CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que você faria se estivesse lá? Se pudesse ser
transportado para estes eventos, quem você seria? Um dos três valentes?
Considere o que você é e isto é exatamente o que você seria. Seria constante
Josebe-Bassebete? Teria a coragem de Eleazar? Imitaria a firmeza de Sama? Teria
o comprometimento dos três e se reuniria com os valentes para efetuar o que
todos julgavam impossível?
O que você faria se na sua Igreja, na sociedade da qual você
faz parte ninguém estivesse ajudando? Se todos se ausentassem, ou cruzassem os
braços e só aparecessem na hora do pastor parabenizar publicamente a sociedade
pelos eventos que a Igreja fez durante o ano?
É provável que o primeiro sentimento seja de revolta: porque
tantos cruzam os braços e ninguém se levanta para ajudar? O que acontece que
ninguém percebe a necessidade de todos se envolverem e assim o trabalho ser
muito mais frutífero?
O segundo sentimento pode ser de auto complacência, de pena
de si mesmo, de ver-se como um miserável sobrecarregado, explorado, cada vez
mais cansado.
Em seguida você pode sentir-se desanimado e desejar
desistir, abandonar tudo e fazer como todo mundo... Até perceber que não é
como todo mundo. Você é único, foi comprado pelo precioso sangue de Cristo.
Se os outros querem ser contados como servos maus e negligentes, que não
souberam ou não quiseram investir os talentos recebidos, este não é o seu caso.
O seu trabalho é para o Senhor, não para homens. É do Senhor que você espera a
recompensa - e ele nunca falha.
No futuro a história da obra do Senhor será contada e haverá
duas relações - aquela dos que tiveram seus nomes escritos em livros de atas
(e, em muitos casos, também no livro da vida do cordeiro - Ap 21.27), e
a dos que escreveram a história, que foram parte importante e que foram usadas
por Deus para que o evangelho fosse anunciado, para que vidas fossem
impactadas, para que a Igreja fosse edificada em amor (Ef 4.16).
Você pode voltar pra casa agora com a decisão de entregar seus
cargos, e assentar-se nos bancos apenas para contemplar o que está sendo feito
por outros, talvez tão ou mais cansados do que você. Com menos tempo que você.
Com cônjuges mais difíceis que os seus. Com filhos mais trabalhosos que os
seus. Com maiores dificuldades de locomoção, de recursos, de conhecimentos...
Com certeza você conseguirá achar muitos defeitos no que
está sendo feito, e dizer: “Não é assim, deste jeito não está certo, não vai
dar certo”... É o que a maioria faz.
Ou...
Ou pode se como Josebe-Bassebete... Como Eleazar... Como
Sama... Como Dorcas... Trabalhar duro, arduamente, mesmo com muito desgaste - e
no final ver seu trabalho glorificar a Deus - com a diferença que você terá
este objetivo.
A escolha é sua. A recompensa é do Senhor. Se quiser, pode
pedir para sair - pode pedir para parar que você quer descer. Meu desafio é: “quem
de Cristo ao lado agora quer andar? Quem a sua vida quer lhe dedicar? Tudo
abandonando, a Jesus seguir? Encarando as lutas que lhe possam vir”? (HNC
- 313).
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