sábado, 29 de janeiro de 2011

JUVENTUDE NÃO É DESCULPA PARA NÃO ANDAR COM DEUS

I Ts 1.2-3

A bíblia nos fala de muitos jovens que foram cheios do Espírito Santo, andaram com Deus, servem de modelo para os demais cristãos de todas as épocas, sejam eles jovens ou não. Embora não mencione jovens, vamos voltar nossos olhos para uma igreja na região da Tessalônica, região que foi visitada pelo apóstolo Paulo em sua segunda viagem. Paulo se refere ao chamamento que teve, do Senhor, para esta região, quando estava em Trôade e um varão macedônio lhe apareceu e pediu que ele passasse à Macedônia e os ajudasse [At 16.9]. Em decorrência da obediência de Paulo [At 26.19-20] veremos surgirem importantes igrejas, como as de Filipos, Tessalônica e Corinto.

É impressionante como, numa mesma região, nascem duas igrejas tão diferentes quanto as de Tessalônica e de Corinto. Filhas do mesmo 'pai espiritual', ouviram a mesma mensagem, o mesmo evangelho, e ainda assim foram tão díspares nos frutos que produziram.

Tudo indica que a igreja dos tessalonicenses fosse uma igreja normal. Por normal convencionamos chamar uma igreja em que haja homens e mulheres, jovens e velhos, crianças e adolescentes. Como o apóstolo não faz distinção alguma, tomemos as partes pelo todo, e afirmemos que aquela igreja possuía jovens crentes que deram exemplo, e, como tais, devem ser imitados.

i. Realizaram obras de fé [v. 3]; Paulo se coloca diante de Deus – e não temos nenhuma indicação que ele ousasse mentir ao Senhor, pois sabia muito bem o custo que isto poderia lhe trazer [Rm 9.1, At 5.1-11] relembrando que aqueles cristãos gentios, que há pouco nada sabiam de um messias judeu, agora viviam para glorificar a Deus em suas vidas, e faziam isso através das 'obras dignas de arrependimento' [At 26.20]. Estas obras [ergon] implicam numa manifestação prática da sua fé. Não era uma fé apenas da boca pra fora, mas do mais íntimo do seu ser para todas as áreas de sua vida

ii. Trabalharam no amor de Cristo [v. 3]; Os cristãos tessalonicenses se tornaram conhecidos em toda a região e em todo o mundo por serem operosos dotados de um amor abnegado que supera os problemas. Seu trabalho na obra do Senhor foi causado pela única motivação que realmente tem valor para o senhor: ele foi fruto de uma experiência resultante do amor de Cristo derramado em seus corações. Este amor não é platônico, romântico ou estático, mas constrange à ação [II Co 5.14]. Temos o exemplo do Pai, dando-nos seu filho [Jo 3.16], e do filho, entregando-se completamente por nós [Jo 15.13]. Amor só de palavras, sem ação, não é amor [I Jo 3.18], como fé sem manifestação prática também é inútil, é mera crença [Tg 2.26].

iii. Manifestaram firmeza na esperança [v. 3]; Numa época e região onde ser cristão poderia significar enormes perdas, e até mesmo colocar em risco a própria vida, os cristãos tessalonicenses enfrentam as adversidades e possuem uma firme esperança no senhor Jesus [I Tm 4.10; I Co 15.19]. O que traduzimos por esperança, neste texto [ipomones], também significa perseverança, força e paciência, fruto do Espírito na vida do cristão verdadeiro. Não tem qualquer conotação de pregiçosa passividade. Quão diferente do que vemos atualmente, onde a fé que muitos alegam possuir não resistem ao tempo, nem às provações, nem à prosperidade... Quão diferente daqueles que resistiam ao pecado, e às provações, até mesmo vendo seu sangue ser derramado [Hb 12.4; Fp 2.17; II Tm 4.6].

Roguemos a Deus que nos dê jovens com o mesmo espírito e cheios do mesmo Espírito que impelia os tessalonicenses. Não temos as mesmas barreiras, mas os desafios permanecem à nossa fé. Que tipo de fé possuímos? Que tipo de jovens somos?

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