Jo 10.28; Jo 17.3
A base para uma vida cristã verdadeira e espiritualmente saudável só pode ser encontrada no conhecimento de Cristo. Mas precisamos saber que este conhecimento é mais do que informações sobre Cristo - é conhecimento que significa experiência, semelhante ao que uma criança tem com seu pai.
Para aquele que está em Cristo a salvação é mais do que uma mera expectativa. A salvação é uma certeza decorrente dos seguintes fatos:
a. O fundamento da salvação é inabalável [II Tm 2.19]. Nossa salvação não é fruto de qualquer arranjo por cuja manutenção sejamos responsáveis [o que não exclui a nossa responsabilidade de viver como um salvo em Cristo Jesus]. Na verdade, nossas ações constantemente militam por quebrar a aliança estabelecida por Deus. Mas o fundamento da nossa salvação não está no homem - está em Deus e na obra de Jesus Cristo, nosso Senhor. Aquele que exclamou ‘está consumado’ não faltou com a verdade: tudo o necessário para a salvação de pecadores está realmente feito.
b. O edificador da salvação não deixa nenhuma obra inacabada [Fp 1.6]. O mesmo Senhor que orienta os homens a calcularem bem se tem condições de terminar uma obra antes de iniciá-la certamente é capaz de terminar todas as obras que iniciou [Lc 14.31]. E isto é uma doce garantia de que, uma vez que ele começou uma obra em nós, não desistirá no meio do caminho [Fp 1.6]. O homem pode [e constantemente] faz isso: deixa de concluir as coisas que começa, porque não dispõe de todos os recursos, nem de todo o conhecimento para garantir a conclusão de suas obras.
c. O alvo [glorificação dos crentes] será inevitavelmente alcançado [Ef 5.27]. A escritura afirma que Cristo, enquanto se entregava na cruz, também vislumbrava o fruto do penoso trabalho de sua alma. E fazia isto com satisfação, o que implica que ‘nenhum dos que o pai lhe deu se perderia’. E o Senhor Jesus também afirma que ‘todos os que o pai lhe deu iriam a ele’, dos quais nenhum se perderia. O único exemplo de ‘discípulo’ de Jesus que se perdeu é Judas, e justamente porque este era o ‘filho da perdição’ e ali fora colocado para este fim específico.
O conhecimento destes fatos de imediato já serviria para acabar com dois erros muito comuns dentro das nossas igrejas.
O primeiro erro é o da vanglória, isto é, a arrogância pretensiosa de achar que pode fazer algo para merecer a salvação ou para merecer algo mais de Deus, como numa bênção suplementar. É inútil tentar merecer a bênção de Deus, mas é necessário desejá-la ardentemente e viver buscando glorificar a Deus em todos os atos. Mas devemos nos lembrar que Deus garante a nossa salvação, e, tendo começado a obra, há de completá-la plenamente [Fp 1.6].
O segundo erro é o da insegurança, isto é, o medo injustificado de perder aquilo que Deus garante mediante o sangue de Jesus Cristo, afirmando que nem a morte, nem a vida, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem principados ou potestades, isto é, nada pode nos separar do amor de Cristo Jesus [Rm 8] . O verdadeiro conhecimento de Deus lança fora a insegurança [I Jo 4.18].
Podemos confiar plenamente em Cristo, nosso Senhor e Salvador. Ele, Cristo, é o autor e o consumador da fé. A nós cabe crer, confiar, com a certeza de que nosso tesouro está guardado nas mãos do todo-poderoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário