Parte II da mensagem I/V com base em Hb 1.1-2
Deus fala com a autoridade de Senhor sobre todas as coisas.
Mas este é apenas um dos aspectos do problema. Há outro, de igual seriedade, que é o que segue: a quem estamos dando atenção. São tantas vozes, muitas ao mesmo tempo, chamando nosso nome, clamando por nossa atenção. Amigos, família, carreira, estudos, lazer que muitas vezes não conseguimos distinguir a voz de Deus no meio da multidão que clama insistentemente por nós. Não que queiram nos dar algo importante, apenas querem o nosso tempo para nos tirar o que poderíamos ter de mais importante, que é ouvir a voz de Deus.
O rei-salmista Davi canta de maneira dolorida a possibilidade de não ouvirmos ou não atendermos o chamado do Senhor [Sl 97.5-6], o que, infelizmente, é uma triste realidade. Quando deixamos de ouvir a voz de Deus para dar ouvidos às demais vozes experimentamos uma mundanização da nossa mente e das nossas atitudes, radicalmente diferente do que o apóstolo Paulo orienta [Rm 12.2].
O mundo sempre vai tentar dizer à igreja o que fazer, com quem e como namorar, onde ir, que atitudes tomar. E para isso vai usar profissão, lazer, amigos, companheiros e até a própria igreja [se já mundanizada] pode ser um instrumento neste processo. O homem moderno não quer mais um Deus que seja senhor, quer um deus de quem ele seja senhor. Mas um Deus que não é Deus não me serve nem como servo. É incapaz e fraco. Mas é o deus que os homens estão construindo, que não é digno de ser ouvido, algo como um gênio da lâmpada, sempre pronto a conceder os desejos mais mesquinhos [Tg 4.3].
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