sábado, 6 de fevereiro de 2016

QUASE... QUASE!!!


Poucas palavras expressam melhor o sentimento de decepção do que quase.

Talvez você ache que tudo está muito bom quando se tem quase tudo. E talvez você esteja insatisfeito com as coisas que você quase alcançou. Está mesmo? Ou está apenas resignado e parou de tentar? Você está mesmo satisfeito com a casa que você quase construiu? Está satisfeito com o carro que você quase comprou? Está satisfeito com os cursos que quase fez? Com a viagem de férias que quase fez? E com os relacionamentos que quase construiu? Está satisfeito com os filhos quase obedientes? Com o casamento quase estável? Com o emprego (ou empregos) que quase supre as suas necessidades? Com a carreira que quase seguiu? Enquanto refletia sobre isso lembrei de uma música do Skank cuja letra dizia “bola na trave não altera o placar”... Quase... Grito da torcida: “uhhh!”... Grito de gol entalado na garganta. O que você tem? Você tem quase tudo? Mas será que quase tudo é mesmo suficiente? Só mais uma pergunta: você está satisfeito com a sua vida religiosa?

Há vinte séculos um jovem demonstra estar quase satisfeito com sua religiosidade. E ele achava isto muito bom. Olhava para si mesmo e dizia: sou quase perfeito. Tinha boa posição social, pois era riquíssimo - e este homem provavelmente usufruía, também, de boa posição entre os religiosos seus contemporâneos que viviam da mesma maneira, contentando-se com o quase. Mas ele se encontra com Jesus - e Jesus não o parabeniza por ser quase perfeito. Mais ainda, Jesus diz que, não importando a posição ocupada e quão perto da perfeição estivessem, o quase nada lhes adiantava e eles deveriam começar tudo de novo, como se fossem crianças, que nada tinham feito ainda e tinham toda a vida pela frente - para fazer o que era devido.

O que aquele homem tinha?

Em primeiro lugar, ele acreditava no Deus da bíblia. Sim, ele era um judeu preocupado em herdar a vida eterna (Lc 18.18) e foi procurar instrução no lugar certo. Isso é bom. É evidente que o lugar para conseguir a informação sobre a vida eterna é naquele que é o doador da vida e a própria vida.

Em segundo lugar, ele praticava tudo que a religião lhe ordenava. Sim, ele também era um judeu consciencioso de seus deveres. Guardava o sábado, evitava alimentos que eram considerados impuros, evitava contato com pessoas que não fossem judias ou que significassem algum risco de contaminação cerimonial. Ele afirma, e Jesus não o chama de hipócrita, nunca ter adulterado, ou matado, ou furtado, ou dito falso testemunho ou ter deixado de honrar seus pais (Lc 18.20).

O que lhe faltava, então? Porque ele ainda não estava plenamente satisfeito? Tinha riquezas, muitas riquezas. Tinha bom conceito religioso e não foi reprovado por Jesus quanto a isto? Observe que convenientemente ele mostra desconhecer o resumo dos mandamentos: amar ao próximo como a si mesmo.

E isto ele não podia fazer. Sua religião era quase perfeita. Ele amava a religião. Ele amava obedecer os mandamentos, mas ele não amava a Deus sobre todas as coisas (isto é provado pelo fato de que ele não atende à ordem de Jesus) e muito menos conseguia amar ao próximo como a si mesmo, abrindo mão de sua riqueza para suprir a carência deles (Lc 18.22).

Honrado socialmente, sua religião, cheia de rituais e de obras nas quais buscava obter a justiça própria, no fim das contas, demonstrou ser inferior à do ladrão na cruz.

O amor de um pelo que era e tinha foi menor do que o amor que poderia ter por aquele que era capaz de lhe dar tudo. O outro, que não teve tempo para demonstrar amor, teve, entretanto, tempo suficiente para demonstrar sua absoluta confiança no salvador.

Você pode ter tudo. Pode ter religião. Pode ter bom conceito na sociedade. Pode se olhar no espelho e se achar uma pessoa quase, quase salva. Porém, se não crer totalmente no Senhor Jesus, estará fatalmente perdido (Mc 8.36).

Do coração do pastor.


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