terça-feira, 12 de julho de 2016

O QUE HÁ DE ERRADO COM O ESTILO DE VIDA DA IGREJA



Mantenha em sua memória coisas que estão errado com a Igreja: i) sente prazer em criticar pecados e falhas dos irmãos e se tornam insensíveis aos seus próprios pecados; ii) olha com maior simpatia e tolerância para o mundo e não mostra amor para com os da família da fé; iii) tem cada vez menos laços fraternos e cada vez mais amizades mundanas; iv) está cada vez mais cansada de tanto trabalhar que não tem mais forças para se envolver na obra de Deus; v) acha que o dízimo não é instituição de Deus para manutenção de sua Igreja.

Algo está errado quando o membro da Igreja vive de tal maneira que o mundo não consegue perceber a diferença, não se sente motivado a perguntar-lhes a razão da esperança que carregam dentro do coração (I Pe 3.15).

Algo está terrivelmente errado com a Igreja quando alguém com quem os crentes convivem há muito tempo finalmente “descobrem” que eles são membros de uma Igreja e ficam espantados com esta descoberta.

Eu sei que existem “crentes secretos”, crentes que não podem viver a sua fé com a liberdade que temos no Brasil e, enquanto isso, evangelizam, mostram que somente Jesus Cristo é o salvador. Muitos pagam preço altíssimo por isso - alguns a própria vida. Conheci anos atrás um missionário que ia para um país “fechado” para o evangelho e as suas comunicações eram somente por meio de um e-mail - sem nome, sem identificação, sem endereço. Ser descoberto poderia, na melhor das hipóteses, resultar em expulsão e, em casos extremos que tem acontecido com frequência cada vez maior, a execução.

Não há problema com estes crentes - mas e quanto àqueles que, com o mesmo comissionamento de serem testemunhas e com a facilidade de serem testemunhas em sua própria cultura, sem correr nenhum dos riscos que correm tais missionários, são, simplesmente, uma espécie de agentes secretos do reino. Lembra do personagem 007? Os “zeros“ indicavam que o agente James Bond tinha autorização para matar durante as investigações - e ele era apenas o sétimo agente com esta autorização oficial. Tem crente que acha que é como o 007, só que coloca uma vírgula antes do zero... E um zero à esquerda... É zero de leitura da bíblia (nem sequer a leva para a Igreja, e, quando acontece de levar, “esquece-a” porque vai passar na lanchonete, na sorveteria ou a praça); zero de oração (já vi casos de em um grupo de pessoas reunidas num círculo para orar quando abriram os olhos um dos crentes tinha fugido para não orar publicamente); zero de comunhão (basta olhar a chamada da Escola da Bíblia - ainda bem que não tem chamada nas reuniões de oração e cultos de doutrina); zero de evangelização (é absolutamente incapaz de mostrar uma única pessoa que já tenha conduzido a Cristo); zero de contribuição (senão não sobra pro tênis, boné, perfume, bolsa, sorvete, celular, casa, lanche, etc.).

É... Há algo de errado com a Igreja quando seus membros são agentes secretos e não proclamam as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. E, fica aqui a indagação: será que foram chamados mesmo?

Houve um tempo em que o cristão, por onde passasse, era reconhecido imediatamente, eram apontados com zombaria e deles se dizia: “Lá vai o crente...”, ou “... o bíblia”. Seus atos, suas palavras, os ambientes que frequentava, o que bebia... Tudo era uma maneira de testemunhar que havia algo de diferente. E havia. Havia obediência, temor de Deus. Hoje é difícil descobrir quem é crente e quem não é - e isto não só por suas vestes ou seu cabelo, mas por causa da conduta.  Se você tem alguma dúvida experimente ir a qualquer lugar quando sair da Igreja após o culto. Fique por perto, ouça o que dizem (mas só por experiência, ok) e tente identificar quem é crente e quem não é. Se as conversas não ajudarem, seja um pouco mais cuidados e tente identificar pelas roupas - se são decentes ou “exuberantes” demais... quanto de corpo é mostrado, insinuado... Ainda está difícil, não está?

Atente em um detalhe: uns saíram da Igreja, lugar de adoração, e outros se produziram para mostrar o corpo na rua... Quem é quem? Ou será que o propósito de ambos não foi o mesmo? Faça este teste numa noite de festa na Feira Agropecuária. Acho que você não vai se surpreender com o resultado.

Por fim, há crentes que, de tão secretos, mas de tão secretos que conseguem ser, provavelmente são ovelhas desconhecidas até no aprisco do Senhor, e, talvez, com toda a graça de Deus, estejam entre aquelas de quem ele diz serem ovelhas a serem buscadas em outro aprisco. Sabe de quem é este outro aprisco? Sabe quantos rebanhos existem? Sabe quantos senhores existem? Tem alguns que são tão secretos que não poderão sequer fazer como aqueles que ousarão dizer: “Senhor, não fizemos isto e isto em seu nome” a quem o Senhor Jesus dirá: “Nunca vos conheci”. Que triste será - mas deixe eu concluir: não há crente de verdade sem obras, pois a fé que não se expressa em ações é uma fé infrutífera e morta.

Tem crente que é tão secreto, mas tão secreto, que quando tiver que se identificar vai dizer: “Eu sou Crent, Fals Crent”.

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