A história de Israel está repleta de provas da suficiência de
Deus na sua vida. Nosso olhar ordinariamente se volta para a saída do Egito e a
manutenção do povo por 40 anos no deserto [Dt 29:5] porque o
Senhor os tinha abençoado grandemente [Dt 2.7] mas não
podemos esquecer que a própria ida
para o Egito foi uma ação de Deus para que Israel tivesse sustento e pudesse se
desenvolver numa espécie de “incubadora” em Gósen [Ex 1.7].
Ainda poderíamos citar rochas vertendo água, águas amargas se
tornando potáveis, corvos levando alimento para um profeta, vasilhames onde o
alimento não se esgotava. Mas há um evento que me chama especial atenção. O
reino estava dividido, Samaria havia caído na mais crassa idolatria. Acabe se
tornara especialmente odioso e após sua morte sua Jezabel continuava promovendo
o mal enquanto seus filhos, Acazias e Jorão, reinava. A cidade estava cercada e
o povo sofria com terrível fome a ponto de duas mulheres acordarem cozerem seus
filhos numa tentativa desesperada de sobreviverem [II Rs 6.28-29].
No auge do desespero o rei resolve voltar-se contra Deus e
ordena a morte de Eliseu – mas o que acontece na sequência é a morte de Jorão,
rei de Samaria, Josafá, rei de Judá, do capitão da guarda que disse que mataria
Eliseu e da ímpia Jezabel, lançada de uma janela e em seguida atropelada pelo
carro de Jeú. Mas o evento mais importante desta história é o fato de que, sem
o uso de uma flecha sequer, o exército siro de Ben-Hadade abandonou
apressadamente o cerco e o problema da fome foi resolvido pois acreditavam
estarem sendo atacados por um grande exército e fugiram deixando para trás seus
víveres.
Os judeus dos dias de Malaquias conheciam esta e tantas
outras histórias de Deus suprindo a necessidade de seu povo. Até mesmo o exílio
babilônico, paradoxalmente ao que se poderia pensar, foi uma ação de Deus para
preservar e sustentar o seu povo. A maioria das outras nações que foram
dominadas pelos assírios desapareceram das páginas da história. Delas só restam
relatos e vestígios arqueológicos. Mas não foi assim com Israel. Com homens
como Daniel, Sadraque, Mesaque, Abede-Nego dando bom testemunho na corte logo
no começo do exílio, com Mordecai e Ester num período intermediário e,
posteriormente, com servos com Esdras e Neemias os judeus conseguiram
sobreviver à perseguição até mesmo dentro dos muros imperiais – e agora estavam
de volta para reconstruir a nação – mas
estavam se esquecendo do pacto estabelecido desde a entrada na terra prometida:
eles deveriam dar o dízimo de suas rendas para a manutenção da casa do Senhor [Dt 14.22-23).
Israel não podia incorrer no risco de dizer: se eu der o
dízimo vai me fazer falta – porque o que eles estavam usufruindo era algo que
eles já não tinham e Deus lhes havia
dado. Mas eles só fariam isso se fossem gratos a Deus e se confiassem que ele
era capaz de suprir suas necessidades.
Creio que Deus não mudou, e que o coração dos homens não
mudou nem um pouco nestes vinte e cinco séculos: aqueles que não confiam em
Deus continuam não sendo fiéis na entrega dos seus dízimos. Aqueles que não
confiam em Deus continuam não reconhecendo Deus como a origem de todas as
bênçãos [I Cr 29.14].
Tudo o que você precisa para ser fiel dizimista é reconhecer
que tudo o que tem e é vem de Deus e deve ser consagrada como oferta ao Senhor.
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