É provável que você não desejasse estar aqui hoje. Talvez
você quisesse ver outra coisa. Talvez preferisse ouvir outra coisa. Talvez sua
vontade fosse estar fazendo outra coisa. Talvez seu coração desejasse ouvir
algum discurso mais rápido – ou uma pessoa mais eloquente, mais agradável. Mas
me permita lembrar o que a bíblia diz sobre o nosso, o meu e o seu, coração:
ele é enganoso. Ele quer muito o que geralmente não é sua mais real e profunda
necessidade.
Mas há uma coisa que eu preciso que você saiba: Deus não
quer que você saia daqui sem antes falar ao seu coração (Is 55:11). Deus quer falar com você para transformar
sua mente, sua vontade, suas emoções, enfim, Deus quer falar com você para
tratar com seu coração. E ele designou este momento, este pregador, para
instruir seu coração pela verdade da Escritura, para repreender sua consciência
pela santidade da Escritura, para nutrir seu Espírito pela admoestação da
Escritura, para restaurar sua alma pelo poder restaurador da verdade da Escritura.
Nosso tema desta noite trata das razões do coração, razões
ocultas que muitos têm para não honrar a Deus. E quero falar daqueles que não
temem serem amaldiçoados por Deus.
Porque as pessoas
não temem a Deus? Porque não acreditam em seu caráter – porque não acreditam no
que ele fala de si próprio ou porque não conhecem nada sobre seu caráter porque
não conhecem ou não querem conhecer nada de sua revelação. A acusação feita por
Deus aos sacerdotes daqueles dias pelo profeta Oséias (Os 4:6) pode ser dirigida aos novos sacerdotes da
era cristã – os discípulos de Jesus do sec. XXI (I Pe 2:9).
Uma das mais cruéis
mentiras ditas a respeito de Deus é que ele é um Deus tão amoroso que não
lançará ninguém no inferno. Segundo os mentirosos que se autoproclamam
mensageiros de Deus ele não condenaria ninguém, nenhuma de suas criaturas, e,
no fim, até o próprio satanás poderia ser salvo. Lamentavelmente muitos tem
falado estas coisas e muitos, muitos mesmo, tem acreditado nestas mentiras que
são repetidas, repetidas, e repetidas até que para os ouvintes isso pareça
verdade.
É uma mentira comum
nos meios não cristãos e muito constante nos meios pseudo cristãos que, de
tanto descaso e descrença na justiça de Deus consideram apenas a provação como
o máximo de punição que Deus poderia dar a alguém, numa espécie de purgatório
na terra – e consequentemente a doutrina da cruz acaba esquecida, a doutrina da
redenção deixa de ser anunciada e os pecadores não consideram importante
arrependerem-se de seus pecados, se converterem a Deus e terem, deste modo,
seus pecados perdoados (At 3:19). Mas
isto não é novo, como já dizia o sábio Salomão (Ec 1:9), e já era absurdamente comum nos dias de
Malaquias:
7
Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os
guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR
dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?
8
Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos?
Nos dízimos e nas ofertas.
9
Com maldição sois amaldiçoados, porque a
mim me roubais, vós, a nação toda.
Ml 3.7-9
UM POVO ENDURECIDO E NÉSCIO QUE NÃO APRENDE COM SUA PRÓPRIA HISTÓRIA
7 Desde
os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes;
tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos
Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?
É bem conhecido o adágio que diz que “um povo que não
aprende com a sua história tende a repetir os mesmos erros”. Este ditado é
particularmente aplicável à história de Israel – murmuradores e desobedientes
na saída do Egito, desobedientes e apóstatas durante o período dos juízes,
afundando em idolatria e paganismo durante os dias dos reis. Avisados por
Moisés, reiteradamente avisados pelos juízes, insistentemente advertidos pelos
profetas (II Rs 17:13),
especialmente por Isaías (Is 1.18-20)
eles não aprenderam nem mesmo tendo passado pelo duro período de exílio
babilônico voltaram à sua terra por causa da fidelidade de Deus e não da
fidelidade de Deus e apesar de sua própria infidelidade (porque eu o Senhor não
mudo). A maneira como eles haviam sido identificados por Deus, como um povo de
dura cerviz, os descrevia perfeitamente (II Rs 17:14).
Geralmente somos muito rápidos para condenar um povo assim.
Também somos rápidos para condenar quem não aprende com os próprios erros,
como, por exemplo, o jovem que é preso roubando e, quando sai da prisão,
comente novos crimes e é preso novamente. Condenamos também a jovem que,
cedendo às inclinações pecaminosas da carne, engravida sem querer de um jovem
qualquer, pouco tempo depois engravida novamente… ou de um usuário de drogas ou
alcoólatra que passa por tratamentos de desintoxicação e logo tem uma recaída.
E estamos certos – eles estão errados e deveriam aprender com seus erros.
Nós sempre dizemos – “eles não querem aprender”. Mas não era
assim com Israel? Deus lhes diz: voltem, voltem! Corrijam seus próprios erros.
Consertem seus maus caminhos, mudem seus maus hábitos, façam a coisa certa (Is 1.16-17). O problema de
Israel não era que eles não soubessem o que fazer – eles não queriam fazer o que sabiam ser seu dever (Tg 4:17). Israel era um
povo difícil.
Mas… mas… sempre tem um “mas”… parece que as coisas não
mudaram muito – o povo que se chama pelo nome de Deus continua sendo um povo de
dura cerviz. Não apenas o povo de antes de Cristo, mas também foi de dura
cerviz nos dias de Cristo e continuaram a ser depois da descida do Espírito
Santo (At 7:51).
Assim como Israel não aprendia com seu erros, o novo Israel
também não tem aprendido. Havia descompromissados nos dias passados (Jr 48:10) e certamente há iguais
nos nossos dias. Havia desobedientes nos dias de Malaquias – como os há
atualmente. Certamente havia aqueles que não aprendiam com seus erros e
tampouco com os erros de seus pais, como hoje existe os que não aprendem com os
erros do antigo Israel e nem com os seus próprios erros – sim, ainda temos, no
meio do povo de Deus, um povo endurecido e néscio que não aprende com sua
própria história – e talvez pior que Israel, porque Israel ao menos conhecia a
sua história.
UM POVO ENDURECIDO E CEGO QUE NÃO ACEITA SER ADVERTIDO DE SEUS ERROS
8
Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos?
Nos dízimos e nas ofertas.
“É o meu trabalho”. Com esta frase um jovem, muito jovem,
definiu a sua opção pelo mundo do crime. “É um trabalho como qualquer outro”,
muitos defendem, por exemplo, a prostituição. Lamentavelmente estas frases não evidenciam uma resposta hipócrita
ou zombeteira – elas são expressão de uma visão de mundo que acredita ser
natural a transgressão dos mandamentos do Senhor, pois, em alguns casos, já
deixou de ser transgressão de leis civis porque estas são uma construção social
e já se tornaram normativas (Os 4:2)
a ponto de sobre elas até impostos serem cobrados (Ml 2:17).
Ageu, contemporâneo de Malaquias, faz uma contundente
descrição do descaso com que Israel tratava as coisas de Deus (Ag 1:4) e uma das expressões
desde descaso era a infidelidade ao mandamento de contribuírem para a
manutenção do templo (Dt 14:22).
Sua infidelidade de contribuição era apenas uma inescapável consequência de sua
infidelidade de coração (Mt 15:8).
Que outra explicação há para investir o (não tão) excedente em painéis (que
era a mais moderna moda, assimilada da babilônia onde haviam passado algumas
décadas como escravos) e não contribuírem para a casa do Senhor?
Tudo não passava de uma questão de prioridade – e honrar a
Deus não era sua prioridade porque não acreditavam na fidelidade, não criam na
justiça nem na bondade de Deus. Infelizmente podemos facilmente constatar que muitos
cristão são piores que os fariseus – aqueles eram criteriosos mantenedores da sua
religião, ainda que sem atentarem para a reta justiça, destituídos de
misericórdia e incrédulos, enquanto estes preferem serem considerados
roubadores e desobedientes (Mt 23:23).
Reflita comigo: um roubador pode ser considerado uma pessoa justa, uma pessoa
bem aventurada (Mt 5:6)?
Um roubador pode ser considerado uma pessoa que ama a misericórdia e confia em
Deus para sua provisão (Ml 3:10).
O chamado do Senhor é para que Israel “torne”, isto é,
restitua o que foi roubado. Diferente de Zaqueu, que deu metade do que possuía
aos pobres e ainda prometeu devolver quatro vezes mais se, porventura, tivesse
defraudado alguém, Israel faz pouco caso e zomba do chamado de Deus para
devolver o que havia retido injustamente.
É, não nos devemos deixar iludir com uma consciência
cauterizada: um roubador é e será sempre um transgressor, um rebelde
desobediente, exatamente igual aos fariseus, porque, assim como Deus não se
agradava de suas ofertas porque não se agradava deles, também não se agrada dos
roubadores porque não se agrada deles (Os 7:1) devido a sua desobediência e vã cobiça (Mt 6:19).
Porque muitos membros da Igreja se negam a honrar a Deus com
as primícias e os dízimos de suas rendas? O pior problema é que, como o antigo
Israel, o novo Israel não quer que seus pecados sejam denunciados, que suas más
práticas sejam expostas diante de si mesmos – mas a boa notícia que o convite
feito ao antigo Israel permanece vigente. O Senhor ainda diz: “vinde, pois, e
arrazoemos”. É como se Deus dissesse: “Venha até mim, e me diga o que te leva a
ficar com o que me pertence. Me exponha suas razões”. E talvez você diga que
ganha pouco, que não ganha o suficiente, que tem que realizar determinados
projetos. Talvez você ame mais os seus cosméticos… o seu carro… sua casa… sua
aparência com seus calçados e roupas… seus gatos… seu cachorro… seu celular e
seus joguinhos… e afinal Deus vai desnudar seu coração e você vai ver que a
razão é que você não o tem como prioridade, que você não confia que ele seja
capaz de te manter se você devolver apenas a décima parte e ficar com a maioria
dos seus ganhos. No fundo, no fundo, você não o ama o suficiente e tampouco ama
a sua obra.
UM POVO ENDURECIDO E REBELDE QUE NÃO TEME TER SEUS PECADOS PUNIDOS
9 Com
maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.
Uma regra básica de cuidado de filhos é não prometa o que
você não pode ou não pretende cumprir. Provavelmente eu e você falhemos nisso
mais do que gostaríamos – especialmente quando prometemos coisas boas. Também
falhamos quando prometemos disciplinar e não o fazemos. Israel achava que Deus
não o julgaria – mesmo já tendo feito isso inúmeras vezes ao longo da história
e curiosamente achava que suas restaurações eram tudo menos indicativos do
julgamento de Deus sobre suas más ações (Is 26:10).
Israel cometia a tolice de pensar que suas más obras
poderiam passar desapercebidas aos olhos do Senhor (Sl 94:7) esquecendo-se que o Senhor está
absolutamente atento ao que fazem os filhos dos homens (Sl 113.5-6)
e que retribuirá a cada um segundo as suas obras (Ap 22:12) pois conhece cada detalhe do que fazem
suas criaturas (Jó 31:4).
O problema é que Israel não queria contribuir com seus
dízimos e suas ofertas para sua própria edificação espiritual – ou que outros o
fizessem ou, pior ainda, que ninguém o fizesse porque não desejava ser
edificado. Israel não queria que ninguém lhe dissesse sobre o Deus vivo e
verdadeiro porque isto significava que este Deus vivo e verdadeiro exigiria
plena obediência, submissão da vontade entrega total de si mesmo (Mt 22:37). No fundo eles
não queriam investir numa religião que lhes denunciava seus pecados, que lhes
exortasse ao arrependimento, à conversão e a uma vida digna diante do Senhor
seu Deus (Mq 6:8).
Só que, ao fazer isso, eles estavam desobedecendo a Deus e à
aliança que fora estabelecida por Deus com eles. E é curioso que o estatuto do
dízimo é colocado numa sequencia imediata do abandono da idolatria e do
autogerenciamento (vd. Dt 12.1-9),
mas, antes disso, Deus lembra que a obediência seria recompensada com muitas
bênçãos, todavia, a desobediência seria recompensada com maldições (Dt 11:26-28).
Deus não deixou de ver. Deus não é menos justo nem menos
poderoso. Ele ainda abençoa e ainda disciplina. Esta é a mensagem dos profetas
Ageu, Oséias e Malaquias. Esta é a mensagem da Palavra de Deus para o povo de
Deus, em todas as épocas e em todos os lugares. Por acaso o seu Deus só lhe
serve para ser fonte de bênçãos? Então, não é o Deus das Escrituras, assim como
um Deus somente exigente e punitivo também não é o Deus revelado nas sagradas
páginas. Mas não se deixe enganar – o braço do Senhor ainda pode te alcançar
mesmo nos confins da terra, aqui em Xinguara (Sl 139.7-9), tanto para derramar bênçãos sem medida
como para disciplinar e corrigir aqueles a quem ama (Ap 3:19).
O que você precisa entender neste momento é que Deus não
mudou – ele é o mesmo sempre (Ml 3:6).
O antigo Israel acreditava que Deus não os puniria e colheu frutos amargos. O novo
Israel que provavelmente crê na mesma mentira satânica repetida inúmeras vezes ainda
tem tempo de arrependimento, ainda pode atentar para a voz de Deus que afirma
categoricamente que não deixará os pecados impunes (Sl 94:10). Não faça parte de um povo que,
voluntariamente, se faz réu e se afasta do caminho da bênção para se colocar
sob a maldição do Todo Poderoso.
O NOVO ISRAEL AINDA PODE CORRIGIR SEUS CAMINHOS
O que para o antigo Israel é apenas história para o novo
Israel é oportunidade de arrependimento e mudança. O que foi uma história de
constantes disciplinas por causa da maldição divina sobre um povo rebelde é,
para nós, exemplos a serem evitados. A história de Israel é a história do povo
de Deus – é a história do coração do homem. É a minha história, é a sua história.
É a história da Igreja de Deus, é a história da Igreja Presbiteriana. É, com
certeza, a história da Igreja Presbiteriana em Xinguara.
É muito comum acusar Israel de dureza, necedade, cegueira e
rebeldia. Quão habilidosos são os crentes do presente em ver os argueiros nos
olhos daqueles que já passaram. Somos até capazes de ver como erramos em
escolhas feitas no passado – mas ainda estamos engatinhando na arte de
reconhecer os erros do presente. Israel errou. Errou por ser um povo endurecido e
néscio, que não aprendeu com sua própria história – afastando-se
constantemente de Deus e sofrendo por isso (Os 4:6).
Israel errou, errou por se deixar tornar um povo endurecido e cego, que não aceitou ser advertido por
seus erros, nem com amor, nem com juízo (Is 1:3).
Israel errou, errou por permitir que seu coração se endurecesse e se rebelasse contra o Senhor
sem temer que seus pecados fossem punidos, mesmo sabendo que para
Deus a rebelião e a obstinação mereciam o mesmo julgamento que a feitiçaria e a
idolatria e traz como consequência a rejeição por parte de Deus (I Sm 15:23).
Mais uma vez, Deus não mudou. E ele ainda te convida a ir a
ele e corrigir seus maus caminhos. A primeira coisa que precisa ser corrigida é
a dureza de coração. Você precisa olhar para você mesmo e ver o quão pecaminoso
você é – e se arrepender de seus pecados. Arrependimento é mudança de
mentalidade, é uma nova percepção a respeito do que se é e do que se faz. É
perceber que em você não habita bem intrínseco algum (Rm 7:18) e que sem a graça de Deus só lhe resta,
realmente, o desespero (Rm 7:24).
A segunda coisa que precisa ser corrigida é a direção de sua vida. Desde Adão e
Eva o homem quer dirigir os próprios destinos – e sempre encontra a morte no
fim da jornada (Pv 16:25).
Você pode tentar e tentar, mas ao cabo sempre será caminho de morte. Tudo o que
você fizer resultará em caminho de morte – a alternativa é que alguém morra por
você – por isso você precisa se converter de seus maus caminhos e fazer dele,
aquele que morreu por você, seu caminho (Jo 14:6). A terceira coisa que precisa ser corrigida
é aquilo que você faz. É praticar aquilo que demonstre que você realmente
entendeu o que significa confessar a Cristo como Senhor e salvador. Ele não é
somente salvador – ele não é só aquele que salva o homem de seus pecado. Deus o
fez Senhor e Cristo (At 2:36),
e, sendo Senhor, ele tem direito de exigir de você, que se diz seu servo,
obediência absoluta especialmente com a quantidade de conhecimento que você tem
agora (Lc 12:48).
Alguém poderia dizer – mas, tudo isso por causa do dízimo. É
claro que não. Não seja tolo. Deus não precisa de seu suado dinheirinho. Se não
é com alegria, então Deus não tem prazer em receber (II Co 9:7) e melhor seria que as portas da Igreja
estivessem fechadas (Ml 1.10).
Se você não fizer, Deus continuará sustentando sua obra. Jerusalém foi
reedificada nos dias de Neemias com dinheiro de Artaxerxes (Ne 2:8). Paulo foi para
Roma e ali evangelizou a casa de César com transporte providenciado pelo
próprio império romano. É por causa do seu coração. É por causa da sua alma. É
porque, se você não se arrepender e não se converter, você nunca terá a
motivação correta para praticar o que o Senhor requer de ti. Você pode até dizimar, pode até ofertar, como
Caim e Saul – mas sua oferta será inútil e ofensiva (Gn 4:5) e seu dízimo reprovável como o dos ricos
contrastados com a viúva pobre (Mc 12:44).
Sabe, você pode sair daqui hoje dizendo: nada a ver. Não vou
mudar. Deus tenha misericórdia de sua alma. Ou pode sair daqui como o publicano
no templo, e exclamar: Senhor, sê propício a mim, pecador (Lc 18:13). Há coisas que
você decide, você é responsável – como nos dias de Josué, quando o antigo
Israel é chamado para escolher a quem servir. Como vai ser? A quem vai servir?
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