domingo, 2 de junho de 2024

APRENDENDO COM A FILHA DE FARAÓ: O PERIGO DE TERCEIRIZAR O CORAÇÃO DOS FILHOS

 Êxodo 2.1-10

TRÊS ERROS COMETIDOS PELA FILHA DE FARAÓ NA EDUCAÇÃO DE MOISÉS

A história de Moisés começa com uma ordem absurda de um governante egípcio que não tinha nenhum comprometimento histórico ou gratidão pelas bênçãos para a nação decorrentes da atuação de José no episódio dos anos de fartura seguidos de fome, cerca de quatro séculos antes.

Era uma nova dinastia que se levantava no Egito e os judeus não eram egípcios e eles acreditavam que os estrangeiros, que eram uma grande parte da população, representavam um perigo de rebelião em potencial, por isso o faraó decidiu que eles não deveriam aumentar em número, determinando que todas as crianças das famílias hebreias, do sexo masculino, que nascessem à partir daquela data deveriam ser impiedosamente assassinadas.

Um casal hebreu, Anrão e Joquebede, já tinha um casal de filhos (Miriã e Arão). Tiveram a sorte de que seu primeiro filho do sexo masculino, Arão, nasceu antes desta ordem maligna.

Quando o segundo filho nasceu o amor pela criança os impeliu a preservarem sua vida (Hb 11:23 Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei), mas logo isto se tornou uma missão muito difícil porque aquela criança, como toda criança chorava – e seu choro durante a noite poderia denunciá-los.

Com medo de serem encontrados eles tomam uma decisão que deve ter sido muito dolorida – precisam se desfazer da criança, e tomam uma atitude que para nós parece extremamente absurda: colocar a criança em um cesto impermeabilizado e colocar no rio Nilo que costuma ser infestado de crocodilos, entre outros animais.

Mesmo que não houvesse nenhum animal feroz ali as chances de a criança sobreviver eram totalmente nulas. É claro que eles escolheram um lugar apropriado, onde poderia aparecer pessoas que pudessem ver a criança – mas era pouco mais que uma esperança que alguém achasse a criança e resolvesse cuidar dela. O mais provável é que um egípcio apresentasse a criança às autoridades para o cumprimento do decreto do faraó.

Notamos que Miriã permaneceu nas proximidades – talvez com a intenção de retomar a criança no fim do dia para uma nova tentativa no dia seguinte, mas ela pouco poderia fazer se um animal feroz ou um egípcio achasse a criança.

O Deus que dirige a história, que conhece e atende às necessidades de seus filhos mesmo antes que eles clamem já está agindo (Is 65:24 E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei) e assim a criança foi achada por uma mulher que tinha um lugar especial na sociedade egípcia: ninguém menos que a filha de faraó que identificou a criança como um dos filhos dos hebreus e depois de uma sugestão muito inteligente de Miriã resolveu criá-lo como se fosse seu próprio filho – mas sob certas condições, isto é, desde que isso não trouxesse nenhuma espécie de mudança em sua vida, pelo menos não naquele momento.

Ela era como a maioria das pessoas. Uma mulher de bom coração, cheia de boas intenções. Ela se torna a salvadora de Moisés – e Miriã, que estava por perto, percebeu que havia surgido uma oportunidade.

Sob ordens da filha de faraó uma egípcia até amamentaria a criança, mas faria isto a contragosto. Talvez ela não quisesse que a nacionalidade desta criança fosse divulgada entre seus patrícios e nada mais conveniente que uma pobre hebreia que ficaria feliz em ganhar uns trocados em troca de um serviço fácil: amamentar e cuidar de uma criança longe dos olhos dos egípcios.

Miriã oferece os serviços de uma hebreia para ser a ama de leite e cuidadora de Moisés – e assim Joquebede recebe o primeiro auxílio maternidade de que se tem notícia na história: ela teria recursos e proteção estatal para criar o próprio filho em sua própria casa até que ele estivesse grande – tempo suficiente para que ele soubesse quem era, quem era seu povo e quem era seu Deus (Pv 22:6 Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele).

Outra característica que quero destacar é que aquela mulher confiava nas pessoas.

Ela aceita a indicação de uma menina estranha, uma hebreia, sem questionar o que ela estava fazendo ali e porque não tentou salvar a criança. Ela aceita a pessoa indicada pela menina também sem se questionar ou investigar se aquela menina não seria filha da mulher que ela indicou que por sua vez estava lactente e não tinha uma criança para amamentar. Ela simplesmente aceita a indicação, com confiança absoluta, e volta aos seus afazeres habituais, fossem eles quais fossem.

Ela é como a maioria dos pais, entregam seus filhos para que alguém indicado por alguém que não conhece cuide deles enquanto vão cuidar de seus próprios afazeres, vão trabalhar para manter quem cuide de seus filhos, vão em busca de realizações em sua vida social, em seus estudos, em sua carreira. Vão investir tempo em sua saúde, lazer e isto se aplica também ao tempo investido em sua vida religiosa. São tantas coisas, tantos cuidados do mundo a exigir sua atenção e, habilidade e prioridade.

Também é oportuno lembrar que os faraós se casavam com suas irmãs, assim, não seria impossível que a filha de faraó se tornasse a esposa do próximo faraó – e ela tinha que estar preparada para algo assim no ambiente altamente competitivo das coortes.

A Bíblia diz que tudo que foi registrado em suas páginas tem o propósito de edificar o povo de Deus (Rm 15:4 Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança).

O chanceler alemão Otto von Bismark disse que ‘os tolos dizem que aprendem com seus próprios erros, eu prefiro aprender com os erros dos outros’. Ele adaptou um provérbio chinês que diz que ‘os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca’.

O que nós somos? O que nós temos sido? Vamos considerar que ‘legalmente’ Moisés era filho da filha de faraó e que Joquebede era apenas sua ama de leite. O que podemos aprender com esta mulher, cheia de boas intenções, confiante e provavelmente muito ocupada, mas que cometeu três erros graves:

A FILHA DE FARAÓ TERCEIRIZOU A CRIAÇÃO

Sempre exaltamos a ação providencial de Deus e a bênção que Joquebede recebeu para criar seu próprio filho. E, de fato, isto é maravilhoso. Mas, se olharmos para esta anônima filha de faraó, ela cometeu um grande erro que muitas pessoas estão cometendo, especialmente em nosso tempo de multi-ocupações: ela terceirizou a criação de seu filho.

Não há dúvidas de que ela se preocupou para que ele tivesse o melhor possível: alimento adequado desde os primeiros dias de vida. Ele precisava ser alimentado por leite materno – ela providenciou.

Ela se preocupou para que ele tivesse alimento de boa qualidade e em quantidade quando fosse desmamado pagando um bom salário para Joquebede. Ela também cuidou para que ele tivesse roupas e talvez até brinquedos – talvez de melhor qualidade do que a dos meninos da sua rua ou de qualquer outro menino hebreu porque, para todos os efeitos, ele era o filho da filha de faraó.

Ela precisava de uma pessoa que cuidasse dele integralmente porque sua agenda não permitia: ela providenciou uma cuidadora (e ainda ganhou uma família inteira para ajudar porque é óbvio que ela logo descobriu que Miriã era, no mínimo, filha de Joquebede).

Ela precisava de alguém que se levantasse de madrugada quando ele chorasse, que preparasse um remédio quando ele estivesse febril, que segurasse em suas mãos quando ele desse os primeiros passos e que cuidasse de seus joelhos quando estivessem ralados nos primeiros tombos – e ela conseguiu contatando Joquebede.

Ela precisava de alguém para quem ele corresse todo sorridente quando capturasse o primeiro inseto ou o primeiro bichinho, ou o protegesse quando ele fosse brincar com um animal que poderia lhe causar algum dano – e junto com Joquebede tinha Anrão, Arão e Miriã para fazer isso.

Ela conseguiu tudo isso – mas não viveu nada disso, não experimentou nenhum destes momentos. Ela terceirizou a criação de seu filho, terceirizou o momento de criação de laços afetivos, terceirizou as afeições do coração de seu filho, mesmo que aparecesse esporadicamente, talvez uma vez por semana, ou em cada lua cheia, ou algo parecido quando sua agenda lhe permitisse. Ela terceirizou a criação de seu filho – e renunciou ao som de seu choro, deixou de dar aquele beijo terapêutico que sara tudo, não soube o prazer de receber aquele abraço apertado e nem se lambuzou do beijo molhado de Moisés em seu rosto.

E tudo isto é um erro, um erro que muitos continuam cometendo contratando cuidadoras, babás, creches, escolas infantis, comprando celulares e computadores de última geração enquanto correm com suas agendas comprometendo a próxima geração de sua família.

Precisamos aprender com o erro desta mulher – e não fazer a mesma coisa. Devemos nos lembrar que os sábios aprendem com os erros dos outros – e devemos ser sábios aprendendo com os erros desta mulher bem intencionada.

A FILHA DE FARAÓ TERCEIRIZOU A EDUCAÇÃO

A bíblia diz que Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios (At 7:22 E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras), o que quer dizer que sua ‘mãe’ anônima proporcionou para ele a oportunidade de estudar na Universidade Faraônica do Nilo. E este talvez seja o seu grande sonho – colocar seu filho e sua filha para estudar na melhor universidade do Brasil ou do mundo. E não há mal algum nisso.

Mesmo assim sua ‘mãe’ errou. Não neste momento, mas ela errou ao confiar a outra mulher (embora ela pudesse confiar em Joquebede, que fez o melhor possível), de outra cultura e de outra religião a educação de seus filhos. Aquela mulher entregou seu filho para uma mulher que tinha uma cultura diferente da sua, que tinha uma religião diferente da sua para contar para ele sobre a criação do mundo – e o relato bíblico é muito diferente e até antagônico aos mitos da criação egípcios.

Aquela mulher falava do Deus único, do Deus verdadeiro, do Deus criador de todas as coisas e isto contrastava totalmente com as crenças da filha de faraó e do Egito de seus dias que acreditavam em uma multidão de deuses parecidos com animais. Talvez elas não soubessem, mas travavam uma batalha silenciosa na qual Joquebede formatou a visão de mundo de Moisés, ensinando-o no caminho em que ele deveria andar – e ele jamais se desviou deste caminho.

Ele ouviu sobre Deus, ele conheceu o Senhor, ele obedeceu ao Senhor e foi instrumento de Deus para libertação da escravidão no Egito. Tudo isto foi plantado em seu coração pelas histórias que Anrão, Joquebede ou Miriã lhe contavam durante o jantar, ou frequentando as reuniões dos hebreus, ou antes de dormir ao fazerem suas orações.

Moisés aprendeu sobre Deus enquanto cantava cânticos infantis com seus irmãos ou brincando com outras crianças. Houve tempo suficiente para ele receber uma visão de mundo hebreia antes de chegar o momento de ir morar com sua mãe egípcia, quando ele já era grande e não precisava mais de uma babá em tempo integral – provavelmente depois dos 5 anos de idade.

Parece pouco tempo, mas pergunte aos pedagogos qual o período mais importante da formação de uma criança. Neste período ela aprende a língua, ela formula conceitos de certo e errado, aprende sobre atos e consequências. Todo o conhecimento que vem depois será assentado sobre esta base: será instrumento para aplicação desta formação.

Este erro desta mulher continua sendo cometido por muitos pais que não supervisionam a educação de seus filhos, não veem o que eles estão aprendendo nem corrigem quando erros são ensinados. É como colocar uma criança em seus anos mais tenros de formação para estudar em uma escola adventista, espírita, idólatra ou secular (e sabemos como é o ensino ideologizado das nossas escolas). Estas experiências vão formatar o coração da criança. Quem está fazendo isto para você e talvez contra você e contra seu Deus?

A FILHA DE FARAÓ TERCEIRIZOU O RESULTADO

A filha de faraó obteve os resultados que pretendia – embora estes resultados não fossem os mais adequados: seu filho teve os cuidados necessários nos primeiros anos de sua infância e chegou a uma idade que não precisava mais dos cuidados de uma hebreia. Para ela havia chegado a hora de ter o seu filho.

À partir de então Moisés passa a ser educado na corte, se torna um conhecedor da ciência egípcia, mas o que a filha de faraó não sabia era que o coração de Moisés foi ‘roubado’, sua estrutura de pensamento já havia sido construída à partir do modelo hebreu e não egípcio, e tudo isto com o patrocínio dela própria, por uma serva hebreia.

Todos os elementos que foram colocados na vida de Moisés poderiam produzir os resultados que não nos cansamos de exaltar na vida de Moisés. Ele foi educado na coorte egípcia, mas sua mente e seu coração eram hebreus até o momento em que ele precisou fazer uma escolha – e ele escolheu segundo a inclinação de seu coração (Hb 11:24 Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado).

A filha de faraó queria que seu filho fosse um egípcio, certamente sonhava que ele adotasse a cultura egípcia, que se tornasse um líder entre os egípcios e, obviamente, que cultuasse aos muitos deuses egípcios. Mas para obter este resultado ele teria que ter seu coração e sua mente no modelo egípcio. Mas havia um obstáculo que ela não havia previsto: a serva hebreia cuidou diligentemente para que isto não acontecesse.

Desde o nascimento Moisés foi educado por uma família hebraica, sua comida e sua bebida eram as comidas dos hebreus, suas vestes durante muito tempo foram a de uma criança hebreia entre hebreus, sua língua materna era o hebraico e é consenso entre os neuro linguistas que isto impacta a forma como uma pessoa pensa.

No fim, o resultado da educação que Moisés recebeu é que ele era apenas um hebreu que cresce e recebe educação na ciência dos egípcios – mas não se torna um egípcio, mesmo entre os egípcios, como Daniel não se tornou um babilônico mesmo na coorte babilônica.

O erro daquela mulher foi achar que dar a seu filho a melhor educação formal seria suficiente para garantir que os seus sonhos (os sonhos dela) e projetos para a vida de seu filho seriam realizados.

É tolice pensar que a educação formal vai curar as deficiências da formação do coração e do caráter. A criança vai se lembrar do que aprendeu na terna infância por toda a sua vida. Embora este texto tenha sido escrito muito tempo depois, com certeza ele poderia tranquilamente ser invocado por Moisés. Ele se lembrava do que aprendera com seu pai. Ele se lembrava do que aprendera ainda na mais tenra infância com sua mãe – e isto foi o fator decisivo para que a educação na coorte egípcia não mudasse o seu caráter:

Pv 4:3 Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante de minha mãe, 4 então, ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive; 5 adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não te esqueças das palavras da minha boca, nem delas te apartes.

Não é de espantar que muitos filhos de cristãos se afastem da igreja – porque não receberam os mandamentos do Senhor, não foram criados e educados no caminho do Senhor por seus pais – mesmo que muitos conhecessem o caminho para os cultos da igreja.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pais devem ser muito cuidados para não terceirizarem o coração de seus filhos. A filha de faraó errou – e o coração de Moisés foi trabalhado por seus pais e seus irmãos. Para nós isto foi uma bênção de Deus – e foi mesmo. Mas para aquela mulher foi uma tragédia.

Muitos pais estão terceirizando a criação de seus filhos a cuidadores e creches. Muitos pais estão terceirizando a educação de seus filhos a cuidadores e professores, muitos deles militantes. Muitos pais estão terceirizando até mesmo a edificação de seus filhos para a igreja e negligenciam seus deveres paternos.

Quero concluir com três perguntas sumamente importantes, tão importantes que devo advertir que elas não são perguntas retóricas para terminar uma mensagem, mas perguntas absolutamente práticas e que você precisa pensar muito sobre elas, e quem sabe tomar providências a respeito.

E se você já tem filhos crescidos, talvez você não possa fazer muito por eles, a não ser pedir perdão e tentar caminhar junto com ele. E talvez você venha a ter netos. Netos não são bichinhos para você estragar – netos podem ser uma segunda chance de você acertar, ajudando seus filhos como exemplos de vida e fé pra eles.

A primeira pergunta é: você conhece quem está ensinado seus filhos? Você conhece os professores de seus filhos? Conhece a metodologia e a cosmovisão das pessoas que trabalham com seus filhos? Sabe pelo menos os nomes destas pessoas?

A segunda pergunta também muito importante é: você sabe o que está sendo ensinado aos seus filhos por babás, cuidadores e professores? Você acompanha o conteúdo dos ensinos ministrados, inclusive na igreja?

O que seus filhos estão aprendendo ferem aquilo em que você crê, como você acha que deve ser conduzida sua casa, agridem a sua fé com evolucionismo, existencialismo, doutrinação marxista ou progressista, ensinos anticristãos ou heréticos como festas juninas, só para citar um exemplo? Tem veneno ideológico e até teológico misturado com o ensino?

Você está preparado para os resultados na vida de seus filhos? Você deseja colher que tipo de frutos na vida de seus filhos? Você acompanha o que está sendo plantado no coração de seus filhos? Se você não sabe o que está sendo plantado, como pode ter certeza de que colherá os melhores frutos?

Não são as pessoas de sua confiança, mesmo que sejam honestas e bem-intencionadas, que farão um projeto de educação para a vida para seus filhos.

Não são os professores e educadores que farão um projeto de educação para a vida de seus filhos porque muitos deles nem sabem que fazem parte de um projeto muito maior que tem trazido resultados trágicos para os nossos tempos.

Não é a igreja quem vai fazer um projeto teológico/cristão para a vida de seus filhos, especialmente porque muitas delas já estão contaminadas com o mundanismo e o modernismo.

A responsabilidade pela criação, educação e edificação de meus filhos é minha. A escola pode dar informação, a igreja pode ajudar a ensinar princípios bíblicos, mas a responsabilidade é minha. Assim como é de cada um de vocês em relação aos seus filhos.

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