O ser humano tem uma forte tendência a tornar-se um
colecionador, desejando ter mais do que realmente necessita. Alguns chegam ao
estado de se tornarem acumuladores – até mesmo de coisas absolutamente inúteis.
Mas o fato é que não precisamos da maioria das coisas que temos. Provavelmente
a maioria de nós seria considerada milionária se comparado ao cidadão comum,
por exemplo, da idade média. A grande maioria não possuía sapatos e sequer
passava pela cabeça ter um guarda-roupas em casa porque simplesmente não havia
roupas para serem guardadas. Sofás, camas e cadeiras numa casa simples –
impossível. Mas, o que há em comum entre o homem da cidade moderna e o homem da
cidade antiga é a insaciedade, me
permitam o neologismo, que reina em seu coração.
Quando Deus deu a terra de Canaã aos hebreus deu-lhes também
leis, ordenanças, estatutos, juízos, mandamentos, etc... Deus lhes deu uma
terra que, sob sua bênção, produzia e produziria alimento em abundância. Diante
da terra, com os exércitos prontos para avançarem sobre o Rio Jordão, Moisés
reuniu o povo e lembrou-lhes a Lei do Senhor. Entre estes mandamentos estava o
de entregarem para os levitas [Nm 18.20] os seus
dízimos e ofertas voluntárias, além das ofertas específicas previstas na lei.
O propósito de Deus com isso era levá-los a confiarem que
Deus os abençoaria de tal modo que sempre haveria mais que o suficiente para si
mesmos [Dt 28.12].
Não faltaria ao fiéis o sustento, mas a condição para isso era a da obediência [Dt 14.22-23].
Precisamos entender que Deus
não precisava separar uma tribo para dirigir o culto – mas ele o fez. Deus poderia ter dado terras aos levitas,
mas ele preferiu ser, ele próprio, a sua porção e a sua herança. Deus não precisava criar um número de
sacerdotes num reino que deveria ser sacerdotal [Êx 19:6] mas ele os estabeleceu
para tipificar o nosso grande sumo-sacerdote, Jesus Cristo.
E foi depois de Cristo e em Cristo que ele estabeleceu um
novo povo, uma nação santa, sacerdócio real [I Pe 2.9]. E para
educar o povo no temor do Senhor ele instituiu os dízimos que só são entregues
depois da bênção recebida, e não para receber a bênção como, lamentavelmente,
tem-se ouvido em todos os cantos.
O Israel pós-exílio estava se esquecendo do plano de Deus – e
se esquecia, também, de que é Deus quem lhes envia a chuva, tanto a serôdia
quanto a temporã. Israel não precisava temer a fome [Jl 2.22-27].
Tudo o que você precisa é ser justo, trabalhar
honestamente e temer ao Senhor em todos os seus caminhos.
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