Para não perdermos a linha de pensamento: há algo de errado com a Igreja quando crentes, inadvertida ou pecaminosamente se deliciam mais em criticar os pecados e falhas dos irmãos, numa atitude cega e egoísta e insensível aos próprios pecados ao mesmo tempo que não estende a mão ao aflito (Jó 6.14). Também há algo errado com a Igreja quando ela olha com maior simpatia e tolerância para o mundo e menos amor para com a própria Igreja.
Mas algo também está muito errado com a Igreja quando o numero dos amigos íntimos começa a se multiplicar no mundo e a fraternidade cristã vai sendo abandonada até se tornar apenas uma pálida lembrança ou uma ação esporádica.
É muito conhecido o adágio popular “dize-me com quem andas, e dir-te-ei quem tu és”. A única pessoa isenta, que pode se relacionar com pecadores sem correr qualquer risco de se deixar influenciar por eles foi o Senhor Jesus. Não é sem propósito que a Palavra de Deus considera bem aventurado o homem que não anda segundo o modo de pensar dos ímpios, no faz seu caminho segundo o modelo dos pecadores, nem se assenta com aqueles que escarnecem de Deus e do povo de Deus (Sl 1.1).
Algo está errado quando uma saidinha com os amigos, seja para um sorvete, uma pizza, um rolêzinho ou futebol é mais importante que congregar, que unir-se aos irmãos em Cristo para adorar ao salvador e você ainda justifica que “com os amigos é mais divertido” - é claro que é mais divertido, porque ali há satisfação da concupiscência da carne, há vazão à rebelião do coração contra Deus. Em suma, ali há a prática do pecado que é sempre tão agradável ao coração mas que tem consequências absolutamente tenebrosas (Pv 14.12).
Algo está errado quando você se pergunta: quem são meus amigos mais íntimos, quem é a pessoa pra quem eu ligo quando não tenho nada a fazer e só quero “gastar” e você é capaz de pensar em uma dezena de pessoas e assuntos mas nenhuma destas pessoas é sua irmã em Cristo e nenhum destes assuntos é santo - e algo está errado com a Igreja quando ela não oferece aos seus a genuína alegria da comunhão.
Por favor, não seja tolo de pensar: é mesmo, algo está errado com a Igreja presbiteriana. E quem disse que estou falando de Igreja presbiteriana, batista, assembleiana, vialacteana ou qualquer outra denominação? Estou falando da Igreja de Cristo, de homens e mulheres, jovens e velhos, que professam crer no Senhor Jesus mas estão se tornando como brasas retiradas do braseiro, esfriando até que nada mais reste senão um pedaço de carvão - que para nada mais serve que ocupar espaço e espalhar sujeira, a menos que retorne à comunhão, que se incendeie no amor de Cristo, no fogo do Espírito e na comunhão dos santos. Estou falando de você, de sua vida, de seu coração. O que há de errado mesmo?
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