segunda-feira, 11 de julho de 2016

COMO IDENTIFICAR A VERDADEIRA IGREJA DE CRISTO - At 2.14-21

Imagine que, de repente, você descubra uma pessoa que passou a vida inteira num lugar deserto, sem contato com nenhum grupo social, alguém que nunca teve nenhum contato com a Igreja de Cristo e que, seja por meio de alguma literatura, ou por uma mensagem ouvida no rádio sentiu-se motivado a procurar a igreja de Jesus Cristo, o Salvador.
Imagine que esta pessoa deixe sua morada, faça uma viagem meio sem rumo e chegue até uma cidade qualquer, Xinguara, por exemplo, já serve para o nosso propósito. Imagine que o nosso cidadão é um individuo esperto, apesar de não ser tão civilizado. Ele começa a andar pela cidade e vai olhando as inúmeras denominações existentes, com nomes que não lhe dizem muita coisa: Igreja Presbiteriana, Igreja Batista, inúmeras Assembleias de Deus, Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça, Mundial, Adventista do Sétimo Dia, Adventista da Promessa, Santos dos Últimos Dias, Testemunhas de Jeová, Católica Apostólica Romana, Igreja Congregacional, Cristã do Brasil, Brasil para Cristo, Deus Forte, Igreja Pentecostal Ministério de Fogo e logo em frente a Ministério Água Viva… eu poderia continuar aqui por mais alguns minutos até cansar você com uma lista que parece quase interminável. Mas não pretendo chamar a atenção para denominação alguma – nem mesmo para a minha Igreja, para a Igreja à qual eu pertenço e na qual o Senhor me chamou para ser seu ministro – exigindo de mim compromisso com a verdade e fidelidade a este chamado (I Tm 1.12-17).
Sem identificar qual o seu propósito ele pode começar a perguntar às pessoas o que elas acham das Igrejas, como elas veem o que acontece nelas, e qual o propósito delas. Sei que as respostas podem ser abundantemente divergentes, mas imagino que este homem seja extremamente criterioso e esteja buscando, com afã, encontrar o lugar certo para entregar-se ao Salvador com o qual deseja encontrar-se com urgência e como a maior de suas prioridades.
Depois de um tempo, vamos imaginar que ele finalmente chegou à conclusão de ter encontrado a verdadeira Igreja – presumamos que seja a sua Igreja. Como você acha que ele chegou a esta conclusão? Será que ele teria, de sua Igreja, o mesmo julgamento que é possível ter da Igreja primitiva, especialmente em seu nascedouro, há cerca de vinte séculos?
Vamos ver como aquela Igreja foi conhecida de maneira imediata, segundo o relato da Palavra de Deus em At 2.1-21, embora nossa atenção vá ficar restrita dos versos 14 a 21:
1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. 3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. 4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. 6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?
8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? 9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, 10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, 11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? 13 Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!
14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.
15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.
16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: 17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; 18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. 19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. 20 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.
21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
At 2.14-21

O CONTEXTO HISTÓRICO CULTURAL ONDE A IGREJA NASCEU

Quando ocorreu o evento que historicamente ficou conhecido como o Pentecostes (nome que nada tem a ver com o Espírito Santo, mas com a festa das colheitas feita 50 dias após a páscoa) Pedro e os demais discípulos estavam reunidos no cenáculo da casa de João Marcos quando foram cheios do Espírito Santo e, em seguida, saíram pelas ruas anunciando a Jesus Cristo – a multidão de ouvintes era composta por gentes de 14 regiões com seus respectivos dialetos e cada um deles os ouviu proclamando as grandezas de Deus em sua própria língua materna – com o agravante de que os discípulos eram, em sua maioria, galileus, que falavam um dialeto aramaico específico e não o grego koiné comum àqueles povos (e o koiné não era compartilhado pelos orientais da Pártia, Média, Pérsia, Mesopotâmia e Síria). Alguns duvidaram de aquilo pudesse ser algo espiritual e zombaram acusando-os de bebedice, mas acabaram provendo a atenção necessária para que o evangelho fosse anunciado pela primeira vez em cumprimento à ordem do Senhor revestida de uma promessa de capacitação do alto (At 1:8).
Pedro, como era comum entre os discípulos, toma a palavra e a multidão passa a ouvi-lo atentamente. O público de Pedro e dos demais apóstolos era composto de judeus da Dispersão – também chamados de piedosos (eulabhj) um termo só usado no Novo Testamento para referir-se aos judeus. Era gente que tinha interesse religioso, que queria saber o que estava acontecendo com sua fé mas que em sua maioria nada sabia, de fato, sobre Jesus, a não ser, quem sabe, o que seus familiares tivessem comentado. Embora piedosos eles não receberam a ação direta do Espírito Santo porque ela havia sido prometida primariamente aos discípulos – o que não nos permite esquecer o fato de que eles foram, também, abençoados pelos eventos do pentecostes.
Com a atenção da multidão para um grupo de galileus que não falavam o dialeto galileu mas se expressava com clareza sobre as grandezas de Deus Pedro começa a sua pregação kerigmática: ele a) narra o ministério público de Jesus; b) oferece provas de que em Jesus as profecias se cumpriram; c) mostra o que o Antigo Testamento falava sobre Jesus; d) anuncia o senhorio de Cristo e e) exorta os seus ouvintes a se posicionarem positivamente, mediante arrependimento, fé em Jesus e comprometimento vital, ou conversão.
Nesta ocasião não vamos abordar a mensagem propriamente dita, mas entender, à luz do relato lucano, como a bíblia descreve o primeiro momento da Igreja, como ela se via e como ela era vista, ou em outras palavras, como foi a estreia da Igreja cristã no mundo.

COMO A IGREJA ERA VISTA

14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. 15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.
Quando os discípulos começaram a proclamar as grandezas de Deus, e a multidão começou a afluir para ouvir, ficou simplesmente perplexa, isto é, por algum tempo ficou incapacitada de fazer qualquer espécie de julgamento pois o que viam era incompreensível: como pessoas tidas como iletradas e ignorantes era capazes de expressar-se com clareza em mais de uma dezena de dialetos diferentes e anunciar uma mensagem ao mesmo tempo estranha e que era a resposta para todos os seus anseios, isto é, a vinda do messias, a chegada do salvador. Que messias era esse? O que tinha acontecido? O que estava acontecendo? Era, sem dúvida, uma mensagem estranha, sobre um salvador que se deixou imolar… sobre um Deus que se deixou crucificar… tudo lhes parecia irreal demais, louco demais, inacreditável demais (I Co 1:21).
Os judeus conheciam sua religiosidade formal, seus rituais e seus sacrifícios. Tinham o templo, os sacerdotes, os levitas, os doutos explicadores da lei. Isso já durava séculos e lhes parecia a única forma de religião aceitável – nem mesmo abundantes sinais foram suficientes para convencê-los e eles insistiam em pedir sinais (Jo 2:18), e continuariam a fazê-lo simplesmente porque eram cegos que viam mas não criam (Jo 9:41). Os gentios eram mais adeptos às historias épicas, sobre heróis que conquistavam cidades e enfrentavam deuses e monstros… ou adeptos de filosofias que não admitiam que nada material pudesse possuir ou produzir algum bem espiritual. Nenhum dos dois era capaz de discernir as coisas do Espírito (I Co 2:14).
Inaptos para discernirem as coisas do Espírito só lhes restava comparar a Igreja com o que conheciam – e o desassombro, a ousadia, a firmeza com que os discípulos anunciavam o reino de Deus mediante Jesus Cristo só poderia, aos seus olhos, ser considerada algum tipo de embriaguez. Não poderia ser algum tipo de loucura, pois eram muitos pregando a mesma coisa. Então, tinha que ser outra coisa, algo que todos poderiam ter feito ao mesmo tempo. Seu veredicto tolo e apressado é: embriaguez. Sim, tolo e apressado porque, se eram galileus que julgavam ignorantes quando sóbrios, pior ainda seriam se embriagados.
Isto não difere muito da forma como o mundo não cristão olha para a Igreja que busca permanecer fiel ao Senhor e a sua Palavra: se não entendem, então, a julgam, de modo que os cristãos são considerados tolos, manipulados e manipuladores, retrógrados, bobos, quadrados, descontextualizados, antiquados e um monte de adjetivos pejorativos. Quando a Igreja é julgada desta forma, nada diferente do que diziam dos cristãos primitivos (ébrios), cuja mensagem confrontava e afrontava a religião formal e estéril (At 17:6). Mas ela só será julgada assim se for um corpo estranho no mundo.

COMO A IGREJA SE VIA

15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. 16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: 17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; 18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. 19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. 20 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.
Recentemente um projeto de lei tentou mudar a nominação legal das Igrejas, de entidades religiosas para sociedades religiosas. Parece coisa de pouca importância, mas isto tornava cada membro da Igreja um sócio da mesma, podendo ser responsabilizado civilmente como se fosse uma empresa qualquer. Muitos cristãos não se incomodaram com a mudança, e muitos donos de igreja consideraram a coisa natural – desde que continuassem isentos de impostos.
Ao mesmo tempo, muitos consideram a Igreja como algo semelhante a um clube, uma associação onde passam algumas horas por semana, e onde podem usufruir de alguns benefícios pois sempre terá alguém prestando algum tipo de serviço. Há muitas considerações sobre o que é a Igreja, e inclusive considerações teológicas verdadeiras, como, por exemplo, considerá-la o corpo de Cristo. Mas é como a Igreja do pentecostes (e não devemos confundi-la com os grupos pentecostistas) se via que queremos identificar esta Igreja: ela se via como o cumprimento da promessa redentiva de Deus. Ela não era outra coisa senão o cumprimento da promessa de Deus de derramar do seu Espírito sobre toda a carne (Jl 2:28). O que a Igreja dizia era que o povo de Deus não precisava mais esperar o Messias. Ela estava ali justamente para atestar o fim da esperança messiânica.
Os judeus estavam convictos (e com razão) de que eram o povo escolhido por Deus (Am 3:2), mas ao mesmo tempo lidavam com as enormes frustrações de dominações e exílio justamente por seus desvios, frustrações que nem mesmo reis como Davi ou Salomão conseguiram superar completamente – chegando a conclusão que homem algum poderia colocá-los na posição de proeminência mundial que julgavam sua de direito: isso só Deus poderia fazer, passando a aguardar, então, a chegada do Messias, que seria marcada pelo grande e terrível dia do Senhor, o dia da intervenção de Deus na história.
A mensagem da Igreja a respeito de Jesus substituía o desânimo de uns e a frustração de outros pela certeza. Jesus era o fim, o qeloj, isto é, a realização, e não a frustração da esperança messiânica. Nele as promessas se cumprem e o reino é chegado (Lc 11:20). Jesus é apresentando pela igreja primitiva como aquele que dá sentido a toda a história – sua vinda representa a intervenção de Deus na história humana causando uma transformação que somente os que obedecem ao Senhor já poderiam experimentar (At 5:32). A vinda de Jesus, sua vida, morte e ressurreição tinham o desígnio de afetar todos os aspectos da história humana, não sem razão esta história é dividida, apesar de um pequeno erro de cálculo, em antes e depois de seu nascimento.
O que a Igreja está dizendo àqueles milhares de judeus é: "Por muitas gerações sonhastes com o Dia do Senhor, o dia em que Deus irromperia na história. Agora, em Jesus, esse dia chegou". Dezenas de milhares deles podiam testemunhar que, de fato, viram os eventos que se seguiram à morte de Jesus e foram registrados por Lucas (Lc 23.44-45) exatamente como fora previsto por Joel. Temos o impressionado testemunho de um não judeu que reconhece ser Jesus Cristo o Filho de Deus (Mt 27:54), reconhecimento que só poderia ser feito mediante o próprio Deus (Mt 16:17).
A Igreja não era outra coisa senão o efetivo cumprimento das profecias a respeito do novo povo de Deus, o povo do messias, o povo que era, de fato, sacerdócio real e nação santa (I Pe 2:9), a nação formada por suas testemunhas (Is 43:10).

O QUE A IGREJA DEVIA SER

21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
O terceiro aspecto que queremos destacar neste texto é que a Igreja tinha uma clara visão de sua missão: ela não era um clube religioso. Ela não era uma associação de crentes que se limitariam a aguardar o retorno prometido do Senhor Jesus. Ela era uma comunidade com uma mensagem. Melhor ainda, ela era a comunidade com a mensagem. E a sua mensagem era a respeito de Jesus.
A Igreja sabia que sua existência tinha um propósito: ela existia para proclamar as virtudes daquele que a tirou das trevas para a sua maravilhosa luz. Ela existe para proclamar as virtudes daquele que as tirou das trevas para a sua maravilhosa luz. Ela continuará existindo e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18) porque ela existe para anunciar em claro alto som que só há salvação em Jesus Cristo (At 4:12 - E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos), o único que pode fazer a mediação entre o Deus infinitamente santo e os homens, infinitamente pecadores (I Tm 2:5) porque ele, o justo, morreu em favor desta multidão de injustos (I Pe 3:18).
Foi em Cristo, e só em Cristo, que Deus estava com o propósito de reconciliar o mundo consigo mesmo (II Co 5:19). E esta mensagem é da Igreja (II Co 5:18). Nenhum outro organismo sobre a terra tem a honra e a obrigação, e o dever, de cumprir esta tarefa – ainda que a Igreja estabeleça ONGs, creches, asilos e coisas semelhantes, esta tarefa é, foi e sempre será da Igreja.
Foi assim nos primeiros dias (At 5:29), foi assim no ministério imediatamente posterior (I Co 9:16) e deve ser sempre assim (At 18:9) e, caso ela se cale obedecendo ao mundo terão contra si o clamor deste mesmo mundo (Lc 19:40 ).
É preciso insistir neste ponto: a Igreja era a comunidade dos que creram (At 4:32) havia gentes de numerosas nações, cumprindo tipificamente a profecia de Joel. Mas esta multidão não era composta por crentes silenciosos, por agentes secretos do reino de Deus, como acontece hoje – agentes tão secretos, mas tão secretos, que talvez nem Deus tenha seus nome escritos na lista de seus embaixadores, no livro da vida. Assim que são tornados Igrejas são tornados também testemunhas públicas (At 1:8) e deveriam falar a todos do que viram, ouviram e experimentaram (I Jo 1.1-) porque não podiam deixar de fazê-lo (At 4:20).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Imaginemos aquele nosso personagem chegando até sua Igreja. Talvez falem muitas coisas dela - talvez até falem coisas ruins, e isto não é problema desde que não seja verdade (Mt 5:11) como aconteceu com a Igreja no dia do pentecostes.
A defesa de Pedro sobre o que esteava acontecendo na Igreja foi simples - assim como um justo não precisa ficar buscando explicações ou justificativas se não cometeu nenhum crime.
Imaginemos que aquele personagem chegue à conclusão que a Igreja é realmente o corpo vivo de Cristo, o cumprimento das promessas e profecias feitas pelo Senhor através dos séculos de revelação registrados nas Escrituras. E você é parte desta Igreja. Agora, falta apenas uma coisa: você precisa instruí-lo na verdade, você precisa dizer-lhe o que Jesus tem feito por ti (Lc 8:39), precisa discipulá-lo como Filipe fez com o eunuco para fazer dele um discípulo do Senhor (Mt 28:19) ensinando-lhe todas as coisas que o Senhor tem ensinado (Mt 28:20).
Não importa o mundo diga da Igreja, não importa a maneira como a julgue - seu julgamento sempre será contaminado pelo ódio que sente pelo Senhor da Igreja (Jo 15:19). O mundo só não pode ter razões para falar contra a Igreja, seu testemunho deve ser irrepreensível (I Pe 3:16).
Mas... Você, Igreja, precisa ir mais além. Precisa proclamar as virtudes, isto é, aquilo que Jesus fez e falou... Precisa dizer ao mundo que só há salvação em Jesus Cristo. Precisa dizer a todos que Jesus é o único mediador. Precisa afirmar que ele é o Filho eterno de Deus e precisa saber explicar isso com as Escrituras nas mãos. Enfim, precisa entregar a mensagem que lhe foi confiada, se és, realmente, parte da Igreja do Senhor.
Não faz muito sentido alguém ser salvo e não saber dizer nada sobre seu salvador. Nem o cego de nascença passou por isso - ele, ao menos, sabia o que ele era (Jo 9:17) e o que lhe tinha sido feito (Jo 9:15), os resultados de sua ação (Jo 9:25  Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo) a ponto de ensinar correta teologia aos doutores da lei (Jo 9.30-33) e depois soube quem fez (Jo 9.35-38).
Cristão, Igreja, faça o mesmo: creia, adore, e anuncie o que Jesus lhe fez.

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