domingo, 25 de setembro de 2016

O QUE UM CRENTE FAZ



O que um cristão faz? Não se trata de uma pergunta para ver o que o cristão pode ou não pode fazer. Já vi tantas listas de coisas que os cristãos costumam fazer e coisas que os cristãos são proibidos de fazer que isto chega a ser aborrecido. Certa vez um amigo, membro de uma denominação não ortodoxa me mostrou a sua “carteirinha de crente”, com direito a foto, RG, CPF, cargo na igreja, etc... era até bem bonitinha... No verso tinha uma listinha de “lembranças pastorais” sobre o que o crente não pode fazer.
Não era uma daquelas listas que circulam na internet, até porque, na época, a internet ainda era uma coisa extremamente restrita [1997], computadores ainda eram os famosos 386, Pentium 100 com absurdos 32Mb de HD, tudo funcionando na base do DOS e do revolucionário Windows 3.11. A listinha era “à vera”, e ele me disse que era diferente para quem tinha cargos e quem não os tinha.
A bíblia também faz um monte de listinhas de não pode. Ela as chama de obras da carne [veja Gl 5; Mt 15; Mc 7; Ap 21]. Ela também faz uma lista dos deveres do crente. Ela os chama de fruto do espírito [Gl 5;hb 12; Mt 25].
Não é incomum conversarmos com pessoas que se dizem quase crentes [e isto já foi um elogio] porque, afinal, não bebem, não fumam, não roubam, não matam...
Talvez você consiga fazer uma listinha de coisas que crentes não fazem. Vamos brincar um pouquinho?
1. ________________________________________________
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Agora, vamos fazer uma coisa um pouquinho mais séria. O que um crente faz? Não pense nos deveres eclesiásticos apenas, mas o que um crente verdadeiramente faz? Consegue listar ações que caracterizam um crente, alguém que foi chamado das trevas para a maravilhosa luz de Deus, para o reino do seu amor?
O que faz de um crente um crente? e o que um crente faz por ser crente no Senhor Jesus, lavado e remido pelo seu precioso sangue? Aqui não cabe listinha. Não espero que você seja perfeito, afinal, enquanto ainda neste tabernáculo terrestre temos que lidar com a agoniante luta contra o pecado e pela graça de Deus contamos com a ajuda do Espírito Santo e com o melhor advogado, Jesus.

domingo, 18 de setembro de 2016

RAZÕES ÍMPIAS PARA NÃO SER DIZIMISTA: [ARTIGO COMPLETO] VII - NÃO ACREDITAR QUE A SUFICIÊNCIA ESTÁ EM DEUS

O artigo foi publicado em partes independentes, mas caso alguém se interesse em baixar o artigo completo, aqui está, inclusive com os textos bíblicos e não apenas a referência.

10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.
11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.
12 Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.
Ml 3.10-12

Já disseram mais de uma vez que todo ser humano tem em seu coração, isto é, na sede de seus anseios, no mais profundo do seu ser, um vazio que nem todas as coisas do mundo inteiro podem preencher. Embora não com estas mesmas palavras, o Senhor Jesus também ensinou sobre este enorme vazio ao contar a historia de um homem que ajuntou grande quantidade de mantimentos em um celeiro e resolveu dar descanso a sua própria alma [Mt 16.26 - Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?] – não sabendo que, mesmo ganhando o mundo inteiro, ele ainda continuava vazio e nem todos os tesouros do mundo são suficientes para resgatá-lo deste estado [Sl 49-7-10 - Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate: (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre), para que continue a viver perpetuamente e não veja a cova; porquanto vê-se morrerem os sábios e perecerem tanto o estulto como o inepto, os quais deixam a outros as suas riquezas]. Este fenômeno também é visto na vida da Igreja – ela pode achar-se rica, abastada mas não passar de um amontoado de pessoas pobres, cegas e nuas [Ap 3.17 - ...pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu].
A palavra que define o homem é: “insatisfeito”. Para a direita ou para esquerda, rico ou pobre, gordo ou magro, alguém sempre está insatisfeito com alguma coisa. Mesmo a mais bela das mulheres, o mais forte dos homens, o mais sábio dos mestres... todos, sempre e sempre insatisfeitos. Não há limite para a insatisfação humana. Ou há: o dia da prestação de contas perante o Senhor.
Sim, a verdade é que está faltando algo. Não conseguimos a satisfação completa das nossas necessidades – e quanto mais perto o homem chega de ser considerado realizado, mais vazio é o sentimento que vem em seguida, com cuidados cada vez maiores para manter as conquistas e ambições cada vez mais desmedidas por aumentá-las, talvez com medo de que algo lhe venha a faltar. E o medo de não ter o suficiente certamente conduz à infidelidade e a avareza.
Considerando as palavras de Deus através de Malaquias, considerando que Deus só tem deveres auto impostos e baseados em sua fidelidade a si mesmo, chegamos à conclusão que há três verdades fundamentais neste texto: i. Abençoar; ii. Proteger o meio de sustento dando prosperidade e iii. Promover a felicidade – mas todos estes compromissos referem-se somente ao seu relacionamento pactual com os fiéis.

O ser humano tem uma forte tendência a tornar-se um colecionador, desejando ter mais do que realmente necessita. Alguns chegam ao estado de se tornarem acumuladores – até mesmo de coisas absolutamente inúteis. Mas o fato é que não precisamos da maioria das coisas que temos. Provavelmente a maioria de nós seria considerada milionária se comparado ao cidadão comum, por exemplo, da idade média. A grande maioria não possuía sapatos e sequer passava pela cabeça ter um guarda-roupas em casa porque simplesmente não havia roupas para serem guardadas. Sofás, camas e cadeiras numa casa simples – impossível. Mas, o que há em comum entre o homem da cidade moderna e o homem da cidade antiga é a insaciedade, me permitam o neologismo, que reina em seu coração.
Quando Deus deu a terra de Canaã aos hebreus deu-lhes também leis, ordenanças, estatutos, juízos, mandamentos, etc... Deus lhes deu uma terra que, sob sua bênção, produzia e produziria alimento em abundância. Diante da terra, com os exércitos prontos para avançarem sobre o Rio Jordão, Moisés reuniu o povo e lembrou-lhes a Lei do Senhor. Entre estes mandamentos estava o de entregarem para os levitas [Nm 18.20 -Disse também o SENHOR a Arão: Na sua terra, herança nenhuma terás e, no meio deles, nenhuma porção terás. Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel] os seus dízimos e ofertas voluntárias, além das ofertas específicas previstas na lei.
O propósito de Deus com isso era levá-los a confiarem que Deus os abençoaria de tal modo que sempre haveria mais que o suficiente para si mesmos [Dt 28.12 - O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado]. Não faltaria ao fiéis o sustento, mas a condição para isso era a da obediência [Dt 14.22-23 - Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo. E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o SENHOR, teu Deus, todos os dias].
Precisamos entender que Deus não precisava separar uma tribo para dirigir o culto – mas ele o fez. Deus poderia ter dado terras aos levitas, mas ele preferiu ser, ele próprio, a sua porção e a sua herança. Deus não precisava criar um número de sacerdotes num reino que deveria ser sacerdotal [Êx 19:6 - ...vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel] mas ele os estabeleceu para tipificar o nosso grande sumo-sacerdote, Jesus Cristo.
E foi depois de Cristo e em Cristo que ele estabeleceu um novo povo, uma nação santa, sacerdócio real [I Pe 2.9 - Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz]. E para educar o povo no temor do Senhor ele instituiu os dízimos que só são entregues depois da bênção recebida, e não para receber a bênção como, lamentavelmente, tem-se ouvido em todos os cantos.
O Israel pós-exílio estava se esquecendo do plano de Deus – e se esquecia, também, de que é Deus quem lhes envia a chuva, tanto a serôdia quanto a temporã. Israel não precisava temer a fome [Jl 2.22-27: Não temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, a figueira e a vide produzirão com vigor. Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia. As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de óleo. Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros. Comereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis o nome do SENHOR, vosso Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu povo jamais será envergonhado. Sabereis que estou no meio de Israel e que eu sou o SENHOR, vosso Deus, e não há outro; e o meu povo jamais será envergonhado].
Tudo o que você precisa é ser justo, trabalhar honestamente e temer ao Senhor em todos os seus caminhos.

A história de Israel está repleta de provas da suficiência de Deus na sua vida. Nosso olhar ordinariamente se volta para a saída do Egito e a manutenção do povo por 40 anos no deserto [Dt 29:5 - Quarenta anos vos conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as vossas vestes, nem se gastou no vosso pé a sandália] porque o Senhor os tinha abençoado grandemente [Dt 2.7 - Pois o SENHOR, teu Deus, te abençoou em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto; estes quarenta anos o SENHOR, teu Deus, esteve contigo; coisa nenhuma te faltou] mas não podemos esquecer que a própria ida para o Egito foi uma ação de Deus para que Israel tivesse sustento e pudesse se desenvolver numa espécie de “incubadora” em Gósen [Ex 1.7 - Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles].
Ainda poderíamos citar rochas vertendo água, águas amargas se tornando potáveis, corvos levando alimento para um profeta, vasilhames onde o alimento não se esgotava. Mas há um evento que me chama especial atenção. O reino estava dividido, Samaria havia caído na mais crassa idolatria. Acabe se tornara especialmente odioso e após sua morte sua Jezabel continuava promovendo o mal enquanto seus filhos, Acazias e Jorão, reinava. A cidade estava cercada e o povo sofria com terrível fome a ponto de duas mulheres acordarem cozerem seus filhos numa tentativa desesperada de sobreviverem [II Rs 6.28-29 - Perguntou-lhe o rei: Que tens? Respondeu ela: Esta mulher me disse: Dá teu filho, para que, hoje, o comamos e, amanhã, comeremos o meu. Cozemos, pois, o meu filho e o comemos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá o teu filho, para que o comamos, ela o escondeu].
No auge do desespero o rei resolve voltar-se contra Deus e ordena a morte de Eliseu – mas o que acontece na sequência é a morte de Jorão, rei de Samaria, Josafá, rei de Judá, do capitão da guarda que disse que mataria Eliseu e da ímpia Jezabel, lançada de uma janela e em seguida atropelada pelo carro de Jeú. Mas o evento mais importante desta história é o fato de que, sem o uso de uma flecha sequer, o exército siro de Ben-Hadade abandonou apressadamente o cerco e o problema da fome foi resolvido pois acreditavam estarem sendo atacados por um grande exército e fugiram deixando para trás seus víveres.
Os judeus dos dias de Malaquias conheciam esta e tantas outras histórias de Deus suprindo a necessidade de seu povo. Até mesmo o exílio babilônico, paradoxalmente ao que se poderia pensar, foi uma ação de Deus para preservar e sustentar o seu povo. A maioria das outras nações que foram dominadas pelos assírios desapareceram das páginas da história. Delas só restam relatos e vestígios arqueológicos. Mas não foi assim com Israel. Com homens como Daniel, Sadraque, Mesaque, Abede-Nego dando bom testemunho na corte logo no começo do exílio, com Mordecai e Ester num período intermediário e, posteriormente, com servos com Esdras e Neemias os judeus conseguiram sobreviver à perseguição até mesmo dentro dos muros imperiais – e agora estavam de  volta para reconstruir a nação – mas estavam se esquecendo do pacto estabelecido desde a entrada na terra prometida: eles deveriam dar o dízimo de suas rendas para a manutenção da casa do Senhor [Dt 14.22-23 - Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo. E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o SENHOR, teu Deus, todos os dias).
Israel não podia incorrer no risco de dizer: se eu der o dízimo vai me fazer falta – porque o que eles estavam usufruindo era algo que eles já não tinham e Deus lhes havia dado. Mas eles só fariam isso se fossem gratos a Deus e se confiassem que ele era capaz de suprir suas necessidades.
Creio que Deus não mudou, e que o coração dos homens não mudou nem um pouco nestes vinte e cinco séculos: aqueles que não confiam em Deus continuam não sendo fiéis na entrega dos seus dízimos. Aqueles que não confiam em Deus continuam não reconhecendo Deus como a origem de todas as bênçãos [I Cr 29.14 - Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos].
Tudo o que você precisa para ser fiel dizimista é reconhecer que tudo o que tem e é vem de Deus e deve ser consagrada como oferta ao Senhor.

Uma pesquisa fez um levantamento em 168 países do mundo com o objetivo de descobrir quais seriam os países mais felizes e mais infelizes do mundo, baseando seus dados na percepção dos seus habitantes sobre uma série de índices, como emoção, sentimentos e expectativas futuras, mas sem deixar de considerar índices econômicos, educacionais e segurança, por exemplo. Como resultado as nações mais infelizes do mundo são: Togo (África); Burundi (África); Comores (África); Camboja (Ásia); Serra Leoa (África); Burkina Faso (África); Ruanda (África); Níger (África); Haiti (América Central); 10º. Benin (África).
Também figuram nesta lista Irã, Iraque, Síria, Afeganistão, Congo, Sudão do Sul, Palestina, Chade, Geórgia. Todos eles têm em comum um histórico de guerras [que sempre trazem miséria] e um fato surpreendente: nenhum deles pode ser considerada uma nação onde a Palavra de Deus seja ou jamais tenha sido, de fato, reconhecida como autoritativa [Sl 33.12 - Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para sua herança]. Só para constar: todos os cinco países na liderança deste ranking são ou foram nações onde a bíblia fez parte da sua construção histórica nos últimos 500 anos: Dinamarca (Europa); Finlândia (Europa); Noruega (Europa); Suécia (Europa) e Holanda (Europa).
Israel, historicamente, oscilava entre ser uma nação feliz e bem-sucedida, como Deus disse que seria, e uma nação na mais absoluta desgraça [Lm 2:1-4 - Como o Senhor cobriu de nuvens, na sua ira, a filha de Sião! Precipitou do céu à terra a glória de Israel e não se lembrou do estrado de seus pés, no dia da sua ira. Devorou o Senhor todas as moradas de Jacó e não se apiedou; derribou no seu furor as fortalezas da filha de Judá; lançou por terra e profanou o reino e os seus príncipes. No furor da sua ira, cortou toda a força de Israel; retirou a sua destra de diante do inimigo; e ardeu contra Jacó, como labareda de fogo que tudo consome em redor. Entesou o seu arco, qual inimigo; firmou a sua destra, como adversário, e destruiu tudo o que era formoso à vista; derramou o seu furor, como fogo, na tenda da filha de Sião].
A diferença entre bem-aventurança e desgraça era uma só: a obediência a Deus traria como fruto a bênção e a prosperidade, a desobediência geraria frutos amargos enviados pelo próprio Senhor [Is 1:18-20 - Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse].
Ninguém quer ser infeliz. No mais íntimo do nosso ser aspiramos à felicidade, à bem-aventurança – e vivemos correndo de um lado para o outro tentando alcançá-la. Carros cada vez mais potentes, casas mais “apaineladas”, “smarts” cada vez mais rápidos, mais avançados, mais poderosos, mais interativos... queremos a felicidade e tudo fazemos para parecer mais bonitos e mais felizes... investimos, corremos, e às vezes vamos deixando para trás o que realmente importa, esquecendo que todas as bênçãos de Deus para nós virão dele, serão derramadas sobre os seus e delas eles não poderão escapar [Dt 28.1-3 - Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos: Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo].
E isto não é tudo. Para saber mais sobre as bênçãos que Deus promete fazer vir sobre seu povo continue lendo o capítulo 28, até o verso 14 do livro de Deuteronômio. Não se esqueça que este discurso de Moisés foi proclamado diante do povo pouco antes de Deus lhes dar a terra prometida. Moisés estava lhes dizendo como seria sua vida se eles fossem fiéis, se eles vivessem confiando que Deus era capaz de suprir suas necessidades e lhes dar a felicidade. A promessa de Deus é: eu lhes abençoarei, e vocês me serão fiéis – e eu lhes abençoarei mais ainda, e vocês continuarão sendo fiéis, e poderão exclamar com indizível alegria: grandes coisas o Senhor tem feito por nós [Sl 126:3 - Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres].
Uma das mais belas expressões de felicidade que encontramos na bíblia está no salmo 89. O povo de Deus é descrito como um povo que conhece vivas de júbilo porque nada na luz da presença do Senhor [Sl 89.15 - Bem-aventurado o povo que conhece os vivas de júbilo, que anda, ó SENHOR, na luz da tua presença].
O que você precisa é confiar no Senhor, ser-lhe fiel e experimentar a alegria de andar na luz da presença do Senhor – e as bênçãos do Senhor virão sobre ti, e te alcançarão.

Entretanto, precisamos concluir lembrando algo que é de suma importância: como não há ninguém absolutamente fiel, todas as bênçãos recebidas, no final das contas, são resultado da misericórdia de Deus sendo derramada sobre a vida do seu povo.
Deixe eu dar-lhes um último exemplo de colher o fruto da obediência – mesmo quando esta obediência parece irracional. Parte de Israel se tornara terrivelmente desobediente sob a liderança de Acabe e Jezabel e, por causa disso, o Senhor cerraria os céus durante três anos. Fome e sede vieram sobre a terra, e Elias dirige-se, a mando do Senhor, para Sarepta com uma ordem muito simples: vai comer lá, porque eu mandei que ela lhe desse comida [I Rs 17.9 - Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida].
Tudo na ordem de Deus era irracional. Elias estava sendo procurado por Jezabel. Jezabel era filha de Etbaal, de Sidom [e Sarepta estava localizada em Sidom]. Tudo o que Elias podia esperar era ser denunciado por uma sidônia – que, quem sabe, poderia obter uma recompensa por sua “delação premiada” e assim garantir suprimento para ela e seu filho. Mas Elias obedeceu. E aquela mulher obedeceu a Deus.
Ela deu comida a Elias, mesmo sabendo que aquela porção faria falta para ela e para seu filho. Ela deu comida primeiro a Elias, mesmo tendo que suprir outra necessidade com aquela porção que tinha em mãos. Ela deu aquela porção a Elias, porque Deus mandara que ela fizesse assim, mesmo sendo aquela a última porção disponível. A história é conhecida, mas eu quero apenas dizer-lhes das consequências da obediência daquela mulher: sua panela sempre teve farinha, e seu vaso [I Rs 17:14 - Porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: A farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR fizer chover sobre a terra]. Mas a história não para aí. Quando o filho da viúva morre Elias ora ao Senhor e ele lhe restaura a vida [I Rs 17:22 - O SENHOR atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu].
A chave é confiar em Deus.
Confiar em Deus, crendo nele como a fonte de todas as bênçãos, porque toda boa dádiva e todo dom perfeito vem de Deus [Tg 1:17 - Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança].
Confiar em Deus, crendo nele como aquele que lhe dará todo o sustento necessário [Fp 4:19 - E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades].
Confiar em Deus, crendo nele como aquele que é o único que pode lhe dar a verdadeira felicidade, independente das circunstâncias [Is 30.18 - Por isso, o SENHOR espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se compadecer de vós, porque o SENHOR é Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nele esperam].

Você só precisa de uma coisa, afinal, para ser feliz: confiar em Deus, mas confiar integralmente em Deus. Confiar sua vida, sua casa, seu futuro, seu sustento. Tudo, mas tudo mesmo, colocado nas mãos de Deus [Êx 20:24 - Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei].

RAZÕES ÍMPIAS PARA NÃO SER DIZIMISTA: VII: ISRAEL NÃO ACREDITAVA NA SUFICIÊNCIA DE DEUS: CONCLUSÃO

Entretanto, precisamos concluir lembrando algo que é de suma importância: como não há ninguém absolutamente fiel, todas as bênçãos recebidas, no final das contas, são resultado da misericórdia de Deus sendo derramada sobre a vida do seu povo.
Deixe eu dar-lhes um último exemplo de colher o fruto da obediência – mesmo quando esta obediência parece irracional. Parte de Israel se tornara terrivelmente desobediente sob a liderança de Acabe e Jezabel e, por causa disso, o Senhor cerraria os céus durante três anos. Fome e sede vieram sobre a terra, e Elias dirige-se, a mando do Senhor, para Sarepta com uma ordem muito simples: vai comer lá, porque eu mandei que ela lhe desse comida [I Rs 17.9].
Tudo na ordem de Deus era irracional. Elias estava sendo procurado por Jezabel. Jezabel era filha de Etbaal, de Sidom [e Sarepta estava localizada em Sidom]. Tudo o que Elias podia esperar era ser denunciado por uma sidônia – que, quem sabe, poderia obter uma recompensa por sua “delação premiada” e assim garantir suprimento para ela e seu filho. Mas Elias obedeceu. E aquela mulher obedeceu a Deus.
Ela deu comida a Elias, mesmo sabendo que aquela porção faria falta para ela e para seu filho. Ela deu comida primeiro a Elias, mesmo tendo que suprir outra necessidade com aquela porção que tinha em mãos. Ela deu aquela porção a Elias, porque Deus mandara que ela fizesse assim, mesmo sendo aquela a última porção disponível. A história é conhecida, mas eu quero apenas dizer-lhes das consequências da obediência daquela mulher: sua panela sempre teve farinha, e seu vaso [I Rs 17:14]. Mas a história não para aí. Quando o filho da viúva morre Elias ora ao Senhor e ele lhe restaura a vida [I Rs 17:22].
A chave é confiar em Deus.
Confiar em Deus, crendo nele como a fonte de todas as bênçãos, porque toda boa dádiva e todo dom perfeito vem de Deus [Tg 1:17].
Confiar em Deus, crendo nele como aquele que lhe dará todo o sustento necessário [Fp 4:19 - E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades].
Confiar em Deus, crendo nele como aquele que é o único que pode lhe dar a verdadeira felicidade, independente das circunstâncias [Is 30.18].
Você só precisa de uma coisa, afinal, para ser feliz: Confiar em Deus, mas confiar integralmente em Deus. Confiar sua vida, sua casa, seu futuro, seu sustento. Tudo, mas tudo mesmo, colocado nas mãos de Deus [Êx 20:24].

RAZÕES ÍMPIAS PARA NÃO SER DIZIMISTA: VII: ISRAEL NÃO ACREDITAVA NA SUFICIÊNCIA DE DEUS - PARTE III

Uma pesquisa fez um levantamento em 168 países do mundo com o objetivo de descobrir quais seriam os países mais felizes e mais infelizes do mundo, baseando seus dados na percepção dos seus habitantes sobre uma série de índices, como emoção, sentimentos e expectativas futuras, mas sem deixar de considerar índices econômicos, educacionais e segurança, por exemplo. Como resultado as nações mais infelizes do mundo são: Togo (África); Burundi (África); Comores (África); Camboja (Ásia); Serra Leoa (África); Burkina Faso (África); Ruanda (África); Níger (África); Haiti (América Central); 10º. Benin (África).
Também figuram nesta lista Irã, Iraque, Síria, Afeganistão, Congo, Sudão do Sul, Palestina, Chade, Geórgia. Todos eles têm em comum um histórico de guerras [que sempre trazem miséria] e um fato surpreendente: nenhum deles pode ser considerada uma nação onde a Palavra de Deus seja ou jamais tenha sido, de fato, reconhecida como autoritativa [Sl 33.12 - Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para sua herança]. Só para constar: todos os cinco países na liderança deste ranking são ou foram nações onde a bíblia fez parte da sua construção histórica nos últimos 500 anos: Dinamarca (Europa); Finlândia (Europa); Noruega (Europa); Suécia (Europa) e Holanda (Europa).
Israel, historicamente, oscilava entre ser uma nação feliz e bem-sucedida, como Deus disse que seria, e uma nação na mais absoluta desgraça [Lm 2:1-4].
A diferença entre bem-aventurança e desgraça era uma só: a obediência a Deus traria como fruto a bênção e a prosperidade, a desobediência geraria frutos amargos enviados pelo próprio Senhor [Is 1:18-20].
Ninguém quer ser infeliz. No mais íntimo do nosso ser aspiramos à felicidade, à bem-aventurança – e vivemos correndo de um lado para o outro tentando alcançá-la. Carros cada vez mais potentes, casas mais “apaineladas”, “smarts” cada vez mais rápidos, mais avançados, mais poderosos, mais interativos... queremos a felicidade e tudo fazemos para parecer mais bonitos e mais felizes... investimos, corremos, e às vezes vamos deixando para trás o que realmente importa, esquecendo que todas as bênçãos de Deus para nós virão dele, serão derramadas sobre os seus e delas eles não poderão escapar [Dt 28.1-3].
E isto não é tudo. Para saber mais sobre as bênçãos que Deus promete fazer vir sobre seu povo continue lendo o capítulo 28, até o verso 14 do livro de Deuteronômio. Não se esqueça que este discurso de Moisés foi proclamado diante do povo pouco antes de Deus lhes dar a terra prometida. Moisés estava lhes dizendo como seria sua vida se eles fossem fiéis, se eles vivessem confiando que Deus era capaz de suprir suas necessidades e lhes dar a felicidade. A promessa de Deus é: eu lhes abençoarei, e vocês me serão fiéis – e eu lhes abençoarei mais ainda, e vocês continuarão sendo fiéis, e poderão exclamar com indizível alegria: grandes coisas o Senhor tem feito por nós [Sl 126:3].
Uma das mais belas expressões de felicidade que encontramos na bíblia está no salmo 89. O povo de Deus é descrito como um povo que conhece vivas de júbilo porque nada na luz da presença do Senhor [Sl 89.15].

O que você precisa é confiar no Senhor, ser-lhe fiel e experimentar a alegria de andar na luz da presença do Senhor – e as bênçãos do Senhor virão sobre ti, e te alcançarão.

RAZÕES ÍMPIAS PARA NÃO SER DIZIMISTA: VII: ISRAEL NÃO ACREDITAVA NA SUFICIÊNCIA DE DEUS - PARTE II

A história de Israel está repleta de provas da suficiência de Deus na sua vida. Nosso olhar ordinariamente se volta para a saída do Egito e a manutenção do povo por 40 anos no deserto [Dt 29:5] porque o Senhor os tinha abençoado grandemente [Dt 2.7] mas não podemos esquecer que a própria ida para o Egito foi uma ação de Deus para que Israel tivesse sustento e pudesse se desenvolver numa espécie de “incubadora” em Gósen [Ex 1.7].
Ainda poderíamos citar rochas vertendo água, águas amargas se tornando potáveis, corvos levando alimento para um profeta, vasilhames onde o alimento não se esgotava. Mas há um evento que me chama especial atenção. O reino estava dividido, Samaria havia caído na mais crassa idolatria. Acabe se tornara especialmente odioso e após sua morte sua Jezabel continuava promovendo o mal enquanto seus filhos, Acazias e Jorão, reinava. A cidade estava cercada e o povo sofria com terrível fome a ponto de duas mulheres acordarem cozerem seus filhos numa tentativa desesperada de sobreviverem [II Rs 6.28-29].
No auge do desespero o rei resolve voltar-se contra Deus e ordena a morte de Eliseu – mas o que acontece na sequência é a morte de Jorão, rei de Samaria, Josafá, rei de Judá, do capitão da guarda que disse que mataria Eliseu e da ímpia Jezabel, lançada de uma janela e em seguida atropelada pelo carro de Jeú. Mas o evento mais importante desta história é o fato de que, sem o uso de uma flecha sequer, o exército siro de Ben-Hadade abandonou apressadamente o cerco e o problema da fome foi resolvido pois acreditavam estarem sendo atacados por um grande exército e fugiram deixando para trás seus víveres.
Os judeus dos dias de Malaquias conheciam esta e tantas outras histórias de Deus suprindo a necessidade de seu povo. Até mesmo o exílio babilônico, paradoxalmente ao que se poderia pensar, foi uma ação de Deus para preservar e sustentar o seu povo. A maioria das outras nações que foram dominadas pelos assírios desapareceram das páginas da história. Delas só restam relatos e vestígios arqueológicos. Mas não foi assim com Israel. Com homens como Daniel, Sadraque, Mesaque, Abede-Nego dando bom testemunho na corte logo no começo do exílio, com Mordecai e Ester num período intermediário e, posteriormente, com servos com Esdras e Neemias os judeus conseguiram sobreviver à perseguição até mesmo dentro dos muros imperiais – e agora estavam de  volta para reconstruir a nação – mas estavam se esquecendo do pacto estabelecido desde a entrada na terra prometida: eles deveriam dar o dízimo de suas rendas para a manutenção da casa do Senhor [Dt 14.22-23).
Israel não podia incorrer no risco de dizer: se eu der o dízimo vai me fazer falta – porque o que eles estavam usufruindo era algo que eles já não tinham e Deus lhes havia dado. Mas eles só fariam isso se fossem gratos a Deus e se confiassem que ele era capaz de suprir suas necessidades.
Creio que Deus não mudou, e que o coração dos homens não mudou nem um pouco nestes vinte e cinco séculos: aqueles que não confiam em Deus continuam não sendo fiéis na entrega dos seus dízimos. Aqueles que não confiam em Deus continuam não reconhecendo Deus como a origem de todas as bênçãos [I Cr 29.14].

Tudo o que você precisa para ser fiel dizimista é reconhecer que tudo o que tem e é vem de Deus e deve ser consagrada como oferta ao Senhor.

RAZÕES ÍMPIAS PARA NÃO SER DIZIMISTA: VII: ISRAEL NÃO ACREDITAVA NA SUFICIÊNCIA DE DEUS - PARTE I

O ser humano tem uma forte tendência a tornar-se um colecionador, desejando ter mais do que realmente necessita. Alguns chegam ao estado de se tornarem acumuladores – até mesmo de coisas absolutamente inúteis. Mas o fato é que não precisamos da maioria das coisas que temos. Provavelmente a maioria de nós seria considerada milionária se comparado ao cidadão comum, por exemplo, da idade média. A grande maioria não possuía sapatos e sequer passava pela cabeça ter um guarda-roupas em casa porque simplesmente não havia roupas para serem guardadas. Sofás, camas e cadeiras numa casa simples – impossível. Mas, o que há em comum entre o homem da cidade moderna e o homem da cidade antiga é a insaciedade, me permitam o neologismo, que reina em seu coração.
Quando Deus deu a terra de Canaã aos hebreus deu-lhes também leis, ordenanças, estatutos, juízos, mandamentos, etc... Deus lhes deu uma terra que, sob sua bênção, produzia e produziria alimento em abundância. Diante da terra, com os exércitos prontos para avançarem sobre o Rio Jordão, Moisés reuniu o povo e lembrou-lhes a Lei do Senhor. Entre estes mandamentos estava o de entregarem para os levitas [Nm 18.20] os seus dízimos e ofertas voluntárias, além das ofertas específicas previstas na lei.
O propósito de Deus com isso era levá-los a confiarem que Deus os abençoaria de tal modo que sempre haveria mais que o suficiente para si mesmos [Dt 28.12]. Não faltaria ao fiéis o sustento, mas a condição para isso era a da obediência [Dt 14.22-23].
Precisamos entender que Deus não precisava separar uma tribo para dirigir o culto – mas ele o fez. Deus poderia ter dado terras aos levitas, mas ele preferiu ser, ele próprio, a sua porção e a sua herança. Deus não precisava criar um número de sacerdotes num reino que deveria ser sacerdotal [Êx 19:6] mas ele os estabeleceu para tipificar o nosso grande sumo-sacerdote, Jesus Cristo.
E foi depois de Cristo e em Cristo que ele estabeleceu um novo povo, uma nação santa, sacerdócio real [I Pe 2.9]. E para educar o povo no temor do Senhor ele instituiu os dízimos que só são entregues depois da bênção recebida, e não para receber a bênção como, lamentavelmente, tem-se ouvido em todos os cantos.
O Israel pós-exílio estava se esquecendo do plano de Deus – e se esquecia, também, de que é Deus quem lhes envia a chuva, tanto a serôdia quanto a temporã. Israel não precisava temer a fome [Jl 2.22-27].
Tudo o que você precisa é ser justo, trabalhar honestamente e temer ao Senhor em todos os seus caminhos.

RAZÕES ÍMPIAS PARA NÃO SER DIZIMISTA: VII. ISRAEL NÃO ACREDITAVA NA SUFICIÊNCIA DE DEUS

10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.
11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.
12 Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.
Ml 3.10-12
INTRODUÇÃO
Já disseram mais de uma vez que todo ser humano tem em seu coração, isto é, na sede de seus anseios, no mais profundo do seu ser, um vazio que nem todas as coisas do mundo inteiro podem preencher. Embora não com estas mesmas palavras, o Senhor Jesus também ensinou sobre este enorme vazio ao contar a historia de um homem que ajuntou grande quantidade de mantimentos em um celeiro e resolveu dar descanso a sua própria alma [Mt 16.26 - Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?] – não sabendo que, mesmo ganhando o mundo inteiro, ele ainda continuava vazio e nem todos os tesouros do mundo são suficientes para resgatá-lo deste estado [Sl 49-7-10]. Este fenômeno também é visto na vida da Igreja – ela pode achar-se rica, abastada mas não passar de um amontoado de pessoas pobres, cegas e nuas [Ap 3.17].
A palavra que define o homem é: “insatisfeito”. Para a direita ou para esquerda, rico ou pobre, gordo ou magro, alguém sempre está insatisfeito com alguma coisa. Mesmo a mais bela das mulheres, o mais forte dos homens, o mais sábio dos mestres... todos, sempre e sempre insatisfeitos. Não há limite para a insatisfação humana. Ou há: o dia da prestação de contas perante o Senhor.
Sim, a verdade é que está faltando algo. Não conseguimos a satisfação completa das nossas necessidades – e quanto mais perto o homem chega de ser considerado realizado, mais vazio é o sentimento que vem em seguida, com cuidados cada vez maiores para manter as conquistas e ambições cada vez mais desmedidas por aumentá-las, talvez com medo de que algo lhe venha a faltar. E o medo de não ter o suficiente certamente conduz à infidelidade e a avareza.

Considerando as palavras de Deus através de Malaquias, considerando que Deus só tem deveres auto impostos e baseados em sua fidelidade a si mesmo, chegamos à conclusão que há três verdades fundamentais neste texto: i. Abençoar; ii. Proteger o meio de sustento dando prosperidade e iii. Promover a felicidade – mas todos estes compromissos referem-se somente ao seu relacionamento pactual com os fiéis. 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

PORQUE A IGREJA É?

Estranha pergunta. Porque a Igreja é?
É o que? Bom, faça para você mesmo esta pergunta: porque a Igreja é o que ela é? Mas ainda está meio nebulosa a pergunta. Então, talvez seja necessário você fazer uma pergunta antecedente: o que a Igreja é? Talvez você rapidamente saque uma resposta bem teológica [e correta] como “a Igreja é o corpo de Cristo, a comunidade dos remidos, a comunhão dos santos, a união de todos aqueles que foram chamados para fora do mundo do pecado, do império das trevas e trazidos para o reino do filho do amor de Deus, Jesus Cristo”.
Eu acredito que sejam necessárias outras perguntas para ajudar a Igreja a pensar sobre a natureza da Igreja, e talvez isto ajude a Igreja a conhecer-se melhor e evitar inúmeros desastres que por vezes acontecem no meio do povo de Deus. Por exemplo, quantas vezes a Igreja reflete em busca de uma resposta para uma pergunta tão simples como: porque a Igreja é Igreja? O que faz de um amontoado de pessoas com historias, interesses e estilos de vida tão diferentes uma Igreja - isto quando, de fato, são uma Igreja?
Imagine uma pessoa que nada sabe sobre a natureza da Igreja [e este tipo de pessoa existe aos milhares ao nosso redor, provavelmente você conheça alguns deles] de repente se mostre realmente interessado em entender a natureza da Igreja e lhe faça esta pergunta: porque somos Igreja? Porque você é Igreja? A pergunta não é porque você é da Igreja, mas porque você é Igreja, uma vez que ser Igreja é ser mais do que membro de uma denominação. É possível ser membro de uma denominação que é verdadeiramente fiel ao Senhor da Igreja e ainda assim não ser verdadeira Igreja de Cristo.
Como você definiria a missão de sua Igreja no mundo? Para que ela está no mundo? Qual o seu papel no tempo presente, qual a sua relevância?
Como você definiria a sua missão na sua Igreja? Como você pode ser Igreja de Deus dentro da Igreja? Talvez seja uma pergunta intrigante, mas quantos cristãos realmente sabem qual o seu papel na Igreja? Não confunda isto com as coisas que você faz. Provavelmente o que você faz na Igreja muitos ímpios façam melhor fora da Igreja. Também não confunda com o que você não faz - sobre isso conversaremos em um texto futuro. Mas a questão não é o que você faz, mas o que você é: você é verdadeira Igreja? Qual a sua missão dentro de sua denominação como Igreja do Senhor? Qual a sua missão no mundo? Como você tem desempenhado esta missão? Lembre-se que, se você é realmente Igreja, você foi enviado por Cristo como ele próprio foi pelo pai.

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