segunda-feira, 25 de abril de 2022

1. SEPARAÇÃO É EFEITO DA SANTIDADE (Ex 23.33).


Você quer ser bem-sucedido em uma prova, em um concurso? A receita é: estude, estude e estude um pouco mais. E normalmente quando a data está chegando o interessado em ser aproado se afasta de uma série de atividades para se concentrar em seus preparativos porque quer se destacar, não quer ser mais um na multidão dos que fracassam. 

E o que isto de concurso tem a ver com espiritualidade? A resposta é que para que você seja bem-sucedido em sua caminhada de fé Deus separa você do mundo, Ele separa você para ele mesmo. A bíblia chama esta separação de santificação. 

Deus declara que você pertence a ele, e ao mesmo tempo ele comissiona você para viver de uma maneira diferente, separada dos costumes mundanos, porque é isto o que vai identificar o santificado do resto das pessoas. Como o estudante que se aparta para estudar, e dedica seus esforços mentais nesta tarefa, assim o crente se aparta para servir a Deus, e dedica todo o seu coração para isto. Santificai-vos, e servi ao Senhor.

2. SEPARADO PARA PERTENCER A DEUS (Dt 14.2).


Já mencionei algumas vezes em alguns lugares eu uma das expressões mais ímpias, menos cristãs que alguém pode dizer é: “todo mundo faz” para justificar algum tipo de ação que sabe não ser da vontade de Deus. 

Basta uma pequena disposição para conhecer a Palavra de Deus para entender que não é isto o que Deus deseja. Ele diz que existem certas coisas que não devem ser feitas pelo povo de Deus porque eles foram separados por Deus para serem diferentes mesmo que pareçam coisas sem maiores consequências como rapar a cabeça em sinal de pesar ou fazer marcas e feridas na pele. 

Mesmo que todos ao redor façam. Mas o que isto tem a ver com o cristão do sec. XXI? Todo mundo cola na prova. O cristão não deve. Todo mundo sonega impostos. O cristão não deve. Todo mundo fura uma fila. O cristão não deve. Ainda que todo mundo faça, o cristão só deve fazer o que glorifica a Deus. Lembre-se: você que é cristão foi chamado para se modelo e não ara ser mais um vai com os outros. Separado, você foi separado por Deus para ser de Deus fazendo as coisas de Deus para Deus.

3. NÃO HÁ OUTRO COMO O NOSSO DEUS (1Sm 2.2).


Pessoas mudam de endereço, mudam de emprego, mudam de opinião. Há quem mude de cônjuge e até de time de futebol, uma das coisas mais difíceis que já vi acontecer. Já vi pessoas mudarem de religião, e, em muitos casos esta é uma atitude salutar porque muitos podem estar seguindo um caminho aprendido dentro das tradições familiares, mas que é diferente do caminho de Deus. 

Quem está em um caminho errado é sábio quando muda de direção ao descobrir o caminho certo. As palavras de Ana mostram que ela possuía conhecimento do Deus verdadeiro e resume sua fé numa frase simples: Não há outro Deus. Somente o Deus de Israel é verdadeiro, somente ele é à rocha, só ele e confiável, somente ele é o santo. 

Sua oração mostra que se alguém segue qualquer outro que não o Deus único, santo e confiável, está em caminho errado e é hora de buscar ao Deus vivo. E se segue ao Deus vivo então não vale a pena trocá-lo por nada neste mundo. Só o Senhor é Deus! Ele é mais que tudo, mais valioso que o mundo inteiro. Lembre-se: só o Senhor é Deus, e não outro como o nosso Deus.

5. DEUS SANTO E JUSTO (Is 5.6).


 Quando adolescente eu lia bastante sobre mitologia antiga. E havia algo que me chamava bastante a atenção: o caráter, ou mais precisamente, a falta de caráter das divindades gregas, romanas, egípcias, nórdicas ou de qualquer outra cultura antiga. 

Inveja, tramoias, vinganças, assassinatos, incestos, traições, glutonaria e todo tipo de conduta reprovável era comum, mesmo aos deuses considerados virtuosos. Na verdade, eles não passavam de projeções exageradas da mente e do caráter de seus idealizadores. Mas não podemos considerar a antiguidade para desculpar um certo primitivismo. 

Eles tinham filósofos e matemáticos, construíam palácios suntuosos e pirâmides que assustam e causam admiração aos homens do sec. XXI. Além disso, nesta mesma época o mundo já conhecia o Deus de Israel, Deus santo, isto é, separado de toda esta prática de pecados comum entre os pagãos, e também justo em sua Palavra e nas suas ações. É este o Deus que anunciamos e servimos com alegria e por quem fomos separados para viver em santidade.

4. DEUS ESTÁ SEMPRE PRESENTE (Sl 11.4).


No começo da história da igreja os cristãos tinham que lidar com uma pergunta recorrente por parte dos gentios: onde está o seu Deus? Os cristãos não tinham uma direção para apontar, uma cidade ou um prédio. Os cristãos não tinham uma imagem para apontar, uma estátua, um ídolo. 

Mas isto nunca quis dizer que eles não tinham Deus. Eles respondiam como nós podemos responder agora: Deus está no seu santo templo, ele está nos céus, assentando no alto e sublime trono de onde governa todo o universo, ele está no templo do meu coração. 

Por outro lado, enquanto os povos tinham seus deuses feitos por mãos humanas em templos feitos por mãos humanas e que precisavam ser carregados por mãos humanas e que podiam ser roubados e destruídos por mãos humanas o nosso Deus é Deus presente, que age poderosamente em favor do seu povo. Ele age, ele socorre, ele abençoa. Ele está com o crente pois o crente é o seu templo mais precioso, o seu santuário (1Co 6.19).

6. A LEI DE DEUS É SANTA [Rm 7.12]


Uma característica bem comum atribuída aos deuses que contrasta com o Deus da bíblia e o fato de que eles sempre eram mostrados agindo por impulsos que muitas vezes eram indignos mesmo entre os homens mais vis. 

Os grandes deuses alcançaram o seu status por parricídio, fratricídio, adultérios, roubos e trapaças e não havia nada que pudesse regular suas ações, não havia uma lei ou tribunal ao qual recorrer. A bíblia, no entanto, apresenta Deus como aquele que promulga leis santas e age de acordo com suas leis porque estas expressam a sua própria natureza. 

Ele próprio age com santidade e exige que seu povo siga suas leis com vida santa e justa. Ele próprio é separado do mal, puro de olhos e intolerante ao pecado e quer isso para seu povo, promulgando leis justas, santas e boas. 

Aquele que vive de acordo com sua lei pode esperar a recompensa da fidelidade, assim como o desobediente sabe que não escapará da justa disciplina. Porque a lei de Deus é justa, não é pesada e expressa o caráter bondoso e misericordiosos do legislador.

7. CHAMADOS PARA UM SERVIÇO SANTO [1Pe 2.5]


Qual o propósito da vida? Não, não vamos falar de filosofia, embora esta seja uma pergunta sobre a qual a filosofia se debruce desde que o ser humano perdeu o conhecimento relacional com Deus. Filósofos e pensadores (alguns talvez nem mereçam o título de ‘amigos da sabedoria’) já disseram muitas coisas, mas com certeza o propósito da vida vai muito além do nascer, crescer, reproduzir e morrer do naturalismo existencialista. 

Pedro nos diz que os crentes em Cristo têm um propósito de vida definido. Ele, que foi chamado de “pedra” afirma que todos os que creem são tais como ele, pedras que vivem, ou que foram dotados devida, para tomarem parte de um corpo, de um edifício muito maior, edificado sobre a rocha, que é Jesus, com o propósito bem definido de oferecer sacrifícios espirituais, serviço e louvor a Deus sob a direção e capacitação do Espírito.

Este culto é um privilégio que é concedido àqueles que estão em Cristo. Portanto, não despreze este privilégio, pois pedra que não faz parte do edifício acaba no monturo e pisada pelos que passam.

domingo, 17 de abril de 2022

O QUE SERIA DE NÓS SEM OS EVENTOS DAQUELA PÁSCOA?

A PÁSCOA CRISTÃ É O ANÚNCIO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1C 15.12-20

12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortoscomo, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? 13 E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. 14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; 15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. 20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 

Sem dúvida o cristianismo se sustenta a partir de algumas bases fundamentadas na bíblia, tais como a fé no Deus criador de todas as coisas; Jesus Cristo como o seu filho unigênito (o único gerado) gestado, pelo poder do Espírito, no ventre de uma virgem. Este ente santo, mesmo sendo justo, experimentou a morte numa cruz para ser feito o salvador de todos os que creem.

Muitos cristãos param aqui, na sexta-feira da paixão, no dia da parasceve pascal. Mas o verdadeiro cristão segue em sua fé e vê confirmadas a promessa de Jesus de ressurgir ao terceiro dia (Jo 2.19) e celebra a sua ressurreição.

A maioria dos incrédulos até aceita a existência de Jesus, reconhece seu ensino como impressionante e admite que tenha feito algumas coisas extraordinárias, mas quando se trata de aceitar a doutrina da ressurreição de Jesus estacam embasbacados. E isto não é nada novo. Já aconteceu antes. Na verdade, desde o domingo da ressurreição já havia gente tentando esconder este fato da fé cristã: o messias, que todos julgavam vencido, venceu a morte.

Morreu, é verdade, em lugar de pecadores, mas ressurgiu dos mortos, na verdade, para dar vida aos pecadores por quem ele morreu (Rm 5.19). Você já parou para pensar se os eventos que ocorreram naquela Páscoa não fossem verdadeiros? E se tudo fosse apenas um mito, um conto? Vamos ver isto à partir de agora!

A PÁSCOA VALIDA A NOSSA PREGAÇÃO

Se Cristo não ressuscitou, como pregavam os judeus inimigos da cruz, ou como pregavam alguns filósofos gregos que acreditavam que a matéria é má, e entendiam que o corpo era uma prisão para o espírito, de modo que a morte era uma libertação. Mesmo que alguns defensores desta idéia fossem ‘cristãos cheios de boas intenções’. Mas de boas intenções o inferno está cheio e na verdade eram agentes do diabo infiltrados na Igreja.

Eles acreditavam que, sendo justo, Jesus não mereceria ser encarcerado novamente na matéria, sendo, fato, entretanto, que em Cristo habita corporalmente a plenitude da divindade (Cl 2.9). Qual o problema com esta pregação? Sem os eventos, completos, daquele domingo inesquecível a pregação cristã, ao longo dos últimos 20 séculos, seria simplesmente vã.

Paulo faz uma dura advertência à Igreja que existia por causa da pregação do evangelho do Cristo crucificado (1Co 2.2). A igreja em Corinto surgiu pela loucura da pregação (1Co 1.21). O evangelho do Cristo crucificado e ressurreto é poder de Deus, pregação sem a ressurreição não é evangelho, é “kenon ara to kerugma hmon”, é palavreado vazio destituído de verdade, vaso vazio sem nada em seu interior, sem riqueza espiritual, sem o poder de Deus e sem o fruto da fé. Mas, Cristo ressuscitou, e a pregação é o anúncio da sua ressurreição que garante a ressurreição de todo o que nele crer.

A PÁSCOA ESTABELECE A BASE A NOSSA FÉ

Assim como no passado hoje também há quem diga que Cristo não ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou todos os que anunciam a sua ressurreição não passam de faladores insanos, gente de mente doente e coração vazio. Se Cristo não ressuscitou tudo aquilo sobre o qual se baseou a civilização ocidental (e boa parte da oriental) ao longo dos últimos vinte séculos é absolutamente inútil – e é por isso que há quem lute política, ideológica e culturalmente contra o que chamam de valores judaico-cristãos.

Se Cristo não ressuscitou, e se a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus, e se a pregação é vã, então a fé também é vã (kene de kai h pistij). Paulo se coloca no mesmo nível de fé, tanto dos coríntios quanto dos demais crentes (e ele viu Cristo, tempos depois da ressurreição) porque ele cria que há uma só fé (Ef 4.5), a fé no salvador que vem por meio de Cristo. Se Cristo não ressuscitou, o que ele próprio viu e mais de uma vez, teria que ser desvisto, aquele que ele viu e de quem ele recebeu o evangelho, teria que ser esquecido, teria que ser apagado de sua memória porque uma pregação vazia só resulta em uma fé sem substância, sem propósito, sem finalidade, sem quaisquer tipos de resultados ou benefícios.

Sem a ressurreição, tudo o que você tem crido, tudo o que você pensa a respeito de Deus, da humanidade e até de você mesmo não passaria de uma grande vaidade.

A PÁSCOA GARANTE A NOSSA RESSURREIÇÃO

A fé cristã está alicerçada em uma certeza, que só os cristãos possuem: a certeza inabalável da ressurreição de Cristo, atestada por grande número de testemunhas (mais de quinhentas de uma vez) e pelo próprio apóstolo Paulo. Fazendo um raciocínio inverso, se Cristo não ressuscitou então os mortos também não ressuscitarão.

Você já parou para pensar que quem nega a realidade da ressurreição está, na verdade, chamando não a você, não aos pregadores, mas ao Senhor de mentiroso, porque ele disse que é a ressurreição e a vida (Jo 11.25). Afirmar que a morte é o fim de tudo é chamar não a Igreja, mas Jesus, de mentiroso. Quando alguém diz que vai ter uma segunda, terceira ou quantas chances sejam necessárias, está chamando ao Senhor Jesus de mentiroso porque ele disse que é a ressurreição, e não qualquer outra coisa.

Mas há algo que você precisa saber e guardar em seu coração, e anunciar com ousadia e intrepidez: Jesus é a ressurreição e a vida, aquele que crer nele, ainda que morra, viverá, e viverá eternamente. Esta foi a certeza que fez com que crentes enfrentassem a morte ousadamente – não foi uma filosofia, não foi uma especulação, mas a viva esperança de que, mesmo que tudo aqui se desfaça, mesmo que seja alcançado pela morte, tem a vida eterna pelo fato de crer em Jesus Cristo, e este ressurreto (2Co 5.1).

A PÁSCOA É A ORIGEM DE BÊNÇÃOS ETERNAIS

Se a nossa pregação é vã, se a sua fé em Cristo é vã, se não há ressurreição e se Cristo não ressuscitou o que nós estamos fazendo aqui. Quais as consequências de negar a ressurreição de Cristo? O apóstolo Paulo lista quatro consequências que merecem a sua consideração neste momento.

Em primeiro lugar, se Cristo não ressuscitou toda a Igreja cristã é composta de mentirosos, sustentando uma narrativa falaciosa (a ressurreição de Cristo) repetindo uma promessa que Cristo não conseguiu cumprir (ressuscitar ao terceiro dia) e propagando uma falsa esperança de ressurreição (ainda que morra, viverá).

Em segundo lugar, se Cristo não ressuscitou não há perdão de pecados. Se Cristo não ressuscitou você é um pecador (e você sabe que é um pecador) sem esperança alguma, condenado por causa do que você pensa, do que você gosta, do que você faz e até por causa do que você é omisso em fazer. Isto explica por que multidões se entregam àquilo que os mata, às drogas, à violência e até mesmo ao suicídio. Não tem esperança alguma por não crer na ressurreição de Cristo.

Em terceiro lugar, se Cristo não ressuscitou os que morreram também não ressuscitarão. Aqueles que foram fiéis à sua fé, que viveram e morreram pelo evangelho morreram em vão.

 Homens e mulheres que subjugaram reinos pela fé, que não temeram a morte diante de feras e de inimigos poderosos simplesmente fizeram tudo isto em vão.

Em quarto lugar, se há algum cristão que não acredita na ressurreição, que tem o cristianismo como um código moral, de ética, que normatiza a sua conduta então, junto com os não cristãos, se tornam os mais infelizes de todos os homens. Que sentido tem viver sabendo que não há salvação, que não há ressurreição? Que sentido tem viver com medo da morte – e, mesmo que não acredite, no fundo do seu coração profundamente horrorizado com a realidade iminente do inferno a aguardar os incrédulos?

Mas... Cristo ressuscitou. Sim, Cristo venceu a morte. E ele o fez por mim e por você. Ele se fez carne para assumir a nossa natureza. Ele viveu na carne para fazer, obedientemente, o que, por natureza, somos incapazes de fazer. Ele, o Deus eterno, o Deus forte, o Pai da eternidade, o santo de Deus, foi condenado e morto em nosso lugar, para que nós não experimentássemos o que era nosso destino final – o inferno.

Mas isto é só para alguns. Só para os que creem em Jesus Cristo vivo e ressurreto. É só para os que vivem e descansam em Cristo Jesus. É só para os que buscam perdão de seus pecados aos pés da cruz. Esta graça é concedida a todo aquele que crê no nome do Senhor Jesus.

Em breve os vídeos estarão em http://youtube.com/MarthonMendes 

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