Quase todos os cristãos conhecem a canção que diz:
É um canto belíssimo e que
expressa uma das mais belas verdades que podem ser experimentadas pelos
cristãos. Não há ninguém que tenha nascido de novo que não experimente esta
verdade em sua vida. Saulo, por exemplo, falando de si mesmo, diz que era
insolente, blasfemo e perseguidor (1Tm 1.12-13) antes de ser tornado “o
apóstolo Paulo” por obra e graça de um encontro com o Senhor Jesus que mudou
seu viver (Gl 2.19-20).
Este ensino está presente em
toda a Escritura. Podemos começar com Jacó, o suplantador, que é transformado
em Israel. É o que Jesus orienta à mulher surpreendida em adultério, ao
dizer-lhe que volte para os seus e que não incorresse novamente na prática
daquele pecado. É o que aconteceu com Pedro, o homem voluntarioso que disse que
estaria disposto a morrer com Jesus mas que se intimida diante de uma simples
funcionária mas tem ousadia suficiente para enfrentar os doutores do sinédrio
colocando em risco a própria vida.
Estes são textos históricos,
são relatos de fatos. Fazer doutrina à partir de relatos requer muito cuidado,
mas temos outros textos que exprimem ensino tratando do mesmo assunto, como
quando Paulo orienta os Efésios:
Ef 4:28 - Aquele que furtava não furte mais; antes,
trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que
acudir ao necessitado.
Observe que a mudança não é
apenas passiva, a conversão traz uma mudança radical de inclinações do coração
a ponto de impactar outras vidas. O ladrão para de roubar. Esta é uma mudança
passiva. Ele para de andar no caminho do abismo. Mas isto não é suficiente para
o cristão. O verdadeiro cristão deixa a preguiça e passa a trabalhar, para
suprir as suas necessidades. Isto é justiça, e o justo jamais vai mendigar o
pão. Mas ele vai além, ele trabalha para suprir suas necessidades e ter de
sobejo para ajudar alguém necessitado para que ele não se sinta inclinado a
fazer o que antes ele próprio fazia (Pv 30.9).
O mesmo acontece com o
mentiroso. Um mentiroso contumaz convertido para de mentir e vai além, praticando
o contrário do que fazia falando a verdade e se esforça para que outros não
pratiquem o que ele antes praticava e busque a edificação e não a destruição do
seu próximo (Ef 4.25). O apóstolo Paulo expressa isto de forma magistral ao
resumir diante do rei Agripa a sua conversão:
At 26:19-20 - Pelo que, ó rei
Agripa, não fui desobediente à visão celestial, 20 mas anunciei primeiramente
aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que
se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de
arrependimento.
Há alguns anos, na cidade de
Santana do Araguaia, um jovem questionou como poderia ter certeza de sua
conversão se nem todas as suas atitudes haviam mudado. Era impossível garantir
se ele era convertido só por mudanças de atitudes. Religiosidade e ambiente
podem ajudar a mudar pessoas. Mas é certo que se o relacionamento com Deus não
muda as atitudes, isto sem dúvida é prova de ausência de conversão. Se você
continua praticando, dia após dia, os mesmos pecados, ano após ano as mesmas
transgressões, então esta é uma evidência de que não houve novo nascimento. Há
costumes religiosos que podem ser aprendidos, repetidos como mantras e
maquinalmente praticados. Mas isto não garante salvação. Pergunte honestamente
a você mesmo: “Em que minha vida mudou por causa de Cristo, de sua Palavra e de
sua Igreja”?
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