quinta-feira, 17 de agosto de 2017

PARE! AGORA!!! VOCÊ NO TRIBUNAL DA CONSCIÊNCIA


Sei que é difícil. Quase todos os que ainda dispõem de um tempinho para conversar comigo dizem a mesma coisa: “Estou sem tempo”, ou “Tenho isto, aquilo e aquiloutro para fazer”... Eu também não sou diferente... Famílias, estudos, trabalho, lazer... É uma correria. Quando pensamos que vai aliviar, coisas novas surgem. E a tentação de inseri-las em uma agenda já abarrotada de compromissos é muito grande, até que no fim fique aquela sensação de que algo ficou para trás, algo não foi feito ou não foi feito adequadamente.
Então, me permita te dizer algo muito importante: Pare! Pare agora! Pare por uns instantes e então pergunte a si mesmo: “Toda esta minha correria está cooperando em que para o avanço do reino de Deus?” “De que maneira o meu estilo de vida, a forma como administro o meu tempo, os meus recursos, minha capacitade intelectual, minha força física, os meus dons e talentos estão ajudando no processo de conhecimento e implantação da vontade do Senhor, do meu Senhor, do meu Deus, entre os homens?”
Não são perguntas fáceis, especialmente porque exigem uma autocrítica severa - e quase sempre somos muito bons em nos assentarmos na cadeira de juiz dos outros, ficaríamos até razoavelmente desconfortáveis se colocados em cadeira de réus em um tribunal, mas é difícil ser réu e juiz ao mesmo tempo. Um réu que conhece todas as suas falhas e um juiz que conhece todas as falhas do réu e que, se quer mesmo o bem do réu, não pode ser complacente, porque isto em nada lhe ajudará.
Você pode dar algumas respostas a estas perguntas. A primeira delas é “Não me importa”. É uma resposta natural, mas não espiritual. É uma resposta que demonstra não haver comprometimento com o reino de Deus, não haver desejo de que o conhecimento do Senhor encha a terra e pecadores sejam impactados pela vida e testemunho cristão. É uma resposta que tem recompensa certa, pois naquele Dia o Senhor dirá: “Nunca vos conheci”.
Você também pode responder: “Não sei”. Mas uma máxima legal muito conhecida é que o desconhecimento da lei não isenta do descumprimento da mesma, ou, dito de outra maneira, se você não sabe o que o seu Senhor espera de você, você está equivocado. E, mais ainda, o que a Escritura afirma é que a lei de Deus está gravada nos corações dos homens de modo que ninguém é indesculpável por não cumpri-la. Você pode até não saber sobre costumes e regras dentro da Igreja, mas, se és cristão, não pode alegar desconhecimento da lei do Senhor. Você sabe, talvez não admita, mas sabe se está ou não contribuindo para o progresso do reino.
Você também pode acrescentar: “À minha maneira dou minha contribuição”. Mas é assim mesmo que tem que ser? Paulo diz que ninguém é coroado no estádio se não lugar segundo as regras. O Senhor Jesus diz que o servo bom e fiel é aquele que é encontrado fazendo segundo a vontade do seu Senhor. O bom soldado é aquele que faz a vontade daquele que o arregimentou. O bom discipulo é aquele que cumpre e guarda os mandamentos do seu mestre. Cooperar para o crescimento do reino é cumprir a vontade do Senhor, sem se desviar, nem para a direita nem para a esquerda.
Se sua resposta for negativa, sob qualquer hipótese, então, é preciso considerar que há um problema sério, grave e que exige solução premente, imediata, urgente. Então, pare! Pare agora! Na vida - e não existe nada parecido com vida secular e vida cristã, você só tem uma vida que se expressa em culto público, formal e congregacional, e vida de culto, no seu dia a dia - na vida não existe a tal da neutralidade, a “terceira via” como alguns querem fazer-nos crer. Não existe nem mesmo a compartimentalização em coisas religiosas e coisas seculares.
Você só tem uma vida. E você não pode ser neutro. No reino de Cristo não há a menor possibilidade de alguém ser neutro. Ou você é um cooperador, ou é um peso. Lembrando palavras ouvidas a muitos anos, ou se é um missionário ou se é campo missionário. Usando as palavras de Jesus, ou se é amigo ou inimigo, ou está ajudando ou atrapalhando, ou está contribuindo ou opondo. Não existe, na bíblia, a ideia de que “muito ajuda quem não atrapalha”. Segundo a bíblia só ajuda quem ajuda, e quem não ajuda atrapalha. Tente ficar parado no meio de uma sala enquanto alguém a está limpando e me responda: você ajudou ou atrapalhou?
E então... Pergunte a si mesmo: “Como eu julgaria alguém como eu mesmo?” Estou colaborando ou atrapalhando? Lembre-se: não existe meio termo. Ou ajunta, ou espalha. Ou é por Cristo, ou é contra Cristo! Ou ouviremos um “muito bem”, como servos bons e fiéis, embora inúteis e que, quando fazem tudo nada fazem além da obrigação, ou, então, ouviremos um fora eternal.
O que fazer quando, após uma avaliação honesta da própria vida perceber que não está tão adequada ao padrão, que não pode ser contado entre aqueles que são “pelo Senhor”? A única atitude adequada é humilhar-se perante o Senhor, arrepender-se de quaisquer pecados (a omissão é um exemplo disso), pedir perdão e começar vida nova, que demonstre a veracidade deste arrependimento. Ore ao Senhor para que ele fale ao seu coracao, e que a veracidade de sua santa Palavra, mediante o Espírito, o convença daquilo que é errado e você perceba o juízo de Deus sobre isso, que o mesmo Espírito o oriente para o que é correto, desejável e agradável aos olhos do Senhor, e, assim, você goze paz com Deus. Esta é, sem sombra de dúvida, a grande bênção de, após um julgamento tão criterioso, não ter mais nem mesmo o nosso próprio coração a nos acusar. Mas, para isso, precisamos parar. Talvez precisemos retroceder um pouco e, então, recomeçar. É tempo. Ainda não é tarde demais. Que o Deus eterno ministre aos nossos corações.
Do coração do pastor

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