domingo, 17 de abril de 2022

O QUE SERIA DE NÓS SEM OS EVENTOS DAQUELA PÁSCOA?

A PÁSCOA CRISTÃ É O ANÚNCIO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1C 15.12-20

12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortoscomo, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? 13 E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. 14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; 15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. 20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 

Sem dúvida o cristianismo se sustenta a partir de algumas bases fundamentadas na bíblia, tais como a fé no Deus criador de todas as coisas; Jesus Cristo como o seu filho unigênito (o único gerado) gestado, pelo poder do Espírito, no ventre de uma virgem. Este ente santo, mesmo sendo justo, experimentou a morte numa cruz para ser feito o salvador de todos os que creem.

Muitos cristãos param aqui, na sexta-feira da paixão, no dia da parasceve pascal. Mas o verdadeiro cristão segue em sua fé e vê confirmadas a promessa de Jesus de ressurgir ao terceiro dia (Jo 2.19) e celebra a sua ressurreição.

A maioria dos incrédulos até aceita a existência de Jesus, reconhece seu ensino como impressionante e admite que tenha feito algumas coisas extraordinárias, mas quando se trata de aceitar a doutrina da ressurreição de Jesus estacam embasbacados. E isto não é nada novo. Já aconteceu antes. Na verdade, desde o domingo da ressurreição já havia gente tentando esconder este fato da fé cristã: o messias, que todos julgavam vencido, venceu a morte.

Morreu, é verdade, em lugar de pecadores, mas ressurgiu dos mortos, na verdade, para dar vida aos pecadores por quem ele morreu (Rm 5.19). Você já parou para pensar se os eventos que ocorreram naquela Páscoa não fossem verdadeiros? E se tudo fosse apenas um mito, um conto? Vamos ver isto à partir de agora!

A PÁSCOA VALIDA A NOSSA PREGAÇÃO

Se Cristo não ressuscitou, como pregavam os judeus inimigos da cruz, ou como pregavam alguns filósofos gregos que acreditavam que a matéria é má, e entendiam que o corpo era uma prisão para o espírito, de modo que a morte era uma libertação. Mesmo que alguns defensores desta idéia fossem ‘cristãos cheios de boas intenções’. Mas de boas intenções o inferno está cheio e na verdade eram agentes do diabo infiltrados na Igreja.

Eles acreditavam que, sendo justo, Jesus não mereceria ser encarcerado novamente na matéria, sendo, fato, entretanto, que em Cristo habita corporalmente a plenitude da divindade (Cl 2.9). Qual o problema com esta pregação? Sem os eventos, completos, daquele domingo inesquecível a pregação cristã, ao longo dos últimos 20 séculos, seria simplesmente vã.

Paulo faz uma dura advertência à Igreja que existia por causa da pregação do evangelho do Cristo crucificado (1Co 2.2). A igreja em Corinto surgiu pela loucura da pregação (1Co 1.21). O evangelho do Cristo crucificado e ressurreto é poder de Deus, pregação sem a ressurreição não é evangelho, é “kenon ara to kerugma hmon”, é palavreado vazio destituído de verdade, vaso vazio sem nada em seu interior, sem riqueza espiritual, sem o poder de Deus e sem o fruto da fé. Mas, Cristo ressuscitou, e a pregação é o anúncio da sua ressurreição que garante a ressurreição de todo o que nele crer.

A PÁSCOA ESTABELECE A BASE A NOSSA FÉ

Assim como no passado hoje também há quem diga que Cristo não ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou todos os que anunciam a sua ressurreição não passam de faladores insanos, gente de mente doente e coração vazio. Se Cristo não ressuscitou tudo aquilo sobre o qual se baseou a civilização ocidental (e boa parte da oriental) ao longo dos últimos vinte séculos é absolutamente inútil – e é por isso que há quem lute política, ideológica e culturalmente contra o que chamam de valores judaico-cristãos.

Se Cristo não ressuscitou, e se a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus, e se a pregação é vã, então a fé também é vã (kene de kai h pistij). Paulo se coloca no mesmo nível de fé, tanto dos coríntios quanto dos demais crentes (e ele viu Cristo, tempos depois da ressurreição) porque ele cria que há uma só fé (Ef 4.5), a fé no salvador que vem por meio de Cristo. Se Cristo não ressuscitou, o que ele próprio viu e mais de uma vez, teria que ser desvisto, aquele que ele viu e de quem ele recebeu o evangelho, teria que ser esquecido, teria que ser apagado de sua memória porque uma pregação vazia só resulta em uma fé sem substância, sem propósito, sem finalidade, sem quaisquer tipos de resultados ou benefícios.

Sem a ressurreição, tudo o que você tem crido, tudo o que você pensa a respeito de Deus, da humanidade e até de você mesmo não passaria de uma grande vaidade.

A PÁSCOA GARANTE A NOSSA RESSURREIÇÃO

A fé cristã está alicerçada em uma certeza, que só os cristãos possuem: a certeza inabalável da ressurreição de Cristo, atestada por grande número de testemunhas (mais de quinhentas de uma vez) e pelo próprio apóstolo Paulo. Fazendo um raciocínio inverso, se Cristo não ressuscitou então os mortos também não ressuscitarão.

Você já parou para pensar que quem nega a realidade da ressurreição está, na verdade, chamando não a você, não aos pregadores, mas ao Senhor de mentiroso, porque ele disse que é a ressurreição e a vida (Jo 11.25). Afirmar que a morte é o fim de tudo é chamar não a Igreja, mas Jesus, de mentiroso. Quando alguém diz que vai ter uma segunda, terceira ou quantas chances sejam necessárias, está chamando ao Senhor Jesus de mentiroso porque ele disse que é a ressurreição, e não qualquer outra coisa.

Mas há algo que você precisa saber e guardar em seu coração, e anunciar com ousadia e intrepidez: Jesus é a ressurreição e a vida, aquele que crer nele, ainda que morra, viverá, e viverá eternamente. Esta foi a certeza que fez com que crentes enfrentassem a morte ousadamente – não foi uma filosofia, não foi uma especulação, mas a viva esperança de que, mesmo que tudo aqui se desfaça, mesmo que seja alcançado pela morte, tem a vida eterna pelo fato de crer em Jesus Cristo, e este ressurreto (2Co 5.1).

A PÁSCOA É A ORIGEM DE BÊNÇÃOS ETERNAIS

Se a nossa pregação é vã, se a sua fé em Cristo é vã, se não há ressurreição e se Cristo não ressuscitou o que nós estamos fazendo aqui. Quais as consequências de negar a ressurreição de Cristo? O apóstolo Paulo lista quatro consequências que merecem a sua consideração neste momento.

Em primeiro lugar, se Cristo não ressuscitou toda a Igreja cristã é composta de mentirosos, sustentando uma narrativa falaciosa (a ressurreição de Cristo) repetindo uma promessa que Cristo não conseguiu cumprir (ressuscitar ao terceiro dia) e propagando uma falsa esperança de ressurreição (ainda que morra, viverá).

Em segundo lugar, se Cristo não ressuscitou não há perdão de pecados. Se Cristo não ressuscitou você é um pecador (e você sabe que é um pecador) sem esperança alguma, condenado por causa do que você pensa, do que você gosta, do que você faz e até por causa do que você é omisso em fazer. Isto explica por que multidões se entregam àquilo que os mata, às drogas, à violência e até mesmo ao suicídio. Não tem esperança alguma por não crer na ressurreição de Cristo.

Em terceiro lugar, se Cristo não ressuscitou os que morreram também não ressuscitarão. Aqueles que foram fiéis à sua fé, que viveram e morreram pelo evangelho morreram em vão.

 Homens e mulheres que subjugaram reinos pela fé, que não temeram a morte diante de feras e de inimigos poderosos simplesmente fizeram tudo isto em vão.

Em quarto lugar, se há algum cristão que não acredita na ressurreição, que tem o cristianismo como um código moral, de ética, que normatiza a sua conduta então, junto com os não cristãos, se tornam os mais infelizes de todos os homens. Que sentido tem viver sabendo que não há salvação, que não há ressurreição? Que sentido tem viver com medo da morte – e, mesmo que não acredite, no fundo do seu coração profundamente horrorizado com a realidade iminente do inferno a aguardar os incrédulos?

Mas... Cristo ressuscitou. Sim, Cristo venceu a morte. E ele o fez por mim e por você. Ele se fez carne para assumir a nossa natureza. Ele viveu na carne para fazer, obedientemente, o que, por natureza, somos incapazes de fazer. Ele, o Deus eterno, o Deus forte, o Pai da eternidade, o santo de Deus, foi condenado e morto em nosso lugar, para que nós não experimentássemos o que era nosso destino final – o inferno.

Mas isto é só para alguns. Só para os que creem em Jesus Cristo vivo e ressurreto. É só para os que vivem e descansam em Cristo Jesus. É só para os que buscam perdão de seus pecados aos pés da cruz. Esta graça é concedida a todo aquele que crê no nome do Senhor Jesus.

Em breve os vídeos estarão em http://youtube.com/MarthonMendes 

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