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10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja
mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu
não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.
11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não
vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o
SENHOR dos Exércitos.
12 Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis
uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.
Ml 3.10-12
Já disseram mais de uma vez que todo ser humano tem em seu
coração, isto é, na sede de seus anseios, no mais profundo do seu ser, um vazio
que nem todas as coisas do mundo inteiro podem preencher. Embora não com estas
mesmas palavras, o Senhor Jesus também ensinou sobre este enorme vazio ao
contar a historia de um homem que ajuntou grande quantidade de mantimentos em
um celeiro e resolveu dar descanso a sua própria alma [Mt 16.26 -
Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou
que dará o homem em troca da sua alma?] – não sabendo que, mesmo
ganhando o mundo inteiro, ele ainda continuava vazio e nem todos os tesouros do
mundo são suficientes para resgatá-lo deste estado [Sl 49-7-10 - Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a
Deus o seu resgate: (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a
tentativa para sempre), para que continue a viver perpetuamente e não veja a
cova; porquanto vê-se morrerem os sábios e perecerem tanto o estulto como o
inepto, os quais deixam a outros as suas riquezas]. Este fenômeno
também é visto na vida da Igreja – ela pode achar-se rica, abastada mas não
passar de um amontoado de pessoas pobres, cegas e nuas [Ap 3.17 - ...pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem
sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu].
A palavra que define o homem é: “insatisfeito”. Para a
direita ou para esquerda, rico ou pobre, gordo ou magro, alguém sempre está
insatisfeito com alguma coisa. Mesmo a mais bela das mulheres, o mais forte dos
homens, o mais sábio dos mestres... todos, sempre e sempre insatisfeitos. Não
há limite para a insatisfação humana. Ou há: o dia da prestação de contas
perante o Senhor.
Sim, a verdade é que está faltando algo. Não conseguimos a
satisfação completa das nossas necessidades – e quanto mais perto o homem chega
de ser considerado realizado, mais vazio é o sentimento que vem em seguida, com
cuidados cada vez maiores para manter as conquistas e ambições cada vez mais
desmedidas por aumentá-las, talvez com medo de que algo lhe venha a faltar. E o
medo de não ter o suficiente certamente conduz à infidelidade e a avareza.
Considerando as
palavras de Deus através de Malaquias, considerando que Deus só tem deveres
auto impostos e baseados em sua fidelidade a si mesmo, chegamos à conclusão que
há três verdades fundamentais neste texto: i. Abençoar; ii. Proteger o meio de
sustento dando prosperidade e iii. Promover a felicidade – mas todos estes
compromissos referem-se somente ao seu relacionamento pactual com os fiéis.
O ser humano tem uma forte tendência a tornar-se um
colecionador, desejando ter mais do que realmente necessita. Alguns chegam ao
estado de se tornarem acumuladores – até mesmo de coisas absolutamente inúteis.
Mas o fato é que não precisamos da maioria das coisas que temos. Provavelmente
a maioria de nós seria considerada milionária se comparado ao cidadão comum,
por exemplo, da idade média. A grande maioria não possuía sapatos e sequer
passava pela cabeça ter um guarda-roupas em casa porque simplesmente não havia
roupas para serem guardadas. Sofás, camas e cadeiras numa casa simples –
impossível. Mas, o que há em comum entre o homem da cidade moderna e o homem da
cidade antiga é a insaciedade, me
permitam o neologismo, que reina em seu coração.
Quando Deus deu a terra de Canaã aos hebreus deu-lhes também
leis, ordenanças, estatutos, juízos, mandamentos, etc... Deus lhes deu uma
terra que, sob sua bênção, produzia e produziria alimento em abundância. Diante
da terra, com os exércitos prontos para avançarem sobre o Rio Jordão, Moisés
reuniu o povo e lembrou-lhes a Lei do Senhor. Entre estes mandamentos estava o
de entregarem para os levitas [Nm 18.20 -Disse também o SENHOR a Arão: Na sua terra, herança
nenhuma terás e, no meio deles, nenhuma porção terás. Eu sou a tua porção e a
tua herança no meio dos filhos de Israel] os seus dízimos e ofertas voluntárias,
além das ofertas específicas previstas na lei.
O
propósito de Deus com isso era levá-los a confiarem que Deus os abençoaria de
tal modo que sempre haveria mais que o suficiente para si mesmos [Dt 28.12 - O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o
céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda obra das tuas
mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado]. Não faltaria ao fiéis o sustento, mas a condição
para isso era a da obediência [Dt 14.22-23
- Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após
ano se recolher do campo. E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher
para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu
vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para
que aprendas a temer o SENHOR, teu Deus, todos os dias].
Precisamos entender que Deus
não precisava separar uma tribo para dirigir o culto – mas ele o fez. Deus poderia ter dado terras aos levitas,
mas ele preferiu ser, ele próprio, a sua porção e a sua herança. Deus não precisava criar um número de
sacerdotes num reino que deveria ser sacerdotal [Êx 19:6 - ...vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas
as palavras que falarás aos filhos de Israel] mas ele os estabeleceu
para tipificar o nosso grande sumo-sacerdote, Jesus Cristo.
E foi depois de Cristo e em Cristo que ele estabeleceu um
novo povo, uma nação santa, sacerdócio real [I Pe 2.9 - Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa,
povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz]. E
para educar o povo no temor do Senhor ele instituiu os dízimos que só são
entregues depois da bênção recebida, e não para receber a bênção como,
lamentavelmente, tem-se ouvido em todos os cantos.
O Israel pós-exílio estava se esquecendo do plano de Deus –
e se esquecia, também, de que é Deus quem lhes envia a chuva, tanto a serôdia
quanto a temporã. Israel não precisava temer a fome [Jl 2.22-27: Não
temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o
arvoredo dará o seu fruto, a figueira e a vide produzirão com vigor.
Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus, porque
ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva
temporã e a serôdia. As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão
de vinho e de óleo. Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo
gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que
enviei contra vós outros. Comereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis
o nome do SENHOR, vosso Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu
povo jamais será envergonhado. Sabereis que estou no meio de Israel e que eu
sou o SENHOR, vosso Deus, e não há outro; e o meu povo jamais será envergonhado].
Tudo o que você precisa é ser justo, trabalhar honestamente
e temer ao Senhor em todos os seus caminhos.
A história de Israel está repleta de provas da suficiência
de Deus na sua vida. Nosso olhar ordinariamente se volta para a saída do Egito
e a manutenção do povo por 40 anos no deserto [Dt 29:5 -
Quarenta anos vos conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as vossas
vestes, nem se gastou no vosso pé a sandália] porque o Senhor os
tinha abençoado grandemente [Dt 2.7 - Pois o SENHOR, teu Deus, te abençoou em toda a obra
das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto; estes quarenta anos
o SENHOR, teu Deus, esteve contigo; coisa nenhuma te faltou] mas não
podemos esquecer que a própria ida
para o Egito foi uma ação de Deus para que Israel tivesse sustento e pudesse se
desenvolver numa espécie de “incubadora” em Gósen [Ex 1.7 -
Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram,
e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles].
Ainda poderíamos citar rochas vertendo água, águas amargas
se tornando potáveis, corvos levando alimento para um profeta, vasilhames onde
o alimento não se esgotava. Mas há um evento que me chama especial atenção. O
reino estava dividido, Samaria havia caído na mais crassa idolatria. Acabe se
tornara especialmente odioso e após sua morte sua Jezabel continuava promovendo
o mal enquanto seus filhos, Acazias e Jorão, reinava. A cidade estava cercada e
o povo sofria com terrível fome a ponto de duas mulheres acordarem cozerem seus
filhos numa tentativa desesperada de sobreviverem [II Rs
6.28-29 - Perguntou-lhe o rei: Que tens? Respondeu ela: Esta mulher me disse:
Dá teu filho, para que, hoje, o comamos e, amanhã, comeremos o meu. Cozemos,
pois, o meu filho e o comemos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá o teu
filho, para que o comamos, ela o escondeu].
No auge do desespero o rei resolve voltar-se contra Deus e
ordena a morte de Eliseu – mas o que acontece na sequência é a morte de Jorão,
rei de Samaria, Josafá, rei de Judá, do capitão da guarda que disse que mataria
Eliseu e da ímpia Jezabel, lançada de uma janela e em seguida atropelada pelo
carro de Jeú. Mas o evento mais importante desta história é o fato de que, sem
o uso de uma flecha sequer, o exército siro de Ben-Hadade abandonou
apressadamente o cerco e o problema da fome foi resolvido pois acreditavam
estarem sendo atacados por um grande exército e fugiram deixando para trás seus
víveres.
Os judeus dos dias de Malaquias conheciam esta e tantas
outras histórias de Deus suprindo a necessidade de seu povo. Até mesmo o exílio
babilônico, paradoxalmente ao que se poderia pensar, foi uma ação de Deus para
preservar e sustentar o seu povo. A maioria das outras nações que foram
dominadas pelos assírios desapareceram das páginas da história. Delas só restam
relatos e vestígios arqueológicos. Mas não foi assim com Israel. Com homens
como Daniel, Sadraque, Mesaque, Abede-Nego dando bom testemunho na corte logo
no começo do exílio, com Mordecai e Ester num período intermediário e,
posteriormente, com servos com Esdras e Neemias os judeus conseguiram
sobreviver à perseguição até mesmo dentro dos muros imperiais – e agora estavam
de volta para reconstruir a nação – mas
estavam se esquecendo do pacto estabelecido desde a entrada na terra prometida:
eles deveriam dar o dízimo de suas rendas para a manutenção da casa do Senhor [Dt 14.22-23
- Certamente, darás os dízimos
de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo. E,
perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu
nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos
das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o SENHOR, teu
Deus, todos os dias).
Israel não podia incorrer no risco de dizer: se eu der o
dízimo vai me fazer falta – porque o que eles estavam usufruindo era algo que
eles já não tinham e Deus lhes havia
dado. Mas eles só fariam isso se fossem gratos a Deus e se confiassem que ele
era capaz de suprir suas necessidades.
Creio que Deus não mudou, e que o coração dos homens não
mudou nem um pouco nestes vinte e cinco séculos: aqueles que não confiam em
Deus continuam não sendo fiéis na entrega dos seus dízimos. Aqueles que não
confiam em Deus continuam não reconhecendo Deus como a origem de todas as
bênçãos [I Cr 29.14 - Porque
quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas
coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos].
Tudo o que você precisa para ser fiel dizimista é reconhecer
que tudo o que tem e é vem de Deus e deve ser consagrada como oferta ao Senhor.
Uma pesquisa fez um levantamento em 168 países do mundo com
o objetivo de descobrir quais seriam os países mais felizes e mais infelizes do
mundo, baseando seus dados na percepção dos seus habitantes sobre uma série de
índices, como emoção, sentimentos e expectativas futuras, mas sem deixar de
considerar índices econômicos, educacionais e segurança, por exemplo. Como
resultado as nações mais infelizes do mundo são: Togo (África); Burundi (África);
Comores (África); Camboja (Ásia); Serra Leoa (África); Burkina
Faso (África); Ruanda (África); Níger (África); Haiti (América Central); 10º. Benin (África).
Também figuram nesta lista Irã, Iraque, Síria, Afeganistão, Congo, Sudão do Sul, Palestina, Chade, Geórgia. Todos
eles têm em comum um histórico de guerras [que sempre trazem miséria] e um fato
surpreendente: nenhum deles pode ser considerada uma nação onde a Palavra de
Deus seja ou jamais tenha sido, de fato, reconhecida como autoritativa [Sl 33.12 - Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o
povo que ele escolheu para sua herança]. Só para constar: todos os
cinco países na liderança deste ranking são ou foram nações onde a bíblia fez
parte da sua construção histórica nos últimos 500 anos: Dinamarca (Europa);
Finlândia (Europa); Noruega (Europa); Suécia (Europa)
e Holanda (Europa).
Israel, historicamente, oscilava entre ser uma nação feliz e
bem-sucedida, como Deus disse que seria, e uma nação na mais absoluta desgraça
[Lm 2:1-4 - Como o Senhor cobriu de nuvens, na sua ira, a
filha de Sião! Precipitou do céu à terra a glória de Israel e não se lembrou do
estrado de seus pés, no dia da sua ira. Devorou o Senhor todas as moradas de
Jacó e não se apiedou; derribou no seu furor as fortalezas da filha de Judá;
lançou por terra e profanou o reino e os seus príncipes. No furor da sua ira,
cortou toda a força de Israel; retirou a sua destra de diante do inimigo; e ardeu
contra Jacó, como labareda de fogo que tudo consome em redor. Entesou o seu
arco, qual inimigo; firmou a sua destra, como adversário, e destruiu tudo o que
era formoso à vista; derramou o seu furor, como fogo, na tenda da filha de Sião].
A diferença entre bem-aventurança e desgraça era uma só: a
obediência a Deus traria como fruto a bênção e a prosperidade, a desobediência
geraria frutos amargos enviados pelo próprio Senhor [Is 1:18-20
- Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam
como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam
vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes,
comereis o melhor desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis
devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse].
Ninguém quer ser infeliz. No mais íntimo do nosso ser
aspiramos à felicidade, à bem-aventurança – e vivemos correndo de um lado para
o outro tentando alcançá-la. Carros cada vez mais potentes, casas mais
“apaineladas”, “smarts” cada vez
mais rápidos, mais avançados, mais poderosos, mais interativos... queremos a
felicidade e tudo fazemos para parecer mais bonitos e mais felizes...
investimos, corremos, e às vezes vamos deixando para trás o que realmente
importa, esquecendo que todas as bênçãos
de Deus para nós virão dele, serão derramadas sobre os seus e delas eles não
poderão escapar [Dt 28.1-3 - Se atentamente ouvires
a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos
que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da
terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão
todas estas bênçãos: Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo].
E isto não é tudo.
Para saber mais sobre as bênçãos que Deus promete fazer vir sobre seu povo
continue lendo o capítulo 28, até o verso 14 do livro de Deuteronômio. Não se
esqueça que este discurso de Moisés foi proclamado diante do povo pouco antes
de Deus lhes dar a terra prometida. Moisés estava lhes dizendo como seria sua
vida se eles fossem fiéis, se eles vivessem confiando que Deus era capaz de
suprir suas necessidades e lhes dar a felicidade. A promessa de Deus é: eu lhes
abençoarei, e vocês me serão fiéis – e eu lhes abençoarei mais ainda, e vocês continuarão
sendo fiéis, e poderão exclamar com indizível alegria: grandes coisas o Senhor
tem feito por nós [Sl 126:3 - Com efeito, grandes
coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres].
Uma das mais belas
expressões de felicidade que encontramos na bíblia está no salmo 89. O povo de
Deus é descrito como um povo que conhece vivas de júbilo porque nada na luz da
presença do Senhor [Sl 89.15 - Bem-aventurado o povo
que conhece os vivas de júbilo, que anda, ó SENHOR, na luz da tua presença].
O que você precisa
é confiar no Senhor, ser-lhe fiel e experimentar a alegria de andar na luz da
presença do Senhor – e as bênçãos do Senhor virão sobre ti, e te alcançarão.
Entretanto,
precisamos concluir lembrando algo que é de suma importância: como não há
ninguém absolutamente fiel, todas as bênçãos recebidas, no final das contas,
são resultado da misericórdia de Deus sendo derramada sobre a vida do seu povo.
Deixe eu dar-lhes
um último exemplo de colher o fruto da obediência – mesmo quando esta
obediência parece irracional. Parte de Israel se tornara terrivelmente
desobediente sob a liderança de Acabe e Jezabel e, por causa disso, o Senhor
cerraria os céus durante três anos. Fome e sede vieram sobre a terra, e Elias
dirige-se, a mando do Senhor, para Sarepta com uma ordem muito simples: vai
comer lá, porque eu mandei que ela lhe desse comida [I Rs 17.9 - Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom,
e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida].
Tudo na ordem de
Deus era irracional. Elias estava sendo procurado por Jezabel. Jezabel era
filha de Etbaal, de Sidom [e Sarepta estava localizada em Sidom]. Tudo o que
Elias podia esperar era ser denunciado por uma sidônia – que, quem sabe,
poderia obter uma recompensa por sua “delação premiada” e assim garantir
suprimento para ela e seu filho. Mas Elias obedeceu. E aquela mulher obedeceu a
Deus.
Ela deu comida a
Elias, mesmo sabendo que aquela porção faria falta para ela e para seu filho.
Ela deu comida primeiro a Elias, mesmo tendo que suprir outra necessidade com
aquela porção que tinha em mãos. Ela deu aquela porção a Elias, porque Deus
mandara que ela fizesse assim, mesmo sendo aquela a última porção disponível. A
história é conhecida, mas eu quero apenas dizer-lhes das consequências da
obediência daquela mulher: sua panela sempre teve farinha, e seu vaso [I Rs 17:14 - Porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: A
farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até
ao dia em que o SENHOR fizer chover sobre a terra]. Mas a história não para aí. Quando o
filho da viúva morre Elias ora ao Senhor e ele lhe restaura a vida [I Rs 17:22 - O SENHOR atendeu à voz de Elias; e a alma do
menino tornou a entrar nele, e reviveu].
A chave é confiar
em Deus.
Confiar em Deus,
crendo nele como a fonte de todas as bênçãos, porque toda boa dádiva e todo dom
perfeito vem de Deus [Tg 1:17 - Toda boa dádiva e todo
dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode
existir variação ou sombra de mudança].
Confiar em Deus,
crendo nele como aquele que lhe dará todo o sustento necessário [Fp 4:19 - E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há
de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades].
Confiar em Deus,
crendo nele como aquele que é o único que pode lhe dar a verdadeira felicidade,
independente das circunstâncias [Is 30.18 -
Por isso, o SENHOR espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se
compadecer de vós, porque o SENHOR é Deus de justiça; bem-aventurados todos os
que nele esperam].
Você só precisa de
uma coisa, afinal, para ser feliz: confiar em Deus, mas confiar integralmente
em Deus. Confiar sua vida, sua casa, seu futuro, seu sustento. Tudo, mas tudo
mesmo, colocado nas mãos de Deus [Êx 20:24 -
Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, as
tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar onde eu
fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei].