1 Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos, 2 e todos os irmãos meus companheiros, às igrejas da Galácia, 3 graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, 4 o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, 5 a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!
Às vezes ouço perguntas que tem como pano de fundo a seguinte indagação: “até que ponto a igreja pode se parecer com o mundo”. O que a Palavra de Deus tem a nos dizer a respeito disso? Analisemos o texto da carta de Paulo aos Gálatas para compreender a mente do apóstolo, e, por conseguinte, entender o que Deus queria que ele transmitisse aos gálatas e a nós.
O AUTOR: QUEM ELE É
O autor da carta é o apóstolo Paulo, conhecido dos gálatas, o apóstolo especialmente separado para levar a mensagem de salvação aos gentios. Sabemos que seu nome original era Saulo, mas, após sua conversão, passa a ser chamado pelo epíteto grego de Paulo, e é assim que ele entra para a história da igreja cristã. O autor não é um homem qualquer, um mero desconhecido, mas um homem transformado após um encontro com o Senhor Jesus num momento em que respirava ameaças de morte contra a igreja. Ele já havia concordado com a morte de Estêvão [At 8.1: E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria] e parece que gostou da sua atuação, a ponto de solicitar recomendações aos religiosos de Damasco para continuar perseguindo os cristãos. E é nesta jornada de perseguição que ele tem o famoso encontro com Cristo [At 9.1-6: Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém. Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer]. Paulo era um homem profundamente religioso e provavelmente a igreja do século XXI pedisse apenas a sua adesão ao seu rol de membros.
Religioso, sem dúvida, mas espiritualmente cego pela sua religião. Era cego para as coisas de Deus, e precisava ser convertido, nascido de novo, como jesus diz a Nicodemus [Jo 3.7: Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo]. Embora fosse muito mais escrupuloso em sua religião que a maioria de seus compatriotas [Gl 1.14: E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais], ainda assim era um morto espiritual, profundamente apegado às coisas carnais, às coisas inúteis e sem valor de uma religião vã [Fp 3.4-7: Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo], aos mandamentos de homens e aos rudimentos do mundo [Gl 4.3: Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo] que de nada valiam contra o pecado que constantemente assedia a cada um de nós.
O autor conhecia a ineficácia da justiça própria e o que significava a sujeição à lei, que servia de duro aviso de condenação do homem por causa de suas transgressões [Tg 2.10: Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos]. Apenas depois de ser liberto de tal escravidão Paulo pode exclamar e pregar a liberdade espiritual que lhe foi dada após seu encontro com jesus no caminho de Damasco, quando as escamas caíram de seus olhos e ele passou, verdadeiramente, a ver. Resumindo: Paulo, o autor, é um homem genuinamente transformado pelo poder da graça de Deus em cristo, e não mais conduzido pelas peias da escravidão à lei ou a uma religiosidade formal e vazia.
O AUTOR: O QUE ELE É
Cidadão romano, nascido em Tarsis, educado aos pés de um grande mestre religioso judaico [Gamaliel], apresenta a sua qualificação. Porque ele escreve aos gálatas? Porque ele escreve uma carta de profundo conteúdo exortativo? Porque ele é um apóstolo, um verdadeiro apóstolo, um homem verdadeiramente comissionado pelo Senhor, ainda que tenha sido chamado num tempo diferente dos demais apóstolos [I Co 15.8: ...e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo]. Seu título não foi autoproclamado. Foi o próprio Senhor quem o escolheu [At 9.16: ...pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome] e o escolheu para o sofrimento entre os gentios. Um apóstolo muito diferente dos pseudoapóstolos auto comissionados, não para o evangelho e o sofrimento, mas para a fortuna.
A ORIGEM DO COMISSIONAMENTO
1. NÃO ERA POR INTERMÉDIO OU VONTADE DE HOMENS
Paulo faz questão de frisar que é diferente dos falsos apóstolos que se levantavam e ainda continuam se levantando. O Espírito teve o cuidado de inspirar Paulo a apresentar as suas credenciais. Seu apostolado não era decorrente da vontade de homem algum, nem mesmo de outros apóstolos ou dele próprio. Ele não queria ser apóstolo. Queria, sim, ser fariseu. Queria perseguir, prender e matar cristãos em seu tempo de ignorância espiritual [I Tm 1.13: ...a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade]. Seu chamado não foi feito por Pedro ou por Barnabé, mas pelo próprio se, que lhe entregou o seu evangelho [Gl 1.11-12: Faço -vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo]. Pedro e os demais apóstolos apenas reconheceram seu chamado e apostolado, e lhe estenderam a destra da comunhão [Gl 2.9: ...e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão]. A igreja apenas ouve a palavra de seu Senhor e os separa como missionários [At 13.2: E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado]. Paulo não precisava, após a sua conversão, dos mesmos instrumentos de antes. Não precisava de cartas de apresentação como a que pedira aos sacerdotes de Jerusalém quando era apenas um agente religioso. Naquela época precisava de cartas de apresentação assinadas por homens. Ele e seu ministério, e os frutos deste ministério, eram as únicas evidências doas quais ele agora precisava [II Co 3.1-3: Começamos, porventura, outra vez a recomendar-nos a nós mesmos? Ou temos necessidade, como alguns, de cartas de recomendação para vós outros ou de vós? Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações].
2. ERA PELA VONTADE DO PRÓPRIO DEUS, PAI E FILHO
Após mencionar que não era apóstolo pela vontade de Deus, Paulo usa uma conjunção adversativa forte, “alla”, para indicar que o que realmente acontecia era o contrário absoluto, ou, preferencialmente, algo essencialmente diferente. Era impossível comparar o apostolado paulino com os comissionamentos humanos. Paulo anunciava, por mandato de Deus, reconciliação do homem com seu criador por intermédio de Jesus Cristo [II Co 5.20: De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus] - enquanto que os falsos mestres que infestavam a Galácia e surgem em profusão em nossas casas através da TV proclamam escravidão religiosa, legalismo, mercantilismo, simonia, morte espiritual, sincretismo com práticas idólatras e pagãs com uma capa de cristianismo que não resiste à mais simples comparação à luz da Palavra. Bradam cada vez mais alto, em contraste com a verdadeira sabedoria de Deus em Cristo Jesus [Mt 12.18-20: Eis aqui o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios. Não contenderá, nem gritará, nem alguém ouvirá nas praças a sua voz. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo]. O que temos visto é que, quanto mais eloquentes, menos conteúdo, quanto mais teatralidade, menos espiritualidade, tentando enredar os incautos [Cl 2.8: Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo] e, se possível fosse, enganando até mesmo os eleitos de Deus [Mc 13.22: ...pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos]. Não é assim com Paulo. É “em Cristo” que ele se vê. Para ele sua vida está em Cristo e tudo o que ele quer é ser encontrado em Cristo, repetindo esta expressão 90 vezes em suas cartas, mas seu pensamento chega ao clímax quando ele afirma que já não é mais ele quem vive, mas Cristo vive nele [Gl 2.20: ...logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim].
Na mesma adversativa Paulo inclui também a vontade de Deus Pai, aquele que escolhe o pecador para a salvação desde antes da fundação do mundo [Ef 1.4-6: ...assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado] e também que preordenou Cristo como o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo e que dá cada redimido às mãos do salvador [Jo 6.37: Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora]. A este Deus onipotente aprouve separá-lo, e separá-lo ainda mais para um ministério distante de seu próprio povo [Gl 1.15: Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue], inclusive tendo a oposição de muitos deles, mas sem deixar de amá-los e desejar a sua salvação [Rm 9.3: ...porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne]. Paulo lembra que o autor de seu chamado é o mesmo que deu o filho, e é também o mesmo que o ressuscitou de entre os mortos, e só esta ressurreição torna eficaz a sua pregação [I Co 15.14: E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé], do contrário, sem a ressurreição, não haveria esperança de vida eterna para nenhum homem.
DEUS NOS FEZ UM COMISSIONAMENTO COMUNITÁRIO
Assolada por legalistas, por grupelhos de judaizantes, por sabatistas, por perseguidores romanos, parecia que a situação da igreja gálata era insustentável. Eram poucos, estavam sozinhos. Não! Não estavam sozinhos. Paulo faz questão de lembrar-lhes algo de suma importância: eles não estavam sozinhos, de maneira alguma. Eles eram parte de uma santa assembleia, de um corpo muito maior de cristãos espalhados por todos os cantos da terra. Não precisavam julgar-se um povo pequeno e oprimido - mesmo se fossem poucos e estivessem sofrendo perseguição. Eram parte de uma família muito, muito maior, e ainda que perseguida, eram mais que vencedores, eram capazes de vencer o mundo sem armas [II Co 10.4-5: Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo], mas com a maior e mais poderosa de todas as armas disponíveis, a sua fé, o que efetivamente aconteceu [I Jo 5.4: ...porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé]. Em certos momentos é difícil se animar diante de comparações numéricas ou quaisquer outras, a princípio, desvantajosas. Os judaizantes podiam afirmar serem muito mais numerosos que os cristãos. Podiam alegar maior antiguidade e mais tradições. Podiam apontar a grandiosidade de seu templo. Mas nada disso tornava menor a verdade que os cristãos carregavam em seu coração. Eles, e so os crentes em Cristo, eram portadores da salvação em Cristo Jesus, pois só em seu nome, e em nenhum outro, há salvação [At 4.12: E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos]. É preferível estar com a minoria que se salva num naufrágio do que com a grande maioria que perece.
Mas Paulo lembra aos gálatas que, a despeito da aparente minoria, eles não estavam sozinhos e eram parte de uma grande família. Possuíam irmãos de fé, companheiros de jornada. O Senhor se entregou para criar um povo para si [Tt 2.14: ... o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras]. E é como povo de Deus que esta igreja deve andar, é como povo que deve seguir adiante, edificando-se mutuamente [Ef 4.16: ...de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor] e recebendo de Deus a benção do aumento, dia a dia, no número dos que vão sendo salvos [At 2.47: ...louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos]. De onze no cenáculo para milhares de convertidos em poucas pregações. Dois viajantes, Paulo e barnabé, e depois mais alguns, como Joao Marcos, Silas, Timóteo, transtornando o [organizadíssimo] mundo romano [At 15.24: Visto sabermos que alguns que saíram de entre nós, sem nenhuma autorização, vos têm perturbado com palavras, transtornando a vossa alma], anunciando uma paz verdadeira, interior, em contraste com a paz artificialmente construída pelas botas dos soldados romanos, e logo multidões iam deixando o paganismo e suas práticas idólatras, suas feitiçarias, suas libertinagens e licenciosidade para uma vida digna de uma vocação santa em Cristo Jesus [Ef 4.1: Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados]. Definitivamente, não estamos sozinhos se somos parte da igreja de Cristo e, na verdade, estamos em muito mais excelente companhia [Hb 12.22-24: Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel].
DEUS TEM UM CUIDADO PERSONALIZADO
A carta é endereçada às igrejas da Galácia - destinatários específicos naquele momento crucial da historia da igreja. O Senhor quer falar com sua igreja, como fez com outras igrejas, como a de Corinto, Tessalônica. Hoje ele já não fala mais para os gálatas - mas sua palavra, viva e eficaz, continua falando ao seu povo, individual, coletiva mas especificamente, atendendo cada uma das suas necessidades. A Palavra de Deus foi endereçada àqueles irmãos para atender uma necessidade específica deles. Sua fé estava sendo atacada. A razão da sua esperança estava sendo colocada em dúvida. Sua certeza de salvação pela fé somente era questionada por novas exigências, que, em última análise, tornavam a salvação dependente dos mutáveis humores e vontades humanas e sua fraqueza em perseverar no que é certo, justo e bom [Rm 7.19: Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço]. A palavra de Deus é pessoal, Deus fala individualmente ao coração de seus servos [Sl 27.8: Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença], Deus está interessado em sua vida, em suas atitudes, suas ações, suas escolhas e as consequências delas [Sl 135.5-6: Quem há semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra?]. Ele vê suas dúvidas, suas agonias e diz: “Não temas” [Is 41.13: Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo]. O Deus que Paulo conheceu, e que mudou a sua vida, é o mesmo Deus que é possível conhecer hoje, e que continua sendo poderoso para mudar vidas. As necessidades dos gálatas, coríntios, romanos, gregos e judeus ou quaisquer outros homens não mudaram - e Deus continua sendo capaz de atende-las, uma a uma, chamando-nos pelo nome, tomando-nos pela mão e conduzindo-nos a um lugar alto e seguro, como nos diz o homem que passou por um tremendo sofrimento e ainda assim confiava no seu cuidado salvador [Jó 5.11: ...para pôr os abatidos num lugar alto e para que os enlutados se alegrem da maior ventura].
DEUS SATISFAZ AS NOSSAS NECESSIDADES
As igrejas da Galácia precisavam de cuidados espirituais, precisavam de instrução, precisavam até e principalmente de correção, mas antes de qualquer outra coisa, eles precisavam da graça de Deus em Cristo Jesus. Nenhuma outra ação seria eficaz se a graça de Deus não estivesse presente e atuante na vida daquela igreja. E a graça que se manifestou salvadora, educando os homens, levando-os a abandonar as paixões infames que caracterizam os homens sem Deus [Tt 2.11-14: Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras]. Só poderia haver uma igreja em Corinto, ou na Galácia, ou em outro lugar qualquer como fruto da graça de Deus, pois é somente pela graça que somos salvos. Não há outro caminho, e sabemos bem disso pela nossa própria experiência [Dn 9.18: Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias]. O padrão de Deus é perfeito, como ele expressa na sua aliança com Abraão [Gn 17.1: Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito]. Sabemos bem que não conseguimos alcançar este padrão por nem um dia sequer. É por isto que o legalismo precisa de compensações, é por isso que seitas exigem horas de dedicação, de trabalho, de devoção e exigem provas de fé; é por isso que se exige guarda de dias ou abstenção de com alimentos ou práticas naturais aos homens, como casamento [I Tm 4.1-5: Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado]; é por isso que o romanismo precisa do purgatório e o espiritismo de um número infinito de vidas numa teoria nunca comprovável e contraditória, ensinos que são de demônios e ofendem ao Criador [Hb 9.27: E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo].
Mas, mesmo que todas estas provas não existissem, bastaria para nós o atestado da veracidade da Palavra de Deus, do Verbo vivo que diz que ninguém vai ao Pai a não ser por ele [Jo 14.6: Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim], renunciando aos seus feitos e recebendo de graça a salvação, um dom de Deus recebido pela fé [Fp 3.9: ...e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé]. A experiência da graça de Deus transforma o homem a ponto de ele parar de agir como inimigo de Deus e, ao mesmo tempo, ele descansa do conflito que impera em seu coração. Mesmo nas adversidades, e vencido num pecado, mais uma vez clama pela ajuda do agora amigo Jesus [Rm 7.24: Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?], clama pelo socorro do seu pai amoroso. Cristo veio para evangelizar, isto é, trazer boas notícias, estabelecer e anunciar a paz entre os homens e o pai celeste. Sem estar em paz com Deus mesmo as melhores atitudes estarão infectadas pelo veneno das más motivações [Is 59.3: Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere maldade], tornando-se, assim, inaceitáveis diante daquele perante o qual todas as coisas tem que ser perfeitas [Is 64.6: Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam]. A graça de Deus e a paz de Deus são mencionadas por Paulo como a graça de cristo e a paz de Cristo porque é impossível receber a graça e a paz de Deus sem cristo, e é impossível ter cristo sem a graça de Deus. Não se trata nem mesmo de dois lados de uma mesma moeda, mas de uma única e indissolúvel realidade.
A OBRA DO FILHO FOI UMA OBRA PERFEITA: DOAÇÃO DE SI MESMO
Para que conhecêssemos sua graça cristo voluntariamente se deu, entregou-se por nós [Mc 10.45: Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos]. Até mesmo seu mais angustiante momento da cruz, sua oração no Getsêmani, foi de entrega, apesar de saber o que viria em seguida. Ninguém poderia tirar sua vida, mas sua entrega foi espontânea [Jo 10.17-18 Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai]. Nesta entrega o santo experimentaria, para manifestar a sua graça, os horrores que eram reservados aos inimigos de si mesmo. O doador da vida iria experimentar o horror da morte. Ninguém, nem mesmo todo o poder do império romano, poderia obriga-lo a se entregar, como ele lembra de maneira aos apóstolos [Mt 26.53: Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?] e até mesmo ao procurador romano, Pôncio Pilatos [Jo 19.11; Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem]. Nem Pilatos, nem Herodes, nem qualquer outro rei da terra poderia levar o Senhor à cruz se este não fosse o desígnio do pai, se ele, Cristo, ele não quisesse estar lá - mas ele queria, por mim e por ti [Is 53.10: Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos]. A bíblia é categórica ao afirmar que ele se doou, se entregou, ele se deu como uma oferta voluntária ainda que fosse um trabalho penoso, mas foi voluntario. Naquilo que o mundo greco-romano, e os judeus, viam como fracasso e maldição, Cristo via a sua vitória e o cumprimento do objetivo de sua vinda porque ele alcançava, ali, um objetivo triplo.
ELE MORREU PELOS NOSSOS PECADOS
Ao dar a sua vida na cruz, Cristo efetuou uma compensação, isto é, não um pagamento ao diabo como alguns querem, porque não fora ele o ofendido, mas uma propiciação a Deus, isto é, uma oferta santa e amorosa que cobre os nossos pecados, na verdade, uma multidão deles, de maneira que Deus já não nos vê como filhos da ira e dignos de maldição, mas nos vê lavados pelo sangue do cordeiro [I Jo 4.10: Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados]. Cobertos pelo seu sangue propiciador, Deus passa por sobre os nossos pecados, não os cobra, não manifesta o seu desprazer mas derrama da sua graça porque vê aquele que crê como estando “em Cristo”, e vê Cristo neles. A justiça de Deus é satisfeita em Cristo a ponto de Paulo afirmar que, embora destituídos de justiça própria, ele, Cristo, é a nossa justiça. Esta é uma verdade que o verdadeiro cristianismo jamais deixará ser esquecido, jamais negociará: não há outro meio de se ver livre do pagamento que o pecado exige, a morte [Rm 6.23: ...porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor]. Este pagamento foi feito pelo sacrifício de Jesus Cristo, e um único sacrifício, irrepetível [Hb 10.10: Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas]. Ali o justo morreu pelos injustos, ali vemos a morte de quem não merecia morrer, o Senhor da vida, em lugar dos que já estavam mortos em seus delitos e pecados.
MORREU PARA NOS DESARRAIGAR DESTE MUNDO PERVERSO
Por mais que tentássemos, e a verdade é que nem tentávamos, pelo contrário, estávamos não apenas satisfeitos mas totalmente desprovidos de sensibilidade, como lagostas sendo cozidas. Jamais conseguiremos nos livrar dos nossos pecados porque, mortos, estávamos completamente ligado a um mundo que jaz no maligno: mortos ligados a um mundo putrefato. Escravos do pecado pecando cada vez mais e apenas aumentando uma conta de natureza já, por si mesma, impagável. O pecado, qualquer que seja ele, só é universalmente praticado porque é agradável ou desejável por algum motivo. Cristo vem e, com sua graça, rompe este laço de morte. É paradoxal que, para nos livrar do domínio da morte ele tenha que morrer. Para tirar as raízes que nos mantinham presos a este mundo ele próprio teve que ser levantado em uma cruz e assim, nos atrair a si mesmo [Jo 12.32: E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo]. Paulo afirma que Cristo se entregou para nos desarraigar, isto é, para tirar as nossas raízes, aquilo que nos prende, a religiosidade vazia, as tradições familiares e sociais estranhas às Escrituras, os prazeres carnais, a sensualidade, a lascívia, o pecado não apenas latente mas também atuante. O grande problema é que, apesar do chamado de Cristo, raízes são coisas difíceis de arrancar, e trazem consigo ainda muita sujeira, e, muitas vezes, estamos de tal maneira acostumados com esta situação que ocorre uma dura rejeição às mudanças, mesmo sabendo que elas são para melhor [Cl 1.13: Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor]. A isto costumo dar o nome de mundanismo, querer continuar a ser do mundo, ou igual ao mundo, quando o sentimento deveria ser de repulsa, de rejeição das coisas velhas, e não de interesse mórbido por elas [II Pe 2.21 Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado], à semelhança da mulher de Ló, de triste lembrança, aliás. Ainda que alguma aparência de mundanismo funcione para atrair pessoas para a igreja, apenas atrairá pessoas mundanas e o resultado será uma igreja mundana, cada vez mais impura, e, estas pessoas estarão cada vez mais distantes de lavarem suas vestes no sangue do cordeiro [Apocalipse 22:14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas] porque estarão satisfeitas com uma reluzente, por fora, e imunda, por dentro, capa de religiosidade. Jesus Cristo não veio a este mundo para fazer maquiagem em pecadores, para fazê-los parecer melhores. Ele veio para trazer transformação. Ele não veio para que fazer pessoas menos piores, mas para fazer pessoas diferentes. Ele não veio para criar uma aparência de santidade, mas para que, vivendo sua vida, desarraigados deste mundo, seus discípulos fizessem real diferença.
Desarraigar significa tirar as raízes e tem o sentido duplo de fazer morrer ou retirar para transplante. Ambos os sentidos cabem em relação à vida cristã. A bíblia nos exorta a fazer morrer a nossa natureza terrena [Cl 3.5: Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria], e isto só é possível se os vínculos com as práticas mundanas forem cortadas, se toda a aparência de mal for abandonada [I Ts 5.22: ...abstende-vos de toda forma de mal]. A morte para o mundo implica em morrer também para suas concupiscências, embora ainda tendo que lutar contra sua influência perniciosa e, portanto, necessitando de vigilância constante para dar um testemunho eficiente do poder libertador e santificador do Espírito Santo. A questão a ser colocada não é quão perto ou parecido do mundo a igreja pode ser para não se contaminar, pelo contrário, é quão longe até mesmo de toda aparência de mal ela consegue ficar. O segundo sentido de desarraigar, decorrente do primeiro, quer dizer que, sem raízes no mundo, o cristão pode ser, finalmente, enxertado na videira verdadeira, capacitado a dar frutos abundantes e permanentes [Jo 15.16: Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda]. Sem estar em Cristo não há a possibilidade de fazer absolutamente nada [Jo 15.5: Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer]. Cristo é não apenas a força, mas também a motivação para o crente verdadeiro. E é neste ponto que reside a diferença entre cristãos verdadeiros, praticantes, e meros ouvintes da palavra. Pergunto a homens e mulheres, jovens e velhos, será que cristo é a motivação das conversas que tem sido entabuladas? É ele a razão de suas atitudes e decisões? Ele se vestiria com as suas roupas? Ele aprovaria seus relacionamentos? Leria as mesmas leituras com você com satisfação? Assistiria os mesmos programas e filmes? Acharia que não faz nenhum mal fazer aquilo que você chama de diversão ou de mera distração? Veria com bons olhos o que você diz “nada a ver”?
Quando me faço estas perguntas, quando busco as minhas próprias respostas à luz da Palavra, com a honestidade que tem que existir diante daquele que sonda os pensamentos, chego a conclusão que ainda há muito a fazer, que ainda há muitas raízes sujas que precisam ser cortadas para que eu pare de dar frutos podres ou de baixa qualidade, o que dá na mesma pois não passa pelo controle de qualidade divino. Quando me perguntam o que acho do casamento gay, das investidas contra a família, da roubalheira dos nossos políticos, do fato de ladrões e corruptos, alguns já condenados pela justiça, estarem à frente da condução do nosso país, digo que o que está acontecendo é natural numa nação que não tem Deus como seu Senhor, e seus líderes [com o apoio maciço dos que se dizem cristãos] estão fazendo o que é da sua natureza, com cada vez menos restrições da própria sociedade, paradoxalmente, dita cada vez mais evangélica. A degradação do mundo não me assusta, não me surpreende. Mas o que é terrível é a mundanização da igreja, da igreja cristã, da igreja cristã em todo canto.
ELE MORREU PARA QUE NÓS PUDÉSSEMOS GLORIFICAR A DEUS
Quero concluir dizendo que o propósito de Deus em te fazer conhecer todas estas coisas, que o proposito de Deus na vida e na morte de Jesus Cristo, de sua obra em desarraigar pecadores deste mundo perverso é cumprir a vontade do Pai. E para que possamos, em Cristo, finalmente dizer como Cristo pôde dizer que sentia prazer em fazer a vontade do Pai [Sl 40.8: ...agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei]. Fazendo a vontade de Deus, e isto só é possível fazendo o que ele quer, da maneira que ele quer, seu nome será glorificado. Cristo veio para glorificar o Pai [Jo 17.4: Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer]. Ele foi enviado para isto. E da mesma maneira que ele foi enviado, ele também nos enviou [Jo 20.21: Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio]. Podemos glorificar ao Deus eterno, vivendo sem vergonha do evangelho, vivendo sem envergonhar o evangelho [Rm 1.16: Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego]. Podemos e devemos orar ao Deus altíssimo pedindo-lhe que nos conceda da sua graça para que nem nós, nem os demais crentes, sejam envergonhados por nossa causa [Sl 69.6: Não sejam envergonhados por minha causa os que esperam em ti, ó SENHOR, Deus dos Exércitos; nem por minha causa sofram vexame os que te buscam, ó Deus de Israel].
Por favor, não faça como um jovem rebelde certa vez fez. Não diga “nada a ver”, porque o Senhor vê tudo, inclusive os intentos do coração. Ele se inclina do céu para ver o que fazem os filhos dos homens, e a cada um retribuir segundo as suas obras. Não me surpreenderia se o jovem rebelde logo estivesse envolvido com problemas com a lei... O que o homem semeia, ele, inevitavelmente, colhe. Por favor, também não diga que está tentado, que está fazendo as coisas mais ou menos, tentando equilibrar-se na balança. Ninguém faz nada mais ou menos e entrega para aquele que espera a perfeição. O mais ou menos não satisfaz. Ninguém faz uma omelete com 3 ovos bons e 1 podre e depois a come. Por favor, também não desista. Não se desespere. Prossiga, olhe para Cristo, pois ele é não apenas o autor mas também o consumador da fé [Hb 12.2: ...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus]. Prossiga para o alvo da soberana vocação em Cristo Jesus [Fp 3.14: ...prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus]. Vale a pena, a recompensa é a vida eterna. A decisão é individual, a caminhada é comunitária, é coletiva. Vamos juntos, como igreja, como corpo do Senhor, ajudando-nos uns aos outros a carregar as nossas cargas [Gl 6.2: Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo].
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