segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A URGENTE NECESSIDADE DE TER UMA VISÃO CORRETA SOBRE JESUS - Mc 3 22-30

Ninguém nega que o objetivo dos escritores do Novo Testamento era mostrar que Jesus é o Filho de Deus. João é, provavelmente, o mais enfático nesta afirmação (Jo 20:31 Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome) embora os outros evangelistas também abordem esta questão.
Não era nada fácil para os judeus aceitarem uma reivindicação tão impactante como a de que Jesus era o Filho de Deus, titulo atribuído a Jesus 44 vezes no Novo Testamento – mas não havia outro jeito, pois negar a Jesus como o Filho de Deus significa negar a própria revelação de Deus e permanecer condenado com o mundo (I Jo 5:5 - Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?).
É muito fácil encontrar alguém que lhe diga que Jesus não é o Filho de Deus. Um vai lhe dizer que ele é só um espírito de luz, um iluminado mas não o Filho de Deus – alias, no fim das contas, nem Deus mesmo existe, apenas um ser supremo e inefável, e como poderia um ser assim possuir um filho? Também vai encontrar outro que lhe dirá que ele é o mais exaltado dos seres, a mais especial das criaturas, o homem perfeito, um anjo celeste, mas não o Filho de Deus. Mais adiante outro lhe dirá que ele foi um homem especial, um mestre moral inigualável, um profeta como nenhum outro que já existiu (ou um profeta de menor importância, como é o caso dos muçulmanos) mas sem admitir que ele seja o Filho de Deus.
Na sua escola você ainda vai encontrar pessoas que chamarão Jesus de mestre religioso, manipulador, mito, fraude… são tantas descrições diferentes. Mas não era muito diferente nos dias de seu ministério terreno. Muitos não sabiam quem ele era… tinham preconceitos por causa de sua origem… seus irmãos tinham um comportamento que demonstrava incredulidade. Mas o que fazer quando, finalmente, estivermos diante de Jesus e tivermos que responder a pergunta: você crê que Jesus é o Filho de Deus?

VOCÊ PRECISA EVITAR UMA VISÃO EQUIVOCADA SOBRE JESUS

Os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: Ele está possesso de Belzebu. E: É pelo maioral dos demônios que expele os demônios (Mc 3:22).
Após os espíritos imundos proclamarem que Jesus é o Filho de Deus (Mc 3:11 Também os espíritos imundos, quando o viam, prostravam-se diante dele e exclamavam: Tu és o Filho de Deus!) os irmãos de Jesus não se contiveram ao vê-lo, em casa, cercado pela multidão e atendendo-os a ponto de não poderem, sequer, se alimentar. Para resolver o problema eles agiram no sentido de retirá-lo de lá como se estivesse fora do uso das suas faculdades mentais (Mc 3:21 E, quando os parentes de Jesus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si). Para eles a alegação de que Jesus, seu próprio irmão, fosse o Filho de Deus era uma loucura – e Jesus deveria ser detido antes que tivesse problemas com as autoridades religiosas.
E é justamente estas autoridades que se apresentam. Logo vem a Caná uma comissão de inquérito para investigar o que estava acontecendo. Marcos diz que os estudiosos da lei, examinadores dos mínimos detalhes e das maiores dificuldades legais do texto bíblico, os escribas, aqui chamados de gramáticos “foram descidos de Jerusalém”. Eles vieram investigar, e a conclusão a que estavam chegando era que Jesus realmente fazia os milagres de que ouviram falar. E mais ainda, que Jesus tinha autoridade sobre os espíritos imundos. Eles não podiam contestar o que estava acontecendo e o grande número de testemunhos a esse respeito. Mas… e este era o problema deles, eles tinham descido de Jerusalém para investigar um homem… não para admitir que este homem fosse o Filho de Deus.
Eles desceram com seus conceitos já estabelecidos e precisavam encaixar Jesus dentro destes conceitos. E a única explicação para a autoridade de Jesus sobre os demônios era que Jesus era instrumento de um demônio com maiores poderes do que os que ele expulsava.
Para eles não importava quão bem às pessoas Jesus podia fazer. Para ele não importava sequer que eles não conhecessem ou tivessem acompanhado o que Jesus fazia. Para eles só importava uma coisa: encaixar Jesus na sua caixinha de preconceitos. E como Filho de Deus ele jamais se encaixaria. Precisavam arrumar outra coisa. Se ele não era o enviado de Deus, então, com tanto poder assim só poderia ser enviado de belzebu ou, pior ainda, estar sob sua influência direta, sob sua posse. Eram tão insensatos em suas conclusões que, para enquadrar Jesus, tinham que afirmar algo absolutamente contraditório: como é possível que uma pessoa que se diz sábia consiga afirmar que um chefe iria expulsar aqueles que estariam, justamente, fazendo as suas vontades, e devemos lembrar que uma das características do ministério de Jesus foi “curar os oprimidos do diabo porque Deus era com ele (At 10:38 - …como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele)?

VOCÊ PRECISA CORRIGIR SUA VISÃO SOBRE JESUS

23 Então, convocando-os Jesus, lhes disse, por meio de parábolas: Como pode Satanás expelir a Satanás? 24 Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode subsistir; 25 se uma casa estiver dividida contra si mesma, tal casa não poderá subsistir. 26 Se, pois, Satanás se levantou contra si mesmo e está dividido, não pode subsistir, mas perece. 27 Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa.

Como mudar o seu ponto de vista sobre Jesus? A única resposta é: ouvindo o que Jesus tem a dizer sobre si mesmo. Conhecendo a Jesus, conhecendo o seu ensino. Ele já havia mostrado ao povo e aos próprios escribas que seu ensino era diferente (Mc 1:22 - Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas) e por isso mesmo os escribas o odiavam. E ele simplesmente lhes mostra, através de uma comparação indireta, isto é, através de uma parábola, a insensatez do que falavam.
Como pode alguém fazer uma obra – mesmo o próprio satanás – destruindo a própria obra que ele faz? É uma tolice, tão tola quanto a de pessoas que, julgando-se amaldiçoadas, colocam elas próprias as mãos em sua própria cabeça para quebrar a maldição – algo tão inútil quanto estar caindo de um avião e segurar na gola da própria camisa… a pergunta de Jesus, nos versos 23 a 26 aos gramáticos, aos entendidos da lei, aos homens que se diziam capazes de explicar os mais intricados problemas da religião era: como pode satanás querer estabelecer um reino destruindo o seu exército? Como pode satanás querer estabelecer uma casa, isto é, um lugar onde sua vontade seja respeitada e obedecida, se ele próprio a divide, mesmo depois de tê-la estabelecida? No fim, ele próprio acabará derrotado. Isso não faz sentido algum.
Faz sentido para você? Não, não faz sentido. E não fazia sentido para os judeus que seguiam Jesus. Mas não precisava fazer sentido. Aquela comissão de inquérito precisava encontrar uma explicação – e Jesus vai em seu socorro, dando-lhe a explicação que eles não queriam aceitar.
Jesus estava desfazendo as obras das trevas. Isso era um fato. Jesus expulsava demônios. Isso todos viam. Jesus curava enfermos que ninguém mais era capaz de curar. Isto era inquestionável. Jesus ressuscitava mortos – quem mais poderia fazê-lo? Qual a explicação? Jesus no-la dá no verso 26: ele não é um servo de satanás. Ele não é da parte de satanás, pelo contrário, ele é maior, mais forte, incomparavelmente mais poderoso que satanás. Ele não pode sequer ser comparado a satanás. Satanás está em sua casa, em seu reino (I Jo 5:19 - Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno) e ele a invade, ele o amarra e toma o que ele julgava ser seu de direito (Mt 4:9 - …e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares). Jesus sequer admite a hipótese de ter que lutar contra o valente como se fossem iguais: ele o vence e o incapacita. Ele é, em suas próprias palavras, o mais valente, o mais poderoso.

VOCÊ PRECISA SABER O RESULTADO DE UMA VISÃO ERRADA SOBRE JESUS

28 Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. 29 Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno. 30 Isto, porque diziam: Está possesso de um espírito imundo.

O problema dos escribas era que, em seu preconceito, eles se tornaram cegos para a luz que estava no mundo (Jo 8:12 - De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida) e fizeram de tudo para apagá-la. Mesmo diante do esclarecimento de Jesus às suas observações confusas eles continuaram incrédulos porque isto não lhes foi dado (Jo 3:27 - Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada). Eles não eram homens espirituais, não tinham discernimento espiritual algum (I Co 2:14 - Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente) e só cogitam daquilo que é de sua natureza carnal (Rm 8:5 - Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito).
Os escribas cometiam o grave erro de atribuir ao mal o bem que ele jamais poderia fazer. Poderia enganar, como Simão, o mago, fazia, mas não podiam fazer um morto reviver. Podiam chorar e até oferecer palavras de conforto para uma mãe enlutada, mas jamais restituir-lhe o único filho com vida (Lc 7. 13-15 - Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores! 14 Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: levanta-te! 15 Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe). Poderiam julgar alguém e dizer que era inocente, mas jamais poderiam perdoar pecados (Lc 7:49 - Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados?).
Tirar a glória que é de Deus (Mt 15:31 - De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de Israel) para dar a satanás é uma blasfêmia que não lhes seria perdoada (Is 42:8 - Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura). Fazer com que as pessoas que seguiam a Jesus não cressem nele e, assim, fossem condenadas ao inferno era uma atitude insana e digna de duro julgamento. Com todo o estudo que tinham estavam se mostrando meras pedras de tropeço (Mc 9:42 - E quem fizer tropeçar a um destes pequeninos crentes, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado no mar).

CONSELHOS FINAIS

Ter um conceito errado de Jesus pode ter consequências funestas. Blasfemar contra a obra feita pelo Espírito, negar-se a glorificá-lo pelo que ele faz na obra da redenção de pecadores é buscar a condenação pela eternidade (Jo 3:36 - Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus).
Embora não possamos chamar de “um dos mandamentos” há uma injunção bíblica para que todo ser que respira (nós, então) louvemos ao Senhor (Sl 150:6 - Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!). Todavia, esta não é uma ordem isolada, pois ela é derivada do mandamento de somente ao Senhor adorar, somente a ele dar culto (Mt 4:10 - Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto).

A IGREJA E O LOUVOR AO CRIADOR

Uma olhada para o céu, para o mar, para os montes, para os animais, para as plantas, para as flores já deveria ser suficiente para lembrarmos de louvar ao Senhor que criou todas as coisas, e que sustenta todas as coisas. Mas o ser humano, teimosamente, glorifica a criatura (a natureza) ao invés de dar ao Criador a glória devida (Rm 1:25 - …pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!). Ao invés de dizerem adoremos ao nosso Criador (Sl 95:6 - Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou) prostram-se nos pedestais da pseudociência chamada evolução.

A IGREJA E O MUNDANISMO

Uma olhada para o mundo que nos cerca deveria ser suficiente para ver a enorme distancia entre a obediência à orientação de Deus mediante sua Palavra, inspirada pelo Espírito da verdade (I Jo 4:6 - Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro) e o mundanismo que, lamentavelmente, tem adentrado inclusive nas Igrejas, mesmo aquelas que se proclamam as mais bíblicas.

A IGREJA E A FILOSOFIA

Não é preciso investigar muito para perceber que a filosofia do mundo já formatou boa parte da consciência dos cristãos (Rm 12:2 - E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus), que deveriam resistir-lhe oferecendo uma nova perspectiva de acordo com a vontade do Espírito (II Co 10:5 - …e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo) – e antes que você saia pensando que tem que declarar guerra à filosofia do mundo o primeiro pensamento cativo ao de Cristo deve ser o seu próprio.

COMO OLHAR PARA JESUS

Deixe-me te dar um quadro muito claro da maneira que você deve olhar para Jesus, aliás, a única maneira que realmente é correta: Jesus é o filho unigênito de Deus (Jo 3:18 - Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus). Jesus é o salvador de pecadores que estavam mortos em seus delitos e pecados (Ef 2:1 - Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados). Jesus é o Senhor, por direito de criação (Jo 1:3 - Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez) e de redenção (Jr 31:11 - Porque o SENHOR redimiu a Jacó e o livrou da mão do que era mais forte do que ele).
Sem a ação iluminadora do Espírito você nunca compreenderá isto – e continuará irremediavelmente perdido. Com o coração endurecido, cheio de preconceitos religiosos, filosóficos, sociais ou de quaisquer outros você não será em nada diferente dos preconceituosos religiosos que foram até ele para acusa-lo de ser nada menos que um emissário de satanás.
Creio que ele te trouxe aqui com um propósito. É possível que ele tenha te chamado aqui, cristão, para que você repense sua filosofia, suas aspirações, para que você coloque sua visão de mundo aos pés de Cristo e lhe peça para ter, finalmente, a mente de Cristo (I Co 2:16 - Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo).
É possível que ele lhe tenha trazido aqui para que você ouça sua voz, e você deixe a opressão da filosofia e do mundanismo para colocar-se sob o suave senhorio do salvador (Mt 11:30 - Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve).
O que você não pode é sair daqui sem ter uma visão correta sobre quem é Jesus – e à partir desta visão, se posicionar a respeito dele (Lc 11:23 - Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha).

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