domingo, 6 de setembro de 2009

VÉSPERAS!

 BSB Texto Publicado 06.09.2009 – Boletim da Igreja Presbiteriana em Jacundá

Amanhã, 07 de setembro, os brasileiros comemoram o dia em que o príncipe D. Pedro d'Órleans e Bragança rompeu os laços de submissão política à coroa portuguesa, de modo que podemos afirmar estarmos nas vésperas de comemorar mais um aniversário [precisos 187 anos] desta data marcante da história pátria.

Quero, entretanto, me permitir um pequeno exercício de imaginação e tentar visualizar como teria sido uma outra véspera de uma data também extremamente marcante, esta não para a história político-econômica do Brasil, mas para a história de toda a humanidade: o dia em que o homem declarou sua independência de Deus, numa tentativa de auto-governo, de autonomia e, principalmente, de engrandecimento próprio. Como foi o dia da queda todos nós sabemos, basta uma rápida leitura nos capítulos iniciais do livro de Gênesis e logo constataremos a amistosa palestra entre a mulher e a serpente, e, depois, o oferecimento do fruto proibido ao homem. Isto não é novidade. Mas, como teria sido o dia anterior?

O pouco que sabemos da rotina no Éden nos permite imaginar que Adão, após uma noite tranqüila e revigorante ao lado de sua amada esposa, Eva, despertava ao som dos pássaros, contemplando a espetacular beleza do nascer do sol, suas múltiplas cores. Como lhe fora dado um mandato para cuidar do jardim, cultivando-o, e assim nosso pai, após um desjejum com alguma das milhares de frutas à sua disposição, saía para cuidar das plantas, dos animais, de tudo quanto lhe tinha sido confiado pelo criador. E em tudo ele podia ver a expressão da bondade de Deus - flores multicoloridas, frutos com sabores os mais diversos, uns doces, outros ácidos, uns mais macios, delicados, outros mais fortes, encorpados, mas tudo, ele sabia, era reconhecidamente dádiva de Deus.

E Adão, homem perfeito e em harmonioso relacionamento com Deus, não cessava de dar graças a Deus, glorificando sua sabedoria, sua bondade, sua providência. Terra fértil, árvores frutíferas e frondosas, clima agradável, propício para o cultivo de todos os tipos de plantas, animais sob o perfeito domínio do homem, sem temor por parte de qualquer deles.

A água, dos rios, riachos, cascatas, todas límpidas, frescas, puras. Nada de bactérias nocivas, nem de dejetos orgânicos, domésticos ou industriais.

Após um dia de cuidados [sem fadiga ou cansaço], o homem retorna para seu lar, e encontra sua amada esposa a aguardá-lo, para juntos, ao cair da tarde, aguardarem a presença do Senhor que costumava visitá-los pela viração do dia. Imagino a sua reverente expectativa, e, ouvindo o Senhor, agradecer-lhe por tudo quanto tinham contemplado naquele dia, uma nova planta que nascia, um ninho cheio de ovos, um animal que havia tido seus filhotes, o peixe multicolorido a nadar nas límpidas águas dos rios que cercavam aquele lugar. Sim, era um culto, expressando ao Senhor a gratidão pela multidão de bênçãos que eles experimentavam todos os dias. Assim foi na véspera. No dia seguinte, o homem e a mulher buscaram ser independentes de Deus. E tudo mudou. Sabemos como a vida de ambos [e de seus descendentes] ficou. E você, quer ser independente de Deus?

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