Uma pausa. Uma pequena pausa sobre as nossas reflexões sobre o que fazemos na Igreja para tratarmos do assunto da semana: a páscoa. Primeiro, quero demonstrar meu estranhamento para o que tenho visto: muitos cristãos, conhecedores das Escrituras, maduros, pedindo para receberem “ovos de páscoa”, ou, pior ainda, comercializando-os como se não soubéssemos que:
1. Coelho, chocolate e ovos enfeitados não tem nenhuma relação com a verdadeira páscoa;
2. Os chocolates em forma de ovos custam até 10 vezes mais do que a mesma quantidade de chocolate em barra;
3. Por trás da montanha de “ovos de páscoa” há uma indústria que quer ganhar dinheiro, muito dinheiro, e uma cosmovisão que rejeita o sacrifício vicário de Cristo.
E, por favor, não venham me dizer a frase mais odiosa quando se trata de demonstrar desinteresse e insubmissão à revelação de Deus: “Nada a ver”. O Deus deste século, que cegou o entendimento de muitos (II Co 4.4) aceita ser adorado de muitas maneiras, até mesmo sendo inserido em uma celebração onde a sua derrota foi mais que fragorosa, foi total e definitiva, onde teve a sua cabeça esmagada e o seu poder de morte foi ferido de morte (I Co 15.54). Não me admiro que os mercados, que os desavisados e não instruídos aceitem uma páscoa sem o Cordeiro de Deus. Até acho normal que nossas crianças aceitem pensar no coelhinho como parte da páscoa devido a intensa informação encontrada na TV, internet e nas escolas.
Mas é inadmissível que crentes maduros se deixem contaminar por tal fermento. Crentes maduros que, devido ao tempo de caminhada cristã já deveriam ser mestres precisam ser ensinados, ensinados e ensinados sobre as mesmas coisas. Em situação assim o apóstolo Paulo chega à beira do desânimo em sua tarefa de ensinar a Igreja (Gl 4.11). A Igreja do Senhor tem a obrigação de ser, antes de mais nada, Igreja do Senhor - sua mensagem é eterna e ela ainda tem a obrigação de contar a velha história, a mesma história: a história de Cristo, o Filho de Deus que se fez carne e entregou-se a si mesmo para resgatar pecadores. Na páscoa de Cristo não tem lugar para chocolate, nem para ovo enfeitado, e muito menos para coelhinho.
Na páscoa tem lugar apenas para Cristo, o Senhor, entronizado nos corações dos crentes e no alto e sublime trono nos céus. Aconteça o que acontecer, mesmo que o mundo inteiro queira substituir o Cristo de Deus por coelhos, ovos e chocolates, o cristão tem que continuar proclamando a Cristo, porque ele não será esquecido.
Do coração do pastor
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