.
É uma pergunta que o crente deve se fazer quando chegar o
momento de uma angústia tão grande com a maldade que leve você a pensar que não
adianta mais agir com justiça num mundo marcado pela injustiça e pela louca
rebelião contra Deus (Is 32:6 Porque o louco fala loucamente, e o seu
coração obra o que é iníquo, para usar de impiedade e para proferir mentiras
contra o SENHOR, para deixar o faminto na ânsia da sua fome e fazer que o
sedento venha a ter falta de bebida).
Mesmo quando os juízes torcerem a justiça por causa de
interesses escusos inconfessáveis e subornos (Dt 16:19 Não torcerás a
justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno
cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos) e os
líderes que deveriam governar com justiça se acovardam e prevaricam (Jr 2:26 Como se envergonha o
ladrão quando o apanham, assim se envergonham os da casa de Israel; eles, os
seus reis, os seus príncipes, os seus sacerdotes e os seus profetas)
o justo deve se perguntar: o que resta fazer?
A pergunta de Davi deve ser feita por você, crente, para
você: o que o crente deve fazer quando aprece que a lei que prevalece não é
mais justa e os fundamentos da justiça parece que foram removidos?
Alguns talvez se sintam tentados a fazer o que todo mundo faz, a abraçar a prática da iniquidade e digam como Davi: quase me resvalaram os pés (Sl 73:2 Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. 3 Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos 4 Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio) mas o crente não faz isso, porque sabe de algo muito importante: sabe que Deus é bom para com os de coração limpo (Sl 73:1 Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo).
VERSO 4: DEUS GOVERNA SOBERANAMENTE
4 O SENHOR
está no seu santo templo; nos céus tem o SENHOR seu trono; os seus olhos estão
atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens.
O crente pode acreditar que os fundamentos foram removidos?
Podemos pensar que os marcos eternos que Deus estabeleceu e que definem o que é
certo e errado podem ser mudados pela vontade dos homens?
Uma lei só pode ser mudada pela mudança do legislador. Mas
acontece que, nos assuntos eternos, desde os tempos eternos o legislador não
mudou porque ele é eterno e imutável. Deus é o Deus vivo e ele ainda está em
seu alto e sublime trono como nos diz o profeta Isaías, mesmo que haja mudança
nos ocupantes dos tronos humanos. Ele ainda está lá, ainda está julgando e
reinando!
Quando o povo de Israel lamentava a morte do rei Uzias e se
preocupava com quem seria o seu próximo rei o profeta Isaías diz que o
verdadeiro trono não está vazio, o grande rei ainda reina sobre toda a terra (Is 6:1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um
alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo).
O Senhor está no seu trono e governa soberana e
poderosamente. Davi diz que o Senhor, do seu trono, vê (Sl 113:5 Quem há
semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, 6 que se inclina
para ver o que se passa no céu e sobre a terra?). Ele está
olhando embora o homem pense que pode se esconder de Deus, o Senhor vê, ele
esquadrinha e vê (Sl 94:7 E dizem: O SENHOR não o vê; nem disso
faz caso o Deus de Jacó).
Mesmo que o homem ache que Deus não tem interesse no que os
homens fazem Deus está olhando, mesmo que ache que Deus não vai fazer nada ele
está julgando, avaliando. Ele está julgando, vendo, ouvindo, esquadrinhando os
corações, olhando as intenções e as justificativas mentirosas que as pessoas
usam para pecar (Jr 20:12 Tu, pois, ó SENHOR dos Exércitos, que
provas o justo e esquadrinhas os afetos e o coração, permite veja eu a tua
vingança contra eles, pois te confiei a minha causa). Nada, diz a
Palavra de Deus, absolutamente nada escapa do julgamento criterioso de Deus.
Se parecer que a impiedade está triunfando, lembre-se: o Senhor reina, e reinará eternamente, com poder e com perfeita justiça!
VERSO 5-6: DEUS PUNE A INJUSTIÇA
5 O SENHOR
põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o
abomina. 6 Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento
abrasador será a parte do seu cálice.
Chegará o tempo que os homens tentarão escapar da justiça de
Deus mas não conseguirão ser felizes neste intento. Desejarão que um monte lhes
caia sobre a cabeça para fugirem da ira do todo poderoso. Pense nisto: achar
melhor ser soterrado sob uma montanha do que experimentar a ira do Senhor!
Mas os homens continuarão fazendo suas obras más porque faz
parte da natureza dos homens agirem segundo a inclinação pecaminosa de seus
corações. Os homens ímpios praticarão a impiedade porque esta é a inclinação de
seu coração pecaminoso. É por isso que vemos o mal aparentemente triunfar.
No caminho largo que conduz à perdição os ímpios praticam as
suas impiedades concorrendo entre si para verem quem consegue ser o mais
eficiente na prática da iniquidade (1Pe 4:4 Por isso,
difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de
devassidão, 5 os quais hão de prestar contas àquele que é competente para
julgar vivos e mortos).
E há quem pense que nada vai lhes acontecer, que ficará tudo
bem, ou tudo mal, como preferirem. Mas estão terrivelmente enganados e
descobrirão isto no tempo próprio (Sl 34:16 O rosto do
SENHOR está contra os que praticam o mal, para lhes extirpar da terra a memória).
Ter o rosto contra si é ter o todo poderoso agindo numa atitude de retribuição,
de justiça e de vingança.
Davi já nos disse que o Senhor vê, que ele examina
criteriosamente, e agora ele nos diz que o Senhor exerce juízo sobre toda a
terra (Jr 25:31 Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o SENHOR
tem contenda com as nações, entrará em juízo contra toda carne; os perversos
entregará à espada, diz o SENHOR) com pleno direito e justiça, e
há de recompensar com justiça os ímpios que preferem praticar a impiedade e
merecem a punição por seus pecados – eles sofrerão a justa ira de Deus (1Pe 3:12 Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus
ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra
aqueles que praticam males).
Não haverá como fugir, nem haverá para onde fugir – o Senhor diz que exercerá juízo extremo sobre a prática do mal, sobre todos os maus em todos os lugares onde praticam as suas maldades (Ez 15:7 Voltarei o rosto contra eles; ainda que saiam do fogo, o fogo os consumirá; e sabereis que eu sou o SENHOR, quando tiver voltado o rosto contra eles).
VERSO 7: O SENHOR RECOMPENSA O JUSTO
7 Porque o
SENHOR é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.
Assim como Deus manifesta a sua ira sobre os ímpios que
continuaram a praticar suas obras iniquas, o Senhor também agirá em relação
àqueles que confiaram suas vidas às suas mãos, que lhe entregaram seus caminhos
em confiança e fé (Sl 37:3 Confia no SENHOR e faze o bem; habita na
terra e alimenta-te da verdade), e viveram como suas testemunhas
mesmo em tempos e lugares onde agir como crente no Senhor não era fácil, onde
era perigoso, onde será proibido.
Embora o ímpio zombe da fé do crente (Sl 22:8 Confiou no
SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer), ele confia
no Senhor porque sabe que aqueles que confiam no Senhor não jamais serão
envergonhados (Sl 25:3 Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado;
envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente).
Sabemos que Deus é o Deus que vê. Sabemos que Deus é o juiz
de toda terra e julga retamente. Sabemos que Deus retribui a cada um segundo as
suas obras, aos ímpios segundo as suas iniquidades, aos justos segundo a sua
retidão.
Aos justos Deus manifesta a sua graça, ele mostra o seu
rosto favoravelmente porque o Senhor nosso Deus é fiel a cada uma de suas
promessas e ele prometeu que os que cressem e fossem fiéis comeriam o melhor da
terra, isto é, seriam abençoados abundantemente.
Aquele que for encontrado pelo Senhor fazendo a sua vontade será abençoado, será recompensado por sua fidelidade porque aquele que fez a promessa é fiel e poderoso. Ele prometeu, ele cumprirá.
CONCLUSÃO
O crente deve viver no tempo presente como alguém que está
em uma sala iluminada, à vista de todos, cercado de câmeras de vigilância que
seguem cada um de seus passos sem que haja nenhum, absolutamente nenhum ponto
cego. Nada escapará ao olhar vigilante de Deus.
Onde o mal impera, onde todos fazem o que é mal, onde cada
um segue seu próprio coração, onde as leis são torcidas para beneficiar o mal e
onde a prática do bem é punida com mais rigor e mais maldade ainda.
Mesmo assim o justo, o que teme ao Senhor, deve continuar
praticando a justiça porque o Senhor ainda está governando e fazendo justiça
sobre toda a terra. Apesar do aparente império do mal o Senhor continua vendo –
o Senhor não vai deixar de exercer juízo, não vai deixar de punir a impiedade
e, ao fim, recompensar com delícias perpétuas os que temem ao seu nome.
Ml 3:16 Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR
atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao
SENHOR e para os que se lembram do seu nome. 17 Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei,
diz o SENHOR dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o
serve. 18 Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre
o que serve a Deus e o que não o serve.
É por isso que você deve continuar a fazer o bem. O crente
deve fazer o que o Senhor quer que ele faça. O crente deve fazer tudo pra
glória de Deus. E deve ser assim porque ele vê e recompensa. Vale a pena.
Então, crente, faça.
Que o Senhor incline seu coração para fazer a sua vontade (Pv 21:1
Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo
o seu querer, o inclina).
Se até este momento você duvidada da justiça de Deus sobre a
impiedade, e da graça sobre a prática da justiça, então, é tempo de mudança em
sua vida (Is 55:7
Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao
SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em
perdoar).
Este é o tempo, hoje é o tempo, agora é o tempo. Não importa
onde você esteja nem o que você tenha feito, Deus é rico em perdoar, e perdoa
com graça porque aquele que o busca, que confessa os seus pecados alcança
misericórdia (Pv 28:13 O
que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e
deixa alcançará misericórdia).
É preciso que você, neste momento, tome uma decisão firme de
buscar ao Senhor neste momento, buscar a graça do Senhor neste momento,
converter-se ao Senhor enquanto é possível encontrá-lo (Is 55:6 Buscai o SENHOR enquanto se pode achar,
invocai-o enquanto está perto).
Mas faça isto já, faça isso agora, porque depois que fizer
isso, pode parecer que os fundamentos do mundo se abalem, mas o que confia no
Senhor não será abalado (Pv 10:30 O justo jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a
terra) e permanecerá firme até o fim recebendo das mãos do Senhor
a coroa da salvação eterna (Mt 24:13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo).
Decida-se, tome a atitude correta e persevere para que não
chegue o momento em que, já sem esperança no grande e terrível dia do Senhor
você se lembre e tente clamar, e Deus diz: não, não ouvirei, não é mais tempo.
Leia em sua bíblia, quantas vezes for necessário, estas palavras do Senhor em
resposta à rejeição do convite feito pelo profeta Isaías no capítulo 55:
Pv 1:24 Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; 25 antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; 26 também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, 27 em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. 28 Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. 29 Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; 30 não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. 31 Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. 32 Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição.
33 Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do
mal.
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